Tiago do Vale

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Tudo publicado por Tiago do Vale

  1. ...E o Botia sidthimunki faz o mesmo serviço, é mais sossegado, é bonito, e é muito mais pequeno (uns 5 cm). http://www.dfmnet.com/wiki/index.php/Botia_sidthimunki
  2. Parecem "lapas" de água doce. São inofensivas, tão preocupantes como os caracois. E não crescem muito mais do que isso. 2mm, à volta disso.
  3. Boas! O facto de estarem ofegantes à superfície quer dizer que procuram água mais rica em oxigénio. Esse comportamento pode ser induzido por uma água muito quente -o que leva a que seja mais pobre em oxigénio- mas o facto de eles terem as barbatanas encolhidas leva-me a outro diagnóstico: Excesso de nitratos (ou presença de nitritos, ou até amónia), que corroem os tecidos (inclusive os branquiais, o que leva a essa procura de mais oxigénio). O aquário está sobrepopulado? Completaste o ciclo nitrificante? Fazes TPAs suficientes? Tens o pH controlado? Fizeste alguma coisa no aquário (TPA massiva, tratamento quimico, etc.) que pusesse em causa a tua colónia de bactérias nitrificantes? Bactérias e fungos podem, posteriormente, tirar partido dos peixes debilitados... Já agora, era útil saber quantos litros tens, quantos peixes e quais, se tens muitas plantas, injectas CO2... Tens feito testes à água? Vês parasitas nas brânquias? Um abraço!
  4. Devolvendo o galhardete o Fausto está muito certo e completo no que diz, por isso vou só acrescentar mais um pormenor: todos esses peixes (com a excepção do tubarão) são peixes de cardume, que se sentem stressados se não tiverem a companhia de uns 10 indivíduos da mesma espécie, stress esse que os debilitará. Vou fazer-te uma sugestão: Para os 40 litros, podes escolher ter talvez só um pequeno cardume de uns 8 Tetras. Rásboras e Barbos são mais agressivos; os Tetras são mais sossegados. Com talvez umas 4 Corydoras (também são de cardume, apreciam o mesmo tipo de água e são da mesma área geográfica dos tetras), ficavas com um aquário muito interessante! Até podes reproduzir um bitópoto amazónico, com bastantes ramos, areia escura e folhas secas (de carvalho funcionam bem), algas e.... sem plantas. Ou então plantas flutuantes como a Lemna, que é uma "praga" e até te oferecem isso nas lojas (são umas folhinhas muito pequeninas, à superfície da água e que, como as outras plantas flutuantes, são muito eficazes a retirar nutrientes da água, o que é óptimo para os peixes). Mais tarde podes introduzir talvez uma Echinodorus, que não são muito complicadas de manter. Quanto aos Guppies, precisas no mínimo de um trio: um macho e duas fêmeas: as investidas do macho são demasiado "entusiastas" para uma fêmea só, que pode ser levada à exaustão. Têm a vantagem de se reproduzirem facilmente, mas vais precisar de plantas de folha fina (naturais ou artificiais) onde as crias se possam esconder, ou os progenitores poderão considerá-las uma refeição.
  5. Num pequeno aparte (já que estamos a fugir ao tema do tópico ) é verdade que a Ceratophyllum demersum -assim como a Egeria densa, que também é uma óptima planta para iniciantes- são indicadas para o combate às algas, devido ao seu ritmo de crescimento rápido (que implica um boa taxa de consumo de nutrientes). Mas, como é normal, a quantidade de fosfatos e nitratos absorvidos é proporcional à quantidade de luz, potássio e co2 (e micro-nutrientes). Falhando um dos componentes, falham todos. E se houverem muitos fostatos e nitratos para absorver, como é o caso, é preciso muito do resto também. No entanto, tanto a Ceratophyllum demersum como a Egeria densa causam muitas dificuldades às algas que tentam instalar-se na superfície das suas folhas, o que lhes dá uma boa vantagem em aquários onde se luta contra as algas, ao contrário dos musgos (onde as filamentosas se sentem as casa), e as Anúbias, cujas folhas podem durar anos e servem de abrigo a todo o género de algas, sobretudo as de crescimento lento como a "greenspot".
  6. Boas Nuno! Concordo contigo quando dizes que não há grande ciência em manter Musgo-de-Java ou Ceratophyllum demersum. Mas neste aquário em particular discordo, e acho que não se aguentarão com bom aspecto mais do que algumas semanas, a não ser que se tenham alguns cuidados. Basta o facto de sabermos que este aquário tem muitos nitratos e/ou fostatos (como obviamente tem), e a presunção de que deve ser um kit tipo "aquapor", com muito pouca iluminação (até para plantas pouco exigentes) para eu, pessoalmente, concluir que as plantas vão ter um crescimento muito lento e vão ficar cobertas de algas (e detritos) a médio prazo... Para além disso a falta de luz vai fazer com que plantas como a Ceratophyllum demersum cresçam em altura, com muito pouca densidade de folhas... o que quer dizer "feias" e "a pedir muitas podas". Resumindo, o que eu quero dizer é que -por norma- sem TPAs frequentes para controlar nitratos e fostafos (se é que a própria água da rede não é rica em nitratos e fosfatos), alguma fertilização com potássio, e provavelmente uma iluminação mais adequada, mesmo as plantas pouco exigentes vão acabar por, neste aquário e a médio prazo, resultar mal... Digo "por norma", porque muitas vezes basta a água da rede ter uma composição mais favorável e as coisas correm bem, mas neste caso, as algas são um bom indicador de que não é assim. Pouca iluminação quer dizer crescimento lento. E crescimento lento quer dizer que as plantas estão muito mais sujeitas a claudicar face às algas. Dito isto: npg: Não acho mal fazeres como o Nuno te diz, agora que já vês algumas das dificuldades com que te podes deparar para manter plantas de forma sustentada. Sempre é uma maneira de ires aprendendo como manter plantas. A única dica que acrescento é esta: algas e plantas competem pelos mesmos nutrientes na coluna de água. As plantas, se as condições forem ideais, não dão hipótese às algas. No entanto, se as condições não forem as ideais, as algas são muito mais flexíveis e adaptam-se a quase todas as condições. Em suma: não vai ser fácil manter algas e plantas ao mesmo tempo. Também não é costume querer-se...
  7. Olá! Para termos uma ideia mais precisa: sabes quantos litros tens? Quantos peixes e de que tipo? 15% por semana?
  8. Por acaso os guppies até gostam de uma água dura... que é um dado mais importante no teu caso do que o tratado de química hehehehe
  9. Se usares um reactor caseiro químico (à base de vinagre e bicarbonato de sódio) podes interromper o fluxo de CO2 sem complicações. Investiga este tópico: http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...r+co2+qu%EDmico Um abraço.
  10. Olá! Não precisas de ter plantas: de qualquer das formas é mais difícil manter plantas do que manter peixes: o pessoal aqui tende a esquecer-se disso... Mas se quiseres podes sempre experimentar e ir aprendendo a lidar com plantas seguindo as sugestões que já deixaram. Acrescendo o Feto-de-Java, Musgo-de-Java, e Anúbias, já que são menos exigentes em termos de iluminação (que de certeza se adequa ao caso do teu aquário). Mas repito: não precisas de ter plantas -o pessoal tende a esquecer-se como era quando eramos iniciantes e exige tudo e mais alguma coisa - e não censuro a alternativa artificial. As algas, se as consideras estéticas melhor: oxigenam a água, servem de alimento, e eliminam nitratos e outras substância nocivas para os peixes, suportam um ecossistema de micro-fauna muito nutritiva para os peixitos mais pequenos. Só para acabar desconfio que a proliferação de algas quer dizer que fazes poucas trocas parciais de água e/ou tens muitos peixes: se calhar podias rectificar isso!
  11. Olá a todos: elaborei esta ficha para o wiki de fichas, e lembrei-me de partilhar aqui convosco: nome comum Júlia de Marlier status IUCN Pouco Preocupante Reino Animalia Filo Chordata Superclasse Osteichthyes Classe Actinopterygii Ordem Perciformes Família Cichlidae Género Julidochromis Espécie J. marlieri Binómio Julidochromis marlieri Autor do binómio Max Poll, 1956 Exemplar de Julidochromis marlieri "burundi" A Júlia de Merlier, também conhecida como Júlia Xadrez (Julidochromis marlieri) é um animado ciclídeo africano, com o corpo em forma de torpedo, que habita as zonas rochosas do Lago Tanganyika. É um pequeno membro da família Cichlidae (fêmeas com até 13 centimetros de comprimento, machos até 12 cm, ambos atingindo a maturidade sexual com um comprimento de cerca de 6,5 cm) e tal como outros membros da família, deposita os ovos em grutas, e protege as suas crias. Este ciclídeo cresce muito lentamente: em dois meses, as suas crias não têm mais de 2 cm. Prefere águas particularmente duras e alcalinas, com 250 a 300 mg por litro de carbonato de cálcio (GH 12 - 20; KH 14 - 20), pH próximo de 8,6 (7,8 - 9,5), e uma temperatura de cerca de 26ºC (22 - 27ºC) A sua característica mais reconhecível é o modo deliberado e preciso como se move, podendo nadar de lado, ou pairar de cabeça-para-baixo, de uma forma que recorda o voo dos beija-flores, movendo-se para cima e para baixo nas estruturas rochosas. Taxonomia O professor Max Poll catalogou este pequeno peixe em Tanganyika, em 1956, baptizando-o em homenagem ao belga Marlier G. Matthes, responsável pela recolha de vários espécimes da espécie no Lago. Distribuição e Diversidade Esta espécie ocorre principalmente no Noroeste e Sudeste do Lago, sobretudo em Makabola, e esporadicamente ao longo da costa da Tanzânia, Burundi e da República Democrática do Congo. (Magara, Ilhas Luhanga-Kavala, Cabo Tembwe, Kala-Isanga, Samazi, Halembe, Katoto, Kaku.) Encontram-se num habitat de paredes rochosas, bastante inclinadas, e com uma profundidade de 5 a 30 metros. Nestas condições, a única matéria vegetal presente são algas. A água é cristalina e rica em oxigénio. Descrição física É muito semelhante, na sua coloração, à Julidochromis transcriptus, não tendo no entanto o ventre branco. As faixas verticais e horizontais fundem-se até ao abdómen. Tem uma variedade de diferentes marcas na barbatana caudal, dependendo da proveniência do stock. A faixa sob o olho é uma marca distintiva em relação às outras Júlias. Aparentemente existem muitas variantes geográficas, incluíndo uma forma anã, a Julidochromis marlieri "gombe". Os padrões mais desejáveis são com branco e negro bem definido, sendo de evitar os padrões mais desbotados ou acastanhados. As fêmeas, para além de um pouco maiores e encorpadas do que os machos, têm papillae genitais mais longas (para depositar os ovos), orientadas para a frente, enquanto os machos as têm mais curtas e afiladas, e orientadas para trás. Ecologia e Comportamento Passam a maior parte do tempo em grutas e fendas nas rochas, onde se alimentam e procuram protecção. É também aqui que depositam os seus ovos. Alimentam-se de pequenos invertebrados -sobretudo pequenos caracois- incluíndo também pequenos insectos e microfauna encontrada junto às algas das paredes rochosas. Também se alimentam de esponjas-de-água-doce e matéria vegetal, embora no aquário aceitem alimentos em floco, granulado, congelados ou vivos. Os machos são mais agressivos, e quando atingem a maturidade começam a escolher e a defender o seu território. Um macho dominante afastará constantemente outros machos e fêmeas que não lhe agradem, embora as fêmeas, enquanto não formarem um casal, provavelmente não lutarão entre si. No entanto, as hierarquias nesta espécie são complicadas: em peixes que ainda não formaram casais, mesmo a fêmea dominante submete-se sempre a qualquer macho. Mas quando o macho dominante forma um casal, a sua fêmea ocupa na hierarquia da comunidade o local imediatamente inferior ao do seu macho. Para complicar as coisas, no seio do casal, quando os alevins nascem a fêmea assume o papel dominante, voltando à normalidade assim que os alevins se tornam independentes. No aquário Uma das coisas que distingue as Julias de outros ciclídeos, é que logo que formam pares não mais se separam. As Julias não são uma espécie polígama: pelo contrário, estes pares permanecem intactos durante toda a sua vida. Apesar disso, no aquário, depois de um par formado, é desaconselhável alterar a disposição das pedras, pois estas é que delimitam os territórios, tanto do macho como da fêmea, e o stress resultante da alteração pode mesmo levar a um "divórcio". Não procriam em nenhuma época em particular e, como outras espécies de Júlias, tanto podem depositar regularmente uma pequena quantidade de ovos, como produzindo grandes posturas em intervalos de tempo maiores. No entanto, normalmente são de esperar posturas de 50 a 75 ovos. Protegem os alevins, mesmo depois de novas posturas, e tanto os alevins como os pais apreciarão artémia recém-eclodida. Como muitos ciclídeos, precisam de algumas posturas para "aprender" a serem pais mais eficazes. Naturalmente, como qualquer habitante das paredes rochosas do Lago Tangayika, requerem um aquário com muitas pedras e esconderijos, preferencialmente até abaixo da superfície. O substracto do aquário deve ser de areia fina, já que substractos de maior granulometria podem encurralar os pequenos alevis (para além de aprisionar detritos e restos que podem causar problemas de amónia e nitratos, assim como dificuldades na manutenção do pH). Embora não particularmente adequado para um comunitário do Lago, pode partilhar o aquário com ciclídeos do mesmo tamanho, como Neolamprologus e Altolamprologus e, num aquário alto, com um cardume de peixes do género Cyprichromis. O original está aqui, com mais alguns detalhes e links: http://www.dfmnet.com/wiki/index.php/Julid...hromis_marlieri Não se inibam de editar e corrigir ou acrescentar qualquer coisa que achem pertinente. Um abraço!!
  12. E ainda: http://www.dfmnet.com/wiki/index.php/Balan...us_melanopterus. Um abraço!
  13. Provavelmente tens dois machos. Na falta de um cardume, ficam muito focados um no outro. O seu comportamento acalma muito num cardume maior. Há uma ficha em construção no wiki, mas já tem alguma informação que te pode ser útil: http://www.dfmnet.com/wiki/index.php/Barbus_tetrazona. Um abraço!
  14. Apostaste nos micros e esqueceste-te dos macros o de potássio acaba sempre por ser o fertilizante fundamental.
  15. Sim, parecem-me demasiados peixes para 18 litros: os peixes-vermelhos (ou kinguios, como vocês dizem) sujam muito a água. Pode ser da qualidade da água... No entanto acho mais provável o problema ser da alimentação... Pela minha experiência, a falta de variedade pode provocar problemas no tracto intestinal, que resultam nos peixinhos ficarem "de ponta cabeça". Se já não têm apetite, é porque já não estão bem. Agora, para resolver essa tua situação, precisas de um aquário bem maior. Deixa de alimentar esses peixinhos até eles voltarem a nadar normalmente. (Não te preocupes: na natureza podem passar semanas sem se alimentar.) E depois, quando já estiverem bem, experimenta o granulado. Mudar de flocos para granulado ajuda muito e, se puderes, uma vez ou duas vezes por semana, dar-lhes alguma comida viva ou congelada, ou até coração de boi picado (de longe a longe, pois é uma comida muito rica) eles vão agradecer.
  16. Olá Luís! Como ambos os Nunos disseram se eles estiverem activos, se têm apetite, se estão vistosos, gordinhos e exibicionistas, estão bem. Se se reproduzirem, é porque estão mesmo bem! Se não têm apetite, andam escondidos, estão magros e têm mau aspecto, é porque estão mal...
  17. Olá! Não sei quantos litros tens, mas parece-me que tens um caso sério de sobrelotação... Principalmente porque os peixes-vermelhos são grandes produtores de detritos. Se vires que começam a ficar ofegantes, é porque as coisas estão mal. Barbatanas "ratadas" também podem ser sintoma de amónia: insiste nas TPAs.
  18. Morrem mais depressa por causa da amónia resultante da tonelada de dejectos.
  19. Será completamente legal?
  20. E uma colherinha de bicarbonato de sódio, para durar mais.
  21. Ainda nem te dei tempo para responderes, mas aqui vai: Agora que já olhei mais um bocadinho para as fotos, acho que se seguisses a minha sugestão dos troncos, corrias o risco de diminuir o protagonismo da árvore... Teriam de ser troncos especialmente pequenos e simples, portanto as pedras acabam mais fáceis de trabalhar. Agora vejo que provavelmente a tua escolha foi bem menos arbitrária do que me pareceu à primeira!
  22. Eu concordo com o bernax: os caracois são dos melhores "elementos de equilíbrio" do aquário. Corrigem os excessos, e tudo seria pior sem eles. Bernax: quais são os nocturnos de que falas? Abraço
  23. Sim, isso é verdade: não há planta que eles poupem!
  24. Também é preciso ter em atenção os níveis de cobre no Substral... Os camarões não vão gostar nada... Para distinguir os sexos, como o Bytter disse, as fêmeas têm uma coloração mais intensa quando adultas (embora possam produzir ovos antes da cor definitiva). Para além disso tendem a ser maiores do que os machos... Mas estas duas formas não funcionam quando temos camarões de várias idades e tamanhos. Só as fêmeas formam uma espécie de "cela" no dorso, logo depois da cabeça (sinal de que se estão a formar ovos) e, o teste mais definitivo, as fêmeas têm sempre umas abas laterais no abdómen muito mais prolongadas do que os machos (é entre essas abas que transportam os ovos).
  25. É claro que também não sabemos como os guppies estavam (é estranho não terem logo apetite), mas... O carvão tem prazo de validade (ou será melhor dizer de capacidade?). Ao fim de algum tempo deixa de ter essa capacidade de absorver substâncias químicas e, dizem, até faz pior: devolve-as à água... Nunca usei. Isso combinado com um ciclo por fazer... Há aceleradores de ciclo nas lojas: são frasquinhos com as bactérias de que precisas. Para as plantas, o que precisam são plantas de crescimento rápido, como ceratophillum, elodea, etc.. Absorvem amónia e nitratos à mesma velocidade com que crescem. E crescer rápido é bom sobretudo se tens 200 litros e poucas plantas...