Nuno Prazeres

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Tudo publicado por Nuno Prazeres

  1. Se as tuas medidas estiverem correctas e se se mantiverem estáveis não me passaria pela cabeça agredir semelhante equilíbrio juntando kalk.
  2. Tinha escrito isto como resposta a outro assunto deste sub-fórum mas o tema pareceu-me tão apaixonante que decidi criar um assunto próprio. Há empresas que apregoam qualidades milagrosas dos substratos que vendem mas tenho sérias dúvidas que o efeito destes no equilíbrio químico da água seja muito significativo. Os processos biológicos serão sempre mais relevantes. Ter SPSs e LPSs ou mesmo coralina a desenvolver em força só com base na solubilidade do substrato só pode ser uma miragem a não ser que, como se está a testar nos Estados Unidos, se façam injecções controladas de CO2 no próprio substrato. A ideia é ter um reactor de cálcio no próprio aquário. De facto isto faz todo o sentido e não tenho dúvidas de que mais dia menos dia algum génio (e há muitos e bons neste fórum) arranjará uma solução e vamos passar a injectar água rica em CO2 no próprio aquário porque se conseguirá (por exemplo com difusão pela parte inferior do substrato) fazer com que a água mais ácida percorra uma quantidade suficiente de aragonite para ser eficiente a produção de Ca e bicarbonato dissolvido, conseguindo-se um efeito equivalente ao dos reactores "clássicos". Outra via bem mais bela é proporcionar bio-actividade não fotossintética suficientemente intensa (respiração) fazendo com que o subproduto desta (CO2 dissolvido) tenha o máximo de contacto possível com o substrato. Assim ficamos com um reactor de calcio natural e de certa forma auto-regulável. As experiências que estão a ser feitas passam por usar sistemas de tubos ocos, tipo serpentina, colocados por baixo do substrato com água a circular lentamente e potenciar a sua colonização por organismos de elevado metabolismo. A concentração de CO2 na água que circula nessas tubagens será suficientemente maior para que o pH baixe para níveis próximos dos reactores de Ca na saída do tubo. Depois estará uma quantidade suficiente de aragonite (o próprio substrato) que ao ser atravessada por água com um pH baixo dissolverá aumentando a concentração de Ca e Carbonatos na coluna de água. Resultados destas experiências não tenho mas vou mandar um email ao autor e depois comento no fórum. Vai ser difícil é arranjar um bicharoco que sirva estes propósitos... As bactérias serão sempre o principal candidato mas claro que também têm de conseguir desenvolver-se em número suficiente para, à custa do que comem no aquário, produzir o CO2 necessário. Se calhar não será possível resolver esta parte... Se isto acabar por resultar poderemos estar prestes a viver mais um belo momento na evolução da aquariofilía de reef. Depois do escumador, da rocha viva, da kalk, das HQIs e T5, o que virá a seguir?
  3. A bomba é uma Tunze (a que se usa no osmolator) por isso trabalha a 9V. A ideia era usar um relé 9v/9v para usar a mesma fonte de alimentação se bem que assim fico com o circuito de controlo em paralelo com o circuito actuador e na volta continuo com as intereferências inductivas. Quanto à turbulência concordo integralmente mas a minha "senhora" tem uma relação difícil com qualquer tipo de ruído que venha do aquário por isso não quero arriscar. Quanto à maneira de fazer TPAs, o seu a seu dono e o autor da ideia é o HugoRSF! Obrigado Hugo! Aliás esse aspecto até me fez agora surgir uma ideia que passa por ter uma mangueira articulada (tipo piscina) ligada a essa válvula e deixar a extremidade dela no refúgio. Se a válvula tiver perdas a água não irá a lado nenhum. Por outro lado até posso não fechar totalmente essa válvula e, dado que nem toda a água que vem do aqua passa necessariamente pelo skimmer, colocar a saída dessa mangueira no lado esquerdo do refúgio apontada para o zigzag. Nesse caso teria seguramente a tão almejada turbulência sem ter quedas de água! Até teria turbulência "controlável". Usaria a válvula e posicionava a mangueira de modo a optimizá-la. O que me dizes?
  4. Concordo. Graças a Deus nunca tive fêmeas comedoras de ovos. Como os meus apistos têm uma dieta de comida viva de 90% para cima se calhar esse facto contribui para sentirem menos apetite pela "omolete". Quanto ao borellii de facto aquilo é "basta juntar água". Quanto ao aga foi um trabalhão para ter a primeira desova viável (só resultou quando comecei a trabalhar com uma conductividade de 25 mS/cm) mas depois, a segunda e terceira geração já desovava bem por volta dos 100/120. Agora o trifasciata é que me enche as medidas porque é um peixe muito equilibrado. Não é tão agressivo como o aga e não é um badochas como o borellii. Do ponto de vista comportamental é um regalo para qualquer aquariofilista.
  5. Como estou na fase de projecto e tenho reparado que este tema é bem complexo tenho feito uma pesquisas em busca de inspiração. É incrível a quantidade de fotografias submarinas em reefs com enormes quantidades de informação que pode ser transposta para os nossos aquários. Aqui ficam alguns (poucos) exemplos e convidava os outros membros deste fórum a colocarem mais fotos dessa natureza neste assunto. Penso que serão úteis para todos.
  6. É simples mas penso que só funciona com o esquema das OR. :D Abre-se a bomba e retira-se o elemento magnético. Depois com algum cuidado puxa-se o rotor até sair (a peça de plástico com as pás ou agulhas - no caso duma bomba de skimmer). O elemento magnético fica com uma espécie de baioneta à vista onde encaixa a peça que acabamos de retirar. Envolve-se a dita baioneta em teflon de isolamento (deve-te ter sobrado algum da tua canalização) e depois volta-se a montar o rotor. MUITA ATENÇÃO POR CAUSA DAS ANILHAS DO EIXO CERÂMICO PORQUE SE PERDEREM É NECESSÁRIO MANDAR VIR NOVOS. Qual é o princípio deste método e porque é que reduz ruído? 1 - diminui a vibração no eixo da bomba 2 - como nas oceanruner o rotor pode rodar cerca de 3/4 no eixo do elemento magnético (penso que para poupar o mecanismo quando a bomba arranca) com o teflon acabam "essas liberdades" que na prática para pouco servem a não ser paras provocar ruído. Atenção que as bombas de escumador fazem sempre algum ruído por causa do ar a passar. Acho que é inevitável
  7. Obrigado pela resposta. Ruido!!! Quanto menos melhor. Quanto à turbulência vou ter uma circulação útil de cerca de 2500 l/h o que num espaço com aquela litragem é um turnover a atirar para os 30x/h. Bem sei que é excessivamente direccional mas não se pode ter tudo... O sistema de boias que tenho é muito sensível. Em testes num balde de 10 litros está a gerir a reposição com margens de milímetros o que até é bom demais porque a bomba liga e desliga demasiadas vezes. Estou a pensar por um timer para a reposição estar activa 15 minutos desactivada outros 15 em ciclo infinito. O grande problema que tenho é que a bomba de reposição está a criar intereferências com o mecanismo electromagnético do floatswitch. Se a boia estiver a controlar outra coisa (lâmpada, ventoinha, brinquedo do meu filho) tudo bem, quando lhe meto a bomba em série às vezes cola o que é muito grave. Se calhar tenho de isolar o circuito de controlo do circuito de actuação com um relé. :D Eu tenho o equipamento para fazer o seguinte (mas claro que estou aberto a alternativas): A saída do aqua para a sump encontra um "T" e na extremidade horizontal está uma válvula de esfera que estará quase sempre fechada. Como na extremidade vertical do "T" está a válvula de esfera de controle do fluxo da sump, para fazer uma muda, basta fechar a segunda, ligar uma mangueira à primeira e abrí-la. Parece-me bastante simples e fácil de operar até porque a bomba vai continuar a funcionar. O único efeito que se irá notar numa muda de 25 litros é que o nível de água na zona esquerda da sump baixa para aí 15 a 20 cms.
  8. Como é que consegues ter esse KH e concentração de Cálcio? Desculpa mas parece-me demasiado bom para ser verdade considerando que não adicionas nada. Eu mediria os parâmetros com um teste de outra marca e só depois pensaria na questão da kalk.
  9. Concordo inteiramente com o Duarte e com praticamente todos a partir daí apenas discordo ligeiramente do Ricardo porque me parece que ter uma área na net inteiramente virada para este tema permitirá estruturá-la ao gosto dos utilizadores coisa que o espaço oferta não consegue fazer. Por exemplo uma informação relevante era saber quem tinha o quê a cada momento o que temos de convir é muito difícil de saber apenas via forum oferta. Provavelmente criava-se uma dinâmica em que se conseguia inclusivamente fazer algumas transacções com pessoal de fora. Uma viagemzinha no fragpost dá para entender perfeitamente o que andamos a perder por vivermos aqui num cantinho fora do mainstream da indústria de aquariofilia de água salgada.
  10. Corys e outros loricarideos pequenos são perfeitamente compatíveis com rams. A botia palhaço também mas eu nunca teria um peixe desses porque são animais que crescem até aos 30cms e nos nossos aquários típicos ficam completamente anões. Quanto à filtragem, eu optaria por lã (perlon), turfa e carvão activado se não gostares de ver a água com cor.
  11. Para suportar o sistema de 350 litros que estou a projectar http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...pic.php?t=26883 estou a pensar em usar uma sump nas condições abaixo. Em primeiro lugar há que dizer que é relativamente pequena por isso o espaço destinado a refúgio irá resumir-se a uma área de apenas 45 litros úteis fora os que serão “comidos” pela areia (não devo colocar mais de 8cm de Aragamax). A água circulará da direita para a esquerda e a ideia será ter a zona de escumação logo na entrada. Vou colocar dois vidros fazendo um zigzag com a passagem do primeiro junto ao fundo e do segundo à superfície para eliminar possíveis bolhas que sobrem do processo de escumação. O nível da água da sump deverá ficar 2,5 cms acima do segundo vidro isto porque não queria que se formasse uma queda. No entanto se a evaporação ou uma muda fizerem baixar o nível da sump, esse sistema assegura a manutenção do nível nos 35 cms o que permite manter estável o nível na câmara de escumação evitando-se assim uma quebra no funcionamento do skimmer ou necessidades de recalibração. A bomba de retorno ficará alojada numa coluna húmida com os bordos bastante baixos 15 cms para que a bomba não corra o risco de ficar a funcionar em seco em caso de baixas ligeiras de água ou mudas. Como no máximo vou fazer mudas de 25 litros o que representa uma perda de cerca de 15 cms de altura na sump, ainda ficam uns quantos úteis até que a bomba fique em seco. Convirá dizer que vou por um “T”, com válvula e ponteira, no retorno do aquário para simplificar as mudas mas um sistema assim só funciona se a bomba permanecer em funcionamento. Podia optar por colocar o “T” na saída sump->aquário mas, devido ao “design” do móvel, é mais fácil ao contrário. Enfim... aqui fica o desenho. Toda e qualquer crítica será bem vinda!!!!
  12. Não Rui Apenas constato isso quando podo o refúgio do meu mini. A perturbação súbita no substrato é de tal ordem que seguramente não pode trazer nada de bom. Esse choque no pH é relativamente óbvio devido à acumulação natural de pelo menos CO2, NO2 e H2S no interior da DSB. Estes compostos têm todos natureza acidificante (e o H2S intoxicante) e são subitamente expostos à coluna de água logo puxam o pH para baixo e depois já se sabe... o fosfato de cálcio vai atrás dissolve e depois aparecem as algas, etc... Enfim... sempre que há poda o escumador tira mais, os peixes andam dois dias chochos e os corais em vez de estenderem bem os pólipos à espera da "caquinha" encolhem-se valentemente. Em Portugal não conheço ninguém a "trabalhar" com outros vegetais que não Caulerpa e Mangais nos refúgios. A net está cheia de gente que usa outras vias como "turtle grass" (nome científico???) e Chaetomorpha sp.. Não faço ideia se terão raízes profundas como a Caulerpa mas se forem mais simples de podar e tiverem um rendimento (produção de massa vegetal seca por unidade de tempo) do género da Caulerpa, gostava de experimentar. Por falar em rendimento, parece que os mangais são nesse capítulo uma relativa ilusão.
  13. Cuidado com os bivalves em aquário porque os não fotosintéticos necessitam de enormes quantidades de alimento coisa que por princípio não deve abundar em aquários como os nossos. Por outro lado a morte dum bivalve com algum tamanho num aquário de 100 litros já se faz sentir na qualidade da água. Eu berbigões uso no aqua mas como alimento para peixes e corais
  14. O Diogo já tem um belo xanthurum por isso, a não ser que se comecem a promover batalhas de Acanturideos aqui no Fórum, não precisa de outro. Será que há alguém aqui no fórum que já tenha mantido dois xanthurum no mesmo aqua? Estou curioso
  15. Um dos problemas mais típicos mesmo quando se usa o silicone adequado é o respeito pelos tempos de secagem. O aqua tem de estar mesmo bem seco e a zona de colagem bem desengordurada. Depois há que esperar 24 idealmente 48 horas para se fazer o teste.
  16. Nuno Prazeres

    Algas verdes

    Acho que esse é o problema Eu tive um caso que durou 7 meses. 2 meses é pouco para o aquário estabilizar. Com o tempo ele vi lá desde que se controle bem o equilíbrio. Quanto à luz acho que o conceito de "luz a mais" não existe Agora com essa intensidade luminosa, um ligeiro problema é suficiente para transformar a coisa numa sopa de algas.
  17. De que tamanho vai ser o refúgio? Em princípio essa luz dá bem para algo na ordem dos 50 talvez 60 litros. Uma coisa... quanto mais próximo colocares a luz da água, melhor.
  18. Eu tenho 2 anos exclusivamente dedicados a apistos e por exemplo só consegui alevins viáveis à 13.ª desova. Estes animais trocam-nos as voltas muito facilmente e depois, mudando apenas um ou outro factor que muitas vezes nos passa despercebido, entram em "fernesim desovante". Eu tive um aqua com sump (total 450 litros) onde mantive as tais 3 espécies (aga depois saiu). E começando com um trio de trifasciata e outro de borellii, acabei com um aquário com mais de 50 peixes fora os muitos que fui oferecendo. Não sei se pelo tamanho do aquário se por outros factores a taxas de sobrevivência das ninhadas foi estupidamente alta. Quanto ao borellii tenho um caso paradigmático porque tive a minha primeira desova num aquário de quarentena com apenas 15 litros. Retirei o macho e a outra fêmea e a ninhada teve praticamente 100% de sobrevivência. Quanto a predação já a vi ocorrer por parte de outras espécies de apisto (os aga são os mais vorazes dos 3) e por parte de tetras mais precisamente os néons cardinais que não são propriamente santos. Cheguei a ter barbos tigre com agassizii mas era tal a dose que o casal lhes dava que eles se remetiam a um canto do aquário acabando por deixar a ninhada crescer em paz.
  19. Guppys e rams no mesmo aquario é tenter agradar a gregos e troianos. Ou terás as condições para uma espécie ou para a outra. Quanto à água castanha, amarela, verde, etc..., é a cor dela na natureza podendo ser provocada por, ácidos húmicos (castanha), compostos orgânicos dissolvidos (amarela) ou phytoplancton (verde). Dentro de determinados limites a coloração da água não é nociva para os peixes antes pelo contrário. Com uma combinação de turfa com carvão activado talvez consigas uma solução estável em que tenhas pH baixo e água cristalina. Alternativamente podes usar CO2 caseiro (baixa o pH) e plantar mais o aqua. O carvão activado é que será sempre incontornável para manter a descoloração da água.
  20. O areão de coral é uma excelente opção devido ao efeito positivo que tem na sustentabilidade dos parâmetros químicos embora algo duvidosa em termos estéticos. Quanto à estruturação do aquário depende um pouco das espécies que vais ter mas uma parede de rocha é sempre uma boa solução. Quanto às rochas em si. Gosto bastante de rochas calcárias com buracos como por vezes aparecem à venda no espaço oferta. Recomendo que faças uma busca tão exaustiva quanto possível na net sobre fotos submarinas no Lago Malawi. Seguramente que isso te irá ajudar a estruturar o aquascaping. Depois coloca aqui as fotos!!!
  21. Tens de multiplicar a potência da luz por 3 embora se a duplicares já terás resultados.
  22. Eu uso troncos de videira há 20 anos sem problemas. Lavo-os bem e depois fervo-os. Depois ficam imersos num bidon seguros por pedras porque normalmente ainda boiam depois da fervura. A água fica bastante escura por isso convirá mudá-la com regularidade. Quando os troncos deixam de boiar, levam uma última fervura porque não é raro criarem fungos e então estão prontos para ir para o aqua. A formação de fungos pode voltar no aqua mas comigo tem sido um fenómeno passageiro.
  23. Já fiz isso e como foi muitíssimo gradual e sempre feito com as bombas desligadas, não criou grandes problemas.
  24. Eu cada vez gosto menos da ideia de DSB com macro algas. Além daquele famoso artigo do Advanced Aquarist ter vindo desmistificar um pouco algumas das noções até então mais ou menos universalmente aceites sobre DSBs o facto é que cada vez que se faz uma poda de Caulepra enraizada num DSB, a perturbação é de tal ordem que não pode seguramente ter efeitos positivos.
  25. Isso!!! Novas fotos precisam-se!!! Há membros deste fórum que pela representatividade que têm deveriam ser obrigados por lei a fazer post de fotos com uma frequência mínima mensal!!!! Também estou em pulgas para começar a ver o teu novo projecto (que penso para já estar só na cabeça) a aparecer cá pelo fórum!