Nuno Prazeres

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Tudo publicado por Nuno Prazeres

  1. Quase seguramente uma Botia lohachata.
  2. Por acaso até há um killi em Portugal mas, lá está, é uma espécie invasora. Em conjunto com a G A M B U S I A, é responsabilizado pela quase extinção da espécie espanhola de Aphanius (a do sul, há outra na zona norte da costa mediterrânica). http://www.fishbase.org/summary/3192 Tanto quanto sei ocorre no Sapal de Castro Marim. Isto é mais ou menos um tiro no escuro mas esse Aphanius teria todas as condições para viver à grande na zona estuarina do Guadiana. Resta saber se não chegou mesmo a existir por lá e se este e a outra emigrante não deram conta dele. Segundo a literatura científica há referências deste peixe bem perto da nossa fronteira no estuário fica na zona de Huelva. Indo diretamente à tua pergunta... se calhar até já houve killis realmente portugueses (e não há muito tempo) mas as espécies invasoras usurparam-lhe o ecosisstema... Não é difícil pensar que aquela mancha vermelha podia antes começar um bocadinho mais à esquerda nomeadamente chegando ao Guadiana e à Ria Formosa. A capacidade de sobreviver em meios salinos permite pensar que poderá ter menos dificuldade em distribuir-se pela costa por via marinha. Provada a existência passada deste peixe no nosso País (honestamente não tenho nem ideia se há registos dele por cá mas como disse não me parece de todo absurda essa possibilidade), era recomendável uma tentativa de reintrodução a partir de reprodução em cativeiro como se está a fazer com o Lince.
  3. Eu falo por experiência própria. Por muitas TPAs que fizesse, foram raros os peixes que consegui fazer crescer até um tamanho decente se não tinha um volume de jeito. Mas grande parte disto passou-se há mais de 20 anos. Entretanto houve quase meia centena de gerações da maior parte das espécies comuns que nasceram em cativeiro por isso admito que hoje em dia seja mais fácil. A qualidade da filtragem e da alimentação também terá aumentado.
  4. Boas. Acho um bocadinho exagerados para esse vokume. Talvez metade desse fluxo já chegasse. Os Eheim que tive sempre foram muito silenciosos.
  5. Eu não ia por aí. O problema das invasoras não se restringe às ilhas. As espécies de killies espanhois que referi quase foram riscados do mapa pela g a m b u s I a. Quando a evolução dos ecossistemas ocorre fora do tempo natural devido à intervenção do homem, temos em geral problemas. O meu post foi no sentido de ilustrar que é rídiculo lutar contra invasores meramente proibindo a respetiva venda. Que eu saiba, (e acompanho este tema há anos) essa foi a única medida visível contra os peixes invasores. Numa palavra: ridículo
  6. Obrigado! Eu também espero ver e aprender. O maior interesse que tenho neste tipo de soluções fora do comum é precisamente esse. O ponto que levantas da circulação é muito relevante. Quanto à filtragem, a circulação no tanque principal é principalmente à superfície porque a entrada para a sump é feita para uma coluna seca exterior e a saída da bomba é do lado oposto, também à superfície. No entanto as folhas mexem muito ligeiramente com a corrente pelo que não me parece haver zonas completamente estagnadas. Ainda que sem exageros, quero que o tanque pareça um rio e que os peixes, em média, apontem naturalmente para a corrente como acontece na natureza. Acrescento que folhas saturadas de água têm alguma densidade e como o aquário tem para aí 50 cm de coluna de água, dá para ficar tudo no sítio. Quanto à velocidade de circulação, medi agora mesmo com um cronómetro e um balão graduado e deu-me 350 litros/hora reais. Estou a usar duas powerheads em paralelo como bomba de circulação de recurso. Mais para a frente vou meter uma bomba a corrente contínua para que possa controlar o fluxo adequadamente. O biótopo que queria replicar tem correntes à superfície na ordem de 0,5 a 1,0 m por segundo, Para chegar aí penso que terei que ter a bomba a dar perto de 3 vezes a atual circulação. Dá um turnover perto de 3x a litragem por hora. Cheguei a ter um tanque de água salgada com 50x por hora... Não sei onde andam as mais bem aceites teorias da boa filtragem hoje em dia, mas já li de tudo quanto aos turnovers de água doce... Desde 3x até 10x, encontra-se de tudo... É incrível como ainda não houve ninguém que se desse ao trabalho de pegar para aí em 5 a 10 tanques de 100 litros, meter um filtro biológico em cada um exatamente com o mesmo material em qualidade e quantidade e num punham tipo 100 litros/hora, noutro 200, etc... Depois era meter a mesma quantidade de amónia em cada um e ir medindo a ver qual dos turnovers limpava aquilo mais rapidamente. Era uma experiência relativamente fácil de fazer com bombas de corrente contínua e a comunidade agradecia... Acho que manter o pessoal na dúvida, rende mais a toda a gente. A mesma experiência poderia fazer-se variando as massas filtrantes e não o turnover mas aí é que era capaz de haver quem não gostasse mesmo... Bem ... já estou para aqui a divagar... Uma última nota para dizer que como espero andar a deitar fora plantas flutuantes em barda pelo menos uma vez por semana, a capacidade do meu filtro pode não precisar de ser a ótima para aquela litragem.
  7. Em 10 anos as espécies mais comuns devem ter produzido perto de 20 gerações adicionais em cativeiro pelo que estarão mais adaptadas a essa alimentação. Além disso também acredito que a atratividade do alimento granulado tenha evoluído já que as marcas só têm a ganhar com isso. Os meus primeiros trifasciata eram F1 e sem comida viva era certinho que morreriam à fome...
  8. Desculpem a nota mas em 2014 "proibir" a G a m b u s i a é como meter o Ronaldo aos 89 minutos quando se está a perder 6-0... Importa agora, isso sim, procurar uma estratégia de defesa dos ecossistemas que ainda preservam alguma biodiversidade e que estão vulneráveis a essa e outras espécies e aí sim, numa solução abrangente, defender o que ainda é possível defender e procurar reduzir ao máximo a probabilidade desta praga lá entrar e proliferar. Em Espanha os Aphanius sp. e a Valencia hispanica aparentemente têm beneficiado dos esforços integrados de conservação (que em alguns casos passaram pela reprodução em cativeiro e reintroduções controladas após combate feroz à G a m b u s i a).
  9. Apesar deste tópico estar adormecido pareceu-me humildemente que deveria deixar o meu contributo. Já não tenho ciclídeos anões há 10 anos mas, como tinha um número relativamente reduzido deles, dava para os alimentar exclusivamente com comida viva. Dá muito menos trabalho do que parece e a recompensa é óbvia. Tinha uma caixa de plástico na varanda com uma cultura de Daphnia na qual a partir de certa altura começaram (para minha grande tristeza, como devem imaginar) a desovar mosquitos de larva negra e mesmo bloodworm. Era passar a rede, colocar no tanque e pronto. Quando tinha alevins, usava uma rede mais fina. A cultura é muito fácil de manter. A minha tinha para aí 15 a 20 litros de água e uma produtividade impressionante. Colocar a caixa onde apanhe sol todos os dias mas no máximo uma a duas horas (este fator é importante). Depois é água velha de TPAs, folhas de sobreiro ou azinheira secas, deixar ficar uma semana. Juntar as Daphnia e alimentá-las com fermento de padeiro fresco (o liofilizado não dá). O fermento é previamente dissolvido e colocado apenas na quantidade suficiente para deixar a água muito ligeiramente turva. Sempre que a água fique quase cristalina, junta-se mais. Quanto mais Daphnia houver maior deve ser a frequência de alimentação da cultura. Deve-se dar sempre mais ou menos a mesma quantidade por isso a variável crítica é a frequência. Caso se faça de outro modo, os riscos da cultura ir embora são muito maiores. Tinha também uma cultura de vermes de grindal que apenas usava de 3 em 3 dias porque, ao que parece, estes bicharocos são nutricionalmente desequilibrados. Finalmente tinha a boa da artemia recém nascida que dava inicialmente de 3 em 3 dias. Quando começou a haver alevins, passei a dar duas vezes por dia mas usava um tubo para a fazer sair junto à nuvem de alevins. Nunca tive um Apistogramma que tocasse em granulado ou comida seca (e mantive borellii, trifasciata e agassizii, que são as três bem comuns). Artemia congelada seria talvez o limite máximo...
  10. Evoluções recentes: A - Aquascaping: Sendo o meu atual aquascaping na prática inexistente, fui à procura de troncos. Encontrei um com excelente aspeto mas receio que seja grande de mais para o tanque. Logo veremos se ainda há que dar uso ao serrote... Entretanto aproveitei a ausência natalícia da gestora do meu espaço doméstico para fazer a respetiva "cura" num local à partida proíbido. Este magnífico tronco (penso que de urze) foi recolhido junto ao mar num local onde levava com ondas na preia mar. Estava bem preso às rochas pelo que ficou ali durante algum tempo a limpar a casca até que eu ou uma tempestade maior o levasse. O facto de estar exposto ao sal obriga a um cuidado acrescido mas tem a vantagem de se encontrar relativamente esterelizado já que são muito raras as patogenias do meio salino que depois se conseguem adaptar em água doce. Como curar um tronco recolhido numa praia sem gastar muita água? Material: 1 - tanque onde se possa imergir se possível por completo. 2 - pedras previamente limpas 3 - medidor de codutividade ou TDS Método: Enche-se o respetivo recipiente de água e utilizam-se pedras previamente limpas para evitar que flutue. Estas são fixadas ao tronco com abraçadeiras plásticas (em inglês: zip ties). Podem-se usar outros métodos para prender as pedras mas importa usar sempre materiais não orgânicos ou metálicos. Cheio o recipiente, mede-se a condutividade da água (ou o total de sólidos dissolvidos). Anota-se o valor. No dia seguinte repete-se o processo à mesma hora e verifica-se a subida. Vai haver um dia em que a subida é inferior a 5%. Nessa altura faz-se uma muda total. Vai-se repetindo o processo até a tal subida menor que 5% acontecer logo no primeiro dia após uma muda total. Nesta altura o resto da cura já pode muito bem ser feita no local definitivo, o aquário. As TPAs que resolvam algum excesso residual de mineralização. Se ainda houver flutuabilidade, as pedras devem seguir com o tronco mas muito cuidado com a operação porque pedras em movimento perto de vidros é algo que exige no mínimo cuidados redobrados. No meu caso comecei com TDS de 100 e a coisa só estabilizou nos 450. Fiz uma muda total e espero ter o tronco curado nos próximos 5 dias (tempo total: 10 dias mas tinha perto de 8 kg antes de ir para a banheira - é um valente tronco. Tenho um muito mais pequeno a curar e em 5 dias já está praticamente pronto). Acrescento que quando um tronco leva com a maré cheia há uns tempo, já está parcialmente saturado de água pelo que a flutuabilidade era mais baixa do que o habitual. O único problema que este menino me está realmente a dar é que fica com uma parte de fora por isso tenho que o virar de vez enquanto. Pelas medidas que tirei, vai caber à justa mas um dos ramos vai sair pela superfície que é coisa que até me agrada bastante do ponto de vista do realismo do cenário. O único problema é que provavelmente ficará com a parte mais grossa e por isso com maior impacto visual demasiado perto do vidro lateral quando as boas regras do aquascaping mandariam que ficasse sensívelmente a 1/3 do comprimento. Logo veremos. B - As milagrosas pinhas Gostando eu de águas negras, nada como pinhas de amieiro para complementar o efeito das folhas. Ora já tinha encontrado uma árvore mas a colheita foi escassa e acabei por trazer apenas uma centena delas. Voltei ao local e a pouca distância encontrei outra árvore literalmente carregada delas. Peguei numa cana e dediquei 30 minutinhos à apanha da pinha. Ainda não as estou a utilizar, contudo. Penso dar-lhes uso fazendo a àgua das TPAs passar por um "filtro de pinhas" garantindo assim que a água nova já entra com coloração, uma alta concentração de taninos e um pH mais apropriado. Um belo amieiro (para quê usar folhas importadas de castanheiro da Índia quando temos cá em Portugal destas maravilhas ): E o respetivo fruto: C - Plantas: A Phylanthus fluitans já parece ter "pegado" à séria começando a exibir as folhas rosadas da variedade "red". Acrescento que já aumentou perto de 1/3 no que toca à superfície coberta pelo que está de facto a desempenhar a tarefa para a qual foi "contratada" que é complementar a ação do filtro na despoluição da água servindo-se apenas do CO2 do ar. Peço desculpa pela qualidade da foto mas pelo menos dá para se verem rebentos e a mudança de cor. Entretanto mais algum estudo levou-me a preferir (ou pelo menos querer testar também) a Limnobium laevigatum. Parece que formam raízes muito longas que vão contribuir melhor que a Phylanthus para se obter o efeito visual que pretendia. Se alguém em Lisboa tiver para oferecer ou trocar um pé por duas dezenas de pinhas de amieiro, é só mandar-me uma MP. Boas Festas para todos!
  11. Não estás a abusar de todo. Num fórum como este o abuso é não ajudar os outros. Ora bem... Eu reproduzi Colisa lalia quando tinha 16 anos e hoje tenho 48. Por isso dá-me o desconto que achares apropriado. Eu vi a desova toda. Lembro-me de muito porque foi daqueles momentos da vida que não se esquecem. A água estava a 26 graus. A dureza era de 2DH e o pH a 6,4. A desova aconteceu ao final do dia. A fêmea dirigia-se ao ninho. Dava-se o famoso abraço e os ovos, de cor amarelada, subiam para o ninho. Isto repetiu-se umas quantas vezes até ela deixar de tomar a iniciativa. A fêmea antes da desova estava com a barriga volumosa. Depois via-se uma notável diminuição. O resto foi como já tinha descrito. Quanto à alimentação dos alevins, tinha a vantagem do aquário ser relativamente velho e penso que nos primeiros estágios eles alimentaram-se dos infusórios que por lá andavam. Depois foi artemia recem nascida e pronto. Agora... Para chegarem a adultos com o crescimento completo, exige-se um tanque com mais de 100 litros, muita tpa e comida de qualidade. E pronto, do que me lembro era isto.
  12. Uma coisa é desovarem, outra é reproduzirem-se no sentido de terem descendência que atinja a idade adulta. Desovar em conunitário, desde que com peixes calmos e pacíficos, é coisa comum mas não conheço casos de sobrevivência dos alevins. O macho às tantas perde o interesse, o ninho desfaz-se e os alevins acabam como refeição. Em tanque reservado para o efeito, a coisa muda de figura. Assim que a fêmea desova, retira-se. O macho até pode vir a matá-la. Assim que os alevins nadem ou o macho deixe de cuidar do ninho, retira-se o macho. A Colisa lalia foi o primeiro ovíparo que reproduzi. O processo é fascinante. Vale a pena investir tempo e esforço.
  13. Convinha também não confiar cegamente no teste colorimétrico. Se puderes arranjar uma loja que te meça a água só para teres a certeza, não se perdia nada. Às vezes o problema é do teste e não da água.
  14. Nuno Prazeres

    Calha led 10w

    Também te posso tentar ajudar. Sabes-me indicar os dados técnicos dos leds?
  15. A minha fonte permite 3 tipos de regulação uma delas por pwm que é compatível com o arduino. Pessoalmente acho que os XL-M são os únicos que merecem regulação de intensidade. Para os outros basta Liga/Desliga o que implica relays.
  16. Outro aspeto chato de teres cobre na água é a "portabilidade" dos peixes. Qualquer um que nasça e cresça nesse ambiente não vai ter o sistema imunitário totalmente preparado para os parasitas habituais. O cobre faz o trabalho todo e pronto. Depois vai para outro aquário e fica muito vulnerável. Isso acontecia há duas décadas com discus. Criavam e cresciam em quarentena de cobre. Chegavam a um tanque novo e enchiam-se de parasitas. Sugiro que, passa-se a publicidade, ligues para a A A Gonçalves Ferreira em Lisboa que eles devem ter isso em PVC e enviam. O de latão, punha no OLX.
  17. Fonte de PC Dar até dá mas como os leds pedem regulação decorrente e não de voltagem, obriga-te a colocares um dispositivo eletrónico adicional (buckpuck) e a dissipar nisso alguma potência. Na minha opinião, ir para fontes específicas para leds vai sempre ser mais rentável. Moonlight desde que tenhas um canal independente para os RB, podes usá-los para esse efeito. Altura 30 cms deve dar. É importante haver espaço por cima da calha para o calor ter por onde sair. As óticas múltiplas só dão se os leds forem todos do mesmo modelo ainda que possam ter cores diferentes. Como a montagem que sugiro tem 4 tipos diferentes de leds, és obrigado a usar óticas individuais. Não sei onde comprar mas dantes no ebay aparecia.
  18. Respondendo por ordem: No meu caso, só tenho os XM-L preparados para controlo da luminosidade. No sistema que sugiro apontaria idealmente para 4 canais mas isso implica um custo acrescido porque terias que ter uma fonte diferente para os UV e para os vermelhos. Os RB (royal blue), os UV (ultra violeta) e os R (red) ou estão ligados ou desligados. Sendo poucos não me parece que mereça a pena controlá-los em intensidade. Só mesmo os Cool White (CW) é que me parece fazer sentido terem tal capacidade. Supondo que teria essa lógica, faria este ciclo luminoso (para simplificar vou assumir que o dia nasce às 9:00 e o sol se põe ás 21:00. 08:00 - UV 100% 09:00 - UV 100% + RB 100% 10:00 - UV 100% + RB 100% + CW 10% 11:00 - UV 100% + RB 100% + CW 80% + R 100% 12:00 - UV 100% + RB 100% + CW 100% + R 100% 18:00 - UV 100% + RB 100% + CW 80% + R 100% 19:00 - UV 100% + RB 100% + CW 10% 20:00 - UV 100% + RB 100% 21:00 - UV 100% 22:00 - 0% Para controlares as fontes com o arduino precisas de mais dois "gadgets": um relógio de tempo real (compra-se no ebay por 10 eur ou menos); uma ponte de relays a 5V - também se encontra por lá. Estes devem dar... http://www.ebay.co.uk/itm/DS3231-AT24C32-I2C-RTC-Precision-Real-time-clock-eeprom-module-Arduino-UK-SELLER-/251742357740?pt=UK_Computing_Other_Computing_Networking&hash=item3a9d0388ec http://www.ebay.co.uk/itm/UK-STOCK-5V-4-Channel-Relay-Module-Shield-for-Arduino-ARM-PIC-AVR-DSP-/231423749712?pt=UK_BOI_Electrical_Components_Supplies_ET&hash=item35e1ee2e50 Quanto aos ângulos... A iluminação com base em diodos emitentes deste tipo tem um ângulo máximo quase sempre inferior a 150 graus (o típico é para aí 120). Além disso há uma diferença substancial entre a quantidade de luz que chega aos zero graus e a que é distribuída nas extremidades do ângulo útil. Por outro lado há um efeito desagradável que se prende com a dispersão de muitas pequenas fontes de luz pelo dissipador fora. Isso faz com que se houver cores diferentes e a calha estiver perto da água, ocorra o chamado "disco effect" que nada mais é que a sensação que as cores andam a dançar na água bão havendo por assim dizer uma mistura uniforme de luz, Como se resolve isto? Primeiro há que distribuir os leds na calha o mais uniformemente que se conseguir, Depois sabe-se que ao afastar a calha da água, as manchas luminosas de cada led individual atingem mais area e a "mistura de cores" fica mais eficaz Finalmente a solução mais comum é ter a calha bastante afastada da superfície e fazer conjuntos proporcionais de leds em poucos pontos do dissipador (neste caso poderiam ser 4 e cada um deles teria um UV, um R, dois RB e 5 CW) e depois usar óticas específicas para distribuir a luz em conjunto numa área que neste caso corresponderia a 1/4 do aquário. Como as fontes de luz partem de pontos próximos, o espectro chega à água já bastante "misturado". Falo de coisas deste tipo (que só se podem usar se os leds tiverem todos o mesmo tamanho): Ou fazendo individualmente (permindo assim usar leds diferentes):
  19. Dispõe! Este forum serve para isso. Aquilo que aqui resumi demorou-me 10/12 meses de árduo trabalho para reunir. Grande parte do que aprendi e dos erros que evitei deveu-se à ajuda online de autênticos artistas do DIY que altruisticamente me passaram toda a informação que sabiam. Tenho apenas obrigação de devolver esse serviço à comunidade o melhor que posso. A temperatura de cor é um dos mistérios que nunca consegui perceber realmente. Para água doce fala-se em 6500k. Para salgados começa-se nos 10000k e vai-se aos 20000 ou mesmo acima. 6500 parece amarelo e 20000 azul quase violeta. Os 10000k são de um branco agressivo azulado e os 15000 apresentam uma cor mais agradável eventualmente com o azul mais equilibrado. Ora eu com os leds passei a ignorar esta referência e a preocupar-me isso sim com os gáficos de distribuição espectral que normalmente acompanham os descritivos. O meu objetivo foi construir uma combinação que conciliasse o espectro de produtividade da clorofila com o "agradar à vista" do ser humano. Exemplo: A distribuição espectral dos CREE cool white Tem um valente pico no azul e depois no amarelo com o verde e o vermelho a serem bastante puxados. Agora vê a resposta cromática da clorofila - A que é o "combustível" chave dos corais: É a mesma "linguagem" científica e não fala de temperaturas de cor e graus kelvin. Nota que o pico "gordo" do cool white é quase ignorado pela clorofila A. Se quero maximizar a produtividade das zooxantelas dos corais um bom ponto de partida é dar-lhes luz com intensidade forte entre os 400 e os 450nm ou então entre os 660 e os 680. Os leds mono cromáticos têm apenas um pico e "infelizmente" tende a ser estreito. Mas há que tentar então usar isso a nosso favor. Na composição luminosa há outros fatores relevantes. Sei que a luz vermelha não penetra no oceano abaixo de 10 metros. Sei também que há provas que em excesso provoca bleaching. Por isso não me estico muito desse lado do espetro. Na montagem exemplo que indico, não vou além de 4 leds destes. Também sei que o pico dos cool-white no azul é muito fino e podia ser mais para a esquerda. Corrijo isso juntando UVs (ao nosso olho parecem violeta) e também Royal blue que supostamente têm o pico nos 445nm. Finalmente um aquário só com UV, Royal Blue e uns quantos vermelhos, por muito que pudesse puxar pela clorofila, iria parecer uma aberração cromática ao olho humano e deformar as cores dos corais e peixes. Por isso há que apostar nos leds de espetro alargado como os cool-white porque um aquário serve para ser admirado visualmente e não apenas para produzir hortaliça marinha.
  20. O latão contém cobre o que é nocivo para invertebrados. Se depois queres ter caracois ou camarões, vais ter problemas. PVC como foi dito por outro membro. Não é assim tão difícil de arranjar.
  21. Informação complementar: Os UV que tenho são estes: http://www.ebay.co.uk/itm/3W-UV-Ultra-Violet-Led-395-400nm-Plant-Grow-Aquarium-on-20mm-star-heatsink-UK-/291317383463?pt=UK_BOI_Electrical_Components_Supplies_ET&hash=item43d3de8127 E os vermelhos são estes: http://www.ebay.co.uk/itm/3W-655-660nm-Red-Light-LED-Lamp-Bead-Emitter-40-50LM-w-Star-Base-/191364966870?pt=UK_BOI_Electrical_Components_Supplies_ET&hash=item2c8e3da9d6 Os vermelhos devem ter um comprimento de onda da luz emitida acima dos 650nm porque há um pico da função de eficiência da clorofila nesta zona de cor. Também existem leds vermelhos por volta dos "625" mas serão menos eficientes a puxar pelos corais. Discute-se muito se a cor vermelha é ou não importante para os corais mas alguns dados empíricos apontam para vantagens se usada em pouca quantidade como complementar de luz azul. Para o olho humano o aquário também ganha mais "textura" fugindo-se daquela luz fria tipo flash que parece meia irreal. Finalmente os royal blue que uso são estes: http://www.ledrise.com/product_info.php?info=p1057_Cree-LED-XP-E-High-Power-Royal-Blue-350mW-XPEROY-L1-0000-00901-1x1-Square-PCB.html Estes leds estão todos a ser alimentados por fontes destas: http://www.ledrise.com/product_info.php?info=p401_Constant-current-supply-700mA-IP20-230V-Input-5-8x-3W-LEDs.html Com estas fontes para 8 leds alimentas 8 royal-blue e 4+4 UV+Red Resumindo: 20 XM-L montados em duas séries (10+10) com um Meanwell HLG 150H B 36V 8 XP-E royal blue com uma source de marca branca da Ledrise 4 Epileds vermelhos e 4 UV do Ebay alimentados com uma fonte igual à dos Royal Blue. Para teres tudo precisas duma calha dissipadora com duas ventoinhas, fio, um ferro de soldar e respetiva solda e finalmente cola epoxy térmica para fixares os leds ao dissipador: http://www.ledrise.com/product_info.php?info=p1674_Arctic-Alumina-thermal-adhesive--2x-3-5g-.html O Meanwell encontras aqui: http://pt.mouser.com/ProductDetail/Mean-Well/HLG-150H-36B/?qs=3IPTn0w%2F0t%252bey4soXOXAYw%3D%3D Dissipador: Podes comprar a metro aqui (mandam por correio): http://aradas.olx.pt/dissipador-de-aluminio-para-electronica-iid-445324703 Consegui convencer-te?
  22. Boas, Também iniciei um projeto parecido mas nunca o concluí porque algumas questões da minha vida pessoal fizeram-me suspender as coisas. Acho que devias cortar o assunto às fatias... Sugeria-te que começasses por fazer a tal calha de leds. Isso vai dar-te um conhecimento de eletrónica básica que depois te vai ser precioso para o resto. Substituir o que tens já será um projeto suficientemente ambicioso mas que também tem a virtude imediata de tornar o teu sistema de iluminação mais rentável. Se quiseres mais para a frente podes fazer o arduino controlar tudo e mais alguma coisa mas quanto mais vais confiar nele mais sujeito estás a que um erro de software ou de hardware provoque uma catástrofe. Aqui vão alguns exemplos do que podes controlar num sistema de água salgada. Temperatura, pH - podes fazer adição automática de kalk se estiver baixo e injetar CO2 no reator de Ca se estiver alto Repositor de evaporação Período, intensidade e cor da iluminação Efeito luar Mudança parcial de água automática Temperatura do dissipador da calha de leds Velocidade das ventoinhas do dissipador dos leds Alarme sonoro de inundação Ativação dum sistema de circulação backup em caso de falha de energia Envio de SMSs com o estado do sistema ou aviso de falha grave Alimentação automática dos peixes e corais Adição de traces Ainda podes inventar mais se quiseres. Falando na calha de leds, na minha opinião precisas para substituir o que tens de 15 a 20 CREE XM-L cool white e depois uns quantos de 3w: 8 leds royal blue, 4 ultra-violetas e 4 vermelho puro. Há mil e um projetos desse tipo por essa net fora. A calha que eu fiz tem como iluminação principal estes Leds: http://www.ledrise.com/product_info.php?info=p2591_Cree-XM-L-2-U2--white-LED--1198-lm-XMLBWT-00-0000-0000U2051-Star-PCB.html alimentados por esta fonte: http://www.meanwell.com/search/hlg-150h/HLG-150H-spec.pdf A fonte que tenho é de 36V e é a versão B pelo que tem capacidade de controlar a intensidade dos leds mediante um sinal dado por um equipamento externo (por exemplo um arduino). Tenho duas séries de 10 leds cada uma e tenho a corrente nos 2000mA o que corresponde a 2/3 da capacidade máxima dos leds para ter ali uma tolerância razoável embora sem sacrificar muito a intensidade da luz. O efeito visual é, na minha opinião, semelhante a 3 HQIs novas de 150w 10000K. Os leds estão colados a um valente dissipador de alumínio e importa dizer que essa peça é muito importante porque é absolutamente essencial que a temperatura de funcionamento seja o mais fria possível sob pena de diminuir muito a vida útil (eventualmente baixa de 11 anos para algumas horas).
  23. Uma alternativa para sistemas pequenos é usar água de garrafão que tenha uma mineralização baixa (inferior a 20mg/l). Mas é pior que a osmose reversa e tem um custo que a prazo pode não compensar.
  24. Otos fazem todo o sentido aí. Apenas recomendaria algum cuidado com a possibilidade de sobrepovoares o tanque. Numa situação de normalidade, os borellii irão criar descendência.
  25. Quanto ao borellii podes começar por aqui: http://www.seriouslyfish.com/species/apistogramma-borellii/ Outros peixes que são muito úteis em qualquer tanque e que ficam bem neste biótopo (até porque ocorrem na região) são as Corydoras mais concretamente as aeneus (que são provavelmente uma das espécies mais fáceis). Finalmente parece-me que com um cardume duma espécie de tetras da região ficas com o aquário vivo, interessante e realista. Exemplo: http://www.seriouslyfish.com/species/hyphessobrycon-eques/ Quanto a plantas, a Echinodorus tennelus ocorre na região e forma tapetes excelentes para os alevins dos Apistogramma se protegerem.Outra planta da região é a Heteranthera zosterifolia. Ambas se dão razoavelmente bem mesmo sem CO2. Aqui encontras algumas fotos sub-aquáticas para te inspirares: http://wetpixel.com/full_frame/marcelo-krause-pantanal e aqui um video