Nuno Prazeres

Como reponsável por ter posto esta "pulga atrás da orelha do Hugo" devia saber mais mas para já sei que esse vidro é menos resistente que o "normal" pelo que se devem usar espessuras ligeiramente maiores e travamentos mais "agressivos". Estou certo que num dia não muito distante, ninguém se lembrará de fazer aquários em vidro com outro tipo de vidro frontal.

HQI. os tempos em que alguns usavam as HCI já lá vão!

Eu tenho um seticaudata e uma camarinha da costa que sobrou da fase de maturação inicial (às vezes coloco camarinhas grávidas no aqua e depois das desovas devolvo-as ao mar). Não tenho tido crises entre os dois.

Boas Francisco. Se não contas colocar peixes no teu 25 litros e se pretendes apenas tê-lo montado uns meses com rocha, areia e um pequeno coral ou macro-alga fácil apenas para aprender então avança. Agora prepara-te para algumas desilusões porque na minha opinião vais ter de gastar algum dinheiro e o retorno qe o aquário te dá não será dos melhores até porque qualquer micro-problema, com esse volume, se transforma em catástrofe. Entretanto pedia-te o favor de evitares usar abreviaturas em excesso aqui no Fórum. O nosso público é a aquariofilia de expressão portuguesa em geral por isso nem sempre terás todos os membros a conseguir entender os teus "posts". O resultado é que esses não te conseguirão ajudar :D

Primeiro parece-me qe a espessura do vidro 10mm é um exagero. 6 deve chegar principalmente se tiver travamentos. Agora o resto... CA eu mudo mensalmente mas vai depender muito da forma como o aquário está povoado. Quanto mais peixes mais CA e mais cuidado a substituir! UV - não sei responder, não uso mas uma potência baixa parece-me suficiente até porque não vamos querer matar todo e qualquer micro-organismo porque há muitos bem benéficos (por isso não uso). Iluminação - deste lado do Atlântico não se usam VHOs mas a iluminação proposta parece-me mais do que suficiente!

A frase tem salvo melhor opinião dois erros: 1 - a "água de osmose" não é alcalina - à partida se for de qualidade será próxima de neutra MAS o CO2 atmosférico dissolvido forma ácido carbónico não tamponado baixando o seu pH (é tecnicamente complexo medi-lo em água tão pura com métodos eléctricos por isso não confiem naquilo que o vosso medidor electrónico de pH indica para RO) 2 - o Hidróxido de Cálcio em pó é muito mais solúvel em meios ácidos pelo que alguns aquariofilistas mais manhosos não têm problemas em usar vinagre (ácido acético) para "forçar dissoluções" mais extensas do Ca++ O assunto do vinagre não é totalmente parvo porque a molécula do ácido acético acaba por "decompor-se" em elementos não acumulantes em aquário - contém apenas átomos de carbono, oxigénio e hidrogénio. Ainda há um detalhe engraçado: quanto pior a qualidade alimentar dele mais puro é (tem menos sabor logo menos resíduo orgânico). Agora têm que me dar o desconto porque eu tive uma nota mediana no teste do ReefCentral sobre química de reef .. Aquilo está muito giro. Vão lá espreitar!

Que eu saiba um Euplica é um caracol!!! Tu não andas bem... Eu olhei para o canto inferior direito da foto A culpa é do meu monitor que mostra o outro bicharoco demasiado escuro. Digam lá se aquilo não é pelo menos uma casca de Euplica

Obrigado pelos vossos comentários. Ontem houve mais um ajustamento no aquascaping e lá se foi alguma da verticalidade. Nestas coisas cada cabeça, cada sentença mas ainda está um pouco distante do meu objectivo inicial. Fotos brevemente. Quanto à Reefkeramic considero-a só mediamente interessante porque: 1 - não forma placas 2 - não forma troncos (tipo rocha Tonga) Estas duas vias ajudam muito na solidez física e visual dos "castelos de rv". Eu tenho alguma Reefkeramic lá metida mas coloquei-a principalmente em posições não totalmente visíveis. Quanto ao tema ruído a coisa é assim por ordem de intensidade: 1 - skimmer (fiz um silenciador para a entrada do venturi que reduz o problema a metade) 2 - HQIs (fazem um barulho bem chatinho mas conto acabar com ele quando fizer um upgrade para balastros electrónicos, lá para meados do próximo mês) 3 - bomba de retorno OR 3500 (assentei-a numa espuma e envolvi igualmente em espuma o tubo no ponto em que contacta com o painel de fundo do móvel) 4 - Maxijet (como só vai estar ligada meio dia e durante o período diurno, não há problema) 5 - Tunze Stream (coloquei umas espumas no Tunze Magnet e também tenho a possibilidade de reduzir a 3600 l/h no período noturno dado que tenho uma fotocélula no controlador) 6 - coluna semi-seca (como ainda me falta fazer um "pente" e uma pequena rampa, de vez em quanto houve-se um gotejar) De qualquer maneira, conto colocar paineis de insonorização no interior do móvel para eliminar praticamente os pontos 1 e 3 o que já representa um ganho bastante bom. Algém sabe onde comprar a chamada lã de rocha? Precisava de paineis com uma espessra reduzida (5mm ou menos). O problema mais chato para resolver agora é optimizar a difícil relação entre intensidade da stream (pode ir aos 12000 l/h) e a estabilidade da aragamax Por enquanto tenho a stream a fazer pulse entre 30 e 50% o que é manifestamente pouco. Tenho a sensação que se vou para os 12000 l/h nesta altura fico com a areia toda na sump e ganho um barebottom de presente. Vou apontar a stream mais para cima porque o ponto focal da saída está muito baixo a ponto da superfície quase não mexer. Quanto a estar tudo arrumadinho, levei tanto tempo a fazer o projecto que ele se prestou a isso. Eu sou muito desarrumado por isso quando olho para aquilo, nem parece feito por mim. Um aspecto que não tem aqui sido muito comentado são as correntes por detrás da rv. Quer uma quer outra solução estão a funcionar excepcionalmente bem porque ali não se acumula nada de nada.

Parece um Euplica sp. Se for, é bastante benéfico porque come algas.

Também há que levar em linha de conta o factor UV. Há relações balastro lâmpada HQI que produzem grandes quantidades de UV B e C que é muito mal tolerada pela grande maioria dos corais. Os vidros clássicos que a maior parte das as calhas trazem reduzem mas não eliminam totalmente o problema. Eu fiz uma calha DIY na qual coloquei uma AquaMedic de 13000k de 70w mas não meti um vidro protector. Serviu para ajudar a curar rocha num bidon. Resultado: só se desenvolveu coralina por detrás dum acrílico que lá tinha a suportar as boias do repositor (presumo que tenha sido porque este filtrava as UVs). Cheguei a meter lá um frag de Zoanthus e este quase queimou. A minha sugestão é seguires o que disse o Duarte mas, igualmente, pensares na possibilidade de substituir o vidro da calha por um mais grosso (temperado, obviamente) mas com reconhecida acção filtradora de UV. Até pode ser que não seja essa a causa, mas pelo menos é uma possível explicação.

Peço desculpa por usar este assunto para falar de alimentação mas numa conversa que tive com o conservador do Zoomarine, há uns anitos ele referiu-me que a estrutura dos ácidos gordos de proveniência marinha é totalmente diferente dos de origem na água doce. Por isso considera mais adequado fornecer alimento de origem marinha a animais marinhos e vice-versa. Eu penso que a diferença parece ser subtil (por exemplo em aquacultura nem de perto nem de longe se preocupam muito com isto) mas deverá haver algumas espécies ou fases de crescimento em que este facto conta. A artemia deve ter seguramente uma estrutura molecular compatível com os ácidos gordos correntemente consumidos por espécies de recife. Penso que é um branquiópode e também há dessa bicharada no zooplancton.

Duarte, De facto reparei, numa foto do teu, que tiveste de tapar as lâmpadas para evitar o encandeamento do observador. Não poderias resolver isso com umas "palas" de alumínio fixadas na "carenagem" da própria calha (ou então, para ficar esteticamente mais apelativo, uma pala em alumínio a todo o comprimento). Quanto à minha solução, queres "vizualisar"? É marcares uma hora que te sirva! A Stream e a Maxijet vão ficar ali mas conto fazer uma barreira de rocha a envolvê-la para não serem visíveis. Entretanto já tem água, mas está fria porque o termo avariou. :D Depois coloco uma actualização com fotos.

Tens razão! O aquário ainda não está a funcionar mas já testei 3 vezes o sistema com água doce. Amanhã vai ser dia de enchimento! Nessa altura trato desses detalhes todos. Enfim... detalhes que podem prevenir uma catástrofe

Não pretendo re-abrir o velho assunto da água natural contra artificial, mas quem como eu opta pela primeira tem SEMPRE uma referência excelente para verificar se o densímetro está bem calibrado. A água da nossa costa anda pelos 1025 por isso é totalmente adequada para reefs comuns em termos de gravidade específica.

Primeiro estudo de aquascaping. Tenho mais uns 8 calhaus vivos grandinhos a curar na arrecadação por isso isto ainda vai "engordar" um pouco. Tenho também alguns calhaus mais pequenos no mini que também têm de fazer parte da coisa porque serão eles a promover a colonização. Gostava de dar mais verticatidade a isto... Sugestões aceitam-se.

Boas Duarte. Obrigado pelas tuas palavras. Se a coisa finalmente está a ficar com bom aspecto a culpa também é tua não só pelos teus excelentes posts que tanto me ensinaram mas também por ter visto o teu sistema. Material usado para esconder a calha - 4 placas de MDF daquele verde que por sua vez têm interiormente ripas aparafusadas que assentam nas arestas de topo do aquário. Foi feito por um carpinteiro mas com paciência suficiente vai-se lá em DIY. Na parte superior das ripas, assentei outras ripas, essas à largura do aquário, onde depois pouso a calha. Se quero mexer no aquário, basta-me empurrá-la para trás embora não sobre assim muito espaço . Jogando com a espessura das tais ripas transversais posso variar em cerca de 5 cms a altura das HQIs. Balastros electrónicos: Mandei-te MP.

As PCs têm fama (não sei se proveito também) de terem uma vida relativamente curta. Eu iria sempre para T5 e HQI.

Está aqui tudo http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopic.php?t=445

A paciência que revelas vai-te ser muito útil. Eu acho que se queres cavalos marinhos tens de fugir um pouco ao esquema clássico porque eles necessitam de condições um pouco diferentes dos habituais peixes e invertebrados de recife. Vai lendo aqui o fórum que rapidamente ficarás com uma série de linhas orientadoras quanto ao material.

Benvindo ao Fórum! 5mm pode ser pouco se não tiver travamentos. Em caso de dúvida mais vale jogar pelo seguro. Se fosse eu a montar o aquário, esquecia a tampa de vez, mesmo com as ventoinhas, e usava uma calha suspensa com uma HQI de 70w, juntando-lhe talvez 2 actínicas T8 de 18w. A eficiência da luz não se deve medir em watts por isso a lógica dum watt por litro é talvez demasiado redutora. Canister, só se for sem massas filtrantes clássicas (bioballs, espumas, etc...). Pode servir no entanto para colocar carvão activado (sempre de alta qualidade) e/ou absorvente de fosfatos (sempre férrico). Por outro lado contribui para aumentar a agitação o que é sempre bem vindo. É raro usar-se em aquários dessa dimensão.

Finalmente penso ter criadas as condições mínimas para arrancar. Se tudo correr bem, amanhã é dia de “decoração” e no Domingo dia de enchimento! Infelizmente um dos meus maiores receios acabou por se confirmar e o nível de ruído ainda é duas ou três vezes o que considero aceitável, por isso está previsto o interior do móvel ser revestido com paineis de insonorização, vulgarmente conhecidos por “lã de rocha”. Fica um conjunto de detalhes finais que muito tempo, esforço e sobretudo paciência consumiram. Móvel: Consegui finalmente uma via técnica que resultou nesta solução minimalista de dois paineis frontais. Ainda não aparafusei os paineis laterais (que sustentam os frontais). Só o vou fazer com o sistema com o peso final porque os móveis e a estrutura acabam sempre por sofrer alguns ajustamentos que se não forem respeitados (por exemplo aparafusando as placas logo na estrutura), acabam por provocar empenos. O “segredo” da fixação das portas passa por 6 destas dobradiças embutidas. No topo vai ficar uma “caixa aberta” que além de tornar o volume mais proporcional, serve de apoio à calha de iluminação. Esta foto foi tirada durante o primeiro teste com água doce Sump: Já houve uma evolução que passou por subir o escumador H&S (coloquei uma base em eggcrate por baixo) e juntar à sua saída um joelho de 90 graus para não se ouvir o ruído da água. Fiz também um silenciador para a entrada de ar do escumador que, embora não elimine o ruído, consegue reduzi-lo bastante. A sump irá ser iluminada em contra-ciclo e terá apenas (além do termoestato e boias de reposição ainda não visíveis na foto) uma boa quantidade de Chaetomorpha. Canalização: Decidi “inventar” um pouco e fiz uma saída para provocar uma corrente laminar por detrás da rocha. Também tenho previsto usar uma powerhead apenas para esse mesmo efeito. Obviamente que as fotos mostram apenas dois protótipos e ainda há aqui algum trabalho para “endireitar” as coisas. Electricidade Sempre detestei ver a habitual confusão de fios que foram os meus anteriores aquários. Neste caso decidi montar um “painel de controlo” que ainda irá receber pelo menos o controlador do repositor de modo a tentar ter as coisas bem arrumadinhas. O fio em excesso, ou será cortado, ou ficará bem "ajeitadinho" por detás do painel. Para já o painel, além das duas réguas, tem o equipamento de suporte à Tunze Stream (ainda falta o transformador), um termómetro digital, uma fonte de alimentação feita por mim com 3 saídas (12V DC, 9V DC e 24V AC) e um controlador também DIY para as 6 ventoinhas que o sistema terá. Os (muitos) cabos para as zonas onde as ventoinhas residirão foram passados por calha plástica e as derivações foram feitas em duas caixas como a da foto. Os balastros da calha de iluminação ficam numa divisão ao lado por isso não vão contribuir para aquecer demasiado o interior do móvel (teve que se furar uma parede e fazer uma curta extensão no cabo).. Próximos passos: AQUASCAPING E ENCHER!!!! No móvel, no espaço não ocupado pela sump, pretende-se colocar um bidon de 54 litros para efectuar a reposição (com controlo por boia). Num futuro próximo (ou talvez não) pretende-se substituir este esquema por entrada directa de água de RO/DI utilizando as boias para controlar a respectiva válvula solenoide. O espaço que se ganhar destina-se a um chiller e/ou um reactor de cálcio. Vai também fazer-se um dispensador de cálcio sem elementos móveis (semelhante ao da Tunze mas mais alto e mais estreito). A calha, 2x250w HQI BLV 10,000k + 2x 54w T5 vai sofrer um upgrade para balastros electrónicos, não só porque são bem mais eficientes em todos os aspectos mas tambémn porque com os actuais imite um ruído irritante. Brevemente colocarei mais novidades. Agora há que trabalhar muito. Já me doem os costados quando penso nos 400 - 450 litros que vou alombar. Felizmente já tenho um grupinho fixe que me vai ajudar!

Fiquei de aqui apresentar uma foto que faltava (a válvula na saída). Peço desculpa pelo atraso. Entretanto respondendo ao comentário do Ricardo, acabei com o eggcrate e coloquei um "pente" em PVC.

As aiptasias são um mal quase inevitável por isso duvido que consigas uma loja que te garanta rocha livre de aiptasias. Quem tem meios para tal, deve SEMPRE quarentenar a rocha tentando eliminar ao máximo estas pragas, quer directamente (clássica injecção de kalk) quer usando guerra biológica - Lysmatas seticaudata, Bergias, Chelmon Eu dominei a praga com alguma facilidade porque combinei uma estratégia de "assim que vejo uma mato-a LOGO por muito pequena que seja" com a presença dum guloso L. seticaudata. Só uma nota final para te dizer que as aiptasias quando comparadas com outros clandestinos da rocha (Ex: Mantis) são autênticos meninos do coro...

Boas! A combinação que tens parece-me perfeitamente adequada para o teu aquário. O clássico será usares uma HQI de 10000 ou 14000 k e duas T5 actínicas que farão um ciclo ligeiramente mais longo que a HQI (ligam mais cedo e desligam mais tarde). Em termos biológicos não há muitas evidências científicas sobre qual a melhor temperatura de cor por isso sugiro que vás um pouco pelos teus gostos: mais azul mais kelvin!