Nuno Prazeres

Se fores pelas T5, tenta instalá-las o mais próximo da água que consegires dentro dalguns limites de segurança. Era interessante haver em Portugal um aquário desse tamanho só com T5 para "desenjoar" das HQIs. Há muito que se diz neste Fórum que "na Alemanha eles agora não querem outra coisa a não ser T5 e estão a sair das HQIs" mas cá, pelo menos por aqui, não têm aparecido casos de gente que só aposta nas T5.

Acho muitíssimo bem! Além do problema da exportação indevida e excessiva e da possiilidade de destruição do ambiente por esse lado, diria que o Brasil vive permanentemente uma situação de altíssimo risco (pela riqueza única da sua biodiversidade) quanto à introdução de espéceis não nativas. Nós os portugueses fomos os primeiros a agredir essa biodiversidade pelo que temos, pelo menos, uma dívida moral quanto a este aspecto. Infelizmente, hobbys como o nosso, podem se não houver responsabilidade ética, tornar-se autênticas ameaças à biodiversidade. Veja-se o caso da Caulerpa no Mediterrâneo. Eu deixo a minhas podas a secar e deito no lixo! Não percebo muito do assunto mas desconfio que se uma folhinha de C. taxifolia for parar ao Algarve, principalmente no Verão,...

Sim! Das mais baratuchas. Normalmente têm um número de código de cor a terminar em 60 ou 65. Qualquer coisa como 860 ou 865. Penso que são chamadas "daylight". Também há as "Cool-light", "True Light" e "Warm- qualquer coisa" mas essas até são mais caras e têm temperatura de cor menos razoáveis para o efeito que pretendes. Que não me censurem os logistas, importadores e distribuidores mas, para fotossíntese pura e dura, acho os 6500k clássicos (lâmpadas não especializadas para aquariofilia) incontornáveis quer em termos de PAR (medida de eficiência fotosintética) quer em termos de quantidade de luz por euro dispendido. Prepara-te para mudar as lâmpadas de 6 em 6 meses se as vais ter 24/24. Religiosamente, acrescento!

Nova correcção Devias ter cerca de 1025 e agora tens cerca de 1027 Atenção à qualidade do densímetro! Quem usa água natural está em vantagem porque basta comparar a densidade da do aquário com a do mar e chega. Quem usa artificial, tem de ser muito mais rigoroso com o densímetro. Quanto à temperatura estar a 25, o Rui Ferreira de Almeida tem o "oceanário" dele a 24 e, pelo que me foi dado observar, a coisa até lhe está a correr muito bem. Dado que a maturação dum aquário é um processo biológico complexo, provavelmente maior temperatura deve acelarar as coisas, diria eu...

Acho também que terás de decidir o que queres ter e depois "trabalhas" a envolvente tecnológica, como por exemplo a iluminação. Apesar de haver um "tronco comum", é em função do "recheio" pretendido para o aquário que decidirás qual a solução mais ajustada. Eu estou com o Duarte e recomendaria 2x250 HQI (eventualmente com duas T5) se quisesses ter corais ou invertebrados "sedentos" de luz.

Tenho espaço para colocar um pente mas, pelo teste que fiz, não me parece que acrescente muito valor. Vou estar atento e, se houver problemas com o egg-crate, retiro-o e coloco um pente. Quanto às dobradiças, chegaram, são uma peça de engenharia fascinante de facto e já estão no carpinteiro que as vai embutir em MDF hidrófobo de 19mm (já está cortadinho :D ). Em princípio na 4.ª feira estará pronto! Depois ainda há que dar duas demãos de primário e mais duas da tinta definitiva. Resolvi o último problema pendente para poder posicionar definitivamente o móvel (ruído das ventoinhas que forçam a circulação interior) por isso vou ter teste em água doce seguramente até ao final da semana. Se as coisas correrem bem, conto ir ao Cabo Raso no sábado ou domingo. Senão espero mais uma semanita. Quem já esperou tanto... Alexandre: desculpa as "Trolladas". Devia esforçar-me para evitá-las Tens toda a razão Com as válvlas de facto até é fácil mas quanto a eggcrate acho que ninguém ia entender "rede difusora para iluminação" Por acaso devia arranjar-se um nome português decente para aquilo!

Convirá não generalizar. O A. cacatuoides é precisamente, dos espécimes que aparecem à venda, aquele que vive num ambiente mais duro e alcalino. São provenientes da parte superior da bacia do Amazonas pelo que não é raro serem encontrados em àguas carregadas de sedimentos que vêm do relevo próximo (as chamadas águas brancas).

O meu está em espera há cerca de 6 meses Falta pouco... muito pouco... E nesta coisa da aquariofilia a paciência está longe de ser um defeito Quanto à rosca, de facto foi mesmo à tangente mas lá consegui apoio para segurar, ainda que mal, o crivo. De qualquer modo não me parece que ele se vá mexer muito... A gate-valve é de facto muito melhor que a ball. Quanto ao crivo prejudicar o sistema os meus testes em água doce demonstraram o contrário. nível na coluna seca esteve estável uma semana. Subiu ligeiramente por causa da evaporação. Parece um paradoxo mas é verdade. A evaporação diminui o nível de água na sump e a bomba de retorno é obrigada a vencer uma altura maior e assim devolve menos água por unidade de tempo para cima e como a saída para baixo está saturada o nível em cima sobe. Complicado? Talvez

Eu colocaria duas vulgaríssimas de 6500k que chegam e sobram par as encomendas e custam 1/5 das outras. É uma luz amarelada mas é excelente para fotossíntese.

Ora bem... Eu tive um esquema assim mas sem coluna seca: captação só com um furo, válvula de controlo e bomba a captar na sump quase à superfície. Era uma carga de trabalhos para calibrar em aquilo. Ou ficava sempre um borbulhar chatinho ou então aquilo não se aguentava muito tempo e a bomba ficava a seco. Na minha humilde opinião, esse esquema com coluna seca é bem mais seguro por isso não deves ter prolemas principalmente porque a coluna seca é estreita. Esta coisa funciona porque qualquer redução de fluxo estranha que ocorra na válvula resulta numa subida marcada do nível na coluna seca. Ora a água, quanto mais alta tiver, com mais força cai por isso volta a passar mais água e estabelece-se um equilíbrio estável. Com uma coluna seca mais "gorda" o equilíbrio é menos estável. Sem coluna seca (como eu tinha antes em água doce) o equilíbrio é um exercício de alquimia.

Boas! Benvindo ao Fórum!!! :D O assunto "sol" tem vindo a evoluir muito na "teoria da aquariofilia" recente. Antes sol directo era proíbido. Hoje, quando usado com qualidade, pode ser incrivelmente benéfico (falo por experiência própria). Água salgada circulação forte e escumador + ruído mecânico do que a água doce No entanto, podes investir algum esforço em criar uma solução que te minimize esse impacto (bombas mais silenciosas, escumador numa câmara revestida interiormente a espuma insonorizadora, etc...). Se a circulação de ar nessa zona não for suficiente, podes ter problemas. Por outro lado, cada vez que uma bolha rebenta na superfície do aquário há a possibilidade duma microgota sair disparada atingindo distâncias muito além do esperado. Eu resolveria esse assunto assim: colocava uma película plástica na parte inferior da prateleira pensava em colocar uma ventoinha a forçar a circulação nessa zona (aquelas que se usam em computadores servem perfeitamente) Para começar recomendaria, no mínimo, o dobro da litragem. Para mim o volume ideal é à volta de 120 litros porque representam um excelente compromisso. É suficiente para não fazer o sistema tão sensível a erros e por outro lado é pouco exigente em termos de acções de manutenção (TPAs, reposição da evaporação). Finalmente diria que a diferença de preço entre um sistema de 120 litros e por exemplo um de 50 não é assim tanta.

De qualquer modo, vais ler as FAQs e depois ficas seguramente com algumas dúvidas (apesar do texto estar excelente) por isso volta cá que estamos aqui para tentar ajudar.

Bruno, posso tentar responder. Depende muitíssimo da agitação promovida. Se tiveres um medidor de pH electrónico em calibrado podes verificar. Quando o pH chegar aos 12.4 a solução está saturada.

Vais reduzir muito o fluxo? Olha que pode ser perigoso sem uma escapatória alternativa. Uma alternativa um pouco "à bruta" é fazeres a captação de água para a OR 2500 próxima da superfície da sump. Assim se houver entupimento só vai para cima uma quantidade limitada de água (defendes-te da inundação) e a bomba como está imersa agenta bem o fncionamento seco durante o tempo suficentente para te aperceberes pelo ruído. PS - a tua válvula é exactamente igual à minha

Hepatus a comerem Xenias brancas é uma excelente notícia! Agora já não, mas tempos houve em que no meu aquário eram piores do que uma praga de aiptasias. Agora praga de Acroporas é que que nunca tive Diogo, ainda tens aqueles Parazoanthus amarelos perto da "ilha das Acroporas". Esses "meninos" no que toca a guerra química são terríveis pelo que tenho visto. Usas carvão? À partida quando há muito "risco químico" ao barulho diria que vale sempre a pena usá-lo. Entretanto lembro-me que no aquário do HugoRSF assisti várias vezes à passagem de peixes nas proximidades das Acroporas e logo os caranguejos simbióticos mostravam as tenazes. Tens caranguejos desses? Se eu fosse um hepatus pensava duas vezes antes de me atirar a um coral com um "polícia" desses.

Quem tiver dúvidas compre um higrómetro que é um aparelhinho que nem é excessivamente caro. Claro que tudo depende do volume do aquário, do volume e circulação de ar da divisão onde está e também da temperatura do ar. Eu tenho um aquário numa dispensa e se fecho a porta é a desgraça, se a mantenho semi-aberta nem se nota.

Uma componente vegetal na dieta é sempre de utilizar porque mesmo os peixes que se alimentam de zooplancton acabam por ingerir matéria vegetal e muita porque a maior parte do zooplancton vem carregadinho de fitoplancton. Se não tiveres herbívoros (ou omnívoros com "tendências vegetarianas" - eu tenho o hepatus, o Ecsenius e um occelaris ) não vale a pena dar nori, na minha opinião. A resposta é um pouco "depende" mas eu colocaria 10 a 15 Turbos (eu uso burriés) 5 Cerites e 10 ermitas de espécies diferentes. Obviamente que quanto maior for a carga biológica (tipicamente peixes) mais numerosa e diversificada terá de ser a equipa de limpeza. Acrescentaria ainda 10 nassarius, um ophiurus de tamanho médio e dois ou 3 carangejos mitrhax. Esta seria a equipa que propunha para o aquário a funcionar "em força". A introdução deverá ser gradual. Atenção que a equipa de limpeza não é uma panaceia por si só. O que eles fazem é transformar alguma da "porcaria" em bio-massa mas não deixam de devolver a maior parte dela de volta só que sobre forma menos poluente, mais "escumável" e mais consumível pelas bactérias da rocha. Não me quero alongar (mas gosto tanto deste assunto que vai ter que ser)e esta informação nem é quantitativamente muito precisa mas imagina que dás 3 gramas de alimento por dia (peso seco). Se os peixes usarem 1 grama para converter em tecido e energia já não é nada mau. Os outros 2 voltam à água (principalmente pela parte inferior do peixe ), quimicamente alterados, mas com forte potencial poluente. Imaginemos que o skimmer (se for muito eficiente) vai "buscar" mais 1 grama. Ainda sobra um grama que as bactérias da rv e equipa de limpeza irão "processar". Ora quem já observou ermitas e caracois a comer durante alguns minutos sabe bem que eles comem por um lado e sai "porcaria" pelo outro. Espera-se que o tal grama que sobrou seja então reduzido ao máximo (ou transformado em tecido e energia, ou em gas pelas bactérias, ou assumindo novas propriedades fisico-químicas que permitam a captura pelo skimmer, ou finalmente assumam um forma não solúvel logo não polente) mas isso é totalmente impossível e fica sempre muita coisa principalmente para as algas que são quem melhor se aproveita das "sobras". Resumindo: há que procurar juntar às componentes que "trabalham" a qualidade da água (escumador, rv, etc...), uma conjunto de "vida" que funcione como uma cadeia de transformação tão longa e diversificada quanto possível de forma a minimizar o resíduo. Por isso é que é extremamente importante o período de maturação que nada mais é que o tempo que o sistema necessita para criar essa cadeia e sustentá-la de forma equilibrada. Tipicamente quanto mais longa e estável for a matração, mais sustentável e tolerante é o tal equilíbrio.

Desculpem o atraso na resposta. :D A válvula serve para reduzir o fluxo da entrada mais baixa até que não passe ar. Com um bocadinho de sorte, na próxima semana o aquário vai para cima do móvel para a sua posição definitiva e tiro fotos da tubagem para complementar este "post". Vou voltar a testar com água doce por isso procurarei tirar as fotos do sistema já a funcionar. Chamem-me parvo mas, apesar de já ter tido aquilo a rodar em água doce uma semana sem problemas, quero voltar a testar.

1" e 1" 1/4 respectivamente para o furo de back-up e para o principal.

Infelizmente não te posso ajudar mas se tiveres problemas em arranjar um "hospedeiro" podes sempre comprar um bidon ou dois com cerca de 50 litros e colocar lá os peixes. Depois podes: a) vender os bidons aqui no fórum b) usá-los para trazer água do mar c) usá-los para preparar água com sal sintético d) usá-los para fazer a reposição da evaporação e) etc... :D As lojas de produtos agrícolas costuma ter bidons bem grandinhos.

Pouco tenho a acrescentar em relação ao que já foi dito a não ser que: :D deves monitorizar o calcio e KH antes e depois de começar a repor evaporação via kalkwasser. deves administrar sempre a mesma quantidade de pó independentemente da quantidade de água reposta. Confuso? Eu tento explicar com o meu caso: No inverno tenho metade da evaporação do Verão (desligo as ventoinhas) por isso a kalkwasser "de inverno" tem o dobro da concentração da de "verão". Assim a quantidade de CaOH que entra no sistema é constante. Estabilidade de parâmetros é a pedra de toque da aquariofilia de reef. Há muitos e bons casos de sucesso com parâmetros "sub-óptimos" mas sempre estáveis. Não conheço nenhum caso em sentido contrário.

Boas Carlos! Acho que não é assim tanto off-topic. Não te inibas de abrir um novo tópico desde que uses e abuses antes da função de pesquisa do Fórum. Quanto às questões que colocas penso que, pesquisando um pouco, encontras outras respostas. Encomendas via net: Já se sabe. É um equilíbrio nem sempre estável entre preço e risco. Dos dois sites que referes já ouvi dizer bem e menos bem e nunca trabalhei com nenhum deles por isso não te posso ajudar mais. Penso que mandar vir rocha viva de fora é particularmente arriscado e nem sei se é legal. Há membros deste fórum (e muito bem reputados ) que montaram o aquário à base de rocha morta vinda de um desses sites. A colonização é rápida :D (6 meses em água salgada = rápido ) desde que as condições sejam boas e que exista alguma rocha e/ou areia viva de base.

E acrescentaria ainda "nori" que é uma alga que se utiliza na cozinha japonesa (para o sushi) e que se compra em lojas de dietética (pelo menos cá em Lisboa). O meu hepatus come quantidades apreciáveis disso e tenho um occelaris que surpreendentemente não se faz rogado. Tenho 3 occelaris e só esse é que come. Como vem dum aquário decadente, provavelmente rapou tanta fominha que agora acha que qualquer coisa na coluna de água é para comer, porque não se sabe bem o dia de amanhã. :D

Provavelmente os parâmetros da água parecem ok mas há fosfatos acumulados na superfície das rochas que só estavam (há 6 anos) à espera de, em conjunto com condições de luminosidade suficientemente fortes, potenciarem as algas. Acho que há 6 vias a seguir: 1 - reduzir temporariamente o fotoperíodo 2 - introduzir herbívoros (ermitas, mithrax, cirurgiões, Salarias) 3 - verificar se a luz ao acelarar a fotossíntese não está a provocar oscilações de pH que por sua vez libertam fosfatos (subir GRADUALMENTE o KH para 10/12 é sempre uma boa ideia) 4 - eliminação manual (é inevitável) 5 - aumentar a extensão e frequência das TPAs 6 - esperar!!! (uma mudança tão dramática num factor tão relevante é de certa maneira equivalente a fazer um pequeno reset ao sistema pelo que se impõe uma "re-maturação" que pode fazer com que o problema se resolva a si mesmo).

Atenção a esse problema porque se assim foi, vai ser complicado esse Chelmon sobreviver. Costma-se dizer "pela boca morre o peixe" . No caso dos borboletas, anjos e alguns cirugiões isso infelizmente é bem verdade. Tenho um amigo que perdeu recentemente um strigosus com um problema desses.