C Mocho

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Tudo publicado por C Mocho

  1. Olá Diogo, muito obrigado pela tua contribuição nesta postagem. Relativamente à fertilização, passando do esquema da ADA, (onde a introdução de nitratos e fosfatos é nula), para um esquema tipo TROPICA, é obvio que não poderia de um momento para o outro começar a introduzir apenas Specialized, que adiciona N e P juntamente com o potássio, os oligoelementos e o ferro… seria um caminho seguro para um enorme desequilíbrio. Mesmo assim, assumo que o risco de desequilíbrio é enorme, não estamos perante a apresentação de um novo layout onde o equilíbrio das coisas se vai estabelecendo, esta montagem já tem dois anos. O que aconteceu entretanto, é que a enorme carga de fertilizantes presente no substrato já foi gasta e por isso, a adição de algum nitrato e fosfato até será benéfica, (não, o solo ainda não está completamente esgotado, mas já está longe de ser um solo fresco). Se me reduzisse apenas ao Specialized, suponho que poderia ser uma alteração brusca, muito radical e excessiva, num sistema que já está estabelecido há bastante tempo. Para além disso ao cessar repentinamente a limitação de nitratos, a cor das Rotalas perder-se-ia de todo, e são sobretudo elas que me irão indicar o equilíbrio de fertilização que procuro. O hardscape, já está definido desde há muito, agora o que procuro é encontrar o equilíbrio entre este e a vegetação que o acompanha. Por exemplo, no lado esquerdo que tu referes, a distância entre a última pedra e o vidro são cerca de 2,5 cm. Eu compreendo que não pareça, mas isso é para mim uma confirmação da ilusão de profundidade que eu procuro. Não entendo muito bem o que queres dizer com a ideia de uma rocha mais alta atrás da rocha central… talvez fosse interessante, mas suponho que me conduziria para outros caminhos. O hardscape está fechado há dois anos, e é a partir dele que eu procuro agora outras aprendizagens! Sim, naturalmente se voltasse a montar este aquário com as mesmas pedras, com o mesmo material, evidentemente faria quase tudo diferente. Retirar as Rotalas do lado direito seria um enorme erro, que contrariaria aquilo que procuro obter. Elas criam uma cortina semitransparente que deixam adivinhar algo que acontece para além. Eu adoro essa dualidade e aí estou quase a atingir o meu objetivo. Sem esse acréscimo, parecia-me apenas um campo monótono com pouca diversidade de textura. Adoro a variabilidade cromática, mas ela não me basta. Tenho sim de controlar melhor o seu crescimento e o momento certo para as podar. Atrás da rocha central, vão sair sim. Aquilo é um vaso que lá está atrás, para cultivar as plantas que me interessam para este e para outro aquário. É provisório! Contudo não entendo porque é que achas que uma rocha ficaria bem ali atrás e uma planta não! A rocha central “não tem” musgo, o musgo está ali temporariamente (se reparares ainda está preso à grelha de arame em que é comercializado…), ele precisa primeiro de se estabelecer, desenvolver e depois sim será colocado nos locais adequados. Não tinha outro sítio para o colocar nesta fase de desenvolvimento sem ficar a tapar plantas que já estão no sítio certo! Neste caso trata-se de Fissidens, quando o comprei era uma “massa” verde escura agarrada à grelha, agora já começa a lembrar Fissidens, mas ainda muito pequenino, Espero que daqui a uns tempos já possa ser separado e transferido para os locais onde pretendo que se estabeleça definitivamente. Eu tenho Eleocharis pusilla de ambos os lados da frente desta montagem, a diferença é que do lado esquerdo ela se desenvolveu muito mais do que do lado direito! Condições de iluminação, circulação/Co2? Não sei!... Desenvolveu-se tanto que “comeu” tudo o mais que lá existe. Também lá tenho Crypto parva, Lutea hobit, Albida Brown e Marsílea crenata… mas a Eleocharis impõe-se e tapa tudo. Do lado direito, como eu disse a Marsileia ficou castanha e desapareceu, mas agora parece estar a ressurgir. Uma vez mais, ao vivo a perceção é outra, aquele espaço entre as pedras e o vidro tem pouco mais de 1cm (não chega aos 1,5 cm), uma vez mais a ilusão de espaço que ali consegui deixa-me muito satisfeito, mesmo com um pouco de substrato à vista. Confesso que me agrada muito menos a explosão de Eleocharis do outro lado, mas também não me apetece arrancá-la! A Marsileia na areia, por enquanto não me incomoda demasiado. Não, inicialmente não era o meu plano, mas enquanto não tapar excessivamente não me parece que a deva retirar. Ela revela a maturidade que esta montagem tem, e a forma como se distribui dificilmente seria montada pelas minhas mãos de forma tão harmoniosa. É a natureza a mostrar quem é que manda!
  2. Que desenho tão bonito. Obrigado!... Relativamente ao volume, sim é mais ou menos isso que eu pretendo. Só o musgo é que não irá ficar ali, nem a Macrandra por detrás da pedra central. Não entendo muito bem é o que queres indicar com os círculos, suponho que são as áreas onde alterarias qualquer coisa, certo?
  3. Acho que ficaste um bocadito baralhado. Vê lá o vídeo outra vez! O que o Filipe diz é que adiciona 4 produtos (que a Seachen tem “tudo” separado). Numa semana N, P, K… na semana seguinte Fe, K. É só isso. No caso dele não fertiliza com oligoelementos (trace), porque usa água da torneira que na sua zona traz esses elementos em quantidade suficiente. Caso estivesse a usar agua de osmose, evidentemente que os teria de adicionar. Só quando tem de se ausentar é que utiliza dois outros produtos em vez destes, (ou melhor, a sua mulher utiliza o flourish e o flourish advance, apenas porque é mais simples e cómodo). Quanto a mim, irei seguir as recomendações do Jeorge Farmer relativamente á quantidade de fertilizante a adicionar, mas introduzirei inicialmente cerca de 60% de Fertilizer e 40% de Premium, em dias alternados. Num dia coloco Fertilizer, no outro Premium… Como a semana tem um número ímpar de dias, irei ficar próximo das proporções semanais acima referidas, mais exatamente 57% / 43%. Dependendo do desenvolvimento das plantas e do aparecimento ou não de algumas algas (suponho que a GDA seja a mais provável), terei de adaptar a proporção de cada um deles. Desconfio que neste aquário, terei de aumentar o Premium e diminuir o Fertilizer, se quiser manter as cores, mas como ponto de arranque não quis arriscar ser tão radical. Se não resultar, voltarei naturalmente a fertilizar com ADA, ficará a aprendizagem!…
  4. Está quase a ser inevitável uma nova poda, mas a H’ra ainda tem de crescer um bocadinho do lado esquerdo. A Macrandra, também do lado esquerdo, ainda está muito desequilibrada, mas com paciência vai ao lugar… No vazio (castanho) junto ao vidro mais para a direita, a Marsilea resolveu ficar castanhinha e desaparecer, mas agora parece estar a voltar (também não é coisa que me apoquente muito, pois um bocadinho de substrato à vista até que dá um ar menos plastificado à montagem). A Buces é que ainda estão a sofrer. Suponho que a fertilização “menos/menos” na coluna de água, da ADA, talvez não seja o melhor para recuperar epífitas em sofrimento!... Por motivo de rotura de stock, vou ter de mudar o esquema de fertilização. Depois de ponderar sobre o assunto, duas hipóteses seriam viáveis e apelativas: A Seachem, onde eu conseguiria saber instantaneamente o que estaria a colocar (comecei “antes” do EI se ter tornado bem conhecido, a tentar entender o que é que precisava de fazer na minha caixinha de água e, ainda tenho a mania de querer entender o que é que estou a colocar lá dentro e porquê, e a Seachen é muito clara nesse conteúdo). Ou a Tropica, muito mais simplificado, mas fácil de entender para quem tem muitas coisas em que pensar em simultâneo… Adorei a explicação do Filipe Oliveira sobre a fertilização da Seachen. Confesso que fiquei um bocadinho confuso com as instruções do fabricante, não as do Filipe (são muito avançadas para quem está destreinado como eu), mas com a ajuda da explicação do “The 2HR Aquaristic”, ficou claro! Adorei também a explicação do Jorge Farmer, sobre a fertilização da Trópica… ficou esclarecido à primeira volta. Teoricamente, é básico. Conclusão, optei pela Tropica, mas resolvi fertilizar diariamente. Suponho que assim, o choque da mudança de rotina seja mais fácil de assimilar pelas plantas. Temi que passar de uma rotina de fertilização “minimalista” diária, para uma diferente, ainda por cima semanal, seria uma alteração demasiado brusca… Conclusão, se resultar tenho apenas dois produtos para adicionar, em vez de 3 ou 4 (esta montagem tem mais de 2 anos, daí o 4º)! Melhor ainda, se resultar, para além de poupar 30 segundos diariamente, até fica menos dispendioso. Veremos!... Independentemente do sucesso ou do fracasso da nova rotina de fertilização, é tempo de começar a pensar em mudar o layout. Pode é ser forçadamente mais rápido do que eu desejaria… 😉 Mas nunca antes do Natal, porque o Menino Jesus não vem cá a casa todos os dias! Aqui vai a foto de hoje (como diz a Vera, o pessoal gosta é de fotos). 😉 Não tirei o equipamento porque tive preguiça e sim, o difusor já podia tomar uma banhoca de lixívia... Sobre a pedra central repousa uma promessa de musgo que tem vários lugares reservados, e atrás vê-se a despontar a Macrandra narrow leaf que tenho estado a "recuperar e canibalizar para espalhar neste (e no outro) aquário... mas até estou a começar a gostar do efeito que ela faz atrás desta pedra!
  5. O Bruno tem toda a razão: o Alvaro também: 20 x 20 x 25 cm, é um aquário com um palmo de comprimento. Não é impossível, mas é muito mais complicado de manter do que um aquário ligeiramente maior... Tens a certeza que a tua limitação de espaço não dá para mais uns centímetros? Se consideras um "plantado" aquilo que se vê na foto (sim, é bonito)... uma anúbia e um tronco. Ok, podes avançar com cuidado... fertilização não deverá ser necessária (com água da torneira tratada com anti cloro). A luz terá de ser pouca (não podes ter o aquário com a iluminação ligada o tempo todo)... Peixes, poderás ter um Betta, como diz o Alvaro, mas mesmo assim é pouco espaço... podes ter algum Killie (procura no Google)... ou mas o mais adequado, seria teres apenas alguns camarões e uns caracóis pequenos (muito pequenos). Muito sinceramente, Vê se não dá mesmo para ter algo um bocadinho maior, continuarás com as mesmas opções, mas os habitantes desse reduzido espaço conseguirão ter uma vidinha melhor e talvez até tenhas o prazer de ver os camarões terem filhotes!...
  6. Interessante, muito interessante. Adoro o hardscape! As pedras são lindas, com uma bonita textura e o “tronco” encaixa aí muito bem. Já não aposto com tanta segurança na seleção da flora: Acicularis ‘Mini’: 3 a 5 cm / párvula: 3 a +10: Sim entendo, mas tenho um bocadinho de dificuldade em confiar plenamente nas descrições dos viveiros de plantas e sei que depende essencialmente da iluminação e da fertilização. Na verdade, as minhas experiências nem sempre coincidem com aquilo que vem nos catálogos, portanto, ainda mais interessante será observar a evolução deste aquário. Nesta escala as subtilezas são determinantes, e eu não resistiria a colocar algo ligeiramente diferente entre as duas rochas e a raiz do tronco (a crypto parvula ficaria muito bem, nos primeiros 3 a 4 meses, depois seria comida... talvez uma Lilaeopsis..., ou outra crypto diferente). Mas que traria uma nova dimensão, traria! Também fico surpreendido por ver (nesta mesma escala), a ‘Monte Carlo’ a servir de preenchimento de copa… suponho que te vá dar muito trabalho a cuidar, mas concordo que até pode ficar bastante interessante. Sei contudo, de uns alevins que vão ser muito felizes e que serão completamente indiferentes se a eleocharis cresce, mais um bocadinho ou menos que o previsto ou se a escala está em equilíbrio maior ou menor!... 😉 Promete bastante e eu gosto!
  7. Olha José Carlos, as coisas por vezes acontecem num ritmo mais lento do que nós gostaríamos, e outras vezes bastante mais rápido! Possivelmente as tuas Blixa estão nesta fase a recuperar as folhas necessárias à sua sobrevivência, de acordo com o seu atual sistema de raízes... depois disso é bastante provável que te pareçam estagnar! Não elas não vão parar, mas depois de equilibradas começarão a desenvolver antes de mais o sistema radicular... só depois é que voltam a crescer visivelmente e então mostrarão quem é que manda aí no aquário, mas demora o seu tempo... portanto não fique à espera delas para tirar mais umas fotos!
  8. Olá Diogo, também me parece desnecessário pensares numa segunda calha. Julgo que essa que aí tens é adequadíssima para o teu aquário (e muito boa!)… Podias ter colocado uma foto para vermos como é que fizeste a poda. Naturalmente nem todas as plantas têm a mesma velocidade de crescimento e com zonas de sombra ainda variam mais, mas creio que as tuas rotalas vão acabar por mostrar a sua força. Caso elas não se consigam desenvolver como tu gostarias, talvez possas começar a olhar para as Crypto, tem algumas que até ficariam muito bem aí, “quase” debaixo do tronco, prolongando o efeito da pinatifita. Mas com as rotalas por detrás e ao lado ainda ficariam melhor.
  9. Muito interessante Vera, como é teu hábito… Isto dá para começar a imaginar… e é um autêntico “vê se te avias…”. No meu caso vem muito a propósito de algo que ando por aqui a magicar. Obrigado. Infelizmente continuo a achar que tu, tal como eu, umas vezes acertamos com as fotos, outras nem tanto (estou a falar da edição, pós foto, que o resto está para mim muito bem!). As primeiras edições estão muito agressivas (eu sei..., é assim que normalmente acabam por ficar as minhas!); a edição de 15 de agosto, julgo ser a que mais fielmente reproduz a tranquilidade dessa tua montagem (é assim que normalmente eu vejo um aquário, mas confesso que tenho de atualizar as lentes dos meus óculos e informo desde já que tenho consulta de oftalmologia marcada). Na última (28 de set), na última pois apresentas duas, acho que conseguiste finalmente o equilíbrio necessário. Tens contraste, definição, luz, profundidade… (podias ter rodado um bocadinho a imagem e talvez corrigir a deformação da lente, mas se fores como eu, a versão que tenho do Photoshop não me permite corrigir a lente, estás desculpada!). Quanto à montagem propriamente dita, mais do que o resultado final (que é esplêndido), julgo que te vai trazer uma enorme experiência sobre a conciliação simultânea de diferentes espécies e variedades. Só tu sabes para onde queres caminhar, mas acho que terás oportunidade de aprender (ou relembrar) imenso com esta montagem. Sei que és resiliente e ponderada, portanto fico a aguardar com entusiasmo, embora já saiba que tenho de esperar sentado, porque tu nunca fazes as montagens dos teus aquários à pressa, e tens uma pequena aversão pelas atualizações sem objetivo. 😉 Bom trabalho, e obrigado!
  10. Vejo sim, mas vejo também que este é apenas o arranque de um aquário. Estou convencido que com o amadurecimento desta montagem o José Carlos vai querer adicionar mais umas coisas (não sei é se ele conseguirá parar, pois está cheio de gás... ;)). Eu gosto imenso de Blixas e acho que são umas plantas muito gratas. Com boa luz e CO2 desenvolvem-se que é uma maravilha, aliás, os tons subtilmente avermelhados/alaranjados que ela apresenta com uma luz porreirinha, dão um toque requintado a uma montagem onde os verdes imperam. A lava stone é muito boa para o suporte de uma montagem, e aí concordo contigo, com o tempo ela terá tendência para ir perdendo o seu destaque dando lugar a mais plantas... Mas esta montagem ainda está a arrancar e nós teremos entretanto oportunidade de ver o José Carlos experimentar muita coisa até se cansar e tentar fazer outra coisa diferente. Eu acho que promete vir a ficar interessante!... É claro que partindo do mesmo ponto cada um de nós caminharia na sua direção, mas não há certos nem errados, há apenas caminhos.
  11. Há casos e casos (e também há mãos)...
  12. LOL... Confesso que já vi Blixas em melhor estado, sim. Mas não julgues pelas primeiras aparências... A Blixa é uma planta que consegue facilmente recuperar e prosperar (por vezes mais do que nós queremos). 😉 A última vez que a utilizei, dividi o pote em 3 grupos, dois bonitinhos e prometedores e um que era tão enfezado que ficou quase todo enterrado no substrato... Já se está a ver, pelo meu tom de conversa, quem é que estava mais potente ao fim de algum tempo. Exatamente, foi o grupo das raquíticas! O mais importante é que tenham raízes fortes, (podes podar um pouco as raízes, que elas não se importam nada, até agradecem), as folhas facilmente são substituídas (abafadas) por um novo crescimento bem compacto. Vais ver que é uma plantinha muito grata e vão ficar esplendorosas se tiverem a quantidade de luz necessária. Embora seja tecnicamente uma planta de caule, verás que mais parece uma roseta... Já a Staurogyne, para ficar como normalmente se pretende, necessita mais atenção! Se a deixares ganhar altura, perde o encanto! Será muito bonita, se a trabalhares com mais frequência.
  13. Eu também não!... Sim Arlindo, compreendo o que queres dizer, e só tenho de concordar… Efetivamente, o hardscape prometia outra coisa. Eu disse que gostaria de fazer algo tipo iwagumi, pois disse! Mas também já disse que “aquilo que nós queremos e aquilo que a vida nos traz nem sempre coincide plenamente”. Portanto, aqui vai disto:… Pois é, eu já tinha tido aquários plantados, sempre no limbo do que seria o ideal… não tanto por ser sovina, mais por ser burro, e achar que conseguiria contornar alguns aspetos técnicos mais básicos, apenas porque alguém afirmou que seria possível contorná-los! Também já tinha tido uma suave abordagem ao “aquascape”… com umas pedras, uns troncos e umas plantas bonitas lá no meio. Quando descobri o Takashi Amano, ainda qualquer aquário com duas ou três pedras porreiras, uma blixas e umas rotalas e uma planta de tapete faziam um efeito expendido e plenamente satisfatório, (e ainda fazem: “Less is more”!). No entanto, quando montei este aquário, fi-lo porque tinha saudades…. Fi-lo porque precisava deste acréscimo a tantas outras coisas maravilhosas que tenho encontrado na vida! Se agora o estivesse a fazer outra vez, tenho consciência que teria de optar por outro tipo de plantas diferente das minhas opções… Não porque a vida nos “traz o que traz”, mas porque mesmo com a minha visão inicial, as plantas que eu idealizei teriam comido (e comeram), a delicadeza inicial do hardscape. Possivelmente só poderia usar musgos, crenata, parva e pouco mais… ficaria lindo, sim! Mas a minha perícia com “musgos” deixa muito a desejar! Supus que a Pusila me deixaria ver o hardscape… Ilusão, aquilo era tudo muito “mínimo” … (repara as Buces são relativamente pequenas e parecem “palmeiras”). Enfim, é tudo uma questão de experiência e experimentação, se fosse agora, teria seguramente opções diferentes e descobriria depois novos erros a não repetir! Errei sobretudo na ESCALA! (um aspeto que vejo puco abordado nos milhares de vídeos que já vi). Neste momento o meu caminho é outro. Estou a tentar entender como é que estas plantas reagem… estou a pensar adicionar uma ou duas novas variedades para ver como é que elas se comportam. Mas já não é bem para esta montagem, é mesmo é para poder fazer uma nova montagem com um bocadinho mais de “know how” relativamente a algumas plantas… O meu erro foi o oposto da maioria dos erros que aqui testemunhamos! Inconscientemente, eu pensei: “mariquices!... eu comecei com um filtro de fundo, umas elódeas umas cabombas e umas pedras, mas consegui ter um aquário lindíssimo, com peixes saudáveis!"... Mas isto foi há mais de 40 anos 😉. Agora, a meta é outra, o objetivo é outro. A ideia não é simplesmente ter um aquário bonito. É saber como conseguir ter o aquário que eu idealizei! Vi muitos vídeos, (talvez não tenha dado a devida importância à escala. Uma linda pinatifita, num aquário de 90 cm tem presença, num aquário de 60, tem muita presença… num aquário de 20 cm, impõe-se! E eu, só mais tarde percebi esse “pormenor”, que nas fotos é difícil de entender. Quanto à perspetiva lateral… pois, efetivamente é essa que eu estou constantemente a observar e aí não há hipótese! Se de frente não estiver bem, desse angulo “escapa”! LOL
  14. Obrigado Ismael. Tu foste daqueles que mais me incentivaram desde o início, pelo vosso apoio e por tudo o que tenho aprendido neste fórum ao longo de tantos anos, considerei que este testemunho seria pertinente e talvez motivador para mais alguém!...
  15. LOL... realmente essa cor está normalmente associada aos cromossomas X que determinam o sexo e a cor. Basicamente um gato tricolor é um exemplar que em vez de ter herdado um cromossoma X da mãe e um Y do pai (XY), acabou com 2 cromossomas X e um Y (XXY)... É muito raro isso acontecer, muito raro mesmo e normalmente esses machos são estéreis. Não tem nada a ver com falta de pureza racial. É lindo na mesma e também não é assim tão gordo, para macho NFC. Quanto aos sofás, puf, etc., quando os compraste não eram para o gato afiar as unhas?! Tens muita sorte em ele te permitir viver lá na casa dele! Já agora não te esqueças de proteger o teclado do computador, senão ele qualquer dia ele começa a fazer vídeo chamadas para as amigas... LOLOL
  16. Sim Arlindo era isso que eu estava a pensar. O objetivo não é virar o outflow de forma a direcionar a água para o inflow, ela vai sempre ser chupada pelo filtro... O objetivo é fazer circular a água por todo o tanque, para distribuir o melhor possível tanto o CO2, como os outros nutrientes. Não é preciso que seja um fluxo muito forte, o que não podemos é ter pontos mortos. Eu gosto de Echinodorus. A reni ao lado da rotundifolia vai ficar bonita. Talvez eu misturasse uns cyperus helferi no meio delas, mas depois a poda ia ter de ser mais trabalhosa. A arquartica não sei se não crescerá demasiado, mas depende muito da força do teu substrato, contudo no máximo terás de encontrar uma planta para fazer a transição com as outras mais baixas à esquerda e para isso tens imensas hipóteses viáveis e interessantes. PS: Essa gata é linda! 😉 A tua salta para cima do aquário para se aquecer, eu já tive uma que saltava para cima da TV (quando elas eram mais profundas)... Um dia vomitou lá para dentro e acabou-se o poleiro, pois comprei uma TV fininha! LOL
  17. Pois, essa questão das traves não me tinha passado pela cabeça. Contudo se colocares ambos os lilly pype no mesmo canto, obrigas a agua a percorrer o aquário todo, e depois, diriges o skimmer de forma a reforçar o sentido da deslocação da água (não em contra corrente). Crias assim um movimento circular que te percorre todo o aquário e potencialmente te espalhará melhor o CO2. A rotala à esquerda não se vê ainda, mas imagino que vá ficar aí muito bem. Quanto à Eliocharis, não sei, pensei que junto ao vidro da frente fosse a "acicularis mini" ou a "pusilla", e lá atrás fosse a "acicularis" ou a "parvula"... agora fiquei baralhado. O que eu queria dizer é que lá atrás, à esquerda do tronco vertical (ou do tronco pequeno, se preferires), fica muito bem a grande (atenção que não me estou a referir à "montevidensis"), e à direita do tronco fica melhor a pequena (a mesma que tens junto ao vidro). Dá para entender?
  18. Hoje, depois da poda e alguma limpeza: Não gosto nada do aspeto de topiaria, mas é uma fase que me permite identificar e controlar os crescimentos em cada zona... Prefiro uma imagem mais "selvagem", mas terei de esperar!
  19. Olá Arlindo, como deves compreender cada um terá a sua ideia de como contruir uma montagem e o que eu vou dizer não deve ser considerado uma crítica, mas apenas uma sugestão. A forma como tens o outflow, o inflow e o skimmer é um bocado estranha. Julgo que assim faz com que existam zonas com muita circulação e outras com uma circulação bastante reduzida devido às correntes em conflito. Será bastante mais fácil se tentares não criar correntes divergentes, pois essa abordagem é muito interessante num tanque de grandes dimensões, mas muito mais difícil de gerir... Porque é que não experimentas colocar o inflow e o outflow no canto anterior esquerdo? Dessa forma crias um movimento circular na água que percorre todo o aquário até voltar a ser sugada para o filtro. Nesse caso, colocarias o skimmer no canto oposto (posterior direito), mas seguindo o sentido da corrente já estabelecida, reforçando-a. Podes gerir a corrente exatamente no sentido oposto, isso depende da distribuição das tuas plantas e do efeito que queiras provocar no seu crescimento (elas crescem e inclinam-se). O facto de teres zonas com bastante fluxo e outras com fluxo muito reduzido é seguramente a razão principal para te estarem a aparecer BBA (não te assustes, porque é fácil de erradicar depois de entenderes a razão do seu surgimento). A hair grass pode ter a mesma razão para o surgimento, mas tenta controlar primeiro o fluxo, depois logo verás. Basicamente, tens aí uma composição triangular, não é? Nesse caso, a rotundifólia colocada no canto posterior direito não faz grande sentido, pelo menos eu ainda não o compreendo. Para mim faria muito mais sentido se colocada no lado esquerdo, atrás dos troncos, até porque ao crescer e aproximar-se da luz iria acrescentar um enriquecimento cromático interessante (ganhas na forma, na textura e na cor). Também a Eleocharis acicularis lá atrás não precisa de estar tão chegada ao lado direito, sobretudo porque suponho que tens outra Eleocharis encostada ao vidro do lado direito que é a mini e essa pode fazer a transição entre ambas, enfatizando o efeito triangular… (ou então precisas de melhorar um bocadinho a forma como a podas). Reforçar a Marsilea, é possível que o tenhas de vir a fazer, mas reforçar a Eliocharis não é de todo necessário, quando as condições estiverem equilibradas ela irá disparar… Quanto aos troncos terem descolado, eu neste momento não me preocuparia… eles já não flutuam, pois não? Então o facto de estarem soltos até te poderá permitir uma ou outra correção no posicionamento, na aplicação de musgo, etc… Continua que está a ficar muito interessante!
  20. Sim José Carlos, são algas filamentosas. Até que são giras, não são? Agora imagina isto espalhado pelos vidros, pelo equipamento e por muitas das plantas… Um desespero que faria qualquer um desmontar tudo e fazer “reset”, mas eu sou um bocado anormal, LOL. No início ainda pensei em deixá-las, mas rapidamente verifiquei que elas estavam a crescer tanto como as plantas, o que iria naturalmente revelar-se um equilíbrio muito difícil de controlar. Suponho que será possível alcançar um efeito semelhante com Cladophora aegagropila, que também é uma alga, mas bastante mais controlável! Sobretudo quando aplicada em pedras com um pouco de textura, contudo num aquário deste tamanho será complicado alcançar uma escala convincente. A minha ideia ao reativar este tópico, foi efetivamente demonstrar aos menos experientes que só perdemos uma guerra quando desistimos de lutar. Eu perdi as primeiras batalhas, em determinado momento até me dei como vencido, mas recuperei o fôlego e afinal nada é impossível. Pois é Arlindo, a poda de agosto foi quando eu acreditei que seria possível recuperar esta montagem. As plantas estavam a crescer sem algas e para vir a conseguir moldá-las de acordo com a minha pretensão ainda serão precisas muitas podas. Agora está ainda longe do ponto que eu pretendo. A H’ra ainda terá de crescer mais no lado direito e ser contida no lado esquerdo. A Rotala macrandra narrow leaf, por exemplo, que tem estado a ser recuperada a partir de 2 pés… nalguns locais já se começa a mostrar, mas noutros continua escondida, e será ela o principal elemento que irá criar a profundidade que eu pretendo no médio plano. A Eleocharis pusilla, curiosamente comeu as Cryptos o que estão no lado esquerdo, mas quase que despareceu no lado direito… etc., etc. As Buces, coitadas, ainda estão cheias de buracos, o mais razoável seria sem dúvida deitá-las fora e comprar outras, mas coitadinhas, elas não têm culpa da minha negligencia, portanto sinto-me na obrigação de as tentar fazer voltar a ficar saudáveis… Ainda continuo a ter algumas algas nos vidros, sobretudo green spot, mas é normal. Quando eu digo que agora já posso pensar num novo layout, não quero dizer que este já alcançou o ponto desejado, mas sim que será uma questão de tempo para domar o que falta. Quer dizer é que agora voltei a ter vontade de olhar para o aquário e de cuidar dele! Obrigado a ambos pelo vosso feedback. 😉
  21. Pois Arlindo, o desenho é uma das minhas ferramentas de trabalho. Não é o objetivo, mas é uma das minhas principais ferramentas.
  22. Obrigado Arlindo, efetivamente o desenho é uma das ferramentas mais bonitas para expressar a nossa imaginação... Todos temos imaginação e todos somos artistas, cada um à sua maneira. Como te disse antes, eu também gostei imenso dos teus desenhos. Não esperes pela "reforma"... Agora é que estamos vivos, vamos lá viver! 😉
  23. Pois… tanta conversa e nenhuma imagem! Não, não tenho fotos de antes da limpeza. Não tenho fotos tiradas antes de ter resolvido recuperar a montagem... Com efeito nesse momento estava longe de saber se ia ou não ser recuperável aquela desgraça. No dia seguinte à limpeza dos vidros, fui comprar umas plantas de reforço para substituir as plantas de caude que removi no fundo. Plantei Hemianthus micranthemoides e reforcei a H’ra e fiquei a pensar se não estava a deitar dinheiro para rua: 10 de agosto Uma semana depois já conseguia observar que as plantas estavam a crescer bem, sem algas, embora as Buces estivessem todas cheias de buracos… Foi tempo da primeira poda “radical”, e foi então que comecei o ataque às algas nas pedras (que confesso, tinham o seu encanto, mas eram inquestionavelmente excessivas): 16 de agosto Um mês e meio depois, considero a guerra com as algas vencida. Ainda aparece algum verdete nos vidros e as pedras ainda mostram alguns vestígios do seu passado, mas nada que não se consiga controlar com facilidade: 30 de setembro A aquariofilia é um exercício de disciplina, paciência e persistência. Agora sim, agora já posso começar a pensar num novo layout, que este finalmente conseguiu alcançar os mínimos necessários. Ainda vai levar umas podas até conseguir melhorar alguns aspetos que não estão suficientemente conseguidos. Em alguns locais a macrandra ainda não se vê, mas é ela que vai dar a profundidade que eu pretendo (aquela que se vê atrás da pedra central vai sair, pois trata-se de um vaso onde o que restou da montagem inicial tem estado a ser recuperado e canibalizado), mas basicamente está feito! Quando parece que está tudo perdido, há sempre oportunidade de lamber as feridas, voltar a lutar e aprender mais qualquer coisa!...
  24. O tempo por vezes é cruel e duro. O tempo, por vezes parece que não passa, mas outras vezes, corre depressa e deixa marcas incontornáveis!... Montei este aquário porque desde miúdo tenho um fascínio por aquários, mas efetivamente, por incúria ou negligência, nunca havia decidido adquirir o equipamento que há muito eu sabia ser o adequado e necessário. Sempre tive uns aquários engraçados que os meus amigos admiravam, comparados com os globos com peixinhos vermelhos que eles conheciam, sempre estive um passo à frente... Montei este aquário, para finalmente ter um aquário a sério, pequenino, mas a sério!… Com a vossa ajuda, compus o hardscape com uma pedras que apanhei nas obras de uma estrada, (ainda aqui não sei se fui sovina, ou saudosista… afinal, quando roubei aquelas pedras eram para colocar no aquário, e eu gosto de fazer honra ao que em determinado momento admiro e escolho). Tive uma ideia do que pretendia e selecionei as plantas… Procurava inicialmente um iwagumi, mas aquilo que nós queremos e aquilo que a vida nos traz nem sempre coincide plenamente. Gostei do arranque, tive as diatomáceas da praxe, mas poucas, contudo, dois meses depois da montagem, comecei uma luta prolongada com as filamentosas! Ainda não consegui entender bem porque é que elas foram tão persistentes. Fiz TPA’s grandes e regulares, não abusei da fertilização nem da luz, tinha um bom filtro, CO2… mas elas persistiam e avançavam... Por vezes melhorava um bocadinho, mas de um momento para o outro voltavam em força! Ao fim de 6 meses de luta, desisti sem o assumir!… Comecei a ser negligente e as filamentosas iam e vinham, sem nenhuma lógica aparente! (ou pelo menos que eu pudesse então compreender). Dos seis aos nove meses de montagem ainda ia fertilizando, cada vez com menos rigor… depois dos 9 meses, já não colocava a hipótese de ser uma questão de desequilíbrio por falta de maturidade. Eu tinha o melhor equipamento que alguma vez havia tido, mas este aquário era o mais dececionante que eu alguma vez tinha tido! Passou mais de um ano sem fertilização, o CO2 acabou, os vidros ficaram quase opacos com algas… os otos já tinham morrido há muito tempo, bem como as neritinas… só se aguentaram alguns camarões amano (bichos valentes!). Senti-me culpado por não aproveitar o período de confinamento para cuidar do meu aquário, sim! Mas quando olhava para ele e via aquele panorama dizia para mim mesmo: “amanhã, talvez”!... No final de julho, resolvi desmontar tudo. Agarrei na tesourinha e aqui vai disto!... Mas, após cortar as plantas de caule e remover a maioria das algas dos vidros, heis que as pedras (verdes), me disseram que ainda estavam à espera da uma oportunidade para cumprir a sua missão! O pior estava feito, que era deitar fora o lixo. Montar um novo layout seria evidentemente o mais lógico, mas a minha desmotivação não me permitia pensar num novo layout. Eventualmente iria ter de travar a mesma luta inglória com o alguedo. Assim como estava, de mal não passava, e aquele layout ainda tinha algum encanto para mim. Longe de ser satisfatório, é certo, mas ainda não tinha dado o que eu poderia tê-las feito dar. Afinal aquelas pedras, embora verdes, ainda me diziam qualquer coisa! Pois, o tempo é capaz de nos ensinar a esperar que seja tempo, se nós tivermos tempo para o entender. Aquariofilia é também um exercício de paciência e comunhão.
  25. Não necessariamente, tenho visto muitos exemplos em que a Riccardia foi colocada logo no início e não houve nenhum problema, tens é de ser bastante disciplinado com as TPA. Se começarem a aparecer filamentosas ele fica feioso, mas também não quer dizer que não venhas a conseguir controlar a situação. É um musgo muito bonito, mas algo delicado!...