Lucky strike

Boas a todos. Muitos são aqueles que consideram a HC cuba como a mais bonita planta de tapete para um aquário plantado. Eu não fujo à regra. Tive uma primeira experiência falhada e como tal resolvi perceber o que estava mal. Como tal este tópico destina-se aos aquariofilistas iniciantes que ambicionem plantar a Cuba com sucesso. 1.Plantação. Um dos métodos mais eficientes para formar um tapete de cuba é o DSM, dry-start method... Mais não é do que mergulhar as raízes na água e deixar as folhas em contacto com o ar atmosférico. Nestas condições, a absorção de CO2 pela planta é muito mais eficiente e o seu crescimento relativamente rápido. Em relação a este método tenho a dizer 3 coisas. Primeiro: é preciso ter extrema paciência. Com um aquário plantado exige já muita paciência, agora imaginem um aquário vazio à espera de uma planta. Segundo: uma vez que a planta cresce na forma emersa, terá um período de adaptação variável, quando passar à forma submersa. Podem ser 2-3 semanas, pode ser mais... depende de muitos factores. Importante que nesse período onde a planta muitas vezes pausa o crescimento, não surjam algas nas suas folhas. O DST não dispensa as habituais quantidades industriais de luz que esta planta exige. Mas no que refere ao método convencional de plantação, isto é, submerso, há algumas coisas a reter. Visto que as folhas são extremamente pequenas, assim como as raízes, uma das queixas habituais é que a planta se desprende do substrato. Pois... quanto a isso, duas soluções: muita paciência, sendo preferível plantar pequenas porções, com as raízes bem enterradas, mas enterrando o mínimo de folhas. Tentar reduzir a corrente que perturba a planta. As correntes da circulação de água são muitas vezes responsáveis pelo arrancamento da planta. Quanto a isto, talvez seja uma boa ideia começar a plantar nos locais com menos corrente. Boa ideia também é baixar ligeiramente o caudal do filtro e posiciona-lo de modo a perturbar o menos possível a planta, assegurando sempre uma correcta movimentação de água no aquário. Peixes de fundo!!!! são muitas vezes um pesadelo para a cuba. principalmente ancystrus e outros plecos. As acelerações muitas vezes arrancam a planta do substrato. Quanto a isto... não há milagres. LUZ: a minha anterior tentativa diz-me que o mínimo para que a planta cresça são 0.75W/L, no que se refere aos T5. Há pessoal que obteve resultados bons com 0.5W/L... mas eu não. A trópica recomenta >1W/L, mas isto depende de muitas factores. Por exemplo, em apesar de estar com 0.75W/L neste momento, tenho uma coluna de água de 40cm de altura e as lâmpadas estão a cerca de 10cm's da superfície da água, ou seja, bastante perto. Com calhas suspensas, ou calhas mais altas, a intensidade da luz que chega à planta pode mudar e fazer a diferença. No que respeita ao espectro... no início dei-me mal com 4200k. Actualmente, estou a ter bons resultados com 9000k. Mas... julgo que o espectro não é de uma relevância extrema, desde que entre 4500-9500k. CO2 e fertilização: CO2 é FACTOR INDISPENSÁVEL. Acredito piamente que é impossível fazer crescer a planta sem CO2 pressurizado. São precisas concentrações de 25-30 ppm's. Desconfiem quando vos dizem que podem formar um tapete de cuba sem CO2. Com CO2 caseiro, talvez seja possível ter sucesso, se falarmos de um nano até 25-30L (talvez!!!), mais do que isso não me acredito. A fertilização é igualmente, senão mais importante que o CO2. Eu uso o EI, até agora com bons resultados. Notei uma melhoria assinalável quando inicialmente corrigi as carências de potássio no aquário. Normalmente, micros são também importantes. Crescimento: dado ser uma planta exigente, inicialmente utilizei 1 vaso de Cuba para o plantado, pois apenas pretendia plantar uma pequena porção no aquário. 40 dias depois, o tamanho da planta em termos de área triplicou, isto é, tenho o equivalente a 3 vasos de cuba. Apesar de ser tida como uma planta de crescimento rápido, não estou de acordo com esta classificação. Não se pode de todo comparar, a velocidade de crescimento da cuba, a uma cabomba, ou a uma ludwiga sp ou egeria. Na minha opinião, a cuba não é uma planta de crescimento rápido, nem pouco mais ou menos. Cresce moderadamente, mas nada de extraordinariamente. De entre todas as plantas que tenho, a cuba foi a que mais tempo de demorou a adaptar ao aquário. Nos 10 primeiros dias, não vi absolutamente nenhum sinal de crescimento. Nem peerling, nem coisa nenhuma. Por volta do dia 20, já vi algumas pequenas folhas novas. É uma planta que facilmente faz peerling, se presenteada com boas condições de luz, CO2 e nutrientes. Os inimigos da planta: Como inimigo nº1 nomeio as algas, como de resto, para todas as plantas. Mais evidente na cuba, pela razão do seu tamanho. As pequenas folhas são facilmente cobertas pela mínima quantidade de algas filamentosas o que atrasa o seu crescimento consideravelmente. E eu infelizmente tenho algas filamentosas. Vão-me safando os meus SAE que têm talvez um apetite especial pelas filamentosas da cuba, não danificando de todo a planta. Todo que seja peixe de fundo nervoso... ancystrus, plecos-... não ajuda em nada. Vão arrancar a planta vezes e vezes sem conta. Por fim e por experiência pessoal: Não apliquem água oxigenada na cuba. Eu fiz isso anteriormente e efectivamente as algas morreram... mas não se desprenderam da planta. Não tenho um único peixe que coma aquelas algas mortas e elas tardam em se desprender. Passar a famosa escova de dentes é tempo perdido e o mais provável é arrancar a planta ou as suas folhas. Apostem em fauna algueira e tenham paciência. Observem a planta, detectem carências. Vai valer a pena. Eu da minha parte como iniciante que sou, estou orgulhoso dos meus pés de cuba. O objectivo a médio prazo será sempre substituir a eleocharis sp mini pela cuba.

E como fauna alguívora tens o quê??? Já se nota crescimento na foto do dia 6. É continuar.

Aliás... se conseguires estabilizar o plantado do teu aquário... esse disco azul que tens, contrastado com o verde dá um efeito DIVINAL. Aliás... nunca pensei gostar tanto de discos... ainda por cima azuis. São fabulosamente lindos.

Deixa-me só dizer-te duas coisas. Em primeiro lugar nunca tive discus. No início não gostava nada. Metem medo. Mas depois de começar a ver uns layouts de 300-400L, bem plantados e com discus... digo: é o melhor peixe para se ter num plantado a sério. Aliás, o FAAO tem um layout de >200l com uns discos e tá qualquer coisa. Quanto ao CO2... ou é correcto ou vais ter algas. E os discus são peixes sensíeis pelo que dizem. Outra coisa prende-se com as concentrações de CO2 e a respiração dos peixes. Ainda não tive tempo de estudar a temática da fisiologia respiratória dos peixes. Porém questiono-me: será que os teus discus estão à superficie por excesso de CO2???? ou por falta de O2. É que são coisas diferentes. ambos os gases podem estar dissolvidos na água em diferentes proporções. Dou-te um exemplo: na outra vez fiz uma espécie de gazimetria à água do meu aquário... e obtive (com CO2 a bombar a sério) concentrações de elevadas (segundo o DC 35-40 ppm's) e uma pressão parcial de 25 mmHg de CO2. Porém, com a correcta agitação da superficie da água e com muito peerling das plantas, tinha uma pressão de O2 de 170 mmHg, ou seja... muito. É que dizendo tu que tens baixas concentrações de CO2.... acho sobretudo que os discos a arfar eram mais pela falta do O2 da bomba de ar, que do excesso de CO2. Não me parece de todo contraditório haver uma bomba de ar em simultâneo com CO2 pressurizado. São coisas diferentes. Mas isto sou eu a falar baseando-me na minha lógica rudimentar. Quando pesquisar sobre isto, venho aqui dizer o que encontrei.

Aquários plantados que duram um ano é poukíssimo. Na medida em que um aquário tem no mínimo 2-3 meses de a... disfrutas da plenitude do aquário menos de 10 meses. Nada contra. É um hobby e a malta anda nisto para se divertir. Aliás, eu se tivesse outros aquários fazia exactamente o mesmo. E força aí com os updates do setup do aquário.

Confirmo sim senhora. Se plantares mais próximo ficas com um tapete mais denso... mas dividir um vaso em dezenas de porções??? tens de me dizer onde compras os teus vasos. Senão, é efectivamente o melhor método, plantar próximo. é também mais caro. Eu utilizei 3 vasos para um aquário de 80x30 de base. E não ficou densamente plantado. Mas enfim... posso dizer que tenho um tapete de eleocharis e pouco a pouco, vai-se propagando e densificando.

e não resultou????

PMGSR... eu pensava que era um gajo impaciente e me fartava do layout em pouco tempo, mas se calhar tu és capaz de ser pior. ès um refazedor compulsivo de layouts, mesmo que estejam espetaculares. Mas enfim... continua. a malta delicia-se a aperciar os teus aquas. Só uma nota: diz a fauna que metes, para se ter uma noção. Certamente otos e amanos. Eu para já não me meto em macandras. E apesar de a tua estar saudável e bonita, perfiro quando ela cresce compacta e larga, não tanto em altura. Mas... uma macandra é uma macandra. O mais exigente que tenho neste momento é uma hemianthus cuba e uma wallachi.... e penso que de exigente a wallachi não tem mostrado muito. Mas é uma das minha plantas favoritas. actualiza este tópico pelo menos 1x por semana. Faz um esforço xD

A Ludwiga não dá em nature aquário. pela simples razão de que exige uma planta de baixo porte para esconder as raízes aéreas que a ludwiga ganha. É uma chatice. A ludwiga é das minhas plantas favoritas. >Aquele vermelho intenso é brutal. Mas esconder as raízes é um desafio. Já abordei a temática das raízes aéreas nas plantas mas não há solução aparente para essa praga adaptativa. Ludwiga rapens, bem entendido.

De facto, layouts em aquários de 200 e mais litros é outra coisa. Muito potencial o aquário. Mas... a restrição a duas plantas, no caso a E.sp mini e a HM... parece-me extremamente redutor. Ainda que te me pareça que te queiras basear no estilo natura japones... Esse tubo de saída do filtro é simplesmente lindo. Tópico a seguir. P.S: esse drop check devia ter mais clarinho, não ?! É dificil dizer para já o que se mudava. Infelizmente não me ocorre mesmo nada. Uma macandra ficava bem aí??? talvez. Mas certamente um contraste vermelho nesse verde todo será a cereja no topo do bolo.

Experimenta diminuir o espaço entre a tua calha de iluminação e a superficie da água e certamente que terás bons resultados.

Há 2 coisas que tens de compreender. Aquilo que pareces ter no teu aquário é uma alga do tipio BBA. Essas algas manifestan-se quando o CO2 é insuficiente e sobretudo tem níveis fluctuantes ao longo do fotoperiodo. Sem atingires concentrações de 25-30 ppm's de CO2, não conseguirás irradicar essa alga. Segundo: peixes alguívoros não são solução para irradicação de NENHUMA ALGA. As algas solucionam-se controlando a CAUSA da alga, ou seja, o desiquilibrio que está na base do seu aparecimento. A fauna alguívora é util na manutenção de um aquário livre de algas. Agora acho ridículo pensar em comprar peixes para se exterminar algas. Ineficaz e caro. Lembra-te que as BBA são algas más. As BBA desenvolvem-se nas folhas das plantas, cobrindo as mesmas com uma densa camada >>>>> impedem as plantas de fazer a fotossíntese e dessa forma, consumir nutrientes >>>>> aumento dos nutrientes e deseiquilibrios na coluna de água >>>>> mais algas ainda... até que as tuas plantas vão acabar por morrer.

Ultimamente tenho lido bastante sobre plantas e à excepção da rotalla macandra, onde os micronutrientes têm efectivamente uma função primordial na coloração e aspecto da planta, nas restantes, apesar de importante, o ferro influencia em muito menor grau a coloração vermelha. O vermelho das plantas é sobretudo dependente da intensidade da luz. Isto é claramente visivel em espécies populares como a ludwiga rapens ou glandulosa, alternanthera reinicki ou rosiafolia entre outras. O ferro pode efectivamente intensificar determinadas cores em certas plantas, mas não influencia determinantemente a manifestação de uma coloração vermelha.

em quase todas das plantas, o vermelho é definido pela intensidade da luz e não tanto pela qualidade da fertilização. Essa é a razão pela qual a grande parte das plantas intensifica o vermelho à medida que se aproxima da superficie e fica mais perto da fonte de luz. De resto continua com o bom layout. Essa desculpa da poda dificil em alguém que fez um layout da categoria do teu não encaixa bem. Mas pronto, a eleocharis é ainda assim uma planta interessante. Tópico a seguir.

Efectivamente o aquário está excelente. Na minha opinião, há 3 pontos que são fortíssimos no layout. 1. As características do tronco de madeira: simetria excepcional, harmonioso, sensação de delicadeza. 2. O efeito de densidade da eleocharis é notável. apesar de achar que a poda está um pouco exagerada e que a eleocharis com 2-3 cm atinge a sua beleza máxima. Dá a sensação pela foto que está mesmo podada ao máximo. porém, o efeito de densidade é espétacular. 3. Sensação de profundidade muito boa. Nem sempre fácil de obter em aquários grandes. Deixo-te só aqui a minha opinião quanto ao que podias melhorar... Acho que um vermelho algures aí daria ao teu layout um ar de nível altíssimo, sabendo tu desde já que tens um aquário muito bom já. Porém, acho que o vermelho de uma wallichi, ou de uma alternanthera reinicki mini... elevaria isso para um nível estratosférico. E pronto... deixo-te só uma questão chatinha!!!! Não sentes uma certa frustração por não teres feito um tapete de cuba ou glosso? É que na minha opinião, apesar da segurança que uma eleocharis dá, em termos de beleza, está um patamar abaixo de uma cuba ou de uma glosso. Cumps

Bem... na realidade, a minha afirmaçao de que as bacterias desnitrificantes deixam de desnitrificar a partir de um pH de 6.5 continua a estar certa. http://www.bioconlabs.com/nitribactfacts.html deixo-te aqui este link onde podes ler exactamente isso. Jà li por aqui pelo forum que as bacterias anerobias, podem participar no processo, mas visto que efectivamente se localizam nas camadas mais internas do areao, coloca-se a possibilidade de existirem em peauena quantidade (se a camada de areao for fina) ou até mesmo de nao terem acesso aos nitritos. Aqui estou de acordo contigo. Porém, os estudos sao claros. Em meio de cultura optimo, as bacterias deixam dedesnitrificar num pH inferior a 6.5. Agora... como sabes, facilmente se obtem um pH de 6.5 num aquario... basta um bocado de turfa, uns troncos e CO2. Fico na mesma... como é que se assegura um equilibrio dos nitratos nestas condiçoes??? Certamente haverà uma explicaçao. So nao sei qual é.

Que é que não é verdade????? POR FAVR LEIAM O QUE ESCREVI: Eu não disse que não era impossível manter um aquário com pH inferior a 6.5. É possível, muito possível e há pessoas que o fazem. Eu perguntei simplesmente o que é que assegura a desnitrificação dos compostos, na medida em que as bactérias que habitualmente o fazem (nitrobacteria e nitrossomonas) não conseguem desempenhar a sua função em pH <6.5

falta de CO2. 1bps num 240l é muito pouco. Eu tenho um 96l brutos e tenho 3bps.

està errado. ja li num estudo aue a partir de 6.5 deixam de "trabalhar" e com pH inferior a 6.5 morrem. Se quiseres posso-te enviar o estudo e o site. Portanto, o que é que assegura a desnitrificaçao num aquario com pH inferior a 6.5 ou mesmo de 6.5. Eis a grande questao.

Nao sei se percebeste a pergunta. As bacterias denitrificantes nao sobrevivem com um pH inferior a 6.5. FACTO!!! entao, quem assegura a desnitrificaçao nessas condiçoes???

Para te dar uma noção: um vaso da trópica de eleocharis... permite ser dividido em 8 porções (pés) e deves plantar cada pé com distÂNCIA DE 5 cm entre si. Agora faz as contas.

Boas a todos. Num destes dias estava eu a pesquisar por outros fórums quando esbarrei com um tópico sobre a lavagem do filtro do aquário na mesma água do aquário, para assim evitar a morte das bactérias desnitrificantes. Pareceu-me um bocado rebuscado este ritual de lavagem do filtro. Fui então pesquisar sobre as ditas cujas sensíveis... e basicamente obtive isto: Nitrossomonas que converte a amónia em nitritos Nitrobacteria que converte os nitritos em nitratos. O problema é que aparentemente estas bacterias são de crescimento e reprodução lenta, daí que tenhamos de esperar 4 semanas para ciclar o aquario. Porém, há um outro problema. É que estas bactérias (vulgo, bactérias do ciclo do azoto) que são aérobias, aparentemente são muito sensíveis ao pH, e para um pH inferior a 6.5, a sua reprodução baixa drasticamente e presumo que a população tende a diminuir. Então pergunto: COMO é possível ter aquários com pH em torno de 6.5 ou mesmo inferior, como certos biótipos (amazonas, por ex)??? Agradeço ajuda. P.S: quase não encontrei informação sobre as bactérias anaeróbias, que também participam no equilibrio do aquário.

Um flipper é basicamente um difusor labirintico, onde á medida que as bolhas de oxigénio vão subindo, vão-se diluindo na água e tornando mais pequenas até que se dissolvem totalmente uma vez chegadas à câmera superior do flipper. Honestamente, para aquários até 100-120L (muito plantados) é suficiente. Porém, a partir de 5 bps... começam-se a ver os bolhões de gás a ascender à superficie, uma vez que não existe tempo suficiente para haver a completa dissolução de cada bolha. É por isso, que, na minha optica, para aquários de mais de 180L... um reactor externo acarreta uma economia e eficiência bastante importantes em relação aos restantes métodos de difusão. Óbvio que para alguns, o efeito estético das bolhas é importante... mas.... não se pode ter tudo.

Em relação à água limpa, não percebo muito bem. São detritivoros e alguivoros e melhoram a qualidade do áqua, mas da água, talvez o façam indirectamente. Em relação a mante-los com outros peixes, depende dos peixes. Mas eu neste momento quero ver-me livre dos meus guppys para meter red cherrys. É que aparentemente os guppys traçam os reds mais pequenos.