Pedro Borges

Boa rapaz, um ou outro detalhe menos exacto não mancha a coerência geral do que escreveste. Isto é serviço público Pedro

Epa, não é querer estar a fazer nenhum tipo de publicidade, mas parece-me que a Selecção Verde da Aquário Magazine deste mês traz um artigo do Sérgio Veterano exactamente sobre os nutrientes, sua função e sintomas de carência. Até já a tenho cá na loja, mas ainda não tive tempo para ler. Abraço, Pedro

Aquele ar todo que estou a ver do lado direito é CO2? Espero que não tenhas uma pedra difusora a funcionar num aquário com injecção de CO2 Abraço, Pedro

São todas, desde que tenhas água dura Pedro

O teu reactor pode não ser o suficiente para um jardim exuberante, mas devia ser mais que suficiente para não haver excassez de carbono. Quantas bolhas faz o gajo por segundo, ou de quantos em quantos segundos faz uma bolha? Quanto aos sprites, ainda bem que os não tens, não são pearling mas sim libertação de gazes vasculares da planta, algo semelhante ao sangrar nos animais. Dão-se quando apertamos as plantas a ritmos de crescimento extra-normais, ou quando as mesmas sofrem um traumatismo como uma dentada ou semelhante. Experimenta cortar a folha de uma Vallisneria ao meio e até te passas Mas... e umas fotos? Abraço, Pedro

... e pouco mais há a acrescentar

Bem, granda discussão sobre iluminação..... AGAIN! Para variar, o Just_Me deu quase só tiros certeiros, vale a pena ler o que ele escreveu duas vezes, fora algumas coisas que passo a citar (dele e doutros): Errado, deve combinar-se vermelho e azul que são os espectros captados pela clorofila-a e clorofila-b, daí as lâmpadas de crescimento vegetal terem aparência rosa. Uma Flora-Glo tem espectro ROSA, exactamente o oposto ao verde. 6.500K é branco, se uma lâmpada tem 6500ºK não é azul e se é azul não tem 6500ºK Olha para a escala ao lado onde se lêm dezenas de metros e lembra-te da profundidade do teu aquário. Erradíssimo, a minha glosso e até a H. polysperma crescem horizontalmente e não tenho lâmpadas ao lado do aquário. Isso não é verdade, o fósforo está é contaminado com diversos elementos responsáveis cada um por cada um dos picos. Para além do mais os gráficos apresentados estão muito arredondados, a coisa na realidade é muito mais discreta, são picos muito mais estreitos e abruptos. CRI mede-se em % e não em ºK e os melhores CRI encontram-se em lâmpadas entre 4500-6500ºK, mas não em todas, o CRI não costuma vir descrito na embalagem, mas muitas vezes está na ficha de produto na página do fabricante. Não é não, bem sei que é o que está lá escrito, mas a lâmpada deve ter à volta de uns 10000ºK. É por calinadas destas que não consumo lâmpadas GLO. Já agora quanto à tua dúvida, não não tens luz a mais, tens é CO2 a menos, folhas pequenas e muito juntas é sinal de carência de carbono, quando aumentaste a iluminação aumentaste também o consumo de carbono, deves adicionar CO2 e comedores de algas e quando estas começarem a diminuir começar a adubar com adubo líquido. PS: Aposto que tens o pH alcalino. Nenhum, desde que adiciones CO2 e nutrientes, mas as plantas irão usar a lateral do aquário como referência de crescimento, as verticais vão inclinar-se todas e as horizontais não faço ideia. Para terminar, o habitual sermão da variedade das lâmpadas. Exactamente por emitirem em espectros discretos, a conjugação de lâmpadas de diferente fabrico melhora em muito a qualidade da luz emitida, em relação por exemplo a utilizar somente qualquer uma das variedades na mesma quantidade. Esta é a regra mais importante que eu conheço em termos de lâmpadas fluorescentes. Como sei que variedade não é assim tão fácil de arranjar, e porque lâmpadas específicas são muito caras, para quem tem 4 lâmpadas costumo aconselhar 2 Daylight baratas (diferentes) 1 Crescimento vegetal e uma Cold White (10000ºK), colocadas respectivamente branco-rosa-branco-azul da traseira para a frente, isto porque a azul tem mais impacto nas cores dos peixes e das plantas e portanto interessa que fique entre nós e os peixes para os iluminar bem e não por trás destes para que fiquem em contra-luz. Espero ter contribuido, Pedro

Não, típicamente não. Não quer dizer que não possam ser encontradas pois são uma planta cosmopolita. Mas típicamente não prosperam nessas águas. Pode ser que tenhas como dizes uma espécie mais delicada, não digo que não, isso contribuiria sem dúvida para o problema. Podes encontrar a experiência que te relatei no "Ecology of The Planted Aquaria" da Diana Walstad, bem como as conclusões tiradas da mesma. Também podes tirar a prova dos nove, se tiveres outro aquário pequeno, mesmo que com pouca luz, e meteres algum calcário, um toque de sal grosso (pouco) e umas pastilhas de adubo de fundo, passados uns dias de adaptação verás como ela cresce Não liguem muito ao parâmetro iluminação da Tropica, não é muito exacto. Afinal qual é a espécie que tens? A biawensis é toda espiralada, a gigantea é lisa e grossa, a natans é lisa e fina, a spiralis é ligeiramente espiralada... enfim, não te informaram onde a compraste? Abraço, Pedro

Então e os micro-nutrientes? Uma planta para sedesenvolver bem necessita de MONTES de elementos dispares, não apenas os macro nutrientes que mencionas. Esses normalmente até estão presentes (exepto o potássio) em grande quantidade na comida dos peixes. Não deixa de ser informação extremamente útil a que colocaste aqui, mas é demasiado teórica, enquanto que as TPAs são exclusivamente práticas - dão resultado sem nenhum tipo de cuidados ou medições. Eu tive durante alguns meses um pequeno aquário plantado com 1/2 duzia de peixes e camarões onde rocei o equilíbrio, não trocava água, não alimentava, não fertilizava, mas também não podava nem retirava os mortos. Mas eventualmente a coisa iria acabar por descambar (descambou mais cedo porque o desmantelei para fazer um mini-reef... sim eu sei ) Em suma, isso é muito interessante como informação técnica sobre macro adubação, mas para procurar a não TPA, o ideal mesmo é não fazer MESMO nada. Abraços, Pedro

Peço imensa desculpa discordar de todos, mas o problema das tuas Vallisnerias é falta de Dureza. As Vallisnerias são plantas muito particulares, não prosperam mínimamente em águas moles. Na natureza são encontradas em locais de águas alcalinas com elevados níveis de dureza. Testes efectuados mostraram que estas plantas colocadas em diferentes aquários de teste, prosperaram naquele que apresentava água dura e alcalina e definharam em água mole e ácida. A sua capacidade de sintetização de Carbono dos carbonatos poderia ser uma explicação, mas mesmo na presença de CO2 as plantas definharam. A melhor hipótese para este fenómeno é uma forte necessidade de algum sal presente em boa quantidade nas águas duras e alcalinas e ausente nas opostas. Abraço, Pedro

Sim, é o mais provável, se bem que em casos extremos pode ser mesmo pearling. Para ter a certeza é verificar se há bolhas de gas só nas folhas, ou também nos caules, inertes, vidros, etc... Pedro

Os vulgarmente chamados peixes de água fria dão-se de 0 a 40º :D não são nem de água fria nem de água quente, mas sim uns cavalos de batalha. Queria só aproveitar para corrigir que os SAEs não tocam nesse tipo de algas, o ideal para isso são realmente Otocinclus sp., ou Crossocheilus latius. Os caracois também são uma boa, nomeadamente os Nerita zebra como disse o hotrodder. Abraços

Eu parava temporáriamente com a adição de Ferro, e só voltava a fazê-la se tivesse necessidade comprovada. Entretanto uns Crossocheilus siamensis e / ou Caridina japonica vão comer isso. Otocinclus e outros "sucker-mouth" não tocam em filamentosas. Abraço, Pedro

Uma foto realmente ajudava, mas pela descrição diria que Otocinclus sp. seriam uma boa adição ao aquário, para 50 litros metia uns 3 ou 4. Abraço, Pedro

Tal e qual o Kebras disse, ainda com a vantagem da hiper oxigenação provocada pelas plantas ser também ela desvantajosa para as plantas. Otocinclus sem dúvida e sem problema algum, nao atacam nem stressam peixe nenhum. Abraço, Pedro

Sim, mal não faz concerteza, mas só vale a pena se não der trabalho, nem houverem impedimentos (p.ex.discos) Pedro

Qualquer dos valores entre os 20 e os 30 são aceitáveis para Echinodorus, já testemunhei muitas a crescer sem problemas a 30º.

Sim, mas e onde é que tencionas ligá-las? Tens aquário aberto ou fechado? com galeria fechada, tampa de vidro ou sem nada? A lâmpada que tens tem reflector? as que vais por podem levar? Há uma série de questões que deves colocar e resolver antes de "colocar mais duas lâmpadas". De qualquer das formas, dessas duas, uma dela deverá ser especializada para promover fotossíntese, tipo a ZooMed FloraSun ou equivalente, a outra é à descrição. Abraço, Pedro

Mas ninguém falou na forma de adubagem, macronutrientes até aconselho a colocar no substrato sob a forma daqueles sticks práticos. Pedro

Ah, sim claro, convém primeiro estudar a hipótese de haver um animal qualquer entretido a comê-las. Bem lembrado... Pedro

Falta aí algum macronutriente em princípio. Experimenta usar adubo comum de jardim NPK, apenas uma gota de vez em quando e nota se as novas folhas que vão aparecendo vêm porreiras. Quanto às folhas esburacada, essas não há nada a fazer-lhes. Pedro

Não é bem assim, a luz que serve às algas é do mesmo género da que serve às plantas. O problema com o excesso de luz é que se não tiveres CO2 e nutrientes a acompanhá-la terás problemas de algas no primeiro caso e de crescimento degenerado (folhas queimadas por ex.) no segundo. Ou seja, com muita luz, CO2 e nutrientes suficientes as plantas crescem muito e bem e tornam a água um habitat hostil para as algas. Só com muita luz e CO2, as plantas crescem muito, mas mal, com atrofios inerentes a cada um dos nutrientes em falta. Só com muita luz, as plantas não conseguem fazer toda a fotossíntese que poderiam fazer por falta do essencial CO2, como tal não geram oxigénio, nem absorvem quantidades significaivas de nutrientes da coluna de água, ou seja: água com nutrientes + muita luz = algas. Um abraço, Pedro

Respondendo agora ao Bruno Carmo, a ver se consegue sair do tópico mais elucidado e menos baralhado do que quando o começou. Para conseguires "aquele" efeito de verde que falas tens que criar as condições ideais para o crescimento das plantas, ou seja, iluminação decente, injecção de CO2 e (apenas como consequência destas duas) adubação. Para um aquário de 180 litros a solução passa por conseguires colocar em volta de 150W de iluminação fluorescente por cima do aquário. As soluções variam e tens que ser tu a escolher a que melhor se adapta ao teu caso (aquário + bolso). Podes por mãos à obra e tentar meter mais 3 ou 4 lâmpadas fluorescentes de 30W com umas idas ao AKI e uma boa dose de jeitinho. Podes optar por abrir o aquário e colocar um foco HQI de 150W por cima dele Podes abrir o aquário e adquirir uma calha de fluorescentes compactas com a dimensão certa no teu caso 90cm. A partir do momento que tenhas a iluminação decente, convém então injectares CO2 para compensar a subida de pH que as plantas irão provocar ao fazerem fotossíntese. Nessa altura elas adquirem um ritmo de crescimento bastante alto e como tal convém começar a adubar para repôr os minerais que elas vão retirando da água e do substrato e de que tanto precisam para crescer saudáveis. Espero ter ajudado, Pedro

Vá lá pessoal, não deixem a conversa virar para o torto... É verdade que os espectros azuis e amarelos são utilizados pela fotossíntese, e o taslixado fez muito bem em assinalá-lo. É também verdade que o gráfico em nada ajuda quem está a iniciar-se nos plantados, no entanto é uma fonte fidedigna aonde voltar após tomar algum balanço. Junto a isso que os 70W 4200ºK de HQI são muito parecidos em potência a 70W de lâmpadas fluorescentes (as fluorescentes são ligeiramente mais eficientes) e tal e qual (excepto os erros dos fabricantes) em temperatura de cor. E ainda adiciono que a ordem certa no meu entender é: Luz - CO2 - Nutrientes. Abraço, Pedro

Alguma ou algum? Anubias concerteza que não nasce, Feto-de-Java é que sim. Pedro