Pois os Dicrossus estavam esgotados.
Em vez deles veio um belíssimo trio de Apistogramma cf. pertensis.
Chegaram em excelentes condições. A água deles estava a um pH de 6,5 mas a dureza marcava 487 ppm. O meu aquário presentemente tem o pH a 6,2 e a dureza nos 27 ppm.
Os peixes de pequenos cursos de água toleram muito melhor serem mudados para águas mais brandas do que o contrário como resultado da adaptação natural que têm às chuvadas intensas que podem ocorrer. Ainda assim, demorei cerca de uma hora a ambientá-los.
A introdução no aquário não podia ter corrido melhor.
Adoptaram logo o leito de folhas como base e começaram de imediato a explorar o ambiente. Passados minutos já comiam daphnias e, depois da refeição, ocuparam-se a comer detritos que encontravam sobre as folhas e troncos.
Um dia passado e a ambientação ainda se tornou mais evidente com cada uma das fêmeas a estabelecer um território e o macho a ficar restrito a um local sobre um tronco donde pouco se afasta.
A impressão que tenho é que neste habitat poderia colocar à vontade 10 ou 15 peixes, machos incluídos, que a agressividade intra-específica seria diminuta tal é a capacidade do leito de folhas para definir territórios naturais.
Um episódio digno de nota observado há pouco,
Os meus Nannostomus eques desovam frequentemente. Pelas suas características fazem-no junto à superfície ou no vidro de fundo, ou nas raízes das plantas flutuantes ou nos muitos troncos e galhos que este aquascaping lhes proporciona.
Tipicamente um ou outro cardinal vai atrás dos Nannostmus a ver se come qualquer coisa. Desta vez foi o macho de Apisto que, aprveitando a segurança dada por um grande tronco que sobe até à superfície, foi tranquilamente comer os ovos dos peixes lápis apesar deles tentarem fazer a desova num local bastante complexo com múltiplos galhos e plantas flutuantes.