Tiago do Vale

Este é um vivíparo que migrou do mar para um sistema de grutas de água doce do Yucatão, quando o mar recuou (ou a península se elevou), e a água doce invadiu o substracto calcário que já foi fundo de mar. Adaptou-se a este sistema de águas extremamente duras, alcalinas e de completa escuridão, daí a ausência de olhos e de pigmentação. É um peixe em risco, como o "tetra-cego" (Astyanax Fasciatus Mexicanus). No entanto, o "tetra-cego" é reproduzido para a aquariofilia. Será que este Ogilbia Pearsei (Dama Ciega Blanca) também? Parece ser um peixe extremamente interessante, para além de que é uma boa missão para os aquariofilistas, a de ajudar à manuntenção destas espécies. (São ameaçadas pela contaminação dos lençois subterrâneos pela fertilização química usada na agricultura intensiva.) Escolhi a foto mais chocante: Estou a completar um aquário de biótopo de "cenote" (acontece quando o tecto de uma destas grutas cai, criando um ponto de entrada de luz) para os Astyanax, mas os Ogilbia seriam uma adição fenomenal... O único elemento que me falta é a flora: uma macroalga de água doce (Chara spp.), mas aparentemente há uma população em portugal, perto de Montemor-O-Novo. O resto é rocha morta e aragonite fina. Alguns ramos e raízes também fazem parte do sistema, embora eu não os tenha introduzido (para manter o ph extremamente alcalino). Caso não consiga a flora, basta eliminar a iluminação e o biótopo passa a gruta fechada... :D

(Tinha a ideia de que já tinha postado isto.) Bem: estive a investigar e há Chara spp. em Portugal! Em Montemor-O-Novo, no Sítio de Monfurado, há "águas oligomesotrópicas calcárias com vegetação bêntica de Chara spp.". Agora só falta descobrir como o conseguir. :D

Olá! Esse "840" na referência da lâmpada remete para a cor da luz, e corresponde a uma temperatura de 4000K. Tenho usado "840" e "865" (6500K) com resultados bastante satisfatórios! :D Mudando de assunto :D concordo que com toda a luz do mundo e com os nutrientes na coluna de água e substrato bem contadinhos, se calhar até se dispensava a ajuda de camarões, caracóis, ottos ou siameses para ter tudo sob controle... Agora no mundo real é tarefa messiânica ter os nutrientes assim tão bem controlados... basta um deslize num dos macronutrientes e "outra coisa" vai usar essa luz toda em excesso para tirar partido disso... Por isso se podemos ajudar a controlar essas "pragas" diminuindo a quantidade de luz para se aproximar daquela que as plantas efectivamente precisam, parece-me bem pensado... É preciso lembrar que aquela regra do .5w-1w por litro vai sendo ajustada para baixo à medida que a litragem aumenta... Só para dar um exemplo (e porque o exemplo é muito respeitado :D): o (ubíquo) Takashi Amano usou tão pouco como 80w, passando por 120w e 160w, e esticando-se até aos 200w numa das vezes, em 4 aquários intensivamente plantados de 250 litros (líquidos). Para além disso o teu aquário tem, relativamente, pouca profundidade para a litragem, o se traduz numa necessidade de luz ainda menor... Espero não ter chateado muito e ter ajudado. :D

Olá a todos! O cobre não vai perturbar camarões ou outros invertebrados?

10 mil anos depois há uma novidade não é Ceratophyllum Demersum, nem sequer é uma planta: é uma macroalga de água doce: Chara sp. (aka Muskgrass, Muskwort, Stonewort) que adora estas águas alcalinas! Ao contrário da Ceratophyllum, não tende a flutuar, fica junto do sedimento, fixando-se a ele ou a rochas. Parece-me ter muito potencial! Agora resta descobrir como vou arranjar isto... Alguém tem alguma ideia? Tenho este projecto em movimento, para já com rocha morta, (G a m b ú s i a s) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b]... Falta trocar o substracto de areia inerte por um de aragonite com várias granulometrias. Já arranjei uma fonte de Astyanax Fasciatus para trocar com as (G a m b ú s i a s) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b], e a coisa fica pronta Perfeição perfeição é que só com a Chara, o que vai dar muita luta... Se acontecer o milagre de a arranjar, parece que se reproduz com toda a facilidade.

Olá a todos: Estou a reconverter uma calha da aquapor de 1m para 10 lâmpadas PC. O problema é que já a fiz com casquilhos dos pequenos (e14). Quem lâmpadas devo colocar? Alguém conhece alguma? É que o facto de ter colocado casquilhos pequenos limitou-me completamente a oferta... Abraço.

Olá a todos! A minha questão é a seguinte: Usando Hortilon como fertilizante de micros, têm alguma sugestão do género para macros? Um abraço!!

Bem: só encontrei as pastilhas... Não sei se está a funcionar: aparentemente não estão a dissolver-se (eles diziam que as podia enterrar no substracto; ou simplesmente deixá-las cair no aquário depois das luzes se desligarem, e foi o q eu fiz, para as poder ver), nem vejo grandes reacções das plantas... Vou esperar mais algum tempo. No entanto fiquei com um bichinho na cabeça a chatear-me: não há fertilizantes líquidos completos, com micro e macronutrientes, que simplifiquem esta questão? Abraços

De facto tem de ser isso: falta de macronutrientes: convenci-me de que a fauna podia tratar disso, mas desconfio que seria preciso muito peixe, não? Obrigado por me abrirem os olhos. Em relação a fertilizantes de macros: só encontro em pastilhas: há em líquido? Recomendam alguma coisa em particular? Depois reporto os resultados.

Olá a todos! A minha situação é a seguinte: as minhas plantas parecem saudáveis, estão verdinhas, não tenho problemas de algas, mas pararam de crescer... Nos meses seguintes à instalação do aquário cresciam a um ritmo acelerado. O aquário tem 100litros, 90w (uma flora-glo e duas aqua-glo) de iluminação, substracto fértil e injecção de co2. Um cardume de 15 tetras cardeal, 5 ottos, um botia palhaço, uma raposa voadora, uma corydora e caracois (melanolides turbulata e physa fontinalis). Na flora apenas um tapete de eleocharis parvula (que ficou a meio por o crescimento ter parado), feto de java (que também não cresce) e anúbias num tronco, e criptocorinas. Tudo parou de crescer. Fertilizo todas as semanas ou de 15 em 15 dias com fertilizante líquido da Tropica, 4 vezes a dose recomendada... Alguém tem alguma ideia??? Obrigado a todos.

Olá José António. Também já pensei na fibra de vidro, mas os polibans tinham-me escapado. De certeza que há polibans com esta forma (ajusto as dimensões da estrutura e encaixa perfeitamente). O problema é o seguinte: Será que há polibans com profundidade suficiente? Em relação às cargas permanentes da varanda para já estou optimista: parece que elas são concebidas para aguentar, por norma e no mínimo, cargas permanentes de 2kg por centímetro na periferia "pendente". Infelizmente não sei bem o que isso quererá dizer em termos de peso por área, mas o facto de a varanda ser um semi-círculo e de o "lago" se implantar numa das esquinas perto do apoio da varanda parece jogar a favor da situação. Mas mais certezas só com uma visita in loco. Eu relato-vos quando chegar a altura.

Hummm Estou a ver que essa questão começa a ser determinante. Vou tentar trazer aqui um amigo meu que é engenheiro civil, para me dar uma opinião, se é que o pode fazer.

Essa seria a minha primeira opção. Só que receio o mesmo que tu: será que fazem um formato como este? E também penso que elas são submetidas a tratamentos anti-fúngicos que podem ser tóxicos... Mas confesso que esse me parece ser o caminho mais fácil, para já!

Na verdade foi feito no AutoCAD do costume: com cuidado na definição dos materiais e paciência para as luzes, os resultados podem ser bem razoáveis! Os desenhos em 2D faço também no AutoCAD, ou então no Corel Draw... De facto não vou colocar plantas (a não ser que sejam flutuantes), e o filtro, das duas, uma: ou um interno poisado no fundo, ou um externo (que é capaz de ser a melhor opção, já que o "lago" é para carassius auratus que sujam muito). Hum... a ideia da lona que se usa para cobrir carros e afins não é má!!! Eles fazem-nas em muitos formatos, desconfio que por vezes à medida... Se calhar dessa forma até se consegue fazer com fundo plano! O peso também me preocupa... Claro que me tenta muito ter mais litragem, mas acho que não quero ultrapassar muito os 200 litros (corresponde a mais ou menos ao peso de 3 pessoas, o que me deixa mais ou menos descansado em relação à varanda, que é integralmente em betão armado. Também corresponde mais ou menos ao peso dos 50 e tal vasos da vizinhança que maldade). Mas vou tentar ter uma confirmação mais rigorosa. De resto alguém sabe de alguma empresa que faça essas capas? Será que fazem os furos? Vou investigar. Abraço!!!

Entre os meus projectos encalhados, tenho este que me mói o juízo. É mais fácil se mostrar a imagem: A ideia é fazer uma coisa simples, leve e relativamente barata. Por isso pensei numa estrutura metálica em aço inoxidável ou ferro galvanizado, que suportaria uma tela. Esta tela seria ligeiramente flexível e formaria uma espécie de bolsa, com o auxílio do peso da água, capaz de comportar 200/300 litros (com a configuração da imagem ela tem pouco mais de 200 litros, mas podia "ceder" até mais perto do chão). A tela seria presa à estrutura através de braçadeiras que passariam por furos na tela e abraçariam o tubo metálico. (Na verdade penso em duas telas: uma azul ou preta no interior, e outra branca no exterior, para que a luz solar não aqueça tanto a água.) Portanto, a estrutura não tem dificuldade. O problema é a tela, e é por isso que o projecto está encalhado. Eu sei que podia pegar numa manga de plástico ou num cortinado de banheira, fazer uns furos e umas dobras, e a coisa ficava feita. O problema é que queria que o acabamento fosse irrepreensível por razões estéticas. Por isso não sei onde poderei fazer uma tela que não tenha tratamentos anti-fúngicos, que tenha esta forma esquisita, e que ainda por cima tenha uma série de furinhos ao longo dessa forma irregular feitos de maneira profissional, seja impermeável e flexível (para além de tudo ter de aguentar mais de 200 quilos de água). Por isso aqui vão as perguntas para os foristas que se lembrarem de me ajudar: Alguém conhece alguém? Alguém tem ideias para alternativas? Alguém me tira esta ideia maluca da cabeça? Um grande abraço a todos! (A forma da tela):

Muito bonito: gostei da forma como organizaste as pedras: muito diferente do que se costuma fazer, e muito mais bonito, acho eu! Agora o que te queria perguntar era acerca das conchas: que conchas são e onde arranjaste? Abraço!

Caros Colegas: É normal as folhas do feto de java terem as pontas translúcidas (pelo menos enquanto crescem)? Também me acontece, quando já são mais velhas, ganharem manchas negras (não apenas pontos)... Abraço!

Há diferença entre a mínima e a parvula, ou são a mesma espécie? Abraço!!!

Caros colegas, tenho uma questão. Tenho 2 aquários com o mesmo substracto fértil, a mesma areia, troncos, pedras, etc.. Diferem na litragem e na iluminação. Têm as mesmas espécies de plantas. Um tem 40 litros, o outro 100. O de 40 tem como iluminação 3 PC de 11w da sylvania [Cool White (840)]. O de 100 litros, uma floraglo, uma sunglo e uma powerglo. Ambos recebem fertilizante líquido aquando das TPAs. A relação watt/litro é semelhante. No entanto no de 40 litros as lilaeopsis brasiliensis, valisnérias e musgo-de-java crescem como doidas, e a eleocharis "não sai da sepa torta", enquanto que no de 100 litros é a eleocharis que se dá melhor. No de 100 litros também há mais algas (embora sempre poucas) do que no de 40. Será da cor da luz? Alguém tem pistas? Queria corrigir estes comportamentos nos aquários, e estimular mais a eleocharis parvula... (Só me faltava as lâmpadas da sylvania serem melhores do que as lâmpadas próprias para o efeito...) Por falar em eleocharis: que género de substracto será o ideal para ela? Alguém fará ideia? Um abraço. Tiago

Olá! Se por acaso algum de vocês tiver alguns red cherry para vender, trocar, ou desenrascar digam-me qualquer coisa. É que também gostava de ter um aquário dedicado, e deixá-los reproduzir à vontade, mas não se vêem em lado nenhum... E muitas vezes é melhor dependermos uns dos outros neste hobby... Um abraço!

Olá RJAMARO Eu aqui adorava ficar com uns 4 ou 5: achas que dá para combinar? Ficava todo contente Um abraço!

Tenho um aquário de 100 litros, iluminado por 90w, 9 horas por dia. Faço TPAs de 20% todas as semanas, tenho co2 caseiro e uso fertilizante líquido quase todas as semanas. Tenho pouca fauna, mas bastante flora... E tenho um problema de fimalentosas. Pensei q era por ter a água alcalina, mas mudei o aquário para um sistema ácido e isso não alterou nada. Experimentei também eliminar a fetilização líquida e o co2, mas não pareceu alterar nada (se calhar até piorou). Como posso resolver? Aumentando as TPAs é solução, mas pouco exequível para mim... Será que um tratamento químico pode ser opção, sem danificar as minhas plantas, ou incomodar os meus peixes e caracois? Os crossocheilus siemensis têm boa fama em relação às filamentosas, mas não vejo nenhuns verdadeiros (só foxtails e assim, etiquetados erroneamente)... Um abraço a todos.

Vou aproveitar para mostrar os ciclídeos deste biótopo (já agora se calhar peço a um administrador para mudar o tópico de sítio... porque já estou a divagar... :D) (Vamos ver se puxo os fãs dos ciclídeos para este biótopo ) Archocentrus octofasciatus: (J. Tuitman / www.cichlidae.be) 'Cichlasoma' urophthalmus: (Sam Thompson / www.flmnh.ufl.edu) Paratheraps synspilus (Cichlasoma' synspilum): ( www.akwafoto.pl) Thorichthys meeki: ( www.akwafoto.pl) Parachromis friedrichsthali: ( www27.brinkster.com) Mais uma ideia de como é o biótopo: estas formações calcárias não parecem em nada diferentes da "rocha morta" que encontramos à vendas nas lojas de aquáriofilia. Raízes e troncos também fazem parte do esquema. Dependendo da zona: junto da margem há muita vegetação (parece ser Ceratophyllum demersum, então ), raízes, folhas, etc.. Mais abaixo há acumulação de ramos, e um fundo de detritos e areia... As rochas limpas existem em zonas de maior corrente. Desculpem-me se estou a abusar

Talvez a Eleocharis Parvula (parece-me ver ali atrás já algumas folhas mais "espiraladas", típicas da forma imersa - elas são cultivadas na forma emersa, como muitas outras, e nessas condições geram folhas direitas que decaem e são substituídas por essas mais "espiraladas" quando mergulhamos a planta).

hummm.... Esta é capaz de dizer mais do que qualquer uma das outras: