A l e x a n d r e

Desde que surgiu este tema no fórum que me desunhei à procura de informações e principalmente experiências de outros aquariófilos estrangeiros, mais experientes, na utilização dos reactores de enxofre. Como ando há muito tempo para montar um reactor de cálcio com botija de CO2, o reactor de enxofre a despejar num reactor de cálcio ou fazendo parte do mesmo, era para mim uma excelente opção. Poupava um dinheirão e para desenrascar era capaz de fazer uma coisa dessas apenas com uns tupperwares. Como nestas coisas não gosto de me mandar de cabeça sem recolher o máximo de informação possível, resolvi pesquisar, pesquisar, pesquisar... A primeira coisa que me causou estranheza foi o facto de nos principais fóruns estrangeiros aparecer muito pouca informação acerca deste assunto. De facto muito poucos o usam considerando as potencialidades que aqui foram sendo enunciadas. Os americanos por exemplo, praticamente não os utilizam salvo raras excepções. Porque será? Não consegui encontrar muita informação nos fóruns e páginas americanas que explicasse a razão da sua pouca utilização naquele país. A única que me parece mais lógica é que esses reactores não são muito utilizados também na Alemanha, pois se fossem, não havia um americano que não o tivesse ligado ao aquário. Então porque é que estes equipamentos também não pegaram de estaca na europa, principalmente na Alemanha? Os alemães não aconselham nada a utilização destes reactores porque aparentemente provocam uma acumulação do ião sulfato no aquário conduzindo a um desiquilibrio o que provocou (segundo eles) autenticas tragédias (a palavra também é deles) nalguns aquários. Outra das desvantagens que li dizia respeito à dificuldade de regulação dos reactores e outra ainda em relação à acumulação de sulfureto de hidrogénio quando a luz faltava e as bombas paravam. Isto se calhar já tem a ver com o desenho do reactor e acredito que nos modelos portugueses esta possibilidade já esteja precavida. No entanto tenham cuidado com este aspecto pois não vão querer que este gás entre no vosso aquário. Bem, também encontrei algumas informações e experiências muito positivas em relação a estes reactores, nomeadamente no que diz respeito à obtenção de niveis de nitrato proximos e iguais a zero. Há também relatos do uso destes reactores num aquário público durante bastante tempo sem efeitos negativos aparentes. De qualquer maneira, em caso algum vi a atribuição do desaparecimento das algas dos vidros e a substituição dos escumadores por estes reactores ao uso do enxofre. Se tal se confirmar, como parece mesmo ser o caso segundo os relatos que aqui li, podemos começar a falar no método português assim como falamos no Jaubert ou Berlim. Vamos ver o que o futuro nos reserva. A l e x a n d r e

Sempre lavei totalmente o copo e garganta dos meus escumadores. A diferença que noto na produção de espuma tem a ver com o facto de deixar ou não secar as partes que lavo. Secando totalmente, o início da produção de espuma é muito mais rápido do que se não secar. A l e x a n d r e

O refractometro é mesmo o ideal mas não vejo que seja um aparelho necessário para o aquariofilo comum. Já tenho aquário de água salgada há 9 anos e nunca usei um refractometro. Na minha opinião qualquer "aparelho" serve, até mesmo esses de plástico de braço oscilante. O que interessa é mantêr sempre o mesmo valor sem oscilações. Os refractometros vendem-se em várias casas de aquariofilia em Portugal e pela net, o problema é, como disse o Brian, o preço, no entanto há alguns mais baratos que muitos corais. A l e x a n d r e

Em termos de criação de correntes que simulam as naturais, este é provavelmente o equipamento que melhor consegue reproduzir em aquário aquilo que se passa num recife. Vejam o filme até ao fim e reparem bem nos diferentes tipos de onda que consegue reproduzir: http://www.oceansmotions.com/tsunami.wmv E a página para verem o produto em si: http://www.oceansmotions.com/ Os preços variam de acordo com o diâmetro e numero das saidas. Como exemplo, um aparelho com 4 saídas de 3/4" custa US$200. A l e x a n d r e

Na minha opinião sim, desde que tenhas confiança no local de recolha da água natural. Se vais utilizar apenas a mesma rocha que tinhas no aquário pequeno, podes passar tudo de uma vez. Se vais utilizar rocha não curada então tens que esperar que o ciclo (amónia, nitritos....) termine. Os SPS não convém ficarem sem luz durante muito tempo. Três dias no máximo para os mais resistentes mas tenta evitar isto a qualquer custo. Se tiveres algum mais sensível (normalmente mais colorido) este período sem iluminação pode ser suficiente para começar a perder tecido.Os peixes podem ficar bastante mais tempo. Talvez devas só passar as HQI para o aquário novo quando passares também os corais. Depende. Concerteza que vais querer ter mais rocha e sendo esta nova, mesmo que curada, poderá ganhar algas. Tudo depende do cuidado que tenhas com a limitação de nutrientes, da qualidade da rocha nova e do grau de "curamento" que a rocha nova terá. A l e x a n d r e

Não, infelizmente duas lâmpadas de 70W não têm a penetração de uma lâmpada de 150. Para 60cm de altura o mínimo na minha opinião são lâmpadas de 150W A l e x a n d r e

Podes. Eu já cheguei a usar com mais de 15 dias. Um excelente artigo sobre o assunto pode ser encontrado aqui: http://reefkeeping.com/issues/2003-05/rhf/...ature/index.htm A l e x a n d r e

Nunca usei areia viva mas não vejo razão para não se fazer. Talvez seja melhor adicionares a água à temperatura normal dos recifes pois se estiver fria poderá matar alguma bicharada na areia viva. O melhor modo de armazenar água natural será num recipiente de plástico alimentar fechado longe da luz. O Marco Madeira (mago da água natural) já chegou a usar água natural com 6 meses de armazenamento. É obra! A l e x a n d r e

A areia fininha que tens é calcarea? Se fôr concerteza que absorveu parte do cobre e se queres manter corais no futuro terás que a deitar fora. Uma vez que não tens nada no aquário a melhor opção é despejá-lo todo, lavar e encher com água nova. Sempre que quiseres tratar um animal doente, coloca-o num aquário hospital (mais pequeno!) e aplica aí a medicação necessária. Nunca se deve apilcar medicamentos à base de cobre sem o auxilio de um teste para se poder controlar convenientemente a concentração deste elemento na água. A l e x a n d r e

É perfeitamente possível montar um reef com T8 mas como o marco disse o ideal, tirando as HQI são as fluorescentes T5 ou as compactas. Já tive um reef com 62 x 45 x 33 (C x L x A) com 6 lampadas T8 onde consegui manter com muito sucesso uma tridacna máxima além de outros corais moles e duros. A receita em relação à fluorescentes é usar o maior numero de lâmpadas possível. A l e x a n d r e

Eheim 1260 como já foi dito acima. Esse escumador foi feito para trabalhar idealmente com a eheim 1060 que já não se fabrica, tendo sido substituida pela 1260. Esta é a melhor opção. A l e x a n d r e

Vou-te dar uma das possibilidades: 2 x stream 6100 + multicontroler 7095 (aqui vende a camisa e as calças) A bomba eheim com as stream serve. Um escumador H&S, deltec, grothec ou shuran para o dobro da capacidade do aquário. O máximo de rocha possivel. 50Kg é um bom começo e outro tanto de rocha morta como base. Nada de areia, nem viva nem morta. Atenção, esta é uma das possibilidades e que traduz apenas a minha opinião Reactor de calcio não vais precisar por enquanto. Safas-te perfeitamente com garrafas de soro e hidróxido de calcio com água de osmose inversa. Sim, osmose é precisa. Isso agora é mais barato. A l e x a n d r e

Olá, 70W para 70cm de altura é capaz de ser pouco. Eu punha no mínimo lampadas de 150W, três seria o ideal na minha opinião. De qualquer maneira, se estás a pensar em abraçar a sério esta vertente da aquariofilia, mas vale começares logo a sério e comprares equipamento como deve ser do que comprar agora para remediar e passado uns tempos ter que investir de novo gastando mais dinheiro. Posto isto, e em termos de iluminação, o ideal para esse aquário seriam 3 projectores de 250W. Em relação às stream, o diogo esqueceu-se de dizer o modelo, 6100. A l e x a n d r e

Estranho seria se a tropic marin dissesse que o seu próprio produto era desiquilibrado não é verdade? Quanto à comparação com os aditivos de duas partes não tenho conhecimentos suficientes para dizer que são equilibrados ou não. Um senhor chamado Randy Holmes Farley diz que sim, que são equilibrados e eu pessoalmente acredito bastante naquilo que ele diz pois parece-me uma pessoa com opiniões isentas tendo inclusivé ensinado como fazer alguns destes produtos em casa. Já em relação à alteração do pH a minha experiência é diferente. O tropic marin baixa um pouco o pH mesmo quando usado de acordo com a prescrição. Os aditivos de duas partes também alteram o pH mas quanto a mim melhor pois aumentam-no ligeiramente, ao contrário do bio calcium. Como já disse anteriormente já usei o biocalcium e obtive um crescimento de algas coralinas espectacular, de qualquer maneira a longo prazo não acho que seja a melhor opção pelos aspectos que já referi atrás. A l e x a n d r e

Em relação a outros aditivos sim por isso mesmo defendo as TPA's em detrimento desses aditivos. Em relação à kalkwasser já não é assim pois apenas adicionas OH- e Ca++, a não ser que vás ao pormenor de incluir as eventuais impurezas do pó e água usadas, mas nesse caso havia muito mais a quantificar em relação ao que entra no aquário, o pó das casas por exemplo. A l e x a n d r e

Já usei o tropic marin biocalcium durante uns tempos e os resultados foram bastante positivos. A alga coralina cresce que nem louca. Não se usa na água de reposição mas sim dissolvido na água do aquário. A desvantagem principal já foi referida atrás, o aumento de densidade e além disso não se sabe ao certo quanto e o quê que se está a adicionar ao aquário e se será necessário ou não. Desses 70 elementos quanto entra de cada um em cada dose? E como é que sei qual é que está em falta e qual está a mais? A mim parece-me um bom método para situações pontuais de emergência. Manter um aquário com tropic marin acaba por ser também um pouco caro. A l e x a n d r e

Tens algum site onde possa recolher alguma informação sobre esse assunto. Em relação aos sólidos dissolvidos também inclúem os o cálcio, magnésio, etc.? A l e x a n d r e

Não percebi ..... Isto é muito fácil de fazer e é até a meneira mais eficaz de montar o escumador, ou seja, ligando o tubo que vem do aquário directamente à alimentação do escumador. Deste modo podes garantir que toda a água que passa no tubo que vai do aquário para a sump, é injectada dentro do escumador e misturada com ar. Como o caudal de água que vem do aquário para a sump é igual ao caudal que a bomba de retorno debita (caudal real), o caudal de água que entra no escumador é igual ao caudal de água que a bomba de retorno debita. Esta é a situação ideal mas infelizmente nem sempre é possível de concretizar até porque alguns escumadores internos não têm entrada de água dedicada. A l e x a n d r e P.S. - O que é que quer dizer SST e SSV?

Sim já estava a contar com isto até porque não tinha lógica utilizar bombas com um caudal superior ao que o tubo de descarga aguentasse, o aquário acabava por transbordar. Na minha opinião há muito mais variáveis a considerar do que o volume do aquário mas normalmente é a abordagem que se utiliza com mais frequência. Escolher a capacidade do escumador em função do caudal da bomba de retorno é no mínimo absurdo. Eu defendo exactamente o contrário. A l e x a n d r e

Oi, Eu sou adepto do uso de duas bombas de retorno em vez de apenas uma para o caso de uma avariar a outra continuar a circular a água. Em relação ao caudal a minha opinião é que deve ser o caudal de água que o escumador "aguenta". Se tiveres um escumador que processe 1000 litros de água por hora, então as bombas de retorno devem garantir esse caudal real pelo retorno, partindo do principio que toda a água que vem do aquário é passada pelo escumador antes de voltar ao aquário. A l e x a n d r e

Esquece os filtros num aquário de recife. Esquece as bioballs e esquece as cerâmicas. Não vais precisar de nada disso. Podes eventualmente precisar de carvão activado mas muito esporadicamente. Se tal for necessário, utilizas um pequeno saco de nylon com o carvão e colocas este saco na sump num local onde haja maior passagem de água. De qualquer maneira se fizeres trocas de água frequentes mais conhecidas por TPA's (trocas parciais de água), arrisco a dizer que nunca precisarás de carvão, só em caso de uma catástrofe do tipo morrerem vários animais ao mesmo tempo mas nesse caso e sempre o melhor remédio são as TPA's. A l e x a n d r e

Não precisas de filtros em água salgada. Se leres bem aquilo que descrevi na mensagem acima podes facilmente verificar que da lista não consta qualquer tipo de filtro. A filtragem da água num aquário de água salgada é feita única e exclusivamente pela rocha viva e o escumador. Por favor usa a função "Pesquisar" do fórum. Estes temas já foram muito debatidos anteriormente e podes encontrar tudo o que precisas para montar um aquário de recife lendo os tópicos anteriores. O tema "Sump" é bem exemplo disso. Se fizeres uma pesquisa por esse termo encontras entre outros este tópico: http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...&highlight=sump Boas leituras. A l e x a n d r e

O aquário que tens serve perfeitamente para começar. Além do aquário vais precisar de iluminação de iodetos metálicos (HQI), rocha viva, escumador, água salgada natural ou artificial, um aparelho de osmose inversa para purificar a água da torneira que servirá de água de reposição (depois de passar pela osmose) da água que evapora, densimetro, aquecedor, sump, cabeças motorizadas para fazer circulação da água dentro do aquário e ainda uma bomba para fazer o retorno da água da sump (caso uses) para o aquário. Claro que esta informação dita assim de pouco te serve mas basicamente é o que precisas. Para cada item que descrevi acima, usa a função pesquisar do fórum pois vais encontrar toda a informação que precisas para montar um aquário que simule um habitat de recife tropical. A l e x a n d r e

É a primeira vez que ouço falar disto e se estás disposto a elaborar um sistema desses então vai em frente. Não tenho a menor ideia se vai funcionar ou não mas o conceito tem a sua lógica. No entanto, acho mais complicado de manter pois vais trocar uma botija de CO2 por um desnitrificador e tenho a ideia que o desnitrificador é mais trabalhoso de mantêr que a botija. Outro factor a ter em conta é o facto de o desnitrificador poder produzir o tal gás prejudicial H2S - sulfureto de hidrogénio (acho que é este) e não sei até que ponto isso seria prejudicial ou não ao funcionamento do reactor de cálcio. O pH à saída do reactor não será dificil de controlar? Dr. Calado, uma ajudinha faxavôr . De qualquer maneira acho excelente que tenhas vontade de experimentar um sistema inovador. Fico (ficamos todos acho eu) à espera dos resultados. Amplexos, A l e x a n d r e

Assim que puderes compra uma osmose inversa. Vais colocar a bomba mesmo dentro do aquário? Não te aconselho. Vai roubar-te muito espaço e é muito provável que não a limpes com a mesma frequencia que limparias se estivesse cá fora em "closed loop". Para movimentares a água as maxijets 1200 são mais indicadas ou melhor ainda uma Tunze stream. Sim, o ciclo é mesmo assim. Em relação às lâmpadas eu defendo que devem estar acesas nesta altura. Podes ter a sorte de na rocha via ter vindo algum animal que necessite de luz. Não te esqueças de introduzir cálcio regularmente e repôr diariamente a água doce que se evapora, de preferência com água desmineralizada e hidróxido de cálcio. O objectivo é manter todos os parametros o mais estáveis possível. Deste modo a "ciclagem" do aquário demora menos tempo e as algas problemáticas desaparecem mais facimente, desde que se limite ao máximo a introdução de nutrientes e se promova a sua remoção indirectamente através dos detritos e através do escumador. A l e x a n d r e