Governa

Dado o cuidado aparente, e já relatado, na ambientação/quarentena dos cardinais (e outras espécies) que importam, pergunto se há lojas no norte do país que sejam vossos clientes. Algumas referências na zona do Porto (via MP) seriam bem-vindas! Nunca é demais optar por peixes submetidos a estes cuidados. Os meus parabéns pelo esforço e dedicação envolvidos.

Desconhecia. Apenas retive na memória alguns factos que me haviam sido comunicados há mais de dois anos. Infelizmente também nunca tive oportunidade de conhecer Vila Real suficientemente bem para poder duvidar dessa história das 'nascentes quentes'. Agradeço o esclarecimento prestado. Grato pelo elogio mas não posso ficar com os louros, estas sugestões/dicas foram-me passadas por outras pessoas ao longo dos anos. Apenas tenho o bom senso de anotar/imprimir toda a informação que me parece útil/interessante, para posterior referência. Presumo que queria dizer 'descolorados' ou 'descoloridos'. Desconhecia tal facto... algum motivo especial para tal se verificar?

Conheço relatos de boas e más experiências. Do meu ponto de vista não arriscava, especialmente num aquário de apenas 45 litros. Espero que o betta se encontre bem acomodado noutro aquário.

Há mais de dois anos atrás coloquei a questão sobre reprodução de néons num fórum e uma das respostas que obtive apontava para o seguinte: Não se conhece quem faça criação de néons em Portugal (embora as posturas sejam relativamente frequentes), porém existe quem já tenha feito criação comercial de cardinais nas nascentes quentes em Vila Real. Os cardinais são considerados mais dificeis que os néons. Creio qua as informações que poderás ter serão teóricas. Não quer dizer que a tarefa seja impossível ou sequer que seja tremendamente difícil. Queres fazer criação de néons? Muito bem. Experimenta isto: Arranja um aquário de 80 cm (90 litros). Fundo nu, com um papel castanho escuro por baixo. MUITO musgo de java. Faz o ciclo durante mês e meio. Insere um cardume de 15 néons e uma rede plástica a cerca de 10 cm do fundo, com cerca de 3 mm de quadricula. Coloca uma fita adesiva negra, por fora do aquário, em volta desses 10 cm de altura. Deves dividir o aquário e colocar os peixes só num terço do aquário - a outra parte fica sem peixes. A luz deve ser uma lâmpada flurescente fraca. A água deve estar com pH a rondar os 6.8, dureza deve ser de uns 6 DH e o KH de 2-3. A temperatura deve estar nos 28.5. Alimenta MUITO bem os néons, de preferencia com comida viva ou congelada, até estarem roliços e as fêmeas inchadas. Então, à noite, muda uns 70% da água com água de osmose inversa, o pH vai cair bastante, assim como KH e DH, Convem verificar se o pH não desce abaixo dos 5 e se o GH não desce baixo dos 2-3. O KH pode ser zero. A temperatura deve descer para os 26-27 C. Na mesma altura mantens a luz apagada e retiras a divisão prendendo os néons num terço do aquário. Há quem passe cassetes na aparelhagem com gravações de trovões ou mesmo quem vede a tampa superior do aquário e coloque um mecanismo de circulação do ar que mantenha o interior a baixa pressão (a bomba de ar passa a funcionar com input do ar a partir do aquário mas este tem apresentará um entrada de ar muito estreita, originando a baixa pressão). Porém, penso que estes estimulos adicionais não serão necessários. Mas em último caso... já sabes o que tentar. Se no dia seguinte, à noite, as fêmeas estiverem claramente mais magras (nunca acendas a luz), retira os neons para outro aquário e tapa o aquário original com uma toalha (deixando espaço para a oxigenação). Se as fêmeas não estiverem mais magras volta a mudar 70% da água e espera mais um dia. Mesmo que as femeas não pareçam estar mais magras ao fim do terceiro dia retira os peixes e tapa o aquário. Deixa-o tranquilo e escuro. Ao fim de uma semana podes dar uma espreitadela, com luz fraca a ver se já existem alevins a nadar. Se ao fim de 15 dias não avistares nenhum a reprodução não teve sucesso. Volta a condicionar os peixes e tenta de novo. Se avistares os pequenos alevins então é altura de começares a pensar em alimentá-los. Penso que um fundo cheio de musgo de java vai ter muitos infusórios para eles comerem. Mas rapidamente se esgotam. Usa comida liquida para peixes muito pequenos e depois artemia recem-eclodida. Atenção à poluição da água que te matará todos os alevins num instante. Deves fazer mudanças de água regulares, subindo a pouco e pouco o PH até talvez os 6 e mantendo um kH de 2-3, evitando assim grandes sobressaltos de pH. Como nota final, deves usar neons ADULTOS e não jovens em crescimento. Não sei quanto tempo os neons demoram a atingir a maturidade sexual mas pode até ser que cheguem a demorar um ano, afinal é um peixe que pode viver até 12 anos, com boas condições de manutenção. Espero que estas dicas sejam úteis!

Bem, isto é que é uma designação generalista! Camarão de água doce? Existem dezenas ou centenas de espécies de camarões de água doce! Às vezes não compreendo a falta de rigor de algumas lojas. Por exemplo a designação 'Amanoplant' também só vi uma única vez, numa loja específica... e nem no Google surge este nome!

Relativamente ao filtro, sugiro a consulta de um tópico que lancei há uns meses atrás aquando da montagem do meu nano: http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopic.php?t=6262 Encontrará referência a diversos filtros de pequena dimensão e fluxo adequado a nanos. Penso que lhe poderá ser útil.

Se algo era preciso acrescentar, o colega Darius já disse tudo. Se o colega Black Dragon pretende inciar-se neste hobby, recomendo vivamente a leitura atenta e integral das FAQs Portuguesas de Aquariofilia em http://faq.thekrib.com/pt/ especialmente as partes que dizem respeito ao ciclo do azoto ( http://faq.thekrib.com/pt/begin-cycling.html ) e à química da água doce ( http://faq.thekrib.com/pt/begin-chem.html ). Note a seguinte referência nos textos: "(...)mudanças rápidas no pH são perturbadoras para os peixes e devem ser evitadas. Sabe-se que mudar o pH mais de 0,3 unidades por dia causa perturbação nos peixes. Assim, é importante que o pH do seu aquário permaneça constante e estável durante muito tempo. Em segundo lugar, os peixes adaptaram-se a sobreviver num dado (por vezes pequeno) intervalo da escala de pH. Deve ter a certeza que o pH do seu aquário é compatível com as necessidades especificas dos peixes que mantém(...)" Faço minhas as palavras do colega Darius.

A propósito deste tema, recordo-me de um relato de uma experiência por parte de uma senhora aquariófila, que colocou dois bettas machos num lago de grandes proporções. A partir do momento que ambos se cruzaram, o despique foi idêntico a ter dois bettas num pequeno aquário, isto é, lutaram até apenas sobreviver um. Algo que aprendi foi que os bettas são uma espécie com 'personalidade' muito forte... não parecem existir dois bettas com temperamento idêntico.

Por uma questão de segurança, sugiro a colocação da tampa de vidro. Pode depois apoiar a calha de iluminação em cima do vidro, sem problemas. Isto evita o risco do contacto de água com a calha (sobre a forma de vapor por exemplo), evita que peixes mais 'acrobatas' saltem para fora do aquário, impede substâncias estranhas de entrarem na água (mosquitos, spray antimoscas, etc, etc) entre outras pequenas vantagens.

Subscrevo na íntegra as palavras do colega Macelo de Oliveira. A aquariofilia é muito mais do que 'ter peixes num aquário'... estamos a lidar com seres vivos, há que ter um senso de responsabilidade mínimo para entrar neste hobbie. O colega Black Dragon foi infeliz no seu comentário...

Não pense assim! São seres vivos, não são propriamente brinquedos! Para quê submeter peixes ao sofrimento quando à partida tem consciência dos valores ideais para a sua sobrevivência? Se parte do pressuposto que 'quem arrisca não petisca', para que necessita da nossa opinião se não pretende fazer caso disso? A primeira opinião é que não deve misturar peixes de águas ácidas com peixes de águas alcalinas. Neste caso específico, um pH rigoroso de 6.7 poderia (ou não) manter a situação minimamente aceitável para as espécies que referiu... mas conseguir manter um pH nivelado rigorosamente a um determinado valor já é suficientemente melindroso e trabalhoso. Siga as nossas sugestões e não cometa esse erro.

Não recomendo essa combinação de peixes. Naturalmente que será possível manter todos mais ou menos dentro de parâmetros aceitáveis, no entanto será impossível agradar a todos de igual modo. O ideal para essa combinação de peixes seria, na minha opinião, um pH rigoroso em torno dos 6.7 Penso que seja melhor escolher apenas espécies de águas ácidas ou águas alcalinas. Uma mistura de ambos é desaconselhável, irá diminuír o tempo de vida útil das espécies e nunca lhes poderá proporcionar o estilo de vida ideal/natural.

Essa descrição é mais próxima, por exemplo, do pequeno Otonciclus Affinis. Deixo aqui foto dos dois: Ancistrus Otocinclus Affinis

Penso que se referia a camarões em geral mas posso estar enganado...

Devem existir várias 'técnicas' diferentes para diferenciar o sexo dos barbos tigre mas pessoalmente utilizo a regra da dimensão e das cores. Os machos são normalmente mais coloridos que as fêmeas, com cores mais fortes especialmente o vermelho na barbatana dorsal. As fêmeas são ligeiramente maiores, com um pouco mais de 'pança' e com tonalidades mais baças que os machos. Deixo uma imagem ilustrativa (macho e fêmea): Espero ter ajudado.

Pode arranjar camarões Caridina Japonica na Ornimundo por exemplo. Estão-se a vulgarizar, não será difícil encontrar noutras casas também.

Não existe propriamente uma receita infalível, o ideal será ir tentando e só assim verificar o 'apetite' dos peixes por receitas específicas. Por exemplo, a grande maioria dos meus peixes delira com ervilha cozida e tubifex mas praticamente ignora pastilhas de plankton e spirulina. Muita gente deve relatar o inverso pelo que é mesmo uma questão de experimentar e vêr no que dá.

Uma pergunta para a qual nunca tive resposta concreta, espero que me ajudem a esclarecer. Supondo que um aquariófilo utiliza uma calha com duas lâmpadas normalíssimas incandescentes de 75 Watts. Nesse caso poderíamos dizer que o aquário era iluminado por um total de 150 Watts. Tudo normal até aqui. Agora supondo que esse aquariófilo decide trocar as suas duas lâmpandas incandescentes de 75 Watts por uma solução similar. Vai ao Hipermercado e encontra duas lâmpadas compactas fluorescentes de 18 Watts cada que indicam na embalagem corresponder a, vamos supôr, 75 Watts de uma lâmpada normal incandescente. Compra as duas lâmpadas e põe de lado as antigas incandescentes. A dúvida... o aquariófilo pode deduzir que tem ainda 75 Watts de iluminação ou, pelo contrário, deve fazer as contas como se de apenas 36 Watts se tratassem? Caso esta última situação seja a mais correcta, estamos com isto a dizer que para igualar a potência de duas lâmpadas incandescentes de 75 Watts cada seriam necessárias mais de 8 lâmpadas fluorescentes compactas de 18 Watts cada? Gostaria de obter as vossas opiniões e esclarecimentos.

Os camarões Caridina Japonica são conhecidos por causar alguns estragos nas plantas quando a quantidade de algas no aquário se revela insuficiente para a sua alimentação. Desconheço o seu apetite específico pela planta em causa mas poderão ser um dos suspeitos. O que confunde no seu relato é o facto de as plantas terem ficado reduzidas aos caules... seria preciso um verdadeiro batalhão de Caridina Japonica para provocar semelhante estrago...

Passei pela mesma experiência, o meu primeiro betta foi comprado numa loja que os mantinha cada um no seu tanque tropical, juntamente com outras espécies. O resultado é que tenho um betta de comportamento suficientemente 'pacífico' com as outras espécies e extremamente mexido, dá gosto ver. Aproveito também como curiosidade para referir que o meu adora tubifex e partilha-o sem problemas com os Barbos.

Subscrevo na íntegra as palavras dos colegas anteriores, nomeadamente o comentário do colega pandadosmares. É muito diferente 'suportar' determinados parâmetros e estar confortável dentro dos mesmos. Não duvido que os bettas e muitas outras espécies consigam suportar uma enorme amplitude térmica... mas há que ter o bom senso de proporcionar as condições de vida óptimas, naturais e ideais a cada espécie. Acredito que se os bettas podessem falar, muitos iriam amaldiçoar a sua própria resistência...

Os Barbus Conchonius costumam tornar-se bastante agressivos quando são mantidos isolados num comunitário. Recomendo vivamente que arranje companhia para o mesmo, se possível na proporção de duas fêmeas para cada macho. Isto irá permitir aos peixes formarem cardume e diminui significativamente a ansiedade e agressividade do único exemplar que tem. Eu também não tive problemas em juntar Barbus Tetrazona com Guppies (embora não seja sempre assim) mas cuidado que o colega vilmarbr estava a falar de Barbus Conchonius que são uma espécie que em adulto pode atingir os 15 cms.

Ao que parece, nem todos conseguem evitar que o musgo de java seja devorado pelos Caridina Japonica. Veja-se este interessantíssimo relato da autoria de Wilma Duncan, que anotei: "(...)have them in their own species tank, with lots of live plants, the main ones appear to be duckweed and plenty of java moss. There is something about java moss that these shrimp find as a food source. Every few weeks I add more java moss, as it seems to disappear(...)"

Um pequeno apontamento, que já foi aliás parcialmente feito pelo colega anterior, creio que a grande maioria das águas engarrafadas (note-se que disse 'grande maioria' e não 'todas') têm um pH demasiado ácido, geralmente em torno dos 5.0 / 5.5 o que me parece excessivamente ácido para Barbos (neste caso Barbus tetrazona), que se bem me recordo requerem valores entre os 6.0 e os 8.0 (sendo o valor 'óptimo' talvez os 6.5). O meu pensamento está correcto? De resto um excelente post.

Olhe que nem por isso, os cardinais costumam ser mais caros que os néons comuns... Se o preço aplicado foi o correspondente aos Tetra Néon (Paracheirodon innesi) e na realidade tem Tetra Cardinal (Paracheirodon axelrodi), poderá ter feito um bom negócio. :D Já me aconteceu, por exemplo, perguntar numa determinada loja por camarões Caridina Japonica e me dizerem que não tinham, apenas tinham um tal de 'camarão Amanoplant'. Quando referi que provavelmente se tratava apenas de uma derivação do nome (Takashi) Amano Shrimp ( o mesmo que Caridina Japonica ), encolheram os ombros em sinal de desconhecimento... eu sei que não é por mal mas não é a atitude correcta atribuír designações fictícias ou trocar as mesmas, principalmente quando a designação 'amanoplant' tem zero resultados no Google (nunca ouvi semelhante). Neste caso em particular, é necessário ter cuidado com as denominações dos lojistas, há quem chame a ambos Néon embora apelidem o Paracheirodon innesi como 'Néon comum' e o Paracheirodon axelrodi como 'néon cardinal'. Eu continuo a optar pelo menos confuso Tetra Néon e Tetra Cardinal. Sempre às ordens, fico satisfeito por ter ajudado.