Em primeiro lugar há que saber que tipo de aquário de água doce se pretende.
Acho que depois daqueles erros de palmatória que afastam da aquariofilia 2/3 dos principiantes há uns quantos de segunda ordem dos quais destaco este:
primeiro definem-se os objectivos do sistema depois planeia-se a envolvente técnica e nunca o contrário.
Eu quis fazer um biótopo Pantanal plantado e só a partir daí fiz o projecto técnico:
O aquário é plantado e tem sump. A sump tem plantas e é iluminada em contra-ciclo. O aquário não tem filtros, nem mecânicos nem biológicos. Funciona? Perfeitamente. Os peixes desovam às carradas e algas, conseguido o equilíbrio, nem vê-las - os nitratos eram consistentemente ilegíveis. Agora a coisa está pior e tem algumas porque diminui muito a quantidade de plantas na sump.
Foi tudo inspirado em aquários de recife que são para mim o expoente máximo da aquariofilia. Em muitos aspectos este esquema refuta alguns dos dogmas instituidos (filtro biológico obrigatório, não usar sumps em plantados pela perda de CO2).
Quanto ao post do Ricardo acrescentaria o factor refúgio quer para peixes quer para plantas, uma vez que se pode usar a sump como tanque auxiliar totalmente funcional se for iluminada.
Quanto aos problemas:
o maior é a canalização que abordarei num outro post porque agora estou sem tempo
quanto às possíveis perdas de CO2, se a canalização for bem feita poderão ser mínimas e, além disso, com uma iluminação contracíclica e uma boa relação plantas "rápidas", plantas "lentas" entre sump e tanque principal há sempre um nível a consumir CO2 e o outro a produzir CO2
quanto à acumulação de detritos, não me parece que seja um problema dado que mesmo num aquário com filtro exterior comum a captação é feita num único ponto e não me parece que, face à agitação típica, isso signifique ter o fundo impecavelmente limpo.