Nuno Prazeres

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Posts publicado por Nuno Prazeres

  1. Pelo exposto pelo João Cotter NUNCA agitem os bidons de kalk fazendo levantar o que precipitou no fundo! Convém que a água do bidon de kalk seja recolhida suficientemente longe do fundo para evitar que este material, que à partida pode conter alguma quantidade de metais, (Cobre, Zinco, etc..) vá parar onde não queremos. :?

     

    O funco dos bidons de dosear deve ser lavado com frequência. Eu misturo a kalk à parte em garrafões limpos e depois coloco-a no bidon de doseamento muito lentamente e só recomeço a dosear depois de ter a certeza que aquilo assentou tudo.

     

    Assim não tenho sempre de estar a lavar aquilo. :lol:

  2. Também gosto de água castanha e confirmo que há corydoras que vivem nesse meio. Pelo menos já vi uns sites com dados de recolecção de espécies que apontam nesse sentido. Claro que vai depender da espécie.

     

    Quanto aos ramirezi não estaria assim tão certo. As águas ditas castanhas são típicas de regiões florestais em que os canais de drenagem da chuva têm quantidades industriais de folhas mortas e por isso carregam brutalidades de ácidos húmicos. O ram é um ciclídeo anão de savana pelo que frequenta fundos arenosos e principalmente a vegetação herbácia quando inundada na época das chuvas.

  3. Não conheço nem o Pedro nem o seu excelente aquário mas dá para comentar :?

     

    Para já tem uma VALENTE DSB.

     

    Depois provavelmente terá um VALENTE skimmer.

     

    Finalmente teve uma VALENTE dose de paciência e não foi a correr encher o aqua de espécimes antes de estar tudo estabilizado.

  4. Eu estou no processo de desmonta de água doce monta de salgado e deu para ver como ficou o esferovite que tinha por baixo do aqua (350 litros mais uns bons 70 kgs de areão).

     

    A capacidade de distribuição do peso do esferovite (1cm de espessura) foi de tal modo boa que dava para passar zip-ties (abraçadeiras plásticas) entre o esferovite e o móvel com o aqua cheio.

     

    Na 5.ª feira vou fazer dois furos no aqua e tenho toda a confiança que o esferovite vai ajudar a compensar o enfraquecimento do fundo nesses pontos.

  5. O que acho é que se há cyanos em grandes quantidades é porque há condições para que existam logo há que atacar o problema na fonte.

     

    Parece que altas concentrações de fosfatos com medias ou baixas concentrações de nitratos e/ou amonia são as condições ideais para essa praga.

     

    Em água salgada usam-se recentemente absorventes de fosfatos de origem férria. Só conheço um (ROWAPHOS). É caro mas limpa garantidamente o sebo aos fosfatos e se não afecta os corais duros (as prima-donas da aquariofilia salgada) admito que não faça mal aos tropheus. Atenção que há outros produtos que usam moléculas contendo alumínio que podem provocar grandes mortandades pelo menos nos invertebrados. Esses têm cor esbranquiçada.

     

    Pelo que sei, 250gr desse produto custa o equivalente a dois tropheus e meio por isso pode valer a pena investir :?

  6. A maneira mais fácil de arranjar Riccia e Killis é por contacto directo.

     

    Se publicares um anúncio na área "Procura" do Fórum estou certo que vais encontrar respostas.

     

    A Riccia aparece com bastante frequência na área "Oferta" do fórum.

     

    Quanto à "cura" das folhas, no meu caso limito-me a deixá-las em água duas ou três semanas com mudas frequentes.

     

    Atenção que a água vai ficar castanha e isso também acontecerá no aqua (em menor escala depois da cura) mas na minha humilde opinião esse efeito além de dar um toque muito mais natural també realça a beleza (e saúde) dos peixes.

  7. Não conheço nenhum animal que coma as malditas cyano. As próprias Ampularia passam por cima e não tocam.

     

    Eu usei o antibiótico uma vez em saquetas para consumo humano. O Aqua ficou com sabor a laranja :cry:

     

    Desapareceram numa semana mas voltaram passadas 3 mas aí já tinha mais plantas de crescimento rápido e as cyano acabaram por se extinguir.

     

    Atenção à poluição causada pela morte maciça delas. Mudas e eventualmente carvão activado recomendam-se.

  8. Têm o mesmo tamanho sim. E hoje voltou a haver sessão. A pancadaria começa às sempre 11:00 da manhã que é a hora em que a luz passa de actínica a completa.

     

    Depois o dia todo é passado com exibições mas sem ataques.

  9. Parece uma excelente água para criar Malawis :wink:

     

    Agora a sério... se forem discus criados em cativeiro há muitas gerações até pode dar mas a coisa está longe do ideal. O mesmo se passa para os hongsloi mas estes devem ser mais tolerantes.

     

    Se eu fosse a ti mantinha todos os peixes mas a 27 graus. É um bom compromisso com os discus no limite inferior e os apistos no superior.

  10. Estou com o Diogo.

     

    As bioballs vão fazer aumentar a espessura da zona aeróbica sem particular vantagem. Isso significa que, se numa situação normal terias a DSB a funcionar com digamos 8cm, com bioballs ou cerâmica necessitarias de mais uns quantos o que era o efeito contrário ao desejado.

     

    Outra coisa, como vais ter muita vida na areia o movimento que esta terá irá provocara a subida lenta mas permanente das bioballs para a superfície. Nas DSBs que conheço aquela bicharada toda a mexer-se provoca a subida dos calhauzinhos enterrados até à superfície. Como as bioballs até são mais leves, desde que a areia esteja bem colonizada o que se deseja, será uma questão de tempo até ficarem visíveis.

  11. Sem dúvida uma Ceratopteris thalictroides. (Feto da Sumatra)

     

    Eu recebi umas de um amigo que morreram em poucas semanas (pensava eu). No entanto sobrou um talo seco à superfície que depois começou a formar uma folha e a partir daí foi uma festa!

     

    Na compra de um peixe ou planta, basta ter vindo um fragmento de caule ou folha que, ao encontrar condições suficientes, se transformou numa planta completa.

     

    Excelente planta para quem quer crescimentos rápidos! Demora um certo tempo a "arrancar" mas depois fica imparável. Tive uma com uma folha com mais de 80cm.

     

    Na versão não flutuante só consegui mantê-la saudável com CO2. Na versão flutuante pareceu-me indiferente ao CO2.

     

    Tanto quanto sei, é mesmo um feto e não uma planta superior.

  12. Se me permites a sugestão, um aqua com areia fina de silex e um trio de Aphyosemion australe Gold, com musgo de java e ricia fica um regalo para a vista. Não dá trabalho nenhum e permite-te sacar uma boa quantidade de ovos por semana se as condições da água forem aceitáveis. Se estiveres para aí virado até nem necessitas de areia e colocas turfa e/ou folhas de sobreiro secas e curadas no fundo.

     

    Quanto ao espaço, 20 litros chega e sobra e basta uma iluminação tipo 14w fluorescentes e uma bomba de ar ligada a um filtro de canto. Termostato, dependendo da tua casa, provavelmente só necessitas de o ligar no início de Outubro.

     

    Uma foto do bicho em causa em:

    http://www.killi.co.uk/graphics/A_australegold.jpg

  13. Não me parece adequado porque os discus normalmente "trabalham-se" a temperaturas excessivas para a grande maioria das espécies de Apistogramma.

     

    Qualquer temperatura superior a 27 já é à partida excessiva para um Apisto a não ser que seja temporária.

     

    O Mikrogeophagus ramirezi, além de não ser um Apistogramma, vive em lagos de Savana na bacia do Orinoco pelo que a tolerância a altas temperaturas é muito boa.

     

    Há registos de Apistogramma vivos e aparentemente saudáveis a 8 graus (A. borellii).

  14. As respostas falam um pouco por si mas cá vai um complemento

     

    porque a água doce já não estava a ser suficientemente desafiante  

     

    porque a complexidade biológica é muitíssimo maior  

     

    porque esteticamente não há comparação

     

    1 - a água doce como eu a encarei (baseada em equilíbrios biológicos mais naturais e low-tech) chegou a um beco sem saída no qual eu já não sabia bem o que fazer a tanto Apistogramma

    2 - há mais diversidade de vida num cm2 de areia dum reef maduro do que num plantado de 2000 litros

    3 - aqui entram os gostos de cada um mas parece-me inequívoco que as cores e diversidades de peixes e corais de reef são bem mais apelativas do que as dos peixes e plantas de água doce

     

    Faltou só dizer que:

    1 - apesar de ser possível gastar-se menos do que se diz, a água salgada é substancialmente mais cara (Ex: um aqua plantado de 100 litros em água doce - CO2 caseiro, 0,75 watts/litro - consegue-se por pouco mais de 20 contos; um aqua de reef para corais moles com o mesmo volume dificilmente se consegue por menos de 40/60 contos devido ao custo da rocha viva). Falando de custo dos seres vivos então estamos a falar de 10x mais para um peixe clássico.

     

    2 - a água salgada dá MUITO mais trabalho principalmente por causa da necessidade de manter os parâmetros extremamente estáveis. A reposição da água evaporada é a maior chatisse e fazê-lo automaticamente é caro, arriscado e só será possível se o aquário estiver num local favorável.

     

    3 - um erro em água salgada paga-se logo e muito caro. Um água doce com uma avaria no termoestato demora dias a recuperar muitas vezes sem perdas quando um água salgada poderá levar meses e terá com certeza perdas irreparáveis.