Olá Luís.
Não é questão de ser inútil ou não. Para quem não está habituado a dosear CO2 num aquário, muitas das vezes torna-se necessário utilizar um indicador visual.
Agora que podes dosear CO2 num aquário, sem recorrer a testes colorimétricos, podes... basta-te olhar para as plantas e peixes do teu aquário.
Se as plantas se ressentirem da falta de CO2, obviamente que tens CO2 a menos. E há vários factores que tornam essa carência em CO2 visível, como por exemplo a ausência de pearling, nas plantas em que é fácil acontecer tal fenómeno. Já o seu excesso, faz com que os peixes, por exemplo, venham todos para a superfície ofegantes.
Pedro, eu talvez não utilizaria a expressão "pressão de vapor". A pressão de vapor costuma-se utilizar quando se fala em fases físicas distintas da mesma substância, que é específica para uma dada temperatura. Por exemplo, o sistema CO2(l) + CO2(g) numa botija pressurizada. Neste caso tens uma solução na qual o CO2 se dissolve, que vai formar ácido carbónico, influenciando assim o pH dessa mesma solução. Solução essa à qual foi adicionado um indicador colorimétrico.
O que acontece entre as diferentes fases (líquida/soluções e a gasosa), é que o CO2 há-de tentar dissolver-se sempre de igual modo. Ou seja, apesar de ambas as soluções nunca estarem em contacto (dentro do vidro e água do aquário), o CO2 que se dissolve em ambas, por haver sempre um equilíbrio entre as fases, permuta facilmente entre as duas soluções (água do aquário <-> líquido com indicador). Aqui seria 'mais correcto' falar em constantes de equilíbrio.
É a mesma história dos dois copos, um com água destilada e outro com uma solução 1 M de NaCl (por exemplo), se os colocares dentro de uma redoma de vidro, ao fim de algum tempo eles vão ter a mesma concentração de NaCl.
Cumprimentos
Luís Fortunato