Bom dia
Em primeiro lugar, e como medida de segurança para evitar dissabores futuros, deves fertilizar um terço ou até metade da dose recomendada, fazendo de seguida testes à água para perceber se as doses indicadas pelo fabricante correspondem ao valor efectivo/real indicado pelos testes. Isto é o 1º teste de despiste de concentrações, que se deve fazer para se saber realmente que fertilizantes se tem em mãos. Muitas vezes as concentrações indicadas não são as efectivas - até por factores exógenos ao próprio fertilizante - e depois vemo-nos com algas a bater à porta, sem que se compreenda imediatamente quais as causas que a isso levaram.
Depois tens uma hipótese só, que é ir fertilizando por baixo, sempre com muita observação das plantas, para se poder entender quais as carências que estas apresentam. Neste ponto é essencial saber se o aspecto X corresponde à falta do nutriente Z, e por aí fora.... O essencial é não dar às plantas (e ao sistema também) mais do que aquilo que possa ser consumido, para o que importa considerar tb factores como CO2 e Luz.
(Deves ter consciência neste ponto que 4x39W é muita luz para 135L brutos. Não deves precisar de acender mais que 2x39 neste ponto, e quando tiveres o aqua já bem maturado podes então dar algumas horas por dia de luz a mais - isto claro que sempre com nutrientes e CO2 qb! Muito importante!)
Para as fertilizações em si, pode-se dizer, grosso modo, que existem duas vias:
- a manutenção do aquário com as fertilizações por baixo, e o seu oposto: considerando sempre luz e co2 em abundância (estamos a falar de aquas com alguma exigência, e não de aquas lowtech, para todas as situações).
Recorrendo a um exemplo conhecido, Tom Barr desenvolveu um sistema de fertilização por excesso ligeiro, conhecido como Índex Estimativo. Dentro deste sistema fornece-se às plantas um pouco mais para além dos intervalos de segurança. O que acontece é que num aqua com boa luz, co2 com força e plantas saudáveis, qq alga será sempre residual, devido ao predomínio das plantas . Estas absorvem mais do que aquilo que conseguem assimilar; os excessos são controlados com TPAs em momentos-chave.
Eu tenho vindo a usar este método, mas por défice ligeiro, e com bons resultados.
Num aqua com fetos, valls e anubias, aconselhava-te a fazer o mesmo, mas por défice alargado. Tens de ver que o substrato liberta sempre algo para a coluna de água - apesar de não referires que substrato usas - , entrado isso tudo para a equação»»plantas crescimento lento, 2x39w, co2, ferts, Gh, etc.
As indicações estão em ppm... 1 ppm=1mg/L
Assim: NO3 de 5 a 10 mg/L
PO4 de 0,3 a 1 mg/L
K de 20 a 30 mg/L
Fe de 0,25 a 0,7 mg/L
Para saber quantos ml vais ter de fazer umas contas de cabeça, mas antes disso tens de perceber quais são os consumos reais dessas plantas mediante todos os factores enunciados acima. Isto ninguém vai fazer por ti...
É por isso que ng respondeu à pergunta de "quantos ml e quantas vezes por semana...."
Já agora, reparei que te está a faltar o fertilizante de fosfatos ... PO4... sem ele as plantas não crescem... ou então saem cheias de curvas...
Espero ter ajudado, sem ter complicado. O essencial está aqui.
Cumprimentos