Miguel Figueiredo

Membro
  • #Conteúdo

    498
  • Registado Em

  • Última Visita

  • Days Won

    1
  • Country

    Portugal

Tudo publicado por Miguel Figueiredo

  1. Sim, Pedro, o protazin compra-se em lojas. Se não tiverem talvez tenham algum medicamento similar. Usa uma dose a dobrar. Por exemplo, se for uma gota por litro então usa duas num litro e pulveriza então. É possivel que tenhas que pulverizar três dias seguidos e depois após uma semana, não vá ter escapado algum. Miguel
  2. Viva, Nunca usar pesticidas próximo do lago. Se tiverem pragas de insetos, como pulgões preparem Protozin à parte (ou qualquer outro produto à base de azul de metileno) e depois pulverizar as plantas. Miguel
  3. Viva, Os pusillum vieram diretamente de aquário, pH de 7. Qual é o teu pH? Tens muitos troncos... possivelmente terás pH ácido mas mesmo assim os pusillum não deveriam ter problemas. Respiração ofegante é claramente sintoma de algo. Não ficam assim imediatamente, certo? Só passado uns dias? Num discus este seria claramente um sintoma de parasitas nas guelras. Em ciclideos adultos (até mesmo no caso dos discus) uma infeção deste tipo é normalmente benigna mas nos juvenis provoca muitas baixas. Aconselho-te a colocares sal no aquário: uma colher de sopa rasa para cada 10 litros reais. Usa apenas sal para aquários de água salgada e dilui a quantidade de sal desejada à parte inserindo essa água em dois dias. Após uma semana faz uma mudança de 50% de água e a partir daí mantem sempre uma concentração de 1 colhe para cada 20 litros. Os ciclideos vão adorar o sal. Creio que, neste caso específico, este será provavelmente o diagnóstico e o tratamento corretos mas não sou grande especialista na matéria, se conheceres pessoal dos discus fala com eles, são normalmente peritos em diagnósticos e tratamentos Miguel
  4. Viva, Os pussilum irão ficar mais escuros, mesmo muito escuros, com brilho azulado. Os meus reproduziram-se razoavelmente bem este ano no lago, porém as crias crescem mesmo muito devagar. Um video com a coloração do macho adulto, olhando com atenção consegue ver-se a nuvem de alevins por baixo. Os pussilum são peixes discretos, eu só os consigo ver bem no lago quando têm crias e as andam a passear de um lado para o outro. Nessa altura não resisto a brincar um pouco com eles... Miguel
  5. Colectânea de videos Youtube orientada para as espécies e estirpes selvagens de vivíparos. Estes peixes são muito interessantes de manter em aquário mas, infelizmente, muito poucos os conhecem e quase não aparecem no mercado, provavelmente devido à saturação pelas variedades artificialmente selecionadas. Felizmente em Portugal já se encontram várias destas espécies, através de entusiastas que as criam, nomeadamente dentro no grupo VIP: http://viviparos.org https://www.youtube.com/watch?v=pfPNBprBjTU Miguel
  6. David, Existem dezenas de espécies bonitas de vivíparos selvagens que nunca aparecem no mercado... possivelmente este perfere as estirpes artificialmente selecionadas. A Skiffia multipuntacta é proveniente das montanhas do México Central... isto significa que suporta temperaturas baixas e até pode ser mantida no exterior, em zonas temperadas, como Lisboa. Porém, para se reproduzir, a temperatura deve estar acima de 20 C. Como muitos outros viviparos, perfere águas alcalinas embora tolere águas neutras ou mesmo ligeiramente acidas. Miguel
  7. Este é o meu aquário para reprodução de goodeiídeos (um grupo raro de viviparos)... está todo artilhado com redes e divisórias para tentar salvar as crias das bocas devoradoras dos papás... Então, para meu espanto, descobri que as Skiffias afinal não comem as crias e que até alevins de guppy selvagem, muito mais pequenos que os alevins de Skiffia, convivem bem com os adultos! .png' alt=':biggn:'> Miguel
  8. Viva, De facto, as Mollies não requerem sal na água, este é um dos muitos mitos da aquariofilia. Porém, mal não fará, desde que se use sal para aquários de água salgada (o sal comum pode ter problemas) e até pode ajudar a prevenir algumas doenças. Essencial nas mollies é a dieta: na natureza são peixes que comerem muito, sobretudo algas. As mollies devem ser alimentadas pelo menos duas vezes por dia, sendo que uma das refeições deve ser exclusivamente vegetal: As ervilhas cozidas e esmagadas entre os dedos ou os flocos de espirulina são boas opções.
  9. Peixes que suportam o inverno em Portugal - Versão 2013 1- Introdução Tenho compilado e publicado esta lista nos últimos seis anos, como já estamos na altura certa do ano, aqui vai. Peixes interessantes para aquários de água fria e lagos de jardim e que podem ser mantidos de inverno em Portugal, pelo menos em regiões de clima ameno.Continuarei a manter registo destas espécies, se alguém tiver experiencias que queira partilhar com peixes mantidos no exterior durante o inverno por favor responda ao tópico indicando: Espécie, zona do país, ano(s) em que foi mantida Opcionalmente, seria útil conhecer a profundidade e capacidade do lago. 2- Peixes que já existem na natureza em Portugal Gambus1a holbrooki É vivíparo parecido com um guppy fêmea mas bastante agressivo. Está espalhado de norte a sul do país. De inverno, quando faz mais frio, tem a estratégia de se enterrar no fundo ficando em estado de semi-hibernação. A gambus1a mais bonita é a holbrooki melanistica que não existe na natureza em Portugal: Chanchito (Australoheros facetum) Um bonito e interessante ciclideo americano, espalhado pelos rios e barragens a sul do Tejo mas que também se encontra em alguns lagos artificiais, incluindo o parque da cidade do Portoe o Campo Grande em Lisboa. Na ultima década o seu número tem decrescido bastante em Portugal devido à competição com a P3rca do Sol. P3rca do sol (Lepom1s gibbosus) É um peixe muito bonito mas tornou-se praga terrivel em Portugal, estando espalhada por todo o país e fazendo decrescer ou desaparecer as populações de outros peixes. Achigã (Micropterus salmoides) Apenas para apreciadores de "monster fish". O Achigã é um dos peixes mais incríveis que eu já mantive, como uma boca GIGANTE e uma fome INESGOTÁVEL. Se pensa que uma oscar é glutão, experimente manter um Achigã. À semelhança do oscar, o Achigã é esperto, reconhece o dono e pode ser treinado a saltar fora de água, para apanhar comida. O Achigã é certamente uma das especies mais fascinantes ao dispor do aquariofilista mas precisará de espaço (aquário com 600 litros ou lago com 5000 litros) e só pode ser mantido com outros peixes DUROS e que tenham mais de metade do seu tamanho, para assegurar que não lhe cabem na boca. Verdemã (Existem provavelmente 3 especies nos rios portugueses: Cobitis marrocana, Cobitis calderoni e Cobitis paludica) O verdemã é um detritivoro pacífico que ocupa um nicho ecológico semelhante aos dos corydoras. É uma excelente adição para lago ou para aquário. Pimpão (Existem 2 especies em Portugal: Carassius auratus, Carassius carassius) É o vulgar peixe vermelho de aquário, mas com coloração natural. Esgana-gata (Gasterosteus aculeatus) É um bonito peixe de aspecto pré-histórico e, com 3 espinhos na barbatana dorsal, não será facilmente ingerido por um gato... daí o seu nome. O esgana-gata é um peixe interessante porque constroi um ninho tubular com restos de plantas, muito parecido com o de um pássaro. Na construção utiliza uma cola produzida por uma glândula especial. Este extraórdinario comportamento levou a que o esgana-gata se tornasse num dos peixes mais estudados em laboratório. Caboz de água doce (Salaria Fluviatilis) É um interessante peixe que guarda ovos e crias à maneira dos ciclideos mas que é muito dificil de encontrar. O Aquário Vasco da Gama mantem e reproduz um grupo destes peixes. Fundulus heteroclitus É um killie adaptado a águas salgadas ou salobras mas que também aceita água doce, desde que seja dura. É um peixe cinzento escuro que apenas fica bonito na primavera, altura em que os machos ficam negros, de pintas brancas e barbatanas amarelas. Existe na Foz do Guadiana. Gobio gobio É um peixe discreto mas muito adaptável e que se dará bem na maior parte dos lagos. 3- Espécies "tropicais" de água fria 3.1- Killies Aphanius mento Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa) tem mantido a especie ao longo de vários anos Aphanius sophiae Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), ano 2000. Aphanius danfordii Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), 2007/2009 Aphanius iberus Ref: É uma espécie nativa da peninsula iberica, como o seu nome indica, embora não existindo em territorio português (que se saiba) Outros Aphanius Provavelmente todas as cerca de 20 espécies de Aphanius existentes aguentarão um clima como Lisboa, com eventual excepção do sirhani e do dispar. Fundulus cingulatus Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 2000 e Alberto Gil: tem mantido a especie durante vários anos. Fundulus chrysotus Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), desde 2012 Outros Fundulus Todos os Fundulus irão aguentar o clima Português sem problemas, de facto, uma destas espécies até habita o Canadá. Jordanella floridae Ref: Pedro Castelo, decada de 2000 e Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), desde 2008. Austrolebias nigripinnis Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 2000 Austrolebias alexandri Ref:Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 2000 3.2- Viviparos Heterandria formosa Ref:Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), desde 2007 Ameca spledens. Ref. Miguel Andrade, década de 2000 morreram no inverno de 2008/2009 embora talvez não por causas relacionadas excluvisamente com o frio. Phalocerus caudomaculatus Ref:Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa) tem mantido a espécie no exterior, desde 2006. Xenotoca eiseni Ref. Miguel Andrade, 2009. 3.3- Ciclideos Gymnogeophagus meridionalis Ref. Alberto Gil, Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa) e outros têm mantido a especie desde 2004. Cichlasoma pusillum Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa) tem mantido a espécie desde 2008. 3.4- Barbos Barbus semifasciolatus (Barbo doirado) Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 90. Puntius conchonius (Barbo rosado) Ref: Alberto Gil, desde 2008 Puntius padamya "Odessa" Ref: Ricardo Fonseca, desde 2008 3.5-Anabantideos Macropodus opercularis (Peixe do paraiso) Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), desde a década de 90. Betta splendens Ref1: Carlos Couceiro, Inverno de 2008/2009 Ref2: Pedro Oliveira tentou-os manter um inverno mas morreram. 3.6-Peixes Arco-Iris Bedotia madagascariensis Não confirmado. Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), colocou peixes no exterior no principio de Fevereiro e sobreviveram. Inverno de 2005/0006. 3.7-Peixes-gato Corydoras paleatus Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa) década de 90. Brochis splendens Ref: Carlos Couceiro, inverno de 2008/2009. 3.8-Outros Danio rerio (Zebra) Não confirmado. Tanichthys albonubes (Neon chinês) Ref: Várias, incluindo Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 90 e Ricardo Fonseca desde 2008. Gyrinocheilus aymonieri (CAE) Ref: ccdsantos Mogurnda adspersa Ref: Alberto Gil, década de 2000 Oryzias latipes Não confirmado. Miguel
  10. Olá, Relembro que é já no próximo sábado e conforme fui informado, pelo organizador, o Miguel Andrade, ainda haverá vagas gratuitas. Em princípio, embora ainda não totalmente confirmado, os participantes poderão também visitar o Aquário, sem custos. Os interessados em participar devem inscrever-se, através do email: viviparos@viviparos.com Pelo menos na palestra que me toca, será uma forma de apresentar uma vertente da aquariofilia bem diferente e ainda com poucas tradições no nosso país: As expedições aos biótipos de origem para encontrar e coletar espécies particularmente interesssantes, por vezes desconhecidas e que depois são divulgadas no hobby.Miguel
  11. Olá João. Alguns conferencistas não se mostram muito à vontade em publicar, na net, este tipo de material. Em tempos, eu não compreendia bem a razão mas depois descobri que faz algum sentido. Por exemplo, por vezes, quando apresentamos audiovisualmente algo, pode acontecer que se "cace" na net um diagrama elucidativo sem haver tempo de se ter formalmente todas as autorizações... é também por isso que, nas faculdades, alguns professores não gostam mesmo nada de fornecer os powerpoint das aulas. Por outro lado, no caso específico das expedições, por vezes o conferencista pode fazer um comentário mais informal, por exemplo, sobre a (má) organização do funcionalismo público na Nigéria - isto pode ser feito no contexto de uma palestra, perante um público selecionado e circunscrito, mas seria embaraçoso na net. Miguel
  12. O VIP - Vivíparos Portugal vai realizar as palestras VIP 2013, no Aquário Vasco da Gama. É uma oportunidade para tomar contacto com este espantoso e muito diversificado grupo de peixes que, com excepção de variedades criadas por seleção artificial, ainda é praticamente desconhecido em Portugal. Entre as várias palestras constam: Videos de expedições portuguesas de coleta no México e na Florida Uma visita ao pouco conhecido e interessante mundo dos goodeiídeos Uma apresentação das espécies vivíparas que irá surpreender, mesmo os mais veteranos, pela beleza e biodiversidade Como conseguir manter os peixes em ótima forma, através da criação de comida viva Dado que o espaço disponível é limitado, os participantes devem inscrever-se previamente: As primeiras vinte inscrições serão gratuitas, os participantes que se inscreverem depois deverão adquirir o bilhete de acesso ao aquário. Data: No dia 29 de Junho, Sábado, entre as 15:00 e as 18:00. Local: Aquário Vasco da Gama Rua Direita do Dafundo 1495 - 718 Cruz Quebrada - Dafundo Como lá chegar: http://aquariovgama.marinha.pt/PT/informacoes/Pages/chegaravg.aspx Programa: Em busca de vivíparos selvagens, expedições de colecta ao México e à Florida, por Miguel Figueiredo Goodeiídeos, esses notáveis desconhecidos, por Miguel Andrade Alimentos vivos para peixes, por Gonçalo Costa À descoberta dos vivíparos: uma viagem à biodiversidade deste grupo, por Paulo Alves Recursos online ViP - a utilização prática da Internet na manutenção de vivíparos, por Miguel Figueiredo Inscrições: Para se inscrever envie um mail com o nome e o contacto dos participantes para: viviparos@viviparos.com Mais informações no site: http://www.viviparos.orgMiguel
  13. Viva, A maioria das plantas podem ser mantidas a 15 C sem problemas. As excepções são algumas Hygrophilas, asCeratopteris e poucas mais. Porém, como provavelmente esse aquário será low tech, é conveniente apostares em plantas faceis, como vallisnerias, C. demersum, sagitárias, elodeas, etc. Miguel
  14. Estes valores são excelentes para carpas mas, como já te disse, a tua preocupação NUNCA deve ser mudar pH ou a dureza, a tua preocupação deve ser a qualidade da água: amónia, nitritos e nitratos. O importante será fazes bem o ciclo antes de inserires muitos peixes. pH, DH e etc... são tretas, a maior parte dos peixes para lago, incluindo carpas, adapta-se facilmente a um leque muito amplo destes parametros. Miguel
  15. Viva, Muitas vallisnerias, incluindo a gigantea e a tiger, suportam o inverno sem problemas. Também as sagitarias, as Elodeas e as Ceratophyllum demersum são boas opções. Quantas plantas são suficientes para filtrar eficientemente um lago? O objetivo deve ser sempre forrar COMPLETAMENTE o fundo, teremos assim uma grande biomassa vegetal, capaz de absorver tudo quanto é amónia, nitritos e nitratos, roubando os nutrientes às algas, oxigenando a água e alimentando uma boa quantidade de plancton. Para o fundo convém usar as vallisnerias ou as sagitarias. O fundo deve estar completamente forrado destas plantas. Por vezes as Vallisnerias giantea ficam demasiado grandes, mesmo mesmo para lagos. Podem ser colocadas numa dada zona mas se a profundidade for inferior a 1.5 m, devemos evitar forrar todo o fundo com elas. Neste caso, as sagitarias ou as vallisnerias "gigantea Bonsai" ou "tiger" serão opções melhores. Plantas como as Elodeas, Lagarosiphons, C. demersums e Myriophyllum são úteis para criar zonas densas de plantas, a meia altura da água, frequentemente sobre o fundo de vallisnerias. Sim, é um problema inserir-se plantas quando já há peixes grandes, provavelmente neste caso terão de se usar redes protegendo as plantas. A altura ideal para grandes plantações é a primavera e principio do verão. De inverno as plantas crescem muito pouco. Miguel
  16. Viva, Este interessante video que encontrei no youtube ilustra a construção, bastante simples, de um lago parcialmente elevado. Estes lagos ficam particularmente bem junto a paredes e ao longo de muros. De notar a forma como a extremidade da tela é rematada. Assim consegue-se margens com muito melhor aspeto, com as pedras mergulhando na água. Miguel
  17. Ricardo, Se fores a uma qualquer barragem ou pequeno rio, o dificil é não encontrares percas do sol. Hparreiras, nem mais, a Lagoa de Ervideira é um excelente sitio para se observar Percas, lembro-me que, em meados nos anos 90, quando as percas não eram assim tão comuns, eu próprio passei lá muitas horas, a ver o seu comportamento. É fascinante. Os grandes machos têm territórios nas zonas baixas, entre as plantas aquáticas, com uns 3 metros em diametro. Defendem essa área de outros machos e tentam atrair as fêmeas. Claro que se nos aproximarmos eles fogem mas se ficarmos absolutamente quietos dentro de água durante 15 a 20 minutos eles deixam de se importar connosco. Há um truque para fazer o dono do território aproximar-se rapidamente...é segurarmos um espelho nas mãos. Quando o macho vê outro macho mesmo no meio do SEU território, fica louco de todo e imediatamente ataca Miguel
  18. Viva, Os ciclideos africanos tendem a dar-se muito bem em lagos de jardim, talvez porque este biótipo apresente algumas semelhanças com o seu meio natural. Muitos destes peixes são extremamente coloridos, avistando-se facilmente no lago. Os seus comportamentos sofisticados, aumentam ainda mais o interesse destas espécies e acabamos por passar horas deitados na margem! Alguns africanos no meu lago de jardim, neste caso são provenientes de Madagascar: O maior problema é a temperatura de inverno... os ciclideos africanos podem resistir até um minimo de 15º C, com descidas muito esporádicas até aos 12ºC e isto é bastante superior ao que conseguimos de inverno, no continente. Na Madeira talvez se consigam manter ciclideos africanos todo o ano. Aqui pelo continente temos a opção de fazer uma estação de verão, do final de Maio até inicio de Outubro, retirando depois os peixes para passarem o inverno dentro de casa. Porém, em lagos médios ou grandes, será muito complicado retirar todos os africanos e respetivas criações, geralmente isso só se consegue esvaziando o lago. A estufa temporária Nas zonas menos frias e solarengas de Portugal Continental, ou seja na faixa litoral centro e sul,existe uma possível alternativa: lagos com maior profundidade (pelo menos 1.5m) e, de inverno, cobertos com um plástico transparente. Se apanharem bastante sol talvez estes lagos conseguiam manter uma temperatura suficiente para africanos. Dado que um plástico fica pouco estético, o ideal será mesmo montar pequena estufa temporária, sobre o lago. Com alguns ferros em arco, formando um "Iglô" e cobrindo-o com plástico transparente de estufa, não é dificil criarmos uma área onde a temperatura estará geralmente acima dos 15º C. De facto, a temperatura dentro da estufa, de inverno, numa tarde de sol, poderá até ultrapassar os 20º C. A técnica da estufa temporária tem algumas importantes vantagens: A principal é aquecer a água, através do efeito de estufa.. Porém, esta "tenda transparente" sobre o lago permite-nos entrar lá dentro para observar os peixes, indepentemente do frio e da chuva que fizerem lá fora... Acabamos assim por conseguir usufruir confortavelmente do nosso lago, mesmo de inverno. A "Lago-estufa" ou o "Tenda-lago", como lhe quisermos chamar, é portanto uma técnica perfeitamente ao nosso alcance para subirmos a temperatura mais alguns graus de inverno, tentando manter o ano inteiro espécies que de outra forma morreriam. No próximo inverno estou a contar instalar pela primeira vez um "Tendalago" . Miguel
  19. Um lago muito interessante, a fibra de vidro é certamente um material a levar em consideração em alguns tipos de lagos. Penso que a partir de uma base em betão armado se poderá aplicar algumas demãos de fibra de vidro, para impermeabilização. Como a fibra de vidro é relativamente flexível, nunca abrirá rachas, ao contrário do betão. O grande problema é que esta técnica não é barata, a fibra e a resina são dispensiosas e, além disso, exige bastante trabalho. Miguel
  20. Viva. O Miguel Andrade fez um excelente estudo sobre a variação de temperatura em lagos de jardim: Este estudo teve lugar em lagos situados numa zona relativamente quente do país, a costa alentejana. Vale a pena ler este estudo, disponível em http://www.viviparos...ologia/Lago.htm Uma das coisas mais interessantes é que na natureza, numa ribeira próxima, os extremos de temperatura são muito menores. A cinzento está a variação de temperatura na ribeira face às temperaturas do lago: Isto significa que quando a temperatura minima do lago em Janeiro é de 7 graus, na natureza é quase o dobro: 12 graus. Isto tem a ver com a massa de água disponivel e com a profundidade dos lagos: a zona mais funda é de 60 cm no lago 1 e de 90 cm no lago 2. Se fossem mais fundos, por exemplo rondando os 150 cm, seria previsivel que a temperatura minima fosse superior a 10 graus, dado que geralmente o efeito de buffer é de 1 grau por cada 20 cm de profundidade (desde que não existam bombas ou outra circulação artificial da água). Por outro lado, um lago tapado com um simples plastico transparente, geralmente regista um aumento de temperatura de pelo menos 6 graus. Isto significa que um lago com uma profundidade de 150 cm coberto com um plastico pode em teoria ter de inverno temperaturas minimas de 18 graus, capazes portanto de suportarem uma quantidade enorme de espécies de peixes, incluindo, por exemplo, viviparos e ciclideos africanos. Miguel
  21. Gabriel, De facto, dentro de nossa casa, a temperatura mantem-se geralmente acima dos 10 graus, frequentemente próxima dos 15 ou mais graus, dependendo da casa e da zona do país, claro. Num lago exterior as temperaturas são bastantes variaveis. Há um excelente estudo do Miguel Andrade nesta área, vou procurá-lo e depois coloco-o num tópico. Aqui está: http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showtopic=200308 Miguel
  22. ... mas não te esqueças se deixar o lago ciclar primeiro.
  23. Força com isso - e já agora inclui também peixes INTERESSANTES, como ciclideos ou kilies No caso dos ciclideos até podes brincar com eles, por exemplo: Se repares, este pai está a guardar uma nuvem ENORME de alevins por baixo, por isso é que está com tanta vontade de "brincar" Miguel
  24. Valores de pH? DH? Temperatura? Amónina? Nitritos? Nitratos? Com acidez e dureza não te deves preocupar muito - vê http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showtopic=197900 Qualquer pH entre 6 e 10 e dureza entre 2 e 20 serve perfeitamente. Não deverás ter amónia ou nitritos detetáveis e convém que os nitratos não passem dos 40. Tal como um aquário, ou lago tem que fazer o ciclo não insiras muitos peixes nem dês muita comida nas primeiras 5 semanas. Miguel
  25. 1- Introdução Tenho vindo a compilar e a publicar esta lista nos últimos cinco anos. Por favor responda a este tópico se tiver experiencia pessoal em manter estas especies. O clima de referencia tem sido a faixa litoral do centro e sul que inclui Lisboa. O interior centro e norte ou mesmo o interior alentejano podem ser bastante frios e não serão certamente adequados a todas estas espécies, embora algumas delas tolerem mesmo esse clima. Todas estas espécies irão, é claro, dar-se bem nos climas dos Açores e da Madeira. Na Madeira, em especial na vertente sul, o número de espécies será muitissimo mais vasto, é provável que mesmo os ciclideos africanos possam ser mantidos no exterior todo o ano. Certamente o amarelo brilhante ou o intenso azul metálico de alguns destes peixes darão aos lagos um colorido único. Se mora numa zona mais fria que Lisboa existe um "truque" simples e muito eficiente para conseguir manter determinadas espécies: Cubra o lago com um plástico transparente (sem tocar na água). Na prática irá ter uma estufa que subirá a temperatura média da água em cerca de cinco ou seis graus. Continuarei a manter registo destas espécies, se alguém tiver experiencias que queira partilhar com peixes mantidos no exterior durante o inverno por favor responda ao tópico indicando: Espécie, zona do país, ano(s) em que foi mantida. Opcionalmente, seria útil conhecer a profundidade do lago e a sua capacidade. Muito Importante: Quando mantiver estas espécies, faça-o sempre num espaço perfeitamente isolado dos cursos de água adjacentes, prevendo mesmo eventuais inundações e evitando a todo o custo qualquer possibilidade de introduzir espécies não nativas na natureza. Se o local onde tem o lago tiver chances, mesmo remotas, de entrar em contacto com cursos de água, então faça um povoamento apenas com as espécies nativas da sua região: assim estará a integrar-se nesses biótipos locais e não a ameaçá-los. 2- Peixes que já existem na natureza em Portugal Gambus1a holbrooki É vivíparo parecido com um guppy fêmea mas bastante agressivo. Está espalhado de norte a sul do país. De inverno, quando faz mais frio, tem a estratégia de se enterrar no fundo ficando em estado de semi-hibernação. Esta espécie é considerada muito invasiva e, como tal, não deve ser mantida. Chanchito (Australoheros facetum) Um bonito e interessante ciclideo americano, espalhado pelos rios e barragens a sul do Tejo mas que também se encontra em alguns lagos artificiais, incluindo o parque da cidade do Portoe o Campo Grande em Lisboa. Na ultima década o seu número tem decrescido bastante em Portugal devido à competição com a P3rca do Sol. P3rca do sol (Lepom1s gibbosus) É um peixe muito bonito mas tornou-se praga terrivel em Portugal (não deve portanto ser mantida), estando espalhada por todo o país e fazendo decrescer ou desaparecer as populações de outros peixes. Achigã (Micropterus salmoides) Apenas para apreciadores de "monster fish". O Achigã é um dos peixes mais incríveis que eu já mantive, como uma boca GIGANTE e uma fome INESGOTÁVEL. Se pensa que uma oscar é glutão, experimente manter um Achigã. À semelhança do oscar, o Achigã é esperto, reconhece o dono e pode ser treinado a saltar fora de água, para apanhar comida. O Achigã é certamente uma das especies mais fascinantes ao dispor do aquariofilista mas precisará de espaço (aquário com 600 litros ou lago com 5000 litros) e só pode ser mantido com outros peixes DUROS e que tenham mais de metade do seu tamanho, para assegurar que não lhe cabem na boca. Verdemã (Existem provavelmente 3 especies nos rios portugueses: Cobitis marrocana, Cobitis calderoni e Cobitis paludica) O verdemã é um detritivoro pacífico que ocupa um nicho ecológico semelhante aos dos corydoras. É uma excelente adição para lago ou para aquário. Pimpão (Existem 2 especies em Portugal: Carassius auratus, Carassius carassius) É o vulgar peixe vermelho de aquário, mas com coloração natural. Esgana-gata (Gasterosteus aculeatus) É um bonito peixe de aspecto pré-histórico e, com 3 espinhos na barbatana dorsal, não será facilmente ingerido por um gato... daí o seu nome. O esgana-gata é um peixe interessante porque constroi um ninho tubular com restos de plantas, muito parecido com o de um pássaro. Na construção utiliza uma cola produzida por uma glândula especial. Este extraórdinario comportamento levou a que o esgana-gata se tornasse num dos peixes mais estudados em laboratório. Caboz de água doce (Salaria Fluviatilis) É um interessante peixe que guarda ovos e crias à maneira dos ciclideos mas que é muito dificil de encontrar. O Aquário Vasco da Gama mantem e reproduz um grupo destes peixes. Fundulus heteroclitus É um killie adaptado a águas salgadas ou salobras mas que também aceita água doce, desde que seja dura. É um peixe cinzento escuro que apenas fica bonito na primavera, altura em que os machos ficam negros, de pintas brancas e barbatanas amarelas. Existe na Foz do Guadiana. Gobio gobio É um peixe discreto mas muito adaptável e que se dará bem na maior parte dos lagos. 3- Espécies "tropicais" de água fria 3.1- Killies Aphanius mento Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa) tem mantido a especie ao longo de vários anos Aphanius sophiae Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), ano 2000. Aphanius danfordii Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), 2007/2009 Aphanius iberus Ref: É uma espécie nativa da peninsula iberica, como o seu nome indica, embora não existindo em territorio português (que se saiba) Fundulus cingulatus Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 2000 e Alberto Gil: tem mantido a especie durante vários anos. Jordanella floridae Ref: Pedro Castelo, decada de 2000 e Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), desde 2008. Austrolebias nigripinnis Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 2000 Austrolebias alexandri Ref:Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 2000 3.2- Viviparos Heterandria formosa Ref:Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), desde 2007 Ameca spledens. Ref. Miguel Andrade, década de 2000 morreram no inverno de 2008/2009 embora talvez não por causas relacionadas excluvisamente com o frio. Phalocerus caudomaculatus Ref:Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa) tem mantido a espécie no exterior, desde 2006. Xenotoca eiseni Ref. Miguel Andrade, 2009. 3.3- Ciclideos Gymnogeophagus meridionalis Ref. Alberto Gil, Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa) e outros têm mantido a especie desde 2004. Herichthys cyanoguttatus Existem informações a circurlar sobre aquariofilistas que mantêm ou mantiveram esta espéce com sucesso mas ainda não me chegaram dados concretos. Rocio octofasciata (Jack Dempsey) Não confirmado Cichlasoma pusillum Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa) tem mantido a espécie desde 2008. 3.4- Barbos Barbus semifasciolatus (Barbo doirado) Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 90. Puntius conchonius (Barbo rosado) Ref: Alberto Gil, desde 2008 Puntius padamya "Odessa" Ref: Ricardo Fonseca, desde 2008 3.5-Anabantideos Macropodus opercularis (Peixe do paraiso) Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 90. Betta splendens Ref1: Carlos Couceiro, Inverno de 2008/2009 Ref2: Pedro Oliveira tentou-os manter um inverno mas morreram. 3.6-Peixes Arco-Iris Bedotia madagascariensis Não confirmado. Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), colocou peixes no exterior no principio de Fevereiro e sobreviveram. Inverno de 2005/0006. 3.7-Peixes-gato Corydoras paleatus Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa) década de 90. Brochis splendens Ref: Carlos Couceiro, inverno de 2008/2009. 3.8-Outros Danio rerio (Zebra) Não confirmado. Tanichthys albonubes (Neon chinês) Ref: Várias, incluindo Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 90 e Ricardo Fonseca desde 2008. Umbra krameri Ref: Miguel Figueiredo (Zona de Lisboa), década de 2000 e Alberto Gil que tem mantido esta especie durante vários anos. Gyrinocheilus aymonieri (CAE) Ref: ccdsantos Mogurnda adspersa Ref: Alberto Gil, década de 2000 Oryzias latipes Não confirmado. Miguel