Miguel Figueiredo

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Tudo publicado por Miguel Figueiredo

  1. pmgsr, Não vejo grande diferença entre "excesso" e "desiquilibro", não é todo o excesso um desiquilibro? Talvez seja, talvez não. Eu prefero continuar no campo factual, evitando discussões semânticas. Admitamos assim que se tratam de "desiquilibros" e não de "excessos". Sobre tudo o resto, estamos de acordo, com excepção talvez do CO2. Eu penso que, sem uma quantidade suficiente de plantas que o aproveitem, altas concentrações de CO2 vão beneficiar as algas. É um facto que as algas prosperam melhor com CO2, os sistemas experimentais para, por exemplo, produzir combustivel a partir de algas, usam injeção de CO2. De qualquer modo, é algo digno de uma experiencia: será que as concentrações de CO2 podem favorecer os estoiros de algas em aquário? Se não existir uma boa biomassa de plantas, eu apostaria no "sim": o CO2 será só mais um fertilizante a ser prontamente usado pelos organismos mais simples. Porém, será interessante de conhecer experiencias controladas nesta área. Miguel
  2. José, A iluminação é importante para todos os organismos que fazem a fotossíntese e admito que a iluminação muito intensa possa ser inicialmente evitada nos aquários recém-estabelecidos, contudo este parâmetro é menos linear: É que tendo muito pouca luz eventualmente teremos menos algas mas deixamos de ter plantas de crescimento rápido, um dos dois grandes cavalos de batalha contra as algas. Partindo do principio que temos luz cujo spectrum e a intensidade é adequada às plantas que desejamos manter, é dificil mexer neste fator em termos preventivos. Por outro lado, é fácil usá-lo em termos curativos, ou seja, quando nos deparamos com uma infestação: as algas têm poucas reservas e dificilmente irão aguentar longos periodos de escuridão, ao contrário das plantas superiores. Portanto, poderemos manipular a luz para combater uma infestação, fazendo um "blackout" de, por exemplo, 10 dias. Em determinados aquários eu evito algas da seguinte forma: luz média ou intensa por curtos periodos, de apenas 3 horas diárias. As plantas de crescimento moderado geralmente adaptam-se bem a este regime e mantêm-se saudáveis mas as algas não gostam nem, frequentemente, as plantas de crescimento rápido. É uma técnica que pode ser usada para manter plantas em aquários que não estão especificamente dedicados a plantas. Miguel
  3. tmiravent, Penso que o objetivo, mesmo num aquário muito plantado, não é acabar totalmente com as algas, tanto mais que até existem algas decorativas, como as Cladophora. O objetivo é reduzir a importancia das algas, evitando que se tornem dominantes no aquário ou inestéticas, é algo que deveria ser relativamente fácil de fazer, porque as plantas superiores são organismos muito mais sofisticados e aptos a vencer a competição. O problema é que as algas propagam-se mais depressa e estão melhor adaptadas a nichos, por exemplo, a tirar partido de uma elevada quantidade de fosfatos ou de nitratos. Isto pode acontecer com muita facilidade no aquário, daí que um dos mecanismos para evitar as invasões seja precisamente as mudanças de água frequentes, tornando o ambiente do aquário "menos anormal". Por outro lado, num aquário com uma grande bioamassa de plantas superiores é mais difícil haver infestações de algas: as plantas absorvem rapidamente os desiquilibros, neste caso serão precisas consideráveis flutuações para que se dê um estoiro. Miguel
  4. pmgsr, A fórmula é evidentemente muito generalista, deliberadamente simples, chamando a atenção para o que é importante, no combate às algas. Não confundir a não fertilização com uma estratégia a longo prazo, para um aquário de plantas. A não fertilização inicial destina-se a evitar os frequentes estoiros de algas, antes de o aquário estar devidamente estabelecido, apresentando uma considerável biomassa de plantas, em desenvolvimento. Não faz sentido atingir niveis ótimos de fertilização se não temos plantas para consumirem nutrientes. As poucas plantas que lá estiverem irão gostar, claro... brevemente, antes de sufocarem, cobertas de algas. As prioridades de um aquário hi-tech são distintas, garantindo os níveis de macro e micro elementos, através da tal fertilização diária e talvez da rigorosa injeção de CO2 por eletroválvula e sonda de pH, etc. A fórmula pretende apenas ajudar os aquariofilistas a obterem um aquário bem plantado (e não necessariamente um aquário de plantas) sem que este se torne entretanto numa sopa de espinafres de aspeto suspeito. O uso e abuso da fertilização quando não dispomos de uma grande cobertura vegetal é o melhor caminho para essa tal sopa, de aspeto suspeito. De qualquer modo, se alguém considerar a fórmula errada ou incorreta, então a minha expetativa é que formule outra, igualmente compreensível. Estamos a lidar com ciência, portanto as coisas devem ser corretamemte formuladas e susceptíveis de experimentação. Podemos é estar a falar de coisas diferentes: Uma equação anti-algas é simplesmente uma receita para manter plantas sem estoiros de algas. Não é nenhuma receita "state of the art" para manter aquários de plantas: é perfeitamente lógico que, se as plantas de crescimento rápido vão consumir nutrientes, impedindo as algas de se desenvolverem, irão também condicionar o desenvolvimento de outras plantas, mais dificeis. Miguel
  5. Não conheço essas "provas" que são referidas sem serem apresentadas, apenas posso falar por experiencia própria: Segundo a minha experiencia, a equação sempre funcionou, funcionava há 10 anos atrás, funcionava há 20 anos atrás e, curiosamente, ainda funciona agora, vá-se lá saber porquê. Provavelmente alguém se esqueceu de informar as algas sobre as tais provas: elas ainda não sabem que afinal podem crescer à vontade sem nutrientes e em competição com plantas de crescimento rápido. Miguel
  6. Tenta não usar tudo ao mesmo tempo. Se a coisa está mesmo má, não uma alga ou outra mas quase tudo coberto de algas, então eu começaria com uma mudança de água e 10 dias de escuridão. Ao fim desses 10 dias, nova mudança de água e luz normal, a ver se as plantas arrebitam. Também deves ter camarões e/ou caracois para petiscarem os restos das algas. Deves depois começar a fazer TPAs de 50%, com a maior frequencia que puderes (usa um bom anti-cloro), se não conseguires mais, então uma vez por semana. A partir daí depende, a água oxigenada é perigosa, podes usá-las mas algumas plantas, como a C. demersum morrem tanto como as algas... e, se errares na dose, os peixes quinam também. Há já muitos anos que não tenho que usar H2O2 e já não tenho presente as dosagens exatas mas, se tiveres necessidade, procura na net a quantidade aconselhada por litro, há bastante informação disponivel. Miguel
  7. Ora aqui está a equação: http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showtopic=224444 Miguel
  8. As algas evitam-se através da equação: - Algas = Plantas de crescimento rápido + mudanças de água + caracois, camarões e peixes comedores de algas - fertilizantes - solos férteis - CO2 ; Provavelmente o mais importante serão mesmo as plantas de crescimento rápido e as mudanças de água: Com uma boa quantidade de plantas a crescer não há infestações de algas. As mudanças de água, por outro lado, removem as substâncias que fazem estoirar as algas, como o excesso de fosfatos ou de compostos de azoto. Não devemos exagerar na fertilização: em muitos aquários nem deve existir inicialmente porque apenas se estará a alimentar as algas. Evitar a fertilização inclui evitar os substratos ricos: Só os substratos argilosos e inorgânicos (portanto pouco "ricos") se tornam realmente úteis, permitindo a reposição de micro elementos como o ferro. Os macro elementos (azoto, fósforo e potássio) existirão sempre em boa quantidade desde que tenhamos peixes e os alimentemos normalmente. Para evitar as algas precisamos então de ter inicialmente muitas plantas de crescimento rápido, de fazer as mudanças de água frequentes e de não usar fertilizantes. É sempre mais fácil evitar uma infestação que tratá-la. Uma vez a infestação instalada certas algas são MUITO DIFÍCEIS de combater, mesmo se corrigirmos erros. Frequentemente são precisas medidas extremas como: Apagar as luzes durante 10 dias: a maior parte das plantas sobrevive, as algas não. Adição de água oxigenada: para determinadas algas mais chatas pode ser uma solução mas também afecta algumas plantas e, se exagerarmos, também matamos os peixes Reinstalar o aquário; é sempre a solução de recurso, resulta se o desinfectarmos, corrigirmos erros e recomeçarmos, com uma boa base de plantas rápidas.Miguel
  9. Foi introduzido CO2 para resolver BBAs? Normalmente é ao contrário, as BBAs gostam de CO2... em especial das flutuações. O combate às algas deve começar ainda antes de elas existirem, controlando os diferentes termos da Equação Anti-algas - vou colocar um tópico sobre isto. Quando a infestação já existe só nos restam as soluções de recurso que, em casos extremos, passam por reinstalar o aquário. Miguel
  10. Para Vallisnerias e sagitarias podes usar vasos ou tabuleiros, com areão. No caso de plantas como a Elodea ou a C. demersum poderás prender cada 5 ou 6 pés a um lastro e afundaresdepois. Miguel
  11. Para veres diferença com plantas num lago desse tamanho, terias que colocar TONELADAS. Não te serve de nada teres uma plantinha aqui e outra ali. Um lago deve apresentar, além de uma boa moldura de plantas marginais, o fundo completamente forrado por oxigenadoras. É com uma grande cobertura vegetal que se consegue um lago saudável e uma água translúcida. O problema é que, inicialmente, não se consegue colocar de uma só vez toda a biomassa vegetal necessária, sairia muito caro. Então deves apostar, inicialmente, em plantas que crescem muito depressa: as Elodeas. Depois outras plantas de crescimento mais moderado irão, com o tempo, colonizar todo o fundo: em particular Sagitarias e Vallisnerias. Deves então começar a retirar elodeas, deixando que as outras plantas ocupem o espaço. Finalmente terás, no fim do primeiro verão, o periodo em que as plantas crescem mais, uma quantidade minimamente aceitável de plantas. Se mantiveres carpas grandes esse objetivo estará comprometido: as carpas desenraizam e comem tudo o que é verde. Talvez com muitas, muitas elodeas consigas que cresçam mais depressa do que são comidas... mas não é certo. Miguel
  12. Jaime, Libertar espécies exóticas na natureza é um enorme crime ecológico. Na verdade e infelizmente, as introduções de peixes exóticos que têm acontecido em Portugal não foram provocadas por aquariofilistas porque estes, pelo menos a um certo nível, sabem perfeitamente o que está em causa. Todas as introduções foram levadas a cabo por ENTIDADES OFICIAIS, em Portugal ou em Espanha: a gambus1a e o chanchito foram introduzidos para comerem mosquitos, o achigã, a carpa e a perca do sol pelo seu potencial na pesca desportiva, etc., etc., etc. Não há registo de uma única espécie de peixes que tenha sido introduzida por aquariofilistas em Portugal . Existiram governantes de vistas estreitas (como é habitual), aconselhados por uns tais "especialistas" na matéria e que tomaram DECISÕES ERRADAS, incluindo a introdução DELIBERADA e SISTEMÁTICA de algumas das espécies exóticas que hoje habitam os nossos rios. Não seria de surpreender que alguma dessas mentes "brilhantes" resolvesse um dia proibir os aquariofilistas de manterem espécies como os Corydoras paleatus, os zebras, os barbos rosados, os barbos doirados, néons chineses, os peixes do paraiso e eu lá o que mais. No caso da aquariofilia, uma proibição destas iria impedir que muitas das pessoas que optam por aquários não aquecidos ou por lagos de jardim, possam contactar com a enorme biodiversidade da natureza e compreender assim a necessidade de a preservar. Seria algo completamente contraproducente e errado. Miguel
  13. Bonito lago, o povoamento com plantas está bem conseguido. Quanto aos peixes as carpas irão crescer e 2800 litros não será muito. No clima do Funchal o conceito de "peixes de água fria" é bastante alargado, possivelmente poderão até ser mantidos ciclideos africanos durante todo o ano. Com um clima desses, um povoamento com carpas e pimpões é uma pena. Miguel
  14. Viva, E se alguém gostar das Águas Frias Sul Americanas a ponto de lá querer molhar os pézinhos, aqui vai um desafio: http://www.keepbase.org/fish/vip/forum/viewtopic.php?f=5&t=100 Miguel
  15. Sim, com a manutenção certa podes manter esses peixes em 60 litros. Miguel
  16. Carol, Os peixes vermelhos (kinguio é um termo brasileiro) exigem cuidados semelhantes aos de outros peixes comunitários de aquário e que suportem água fria. Adicionalmente, os peixes vermelhos apreciam uma base vegetal na alimentação. Podes ter plantas com eles, desde que exista luz para elas. Sobre o ciclo e cuidados gerais com o peixes, consulta: http://faq.thekrib.com/pt/begin.html Miguel
  17. Viva, É possivel manter E. parvola sem CO2? A vantagem seria evitar as BBAs. Suspeito que, com TPAs semanais, as parvola iriam crescer razoavelmente mas é simplesmente uma hipotese: não tenho experiencia com a planta. Miguel
  18. A reprodução é fácil, basta manter-se um aquário só para esta espécie, com bastantes plantas. Estes peixes geralmente normalmente não comem as crias e estas irão começar a aparecer, entre os adultos, após umas semanas. Se existem outros peixes... não aparecem crias nenhumas, claro. Eu, em tempos, enchi um aquário de 100 litros com dezenas de Tanichthys, a partir de apenas três casais. Miguel
  19. Rui, Sim, podes fazer o filtro com uma garrafa pequena mas não te esqueças dos outros principios: número de peixes moderado, comida moderada e o mais importante: manutenção regular. Miguel
  20. O segredo para o sucesso a longo prazo de um aquário comunitário é, após alcançar um equilibrio, ser capaz de assegurar uma manutenção mínima regular, durante anos. Para atingir e manter o equilibro devemos ser moderados e cuidadosos no povoamento do aquário. Para garantir uma rotina permanente de manutenção devemos apostar em técnicas muito simples e que exijam pouco tempo. Frequentemente os novos aquariofilistas começam cheios de "pica", semanalmente ou mesmo diariamente remodelando o aquário mas passados meses já pouco lhe ligam e, após um ano, o aquário está quase esquecido, com um ou dois peixes sobreviventes, a nadar de um lado para o outro. Os aquários comunitários não precisam nem de muito dinheiro nem de muito esforço, com as técnicas certas são muito fáceis de manter, certamente mais fáceis que outros animais domésticos. 1- Escolha de equipamento low cost Aquário: Em Portugal temos a possibilidade de comprar bons aquários a preços em conta porque existem alguns fabricantes nacionais, como, por exemplo, a Scalare. Se não houver hipóteses de comprar num fabricante, encontra-se também aquários relativamente baratos em lojas dos chineses e em hipermercados, embora estes já sejam mais caros. Luz: Em qualquer grande superfície de bricolagem é possível encontrar calhas de lâmpadas fluorescentes e que podem ser adaptadas aos aquários. As tiras de LEDs também podem ser boas opções, embora mais caras. Aquecimento e temperatura: Compre um bom termostato, não poupe neste equipamento. Termostatos de reconhecida qualidade são os da Jager/Eheim. Compre um termómetro simples de aquário, em vidro. Frequentemente são estes os mais precisos. Filtragem: Esqueça as filtragens sofisticadas e caras, o truque para manter uma boa qualidade de água está na regularidade da manutenção e não necessariamente nos filtros. Tudo o que precisa é de um substrato filtrante e de circulação que faça a água passar por esse substrato. Para fazer circular a água o método mais versátil é uma bomba de ar. O substrato filtrante mais económico e prático é a lã filtrante. Há dezenas de maneiras de fazer filtros simples e eficazes usando uma bomba de ar, lã filtrante e garrafas de plástico. Dê uma vista de olhos a https://www.google.com/search?q=diy+bottle+filter+aquarium A minha sugestão: 1- Garrafa de plástico 2- Cortar o fundo 3- Fazer pequenos furos na base, com um berbequim ou um prego quente 4- Adaptar um tubo plástico ou de PVC ao topo da garrafa, com a extremidade curva. O tubo de ar deve atravessar esse tubo e ir até à área livre, na garrafa. Preencher o interior com lã de vidro, nos dois terços inferiores da garrafa. Para tornar este filtro menos inestético poderá amarrar musgo de java à sua volta, com fio de pesca. 2- Povoamento Provavelmente a forma mais em conta de obter espécies para povoamento será através das criações de outros aquariofilistas e que por vezes aparecem em anúncios. Os peixes devem ser pacíficos e resistentes. Boas espécies são os vivíparos, como guppies ou espadas, alguns ciprinídeos como o barbo doirado e o barbo rosado, os zebras, os colisas, os gouramis e alguns loricariídeos, como os ancistrus. Se tiver algum espaço, poderá incluir escalares e outros ciclídeos de comportamento interessante e relativamente pacíficos, como os kribensis. Não se esqueça de fazer o ciclo inicial, com poucos peixes. NUNCA COMPRE PEIXES POR IMPULSO OU PORQUE OS ACHOU BONITOS: Pesquise sempre na net e tente compreender os requisitos das espécies, antes de pensar em mantê-las. O OBJETIVO DO AQUÁRIO COMUNITÁRIO NÃO É FAZER UMA COLEÇÃO DE PEIXES! O objetivo é manter o aquário em equilíbrio e bonito, moderadamente povoado, com peixes em boa forma e onde seja possível observar comportamentos interessantes, incluindo a reprodução. Se transformar o aquário numa salada russa, com peixes de todo o tipo e feitio, frequentemente com requisitos distintos e nem sempre compatíveis, não conseguirá alcançar esse equilíbrio. 3- Plantas Escolha plantas resistentes e de manutenção simples, como as Vallisnerias, as Sagitárias. as Ceratophyllum demersum, o musgo de java, o feto de java e as Anubias. 4- Invertebrados Se não tiver peixes demasiado grandes e predadores pode também inserir camarões, como os Red Cherry. Além de ajudarem a combater as algas os camarões são interessantes de observar. Os caracóis dão também uma grande ajuda no combate às algas e na limpeza. porém algumas espécies podem destruir as plantas e devem ser evitadas. Bons caracóis são os Melanoides tuberculatus, os planorbis e as neritinas. Quando os caracóis se tornarem demasiados, deve introduzir um único exemplar de caracol assassino, o Anentome helena. Este caracol ataca e come outros caracóis. Se existir apenas um helena então ele irá controlar a população dos outros caracóis, sem a destruir. 5- Alimentação Alimente pouco os peixes. A partir de determinada quantidade, a saúde do aquário é inversamente proporcional à quantidade de comida que lá coloca. Alimente os peixes só uma vez por dia, com flocos e numa quantidade que seja completamente comida em dois ou três minutos. Pode usar outros alimentos, além de flocos, mas não são absolutamente necessários. Evite os alimentos congelados à base de larvas apanhadas na natureza ou alimentos vivos. Embora os peixes os adorem, estes alimentos são uma possível fonte de doenças. 6- Manutenção Este é o aspeto mais importante: Deve estabelecer uma rotina de manutenção e cumpri-la religiosamente. Eu sugiro uma mudança de 30% da água, de 15 em 15 dias, usando sempre um anticloro de qualidade que remova também cloramina e metais pesados. Além dessa mudança de água quinzenal, de limpar as algas dos vidros quando necessário e talvez de podar alguma planta, não precisa fazer mais nada de especial no aquário. Pode sentar-se diante dele e usufruir do espetáculo. 7- Cuidados especiais Uma vez o aquário estabilizado deve evitar inserir novos peixes e plantas: cada vez que o fizer existe o risco de trazerem doenças. As novas plantas devem ser desinfetadas (há vários métodos para isso na net) e mantidas num recipiente à parte durante alguns dias antes de serem colocadas no aquário. Os novos peixes devem ser, dentro do possível, quarentenados. Se isso não for possível então o aquário deve ser tratado preventivamente sempre que forem adicionados novos ocupantes: Como processar os peixes recentemente adquiridos: Colocar uma dose de tratamento de sal: uma colher de sopa rasa para 10 litros Colocar uma folha de amendoeira da india para cada 70 litros Colocar um comprimido de flagyl para cada 40 litros, durante 3 dias seguidos, quando se apagar a luz à noite 8- Conclusão Os aquários comunitários claramente beneficiam com os princípios "keep it simple". Desde que se tome cuidado com a introdução de novos habitantes e se faça uma manutenção quinzenal é um ambiente fácil de manter e que diariamente apenas irá precisar 30 segundos do nosso tempo, para alimentarmos os peixes. Quando já conseguirmos manter um aquário interessante e em equilíbrio, quase sem esforço da nossa parte, poderemos então pensar noutros desafios: em aquários mais sofisticados e que vão precisar de mais tempo e dedicação. ´É o caso, por exemplo, dos aquários de plantas, dos aquários para cilídeos americanos ou africanos, dos aquários para reprodução de espécies específicas, como os killies, ou mesmo dos aquários de recífe.
  21. Dá uma vista de olhos a https://www.google.com/search?safe=off&hl=en&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1003&bih=619&q=marginal+plants+for+ponds&oq=marginal+plants+&gs_l=img.3.3.0i24l7.757.7357.0.12601.32.22.7.3.0.0.281.2474.13j7j2.22.0....0...1ac.1.29.img..7.25.2033.I_ZoK1-JRW4 Miguel
  22. Entretanto estive a reler a Bioaquaria nº 0 publicado em 2006 e, curiosamente, encontrei a descrição de uma experiencia minha para estender aos aquários a filtragem por plantas, um principio já amplamente usado em lagos. A experiencia foi bem sucedida mas roubava um espaço considerável ao aquário (1/3) e exigia uma manutenção semanal, tal era a velocidade a que as plantas cresciam. Portanto, a menos que se consiga arranjar uma forma mais simples de manter e podar as plantas, este tipo de técnica, no caso dos aquários, continuará a ter uma utilização limitada. Penso que o artigo é útil para dar uma noção do que se pode fazer com filtros de plantas: http://www.bioaquaria.pt/bioaquaria_0_edition_low.pdf Miguel
  23. Existem as plantas tradicionais de lago, como os nenufares e os lotus, existem as plantas marginais que ficam parcialmente dentro de água, como os juncos, as iris, as Acorus, os papiros, os bambus, etc., etc., existem finalmente as puramente aquáticas, como as Elodeas, as Ceratophyllum demersum, as Vallisnerias e as Sagitarias. Miguel
  24. David, O meu povoamento preferido é com killies, viviparos e ciclideos. Em Killies recomendo uma ou duas espécies dos seguintes géneros: Aphanius, Fundulus, Jordanellas e Lucanias. Pelo menos as Jordanellas e os Aphanius são relativamente simples de encontrar. Em viviparos eu recomendaria um goodeiídeo como as Xenotocas e um cardume de poecilideos, como o Phallocerus, a gambus1a sp. "Black" ou a Poecilia latipinna. Pelos menos o Xenotoca eiseni é relativamente simples de encontrar no mercado e eventualmente também os Phallocerus. Em ciclideos, claro, recomendo o Gemnogeophagus meridionalis: é um peixe muito bonito e que nos apresenta facilmente o espetáculo de "pastar" a nuvem de alevins. Se tiveres dificuldade de encontrar espécies manda-me uma MP, costumo ter alguma coisa disponível na área de vendas e trocas. Miguel