Marc

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  1. Marc

    Plantado V4.0 [fim]

    TPA Fazer uma TPA em 17 frames Em 49 minutos: 1) Tirar água do aquário. Quando posso, uso essa água para o autoclismo. 2) Limpo o vidro na zona da superfície da água com um pano de cozinha húmido. 3) Aspiro a areia com um tubo fininho. Por acaso houve pouca coisa suja, até fiquei admirado. 4) Aliso a areia com o meu cartão Visa Mais. 5) Volto a plantar tudo o que se soltou (também foi pouco). 6) Volto a encher o aquário com a ajuda de um balde. Não tive cuidado e molhei a toalha que tinha deixado do lado direito do aquário. 7) Depois de ter o aquário cheio, apanho coisas flutuantes com a rede. Folhas que se soltaram basicamente. E pronto. Peço desculpa pelo tamanho do ficheiro animado. Fiz um mais pequeno, mas não se percebia mesmo nada.
  2. Marc

    Plantado V4.0 [fim]

    CO2 A vida como a conhecemos baseia-se em compostos de carbono. Desta forma o carbono é um dos principais nutrientes não só para plantas mas também para animais e aí incluímo-nos nós. A partir de agora vem um bocado de química. Como não estou muito à vontade, darei apenas umas noções básicas para passar a ideia. Depois podem pesquisar na net ou chatear o Ivanpantz para saber mais. (A ele agradeço porque me ajudou a compreender muito disto.) Dentro dos aquários existe carbono sob três formas mais comuns: bicarbonato (HCO3-), ácido carbónico (H2CO3) e dióxido de carbono (CO2). Estas entre si estabelecem um equilíbrio natural (pesquisem algo sobre a lei de equilíbrio químico de Le Chatelier). Se retirarmos, por exemplo, moléculas de ácido carbónico, o bicarbonato tende a transformar-se em ácido carbónico até voltar a equilibrar o sistema. Fotossíntese As plantas utilizam CO2 durante a fotossíntese para sintetizar açúcares para o seu próprio alimento. É durante esse processo que se liberta o oxigénio que acaba por ser muito útil para os peixes. Ora, bicarbonato na água altera a dureza da água (kH) e os ácidos carbónicos estão directamente ligados ao pH. Na prática verificamos que acontece o seguinte: a) Se aumentarmos o kH do sistema (juntando bicarbonato de sódio), ele torna-se mais estável. Torna-se mais difícil que o pH se altere. (Aumentar o kH pode ter influência negativa no bem-estar da fauna – prefiro trabalhar com água mole – kH<4) b) Se as plantas esgotam o CO2 dissolvido na água, o sistema tende a compensar decompondo os ácidos carbónicos, logo o pH aumenta. (Porque com menos H2CO3 há mais H+ solto no aquário). Com muitas plantas isso até é possível. c) Se juntamos artificialmente CO2 à água o pH desce. Mais uma vez porque o sistema, ao equilibrar-se, tende a absorver iões hidrogeniónicos (H+). Tendo dito isso é melhor ir à cozinha buscar algo fresco para beber e desanuviar um pouco a cabeça. Espero não ter dito nenhuma baboseira disparatada. Quem percebe disso que me corrija, nesse caso, que eu agradeço. (É contigo Luís) Concluindo: num aquário plantado precisamos injectar dióxido de carbono para manter o pH controlado. Grandes oscilações de pH são más para os animais. E como a fotossíntese só acontece enquanto há luz, só devemos injectar CO2 nessa altura. CO2 dissolvido na água parece não ser lá muito estável e com muito movimento superficial no aquário, parte do gás foge para a atmosfera. Há várias maneiras de dissolver o dióxido de carbono em água. Ou repartindo muito o gás e passar as bolhas muito pequenas pela água do aquário, ou de alguma outra forma fazer as bolhas do gás ficar muito tempo em contacto com a água. Eventualmente ele dissolve-se na água. Para exemplificar o primeiro método podemos recordar-nos dos difusores de pedra em que fazemos o CO2 passar por uma pedra porosa de modo a partir as bolhas. As bolhinhas resultantes, muito pequenas, dissolvem-se com mais facilidade na água porque a superfície de contacto é maior. O segundo método não visa aumentar a superfície de contacto, mas sim aumentar o tempo de contacto. Há uns reactores em que a bolha inteira percorre um labirinto até chegar ao topo da água do aquário. Também já devemos ter visto reactores assim. Ambos os tipos de reactores que descrevi estão dentro do aquário e apesar de alguns deles serem bem agradáveis a vista, na realidade estorvam e desviam a atenção do espectador daquilo que é importante. Experimento desde o princípio do ano um outro tipo de reactor de CO2 que não é tão divulgado e acho que funciona muito bem, pois além de ser invisível para quem observa o aquário, é mais produtivo e aproveitando ao máximo o CO2 injectado, poupa! Filtragem e sistema de CO2 Fiz este esquema simples de como eu tenho tudo montado. 1- Meu Filtro, um EHEIM ecco 2233. 2- Uma válvula anti-retorno. Impede que a água do reactor vá para a solenóide. 3- O reactor em si é descrito mais tarde. 4- Uma botija de gás comprimido. 5- A válvula solenóide é ligada a um temporizador. Quando o temporizador corta a electricidade da válvula, ela corta a passagem do gás. É muito útil para desligar o gás quando o aquário está sem luz e para o desligar caso haja uma quebra de corrente. 6- A saída de água do aquário. 7- A entrada de água no aquário. A água vinda do aquário entra no filtro, onde passa por uma parte de filtragem biológica e por uma parte de filtragem mecânica. Em aquários plantados não é aconselhado fazer uma filtragem química com carvão activado pois esse iria absorver também os nutrientes que são necessários para as plantas. Depois da água sair do filtro passa pelo reactor que consiste simplesmente num alargamento onde a água que passa forma remoinhos. É muito importante que o sentido da passagem da água pelo reactor seja de cima para baixo e que seja do lado de cima desse reactor que um pequeno tubo junta o dióxido de carbono ao reactor. As bolhas do gás vão, sendo mais leves que a água, subir dentro do reactor, contra o sentido da água. O CO2 vai “bailar” nos remoinhos até ficar totalmente dissolvido na água. Aí o CO2 é transportado para o aquário. A razão pela qual não coloquei o reactor na entrada do filtro? Pois acho que a saída do reactor, como tem muito CO2 dissolvido em pouca água vai ter um pH muito baixo. Não sei como as bactérias do filtro reagem a essa alteração de pH cada vez que ligo o CO2. As bactérias são aeróbias, ou seja, necessitam de oxigénio para trabalhar, e também não sei como ficam em água saturada de CO2. Outra razão é a limpeza. A água na entrada do filtro é muito mais suja do que à saída do mesmo e o reactor, uma vez feito e colado, é complicado de limpar. Sei, no entanto, de quem use o reactor de CO2 na entrada do filtro e parece funcionar lindamente. Pela minha experiência não faz diferença que a saída de água para o aquário fique fora da água, fazendo a água chapinhar, porque o CO2 já vem totalmente dissolvido na água e ao cair sobre a superfície da água é levado com a corrente para baixo onde deve ficar. Para dizer isso eu medi a variação de pH com o tubo, por onde a água entra no aquário emerso e com ele submerso e não notei diferença. No entanto não fui sistemático e só o experimentei uma única vez. Desde então costumo tê-lo por cima do nível da água para também oxigenar a água e para não criar uma camada de gordura na superfície. Consigo manter o pH estável assim. Ou pelo menos conseguia no outro aquário, porque neste ainda não ajustei a quantidade de CO2 que necessito. O Reactor O princípio é muito simples. Comprei-o feito numa loja da nossa praça e voltei a colá-lo porque vinha com fugas. É importante que ele tenha um certo comprimento (o meu deve ter uns 20cm de altura – Estou a falar do reactor!) para a força da corrente não levar as bolhas inteiras para o aquário. Usei cola Araldite. É preciso esperar muito para que a cola seque bem, porque enquanto não estiver dura pode ser venenosa para os peixes. Não tive nenhum problema desde que uso este reactor pelo que aconselho este sistema. Contrariamente a certos sistemas de dispersores muito densos, que requerem alguma pressão do gás, como os cerâmicos ou de pedra, este permite usar CO2 produzido por fermentação. O Reactor na Realidade Este é o aspecto que o reactor tem na realidade. Mesmo à saída do filtro ele fica facilmente sujo, mas duvido que isto influencie o seu funcionamento. Pensamentos no primeiro dia Meu aquário Ontem tive finalmente ocasião e oportunidade para me sentar em frente ao aquário para reflectir. Noto que por mais que se planeie algo há sempre condicionantes que teremos de aceitar. Não sou dotado de tanta paciência como pode parecer. Nem sou, infelizmente, visionário na arte da aquariofilia. Creio que haja certos dons de percepção que são natos em indivíduos de génio na sua arte. Tudo que tenho é amor e trabalho, o que já não é mau. Falou-se em tempos de arte num tópico bastante controverso aqui no fórum. Na altura não achei próprio meter a minha modesta colher, mas desde então tenho vindo a pensar no assunto. Estou profissionalmente ligado a uma área criativa e enfrentei muita arte, como ainda a encaro hoje. O conceito de Arte é discutível tal como o conceito de Amor. Não podemos presumir encontrar uma definição racional para um conceito abstracto. Seria como enjaular sentimentos. Nunca pensei, no entanto ligar a ideia que eu tenho de Arte à aquariofilia. É verdade que certas montagens sugerem uma fenomenal recriação da natureza de uma forma que nos transcende. Poderíamos chamar Arte à Natureza? Estou certo que sim. Mas prefiro não o fazer. No meu ver a Natureza é Real. É isso que a torna sublime. Conseguimos racionalizar qualquer processo existente na Natureza. Toda ela é regida por leis e não existem acasos. Acredito que dada informação suficiente, tudo seja previsível. Nós, efémeros humanos, não temos de longe o conhecimento para entender a natureza. Mas acredito que seja uma possibilidade teórica. Meu aquário Muito diferente desta crua realidade é a capacidade de interpretação da Natureza, e isso sim, pode ser Arte. Atribuímos algo metafísico à Natureza. Eu chamo-lhe Deus. É aquilo que nos distingue dos animais. É a capacidade de conceitualizar Amor e Arte. Se nunca liguei Arte a aquários foi porque os via principalmente como pedaços de Natureza, com processos lógicos e regras. Mesmo olhando para esta montagem, eu preocupo-me com as razões acima de tudo. É o que eu faço e é quem eu sou. Não sou artista nem faço arte. Não tenho jeito para sentimentos e procuro racionalizar tudo. Mas eu sei reconhecer Arte e Sentimentos e Beleza e Deus. Acho que qualquer pessoa em qualquer estado da sua evolução tem a capacidade de reconhecer o subjectivo. É isso que nos distingue. Tenho a certeza que essa capacidade evolui com o entendimento que temos do funcionamento da realidade, com o conhecimento que temos das outras pessoas e principalmente com a nossa capacidade de nos abstrairmos da realidade. Medimos tudo o que nos envolve contra uma escala que somos nós próprios. Avaliamos as acções dos nossos amigos pelo que nós próprios somos e fazemos. Avaliamos gostos dos outros pelos nossos próprios gostos. À medida que crescemos vamos conhecendo mais opiniões e vamos sendo capazes de tolerar mais aquilo que é diferente das nossas ideias. Como cada cérebro é composto de maneira diferente, é lógico que a interpretação da realidade seja tão variada como as nossas opiniões. Como o conjunto de coisas que cada um de nós conhece é também diferente do que aquilo que qualquer outra pessoa conhece ao longo da sua vida, os gostos desenvolvem-se de modo diferente. Meu aquário A avaliação do que é Belo é a síntese da nossa tolerância pelo que diverge dos nossos costumes. Vamos aprendendo a apreciar e vamos corrigindo os nossos gostos. Eles mudam. Um professor meu dizia: ”Gostos educam-se” e de certa forma ele tem razão. Arte é então a encarnação do supremo gosto. E cá para mim, eu reconheço Arte quando a vejo, porque apela aos meus sentimentos. Sugere algo subentendido que me é pessoal. E mostra Deus. (Aquilo a que eu chamo Deus – não é o mesmo gajo barbudo que no antigo testamento erradicou a população mundial uma série de vezes e que no novo testamento educou o seu filho para pregar a tolerância e amor.) Não sou capaz de fazer Arte, porque não me consigo desprender dos racionalismos. Eu próprio não sou capaz de transcender ao espiritual para de lá trazer a luz que clarifica de alguma maneira o que faço. Conscientemente não sou capaz de produzir Arte, mas aquilo que faço pode ser entendido como Arte por alguém. (Seria fixe.) O que eu faço está aqui descrito: molho as mãos e não tenho pachorra para procurar outras pedras e planto coisas e espero que cresçam bem. E sei de números e leis e símbolos e raízes quadradas. Quando desenho faço um risco e depois outro e outro. É como escrever. É um processo de comunicação racional. Sublinho que falo aqui daquilo que eu penso. É essa a minha opinião. Não precisam de ter a mesma. Aliás se discordam até me dão razão (he he he.) Meu aquário E depois juntei os peixes ao aquário. A Fauna Netitina natalensis Os caracóis parecem ainda estranhar a água. Mas eles são muito sensíveis a elevados níveis de nitratos. Os camarões estão na boa. Ontem já tinha metido uma corydora. Essa parece feliz da vida. Então misturei água do aquário grande no aquário pequeno em que tinha os peixes para os acostumar à nova água. O pH está pelos 5 porque o substrato nas primeiras semanas o faz descer muito. É normal. Os Peixes Exceptuando uma cory que desapareceu, parece estar tudo bem. Neste momento tenho: 5 Otocinclus sp. 4 Neritina natalensis 22 Neocaridina denticulata 10 Corydoras pygmaeus 3 Iriatherina werneri Um Ram perdido É verdade: Tenho um Microgeophagus ramirezi no tanque. É muito novo ainda. Não sei se é macho ou fêmea e nunca consegui encontrar-lhe par. Lutam, o outro fica fraco ou vem com alguma doença e acaba por morrer. Queria ter conseguido um casal, mas não deu. Agora não sei o que fazer a este. É o peixe mais agressivo que tenho no aquário e se o manter as “werneri” não se vão querer reproduzir. Mantêm controlada a população de Red Cherry. Hei-de falar de cada habitante extensivamente no seu tempo. Isso requer alguma investigação e tempo. <span style='font-size:23pt;line-height:100%'>Respostas</span> A Todos: agradeço naturalmente qualquer motivação que me dão. Sabe bem ter tanto feedback. E alguns até leram tudo… é admirável. Espero não vos maçar muito com erros no português. Tento evitá-los. Ptsurfer: Hei-de fazer ajustes à medida que as plantas crescem. Quanto às pedras da direita ainda estou indeciso. Eu compreendo o que queres dizer, mas espero que as plantas, uma vez crescidas, integrem o conjunto. A lotus tem de ser muito bem controlada. Já fiz essa experiência. Krushandkill: Sim, eu conto com as plantas no fundo à direita para esconder a saída do filtro e o termóstato. Por enquanto não vejo os animais a remexer muito a areia. Ela fica é cheia de fezes e como é branca, nota-se mais. Madvieri: Muito obrigado. Espero falar de cada animal separadamente. Gostava de tirar umas fotos, mas a minha máquina é péssima para tirar fotos. Mendez: Tens toda a razão e não se deve usar produtos de limpeza no aquário. Eu pensei nisso. Tenho a impressão que produtos para limpar vidros são feitos à base de álcool e isso evapora depressa. Mas de qualquer forma usei pouco, só onde havia muita porcaria no vidro e tive cuidado para não meter produto no silicone, não vá isso ser absorvido de alguma forma. Lavei tudo muito bem com água. Arrisquei e já tinha arriscado antes. Não me dei mal. Mas tens razão. Deveria ter avisado que isso é de evitar. Obrigado por chamar a atenção. Nos: Por enquanto vou manter a cuba e a glosso porque preciso de muitas plantas para absorver os nutrientes que o substrato larga nos primeiros tempos e a glosso cresce depressa. Depois prevejo que a glosso dê muito trabalho. Nessa altura, se a cuba crescer bem, gostaria de fazer um tapete só de cuba. Mandei uma mp com o nome da loja onde achei as corys. São também as minhas favoritas. Pedrojoel: Eu escrevo tudo no Word e depois é só fazer copy-paste! José Torres: Grande Zé! Vitilated: É uma boa ideia de fazer um pequeno desnível na areia. Com o tempo irei fazer isso, mas por enquanto tenho demasiada areia branca no aquário. Essas coisas são difíceis de medir na montagem. kromoAqua: Comprei o projector ao membro “ramirezi” aka: Rui Alves. (Ao qual agradeço toda a ajuda que me deu ao longo dos tempos). Ele sabe tudo de luz e foi ele também que operou no meu foco. Eu próprio pouco sei disso. Bytter: Penso que a relação qualidade/preço seja melhor nas HQI do que em qualquer outro tipo de iluminação. Num aquário dedicadamente plantado não aconselho poupar em luz. Tenho ligeiramente mais que 1W/Litro e nunca me arrependi. _Tiago_Oliveira__: Comprei a areia numa loja de aquariofilia em Lisboa. Se ficar fora do teu caminho posso dizer que essa areia é usada no fabrico de vidro e podes comprá-la a quem faz vidro. Se queres saber qual é a loja manda-me uma mp. FAAO: Falam tanto da minha paciência, mas na verdade foi a falta dela que me levou a não seguir o teu conselho. É para aprenderem a não julgar um gajo pelos tópicos. Espero que a Hemianthus crescida segure a terra no sítio, como fazem nos aterros junto a estradas. Se este aquário der barraca ‘tou lixado! Vou dedicar-me a Bonsais a tempo inteiro. Ou então faço um tópico sobre como não fazer as coisas. André Silvestre: Pois é, agora que o dizes estou a lembrar-me de passar lá e pensar: Olha! Calhaus fixes. Mas como já fiz notar, eu não sou o gajo paciente que alguns pintam. Quanto à raiz, já foi lixado encontrar essa. Mas estou a ver o que sugeres. Ficava bem, sim senhor. Novamente agradeço a todos a amabilidade de comentar aqui. (Faço isto é pela glória, qual queres ajudar aos outros ou trocar ideias e aprender…!)
  3. Marc

    Plantado V4.0 [fim]

    Introdução Olá caros compartilhadores do gosto pela aquariofilia. Neste tópico vou esforçar-me por apresentar um retrato fiel da montagem de um aquário plantado. Se puder vou actualizando o tópico com fotografias da evolução do mesmo. É minha intenção assim ajudar quem quer iniciar-se em aquários plantados. Agradeço qualquer tipo de sugestões ou correcções. Melhores cumprimentos, Marc06 Antes Foto do aquário antes de ser desmontado Em tempos decidi que havia de experimentar montar um aquário plantado usando substrato inerte. O meu objectivo era conhecer melhor as necessidades das plantas ao dosear o fertilizante manualmente. Usei pastilhas enterradas e fertilizante líquido de vários tipos separados. Calculei cuidadosamente as quantidades certas e fiz testes regulares. Até tive um “clipboard” onde ia anotando os valores durante os 3 meses (menos 2 dias) que o aquário durou. Falhei miseravelmente. Fotos do aquário - pormenores Visto de perto: Algas greenspot e algas filamentosas O tapete de Glossostigma elatinoides sofreu mais. O crescimento das restantes plantas foi relativamente lento. Já tinha em tempos montado um aquário com substrato fértil e achei que estava na altura de voltar um passo atrás. Brainstorming Antes de montar um aquário fica bem a qualquer um pensar um pouco. O que quero usar no aquário e como estamos em termos de compatibilidade? Não quero começar a montagem de um aquário novo cometendo erros que podem ser evitados com planeamento e investigação. ”Hardscape” O “Hardscape” é um bom ponto de partida para uma montagem. Entende-se por “hardscape” aquilo que no aquário tem valor decorativo, mas não é nem animal nem vegetal. Basicamente falamos aqui de rochas e troncos. (Aquelas bugigangas de plástico ou barro também são “hardscape” mas eu recuso-me de falar delas.) A escolha de rochas e troncos para o aquário plantado é extremamente difícil no meu ver. Implica um conhecimento empírico da versatilidade de um elemento no ambiente de um aquário plantado. Ou seja, uma rocha, por exemplo, em si pode ser extremamente bonita, mas dentro do aquário não iria funcionar como queremos. Outra função do “hardscape” que temos de ter em conta ao escolhê-lo, é o aspecto prático da sua interligação com as plantas. Muitas vezes escolhemos rochas ou tronco não só pelo seu valor decorativo, mas porque precisamos de esconder a parte inferior dos caules das nossas plantas do fundo. Um elemento decorativo não importa tanto como a interacção de todo o conjunto. Não faz sentido ir à rua e escolher as mais lindas rochas, porque as rochas entre si, sendo de diferentes tipos, nunca farão sentido num aquário plantado que recria uma situação natural. No mesmo aquário não vou pôr dois tipos de pedra diferentes nem dois tipos de troncos diferentes. Se eu decido usar o “Hardscape” como ponto focal não posso destacar um tronco de um lado e uma pedra do outro. No meu caso arranjei (ou arranjaram-me) um tronco lindo e decidi que este tronco será o ponto focal do meu hardscape. Daí a posição do tronco no conjunto é fundamental. Decidi complementar o conjunto com diversas pedras de xisto que irei arranjar em volta do tronco de forma aleatória e natural, mas de modo que sirvam também para separar dois tipos de substrato que eu quero usar, e para apontar algumas situações que irão equilibrar a disposição. Comecei por fazer alguns esboços. Quero agradecer ao Filipe (FAAO) uma preciosa ajuda que ele me deu ao limpar uns preconceitos que eu tive em relação a este tipo de montagem com uns bons conselhos. Esboço 1 – Ainda estou indeciso, não sei onde devo usar a areia branca. Neste aquário vou usar areia branca principalmente para as minhas corydoras que gostam de ter um espaço que não esteja cheio de plantas. O aquário fica encostado a paredes do lado direito e por trás. Por isso vou usar areia branca à frente e do lado esquerdo. Esboço 2 – Não gosto do tronco aí. O problema de esboços é que as proporções estão completamente erradas. Estes esboços servem apenas como um indicar de intenções. Esboço 3 – Agora parece melhor. O tronco fica num lugar privilegiado enquanto as rochas são distribuídas ao longo de “linhas de força” que originam no tronco. Um conceito muito importante na montagem de aquários é o da secção dourada. Não vou aprofundar muito este conceito mas deixo aqui um link para os mais curiosos investigarem: http://www.mcs.surrey.ac.uk/Personal/R.Kno...onacci/fib.html. Os pontos de maior importância estética são, segundo este conceito desalinhados do centro na proporção de 1,618 para 1. Isto parece ir contra a ideia de alinharmos o mais importante no centro, mas é verdade. O mesmo princípio é também usado na arte da fotografia e da pintura e também na arquitectura. Esboço 4 – Aplicação do número dourado à posição do tronco no “layout” Agora quero ter uma ideia de como vou moldar o substrato. Ao introduzir relevo, eu consigo dar a noção de profundidade ao aquário. Esboço 5 – Topografia aquática ”Softscape” Chamo “softscape” às plantas porque tem piada o termo. É importante escolher muito bem as plantas que se quer usar no seu aquário. Para isso é preciso conhecê-las em termos de necessidades, compatibilidades e crescimento. Para não facilitar, a maior parte das plantas que vemos nas lojas são criadas fora de água numa estufa com muita humidade relativa no ar, para evitar pragas de algas. Desta forma as plantas que compramos mudam de aspecto geral quando as colocamos no nosso tanque. A mesma planta também se comporta de modo diferente conforme a qualidade da água e da luz que temos. A minha rotala pode não ter nada a ver com a rotala do meu vizinho. Escolher plantas é algo que só com muita experiência conseguimos fazer. Para este layout vou usar as plantas que já tive antes, introduzindo a Bacopa australis e a Rotala “green” para ver como elas se vão comportar. Apesar de eu já agora saber que o resultado final vai ter pouco a ver com os esboços, gosto no entanto de os fazer. Ajudam-me a pensar e às vezes a evitar disparates na montagem. Esboço 6 – A Flora Vou usar na maior parte plantas que já conheço e das quais gosto: Hemianthus callitrichoides “cuba” – Uma planta muito pequena e rasteira que fica a matar entre pedras. Vou usá-la sobre as pedras que fazem a separação entre os dois substratos. Esboço 7 – Um pormenor da separação entre o substrato e a areia. Glossostigma elatinoides – Cresce depressa e faz um belo tapete de fundo. Mas precisa de ser controlada. Já misturei glosso com eleocharis, mas não gostei. Vou usar apenas glosso. Cryptocoryne wendtti “My oya” e Cryptocoryne x willisii “lucens” – Duas plantas que conheço bem e das quais gosto muito. Uma é mais pequena e verde e a outra fica maior e acastanhada. Por sugestão do Filipe tenciono usá-las entre pedras em vez de as usar em matagal como antes o fazia. Acho que é uma excelente ideia. Nymphea lotus zenkeri – Deve ser a minha planta favorita. Costumo sempre pôr uma. Mas aqui ainda não sei exactamente onde. Bacopa australis e Rotala sp. “green” – Duas plantas que não conheço muito bem. Já tive a Rotala rotundifolia mas esta não conheço. Vou usá-las no fundo. Blyxa japonica – Já tenho esta planta há algum tempo, mas no substrato que usei ela nunca ficou grande coisa. Estou curioso em relação a ela. Primeiro quero usá-la para tapar a parte inferior da rotala e depois logo se vê. ”Livescape” Agora mesmo para embirrar inventei a palavra “livescape” para dizer fauna. Mas na realidade a fauna num aquário plantado também tem um valor decorativo que quer ser conjugado com os restantes “Scapes”. Mais uma vez é necessário dar atenção às compatibilidades. No entanto aqui é ainda mais importante porque na fauna podem surgir mais problemas deste género. Ao escolher os peixes temos de pensar em termos práticos e aquilo que imediatamente se sugere num aquário plantado é uma forte equipa de limpeza. São eles que vão activa e naturalmente combater as algas no aquário e vão ajudar a processar detritos para facilitar o trabalho às bactérias do ciclo do azoto. Decidi ainda que neste aquário vou usar apenas peixes muito pacíficos. Peixes que fazem Neons parecer hooligans. Gostava que alguns deles se pudessem reproduzir sem eu andar para lá e para cá com os ovos e os pais. Esboço 8 – A Equipa de Limpeza. Otocinclus sp. – Come algas que aparecem em mancha. É bom para limpar os vidros. E é tão pacifico que todos o ignoram. Nem Colisas em procriação se incomodam com eles. Há tantas espécies que são tão parecidas que não faço ideia quais tenho. Affinis, macrospilus.. Crossocheilus siamensis – O SAE (Siamese alge eater) é um dos poucos peixes que toca nas algas filamentosas. Mas é preciso ter muito cuidado para que ele não se habitue a comer a comida de ração dos outros peixes senão ele não limpa mais nada. Neritina natalensis – Um caracol genial que anda constantemente a limpar. Quando o pH sobe para cima dos 6,8 a Neritina tende a passear pala casa. São resistentes como tudo. Há quem diga que se aguentam em água salgada. Em água salobra ficam à vontade de certeza. Neocaridina denticulata – Não é tão voraz como a Caridina japónica, mas ao menos pode reproduzir-se sozinha e tende ajustar a população à comida disponível. Corydoras pygmaeus – Mini-corys. Não passam dos dois centímetros e são divertidíssimas. Como bons detritívoros que são remexem o areão ajudando activamente no ciclo do azoto. Esboço 9 – Os peixes. Para peixes ornamentais decidi ir para os arco-íris australianos. São pacíficos e pequeninos e muito coloridos. Além disso tem um comportamento social engraçado e podem reproduzir no tanque sem precisarmos de fazer nada. Iriatherina werneri – Tem uma boca tão pequena que é preciso esmigalhar os flocos. Alimenta-se também de microorganismos que flutuam na água. Podia fazer parte da equipa de limpeza. Pseudomugil gertrudae – Um arco-íris de olhos azuis. Muito bem disposto. Batem as barbatanas para chamar a atenção das fêmeas. A Montagem Format C: Montei um pequeno tanque com a água do aquário anterior e coloquei lá os peixes. Contei-os com riscos no meu “clipboard” e senti-me um autêntico cientista. Juntei um filtro e um termóstato. Enchi alguns garrafões de água do antigo aquário porque vou precisar dessa água para acelerar a formação de uma boa filtragem biológica no novo aquário, visto que não vou esperar muito para lá pôr os peixes. As plantas esperam todas nos garrafões. Depois vou ter de as preparar antes de as voltar a plantar. A Glosso vai dar um trabalhão… A base da aquariofilia – “Roofmate” Primeiro escolho o lugar em que fica o aquário, pois uma vez cheio não vou poder mexer-lhe. Coloco uma base de “roofmate”. É um isolante usado na construção, feito de esferovite de alta densidade. É bom porque isola o fundo do aquário a nível térmico e, mais importante, a nível de vibrações. Peixes são sensíveis e não lhes deve saber nada bem viver num móvel que vibra com o motor da bomba… Não sei. Imagino! Tirar o substrato e lavar o aquário é uma chatice enorme. Podem imaginar. Inclino o aquário sobre a banheira e dou-lhe com o chuveiro. Depois limpo-o com glassex e papel jornal e volto a passá-lo por água. No fim seco-o todo e vejo como está. Aquário limpo – Fica bonito esse fundo preto, não fica? O fundo é uma película preta de Vinyl colada ao vidro. Em alternativa podem usar cartolina e agrafá-la ao vidro. Agora é pegar no “Hardscape” (já sabemos o que quero dizer com isso), e imaginar como fica. Isso é para decidir onde vamos colocar a areia branca. Ensaio – Frente Tinha umas capas de plástico que colei com fita para fazer uma barreira entre os dois substratos diferentes. Senão iriam misturar-se e isso dava uma grande confusão. Ensaio – Cima Desenhei no vidro da frente e na base os riscos que representam a linha de força segundo os princípios da secção dourada. (Expliquei isso antes.) Assim posso alinhar o tronco com estas linhas. Do lado direito fica mais espaço do que antes. Ainda não o que fazer aí. Logo se vê. O aquecedor de substrato Então e porquê o uso de um aquecedor de substrato? Tenho uma teoria, mas não sei se resulta. É assim: a) Raízes precisam de oxigenação. Se o substrato for muito compacto (areia) ou muito alto, é possível que a água que está no fundo do tanque não se renove com tanta facilidade. A água perde o oxigénio e as raízes “sufocam”. As plantas crescem mal, nada ou morrem. b) Ar quente sobe. Presumo que água quente faça o mesmo. E se eu aqueço a água que fica no fundo do tanque (nem que seja só um pouco), ela sobe sendo substituída por água mais fria. Assim a água que fica junto das raízes está sempre em movimento e as raízes estão sempre oxigenadas. Acho que isto está tudo certo. Não sei é se na prática isso faz alguma diferença. Por isso vou experimentar. ADA Powersand – Essa porcaria custa os olhos da cara. Aconselho. Ainda tinha Powersand que me sobrou da primeira montagem há um ano. E mesmo assim ainda me sobrou. Não se deve pôr muito. Isto é uma excelente mistura de nutrientes que ajuda o aquário a arrancar. Além disso é muito poroso e favorece a instalação de bactérias nitrificantes. Aquasoil Eu sei que é um substrato caro, mas não tenho carro e não fumo, por isso não me chateiem. Acho que é do melhor que há por aí. Ainda por cima faz um buffer ao pH aí pelos 6,5. É óptimo para o que eu quero. Areia de Sílica Areia de sílica não altera o pH da água. Não é calcária, é muito branca e é usada no fabrico de vidro. Vinda de lá, já vem lavada e tudo. Não é preciso passar por água e é fininha e muito branquinha. É isso mesmo. H2O x 5cm O Hardscape: Tenho este tronco Como o tronco veio do aquário existente ele não precisa de nenhum tratamento. Tinha atado algum musgo deste tipo: http://www.tropica.com/catalog/images/prod...r003N_large.jpg Esse musgo agarrou. Nas mudanças tive de ter cuidado para o musgo não secar. Alguém sabe alguma coisa sobre este musgo? Tenho estas pedras Aquelas que vieram do aquário anterior não levaram nenhum cuidado especial. As novas eu cozi em água durante dez minutos. Pronto. O pior já está. Agora vem o pior. É separar e plantar as verduras. Por enquanto juntei uns 5cm de água ao aquário. É tarde e vou dormir. Amanhã preparo as plantas. Acho que posso deixar tudo assim. (Espero.) Plantar Tenho poucas plantas e aquelas que tenho estão em más condições devido ao mau funcionamento do aquário anterior. Este facto traz a meu ver duas consequências que podem ser desagradáveis. a) Com poucas plantas o aquário acabado de montar não vai parecer grande coisa. Já que estou a escrever isto tudo queria que o resultado fosse mais mediático. No entanto, se tudo corresse bem, não iriam aprender nada. b) O substrato que uso é potente e tendo poucas plantas tenho de ter muito, muito cuidado com os níveis de nitratos. Nas primeiras semanas o substrato liberta uma considerável quantidade de nutrientes. Se não houver plantas para absorver esses nutrientes tenho de compensar com muitas TPA’s. Os camarões são particularmente sensíveis a níveis elevados de substratos. Primeiro tive de tratar das plantas todas. Separar as algas e o material vegetal morto. Assim as poucas plantas ficaram menos ainda. Glossostigma elatinoides É só corta-la assim. Hemianthus callitrichoides “cuba” Esta planta é uma chatice de plantar. É preciso enterrá-la bem de modo que ela não se solte. Na foto dá para perceber como ela cresce. É uma planta linda, mas esta está escurecida pelas más condições no anterior aquário. Creio que esta planta depende bastante de alimentos absorvidos pelas raízes. Há um artigo muito interessante sobre a Hemianthus no site da trópica. Cryptocoryne x willisii “lucens” Cryptocoryne x willisii “lucens” e Cryptocoryne wendtti “My oya” levam uma poda nas raízes antes de as plantar. Estas plantas têm uma particularidade que é importante notar nesta altura. Quando são plantadas num aquário com condições diferentes da água elas sofrem de um sintoma chamado “Cryptocoryne melt”. Este consiste de literal derretimento de parte ou de todas as suas folhas. Esta pasta de folhas derretidas deve ser removida do aquário, mas os cotos das plantas não, pois não estão mortos. Em poucos dias verão novas folhas já adaptadas as novas condições da água. Bacopa australis Esta planta não perde as folhas da parte de baixo do caule. Pelo que entendi, ela forma um tufo agradável de um verde claro. Rotala sp. “green” A Rotala pode ficar esplêndida desde que seja bem podada com cuidado e experiência. Ao plantá-la convêm deixar os caules mais juntos no centro do conjunto e mais afastados na periferia. Blyxa japonica Coitada da blyxa. Vemos claramente pela coloração das raízes que a planta passou um mau bocado. Em boas condições de luz a folhas ficam ligeiramente avermelhadas. Vai demorar um bocado até a planta crescer como eu quero. Até lá muita parte do aquário vai parecer despido. Já agora Quero agradecer ao Rui Alex Pedro a bondade de me ter oferecido esta planta. Rui, lamento não ter cuidado muito bem dela. Nymphea lotus zenkeri Aqui nota-se que a falta de micro-nutrientes provocaram o nascimento de folhas torcidas e com buracos. Desta feita espero que ela floresça bem. Bem cuidada é realmente uma planta fenomenal. Minha oficina improvisada Tive a ver um filme e meio na televisão enquanto fui tratando das plantas sentado no sofá com uma mesa improvisada a minha frente. Esta parte foi um bocado chata, mas é absolutamente necessário usarmos plantas cuidadosamente preparadas antes de iniciarmos o trabalho de planta-las no aquário. Tudo pronto – Plantas limpas e separadas, prontas para plantas Agora chegou o magnifico culminar de todo o trabalho que até agora se tem desenvolvido. Está na altura de juntar tudo no aquário. Tão grande foi o labor e a expectativa associada a ele, que no final fiquei um bocado desapontado como o resultado. Não sei bem o que esperava, mas suponho que a parca existência das plantas não ajude muito. Mas estou a adiantar-me. Vamos por partes. Infelizmente as fotos que tirei da montagem do hardscape saíram bastante desfocadas. Tive de as tirar sem tripé visto de cima e tremi. Tenho pena. Assim como as fotos de como plantei a glosso, elas também saíram mal. Já estava cansado suponho. E não ajuda ter estado sozinho. Mas nestas coisas prefiro fazer tudo ao meu próprio ritmo. É muito importante não apressar as coisas o que geralmente acontece quando não estamos sós. Hardscape – Nesta foto já tenho alguma glosso e hemianthus plantado. Demorei a fazer o Hardscape. Nesta fase é natural que se experimente diversas posições de rochas e troncos. Lembramo-nos que o aquário deve ficar assim durante bastante tempo. Ajuda muito nesta fase pensar nas plantas. Ao colocar as pedras já fui criando nichos para as plantas. Uma condicionante era a divisão de substratos. Já tive um aquário sem divisão entre os tipos de substrato e foi um crasso erro. É muito difícil mantê-los separados. Por isso, desta vez usei as rochas para separar fisicamente os dois tipos de substrato. Antes tirei cuidadosamente o plástico que usei como divisória. Imagino aqui que o movimento natural do solo expôs 3 estratos diferentes. O inferior é a areia branca mais fina, depois as rochas de xisto que tentei dispor de modo a sugerir que foram expostas durante um violento terramoto. O substrato da ADA representa o solo superior que se abriu para expor o seu ventre. As chuvas nas montanhas desaguam pela ruptura na crosta e forma um riacho ou mesmo um lago. Ao compormos um “layout” natural temos de ter em conta os efeitos dos processos naturais da erosão dos terrenos. Para isso é preciso ficar atento ao mundo em nosso redor. Mas temos de olhar para pormenores. A maneira como certas plantas crescem junto ao tronco de árvores ou entre rochas e o modo como as rochas aparecem naturalmente semienterradas devido a erosão da chuva e do vento. Além disso é considerável o efeito terapêutico de combate a pressão da sociedade, que a contemplação da Natureza traz consigo. Enchendo e plantando Fui enchendo o aquário a medida da altura das plantas que fui plantando. Primeiro a glosso e a hemianthus, como se vê na última foto. Tentei plantar a hemianthus da maneira como tinha previsto, e espero que ela cresça bem. Vou precisar de muito disso. Mais tarde gostaria de interromper essa suspeita fileira desta planta com apontamentos de outras plantas. Neste momento estou a planear una apontamentos especiais usando as cryps. O Esquema montado Geralmente uso um Balde vermelho com embutidos de peixes, por cima do aquário com um tubinho que por gravidade vai enchendo o aquário muito devagarinho sem lavantar muita poeira. De vez em quando uso um tupperware para “re-encher” o balde. Enquanto o nível da água no aquário sobe eu vou plantando as plantas que correspondem ao nível a que está a água. Plantar a Blyxa Vista de cima Plantando Rotala O Ciclo do Azoto Pronto Montei o filtro do aquário e o aquecimento e tenho tudo plantado. Juntei à água do aquário um liquido para acelerar a formação da uma vida bacteriológica que ajuda na decomposição de matéria orgânica e que forma o ciclo do azoto. Isto é importante num aquário novo. Qualquer matéria orgânica em decomposição liberta amónia. Falo de plantas mortas, detritos de peixe e restos de comida. Amónia é absorvida pelas plantas pois traz nitrogénio que é fundamental para o seu crescimento. No entanto amónia é tóxica para peixes. Na natureza a amónia é decomposta por certas bactérias. O produto deste processo é Nitrito que continua a ser prejudicial para a fauna aquática. É por causa destas substâncias que devemos trocar água com mais frequência em aquários acabados de montar. O Nitrito é decomposto por outras bactérias que libertam Nitratos que não são prejudiciais a vida aquática e que são também absorvidas pelas plantas (Embora elas prefiram amónio). Até este ciclo se estabelecer no nosso aquário temos de ter muito cuidado. Se já temos um aquário podemos usar água desse aquário no novo pois essa água já contém as bactérias necessárias para decompor as substâncias tóxicas na água. Devemos sempre esperar até juntamos os primeiros peixes. Geralmente uma semana deve chegar. E nunca devíamos juntar demasiados peixes de uma vez. Para saber mais sobre esse assunto aconselho a ver o seguinte sítio: http://faq.thekrib.com/pt/begin-cycling.html Acabamentos O pior (Ou melhor) já está. Agora apanho todo o lixo que flutua na superfície com uma rede fina. Ajusto algumas rochas e plantas. Estes ajustes são caprichos de artista. Mania que sei o que estou a fazer. A areia está muito porca como é natural. Com o tubo fininho aspiro (por gravidade) a areia até ela ficar limpinha. Fiquei surprezo com a fascilidade com que consigo apanhar as bolinhas maiores do substrato castanho sem aspirar muita areia. Fico contente. Se calhar não vai ser assim tão penoso manter este aquário limpo. Alisar a areia Depois aliso a areia com um cartão qualquer que já não uso. Aconselho Visa porque só nos fazem gastar dinheiro que não temos. São maus! Primeiros Habitantes Estou pronto. O aquário está limpo e já dormiu uma noite. Acho que posso juntar uns Camarões e os Caracóis e tirar a última foto. Espero que gostem. Ora digam lá, quem teve paciência de ler isto tudo? <span style='font-size:23pt;line-height:100%'>Setup</span> Aquário: 75x45x45 @ 8mm (Mandei fazer à medida) CO2: Botija com reactor exterior. (Explico isso mais tarde) Fundo: Fundo Vinyl Preto Filtro: EHEIM 2233 Termóstato: Jäger 125W Termómetro: JBL Precision Substrato: Areia de Sílica; ADA Aquasoil Amazonia (mais ou menos 12litos); ADA Power Sand Special M Iluminação: Projector HQI com lampada HCI da OSRAM com Ignitor Electrónico (Com o Ignitor convencional a HCI fazia muitissimo barulho) E já falei da flora e da fauna. Se não acretitam procurem no texto. Olá a todos. Espero que não se importem que não coloque mais nenhum tópico pelos próximos anos. é justo não? Cumprimentos, Marc06
  4. Marc

    Ajuda!

    Corta a o caule por baixo das raizes e planta só a parte de cima da planta. Como a parte de baixo tem folhas mais pequenas não vale a pena guardá-la. Quando a parte de cima crescer vai ficar mais bonita. Abraço, Marc06
  5. Marc

    Ajuda!

    Qual é o URL da tua Imagem? Ou seja: A Imagem deve estar colocada num servidor em que ela esteja acessível em qualquer momento pela Internet. Por exemplo: 1) Tenho uma imagem com este nome: 19-2-06-frente.jpg 2) Coloco-a no meu servidor da Netcabo (Pois tenho Internet por Netcabo) Nesta Morada: http://pwp.netcabo.pt/chez-nous/aquariofilia/19-2-06-frente.jpg (Este é o Url da tua imagem) *) Existem diversos sites que ofrecem o serviço de alojar as tuas imagens. Não sei qual é o melhor porque pessoalmente não os uso. Mas o pessoal sabera ajudar. 3) Ao escrever uma mensagem aqui no forum colocas o Url da tua Imagem entre estes Simbolos: Se quizeres podes experimentar com o url da minha imagem.
  6. Marc

    Ajuda!

    Não há Imagem...
  7. Marc

    Greenspot

    Tenho o mesmo problema que o Luís e é deveras desesperante. Decidi usar substracto inerte e dosear o fertilizante todo manualmente para controlar melhor o crescimento. Sou um desastre! A Glosso está miserável. Deixei de fertilizar e faço TPA's com muita ferquência. A Glosso tão depressa rebenta com folhas novas e bonitas como essas folhas ficam com greenspot. É sem dúvida um desequilíbrio de fertilizantes. Decidi voltar ao substrato fértil da ADA que faz todo o trabalho por mim. Com Powersand por baixo nunca precisei de usar Nitrato Potássio ou Fosforo. Quando arranjar mais tempo hei de por aqui um tópico que fala desse meu problema. Just_Me: Quanto aos Fosfatos. Eu punha Fosfato. Potássio e Nitratos cuidadosamente calculados neste Site que me pareçe muito bom: http://www.leon-huang.com/doser/ De modo a ter no aquário uma proporção certa entre os diversos Nutrientes. (Não tenho aqui a minha cábula com a proporção era para NPK algo como 5-2-15 ou assim) (Uso fertilizantes da Seachem comprados pela aquaristic) Mas acho o meu teste de Fosfatos um desespero. A cor do liquido nunca tem qualquer telação com as cores que estão no papelinho da escala de valores. (JBL) a escala é de tons azuis e o meu teste dá amarelos. Abraço. e boa sorte. Vou acompanhar este tópico para ver se aprendo.
  8. Já puz aquilo a bombar por: 2 sistemas de soro (2x0,75€) de uma farmâcia em Oeiras Duas garrafas de cola vazias um litro de ácido moriatico do AKI do Colombo por 0,75€ também uma caixa de 450g de Bicarbonato de sódio que eu já tinha por ca. Cola da Araldite que eu já tinha Fita de teflon que eu já tinha. Na garrafa do ácido risquei primeiro os 60% de água e depois 40% de HCL. Assim não há como enganar. Estou muito contente com a mistura. Liguei um velho dispersor da EHEIM. daqueles com pedra. Maravilha. Obrigado, Marc06
  9. Como sei que não vem misturadas com Cyclops ou outras tralhas piores? Se fosse possível queria tentar arranjar os bichos de uma fonte segura, se houver... Mas eventualmente acabarei por fazer isso mesmo. Já experimentaste?
  10. Dáfnias Encontrei Este Artigo: Utilização: As dáfnias são minúsculos crustáceos das espécies Daphnia pulex e D. magna sp. são provavelmente a comida ideal para pequenos peixes de água doce -- as dáfnias não morrem no aquário e irão comer lixo microscópico enquanto estiverem vivas. Aparecem em diversos tamanhos -- desde as dificilmente visíveis até às superiores a 3 mm. É uma fonte típica de comida de muitos peixes na natureza. Criação: As dáfnias podem ser criadas nos mais variados recipientes, desde pequenos aquários redondos até baldes do lixo de 100 litros. As criações dentro de casa podem ser alimentadas com restos de algas e sujidade aspirada do fundo do aquário, assim como levedura desativada, leite em pó, etc. O melhor alimento é a água verde.A água verde pode ser obtida usando fertilizante em água sem cloro. A água cheia de nutrientes é deixada exposta ao sol e dentro de semanas ficará verde graças aos esporos de algas transportados pelo ar. Aquários de alevins podem ser semeados com dáfnias. As dáfnias comem as bactérias que podem ser perigosas para os peixes e geralmente purificam a água. Os alevins comê-las-ão quando crescerem. Alevins recém-nascidos podem igualmente ser adicionados diretamente a culturas de dáfnias (2 alevins por litro) e irão alimentar-se a seu gosto. Porém, alevins mantidos em aquários à sua medida e alimentados intensivamente irão crescer mais depressa. Para apanhar as dáfnias pode usar-se uma rede fina. Fontes: Uma cultura pura de dáfnias pode ser obtida de um clube de aquariofilia ou por correio. As dáfnias podem também ser apanhadas em lagos com uma rede para plancton. Uma rede mais barata pode ser construída pelo próprio aquariofilista em "faça você mesmo". Cosa uma rede cônica de malha fina, com um material do estilo tecido de cortinado e prenda-a a um pedaço de arame dobrado em círculo. Coloque pesos num lado da moldura de arame e pendure-a num suporte através de 3 correias. A rede pode ser lentamente arrastada atrás de um barco num lago onde se saiba que existem dáfnias. A moldura de arame manterá a boca aberta e os pesos irão agir como a cauda de um papagaio impedindo a rede de rodar enquanto é arrastada. Esta técnica pode ser notavelmente proveitosa mas o aquariofilista deve tomar cuidado com os parasitas como a Hydra e diversos insetos carnívoros. Pergunta: Onde arranjo Dáfnias aqui? Alguém tem?
  11. Gosto muito das proporções deste Aquário. Ele parece realmente mais fundos. E peixes pequenos ficam lá muito bem. Abraço, Marc06
  12. Muito Obrigado, Luís. Grande Ajuda. Eu já teria comecado a preparar tudo se na Farmâcia não me tivessem dito que não vendem sistemas para Soro. (Eles tentaram porêm vender-me soro fisiológico). Hoje vou experimentar numa outra. Presumo que não tenha de fazer novas garrafas cada vez que renovo a mistura. As mesmas garrafas duram aproximadamente quantas misturas sem derreter? Abraço, e mais uma vez Obrigado.
  13. Vou tentar montar um sistema desses. Estou grato por esta ajuda. o tópico esta bastante bom. Estou consciente dos perigos. Mas sobram algumas dúvidas: Vou preparar as garrafas. Como tenho araldite, melhor um pouco. Na garrafa com duas saidas ponho o Bicarbonato, os berlindes e um pouco de água e na outra garrafa (A que tem só uma saida) ponho 60% de água e 40% de ácido Muriatico a 30% de modo que a garrafa fique a 6 cm de estar cheia. Fecho as garrafas e depois? Não dizes. Por uma resposta presumo que eu tenho de dar início a reacção. teria de apertar a garrafa do ácido para uma gota pingar sobre o bicarbonato, não? Ou não faço nada. Antes disso abano a garrafa da reacção? Disseste que os berlindes eram para ajudar a misturar, mas não explicaste quando e como se deve agitar a garrafa da reacção. Depois do sistema iniciar o funcionamento eu vou precisar de voltar a mexer? De vez em quando tenho de misturar o reagente? Outra: A solução morre! Não deita mais CO2. Faço toda a mistura novamente ou junto só mais Bicarbonato a garrafa das Reacções. Poderei usar as mesmas garrafas várias vezes? Quanto tempo pode durar a mistura que descreveste? A Por Fim: Presumo que o ácido esteja também a venda em farmácias?! Deste o preço do Bicarbonato e do sistema de soro, mas não mencionaste nenhum detalhe da aquisição do Ácido. Tiveste de ir ao mercado Negro? Quando compras 5Litros de ácido Cloridrico eles ofrecem uma amostra de Plutónio? Abraço, Marc06
  14. Posso confirmar que o Homem fez a calha toda sosinho. Demorou mais ou menos meio ano, mas montou tudo com um infinita paciência, sosinho. Ainda ontem, Ana, falamos sobre T5 vs. T8 neste candeeiro e acho que ele tomou uma boa decisão considerando a relação Qualidade/Preço para as suas necessidades. Tenho estado a insistir com ele para colocar aqui este tópico. Agora ando a insistir que ele ponha aqui o Esquema eléctrico, a lista de materiais com preços e mais algumas fotos. Insistam comigo: Queremos mais! (Grande Zé!)
  15. Fico admirado ao saber que ela se dá aqui nestes climas. Onde soubeste disso?
  16. Muito Obrigado pelas Respostas. Tenho fertilizado com Nitrato e Potassio (Pois como o André disse esse é um problema meu - Tenho pouco Peixe) E Tenho usado o Seachem Florish em tabs e o Trace líquido para Micro-Elementos e aquela dose de Ferro. Ontem medi pela primeiravez o Ferro e deu Zero. Medi Potassio e tá porreiro e os Nitratos estão baixos, mas existentes. Montei o Tanque há duas semanas. Se calhar ainda se estão a Habituar. Estou a tentar manter o aquário com apenas 1-2kH e um PH que ronda os 6.4. A uma Temperatura de 24-25ºC (Nos últimos dois dias desceu para os 23º. Mas já tenho o termostato regulado para 30º - é o frio que se faz sentir...) Estava com medo que a Blyxa era de águas duras. Vou ver se meto mais ferro. Obrigado pela Ajuda! Marc06
  17. Oi Gente, Venho pedir Informação. Como não se trata de uma planta muito conhecida gostava de saber se alguém sabe algo sobre ela. Temperatura, Kh, Ph, exigências de luz e qualquer outra particularidade. Tenho umas que se estão a dar mal num aquário em que Eusteralis stellata, Glosso e Hemianthus callitrichoides se dão lindamente. As folhas novas nascem de rosa pálido muito pequenas e não crescem. ficam com furos e acabam por se soltar. Mas estão a lançar uma haste que parece ser floral. Também daquele branco pálido. Abraço, Marc06
  18. Marc

    NPK 5 1 20

    Obrigado! Fico atento a resposta do oinq.
  19. Marc

    NPK 5 1 20

    Viva! Se me permitem tenho uma pergunta que gostava de juntar a este tópico. Ivanpantz disse que Potássio (K) não dá para medir. E que se deve juntar quando se fertiliza com Nitratos (N) e Fosfatos (P) na proporção que ronda as 20 partes de Potássio (K) por Uma parte de Fosfato (P) e Por Cinco partes de Nitrato (N). (N é Azoto mas junta-se ao Aquário sob a forma de NO3 - Nitrato) Ivanpantz disse Igualmente que Potássio (K) vém na água canalizada enquanto Nitratos (N) e Fosfatos (P) estão disponíveis na Comida dos Peixes. Não sei Em que percentágem o Potássio (K) pode existir na água da Torneira e gostava se saber. Porque sei medir os Nitratos (N) e os Fosfatos (P) que eu junto com a comida, e no meu caso é um valor desprezível pois tenho poucos peixes. Mas tanto quanto eu sei a água da Torneira onde moro pode trazer mais de 100ppm de Potássio (K). Alguém sabe em que concentração pode o Potássio (K) aparecer na água da Torneira? O Excesso de Potássio (K) parece que não influencia a flora e a fauna, mas eu ouvi dizer que mexe no pH e no CO2, mas não tenho a certeza. Essa é a minha principal dúvida: Se o Potássio (K) influencia o cicolo do carbono na água. (kH, pH e CO2) (Ivanpantz - Lembra-me novamente como de deve escrever pH. Lembro-me que havia qualquer coisa com Maiúsculas e minúsculas. É PH, Ph ou pH...). Agradecido, Marc06
  20. Viva André. Queria muito que algo assim me acontecesse. Sou grande fã de RAMs. Tens um aquário bem simpático, mas tenho uma série de perguntas. Dizem que os RAM preferem criar em penumbra. Tu baixaste a luz do Aquário ou notas que eles escolhem sítios na sombra? No Aquário não tens nenhum outro peixe? Nem Otos nem camarões nem nada? Como tens o PH? Juntas CO2? Como está o KH? Usaste turfa para baixar o GH? Como funciona isso, sabes? A Nível quimico quero dizer. A Turfa não te mancha a água? Vais separar parte dos alvins para os criar numa maternidade com água de osmose ou deixas tudo junto. Alimentas os Alvins com que? De resto desejo-te Boa sorte. Há muito poucos tópicos sobre criação de Ramirezi até ao estado juvenil. Abraço, Marc06
  21. É Lixado manter a areia branca limpa, não é? Abraço, Marc06
  22. Grande Pedro, sim senhor. Se não tivesse tido a sorte de poder ver isso ao vivo eu não acreditaria: Estrutura pela janela, um batalhão de Homens a carregar o Vidro, e nem falas das obras com contraplacados. Isto sim é um Amante do Hobbie de fazer inveja a todos. Sabes que tenho pensado numa iniciação na água salgada... Mas vendo o trabalhão que estas a ter: nem pensar. Quando quero água salgada vou aí! Abraço, e um bom ano novo Marc05
  23. Tenho um aquário densamente plantado e como peixes de fundo uso Corydoras Pygmeus porque são muito pequenas e ficam muito bem no fundo da zona com plantas mais altas. Abraço, Marc05