Sem querer entrar no seu campo (mas, como dizia o outro, já entrando...), s'tôr...
No mundo vegetal a hibridação é um vê-se-te-avias. As orquídeas ornamentais são quase todas elas híbridos, e não apenas interespecíficos - há-os às pazadas intergenéricos, bi-, tri-, etc., até hexa-genéricos (procura por "Brilliandeara"). No mundo animal é menos frequente, de facto, mas tenho grandes dúvidas de que muitos dos peixes que são criados em quantidade para o comércio sejam apenas apuramentos com base numa única espécie - falo de vivíparos, de barbos e de bettas, por exemplo. E depois temos os cruzamentos entre tigres e leões, que já vão em segundas gerações. E os relatos de mulas que emprenham, raros mas acontecem.
Repito, a natureza está-se pouco ralando para a forma como nós tentamos dar-lhe ordem. Uma família, um género, uma espécie, são criações mais ou menos (menos, actualmente, com recurso às análises de ADN e a definições mais exactas e baseadas na história evolutiva dos organismos destes conceitos) artificiosas que não se traduzem necessariamente em regras.
Cumps,
Z