Processo físico apenas, não há lugar à formação de novas substâncias, só ocorre separação de iões, logo não se poderá chamar uma reacção química...
Desculpa mas não te esqueças que estamos a falar de equilíbrio químico... o CO2 dissolvido (fisicamente com auxílio do difusor, se lá estiver) vai reagir quimicamente com as moléculas de água, de acordo com a reacção que escreves... (isto aqui é complicado de escrever como deve ser!)
Admito que quisesses escrever:
CO2 (g) + H2O (aq) = H2CO3 (aq) = H+ + HCO3-
(em que o "ou" passou a "=" mas que é um sinal de equilíbrio químico, ou seja o pH depende da presença de CO2 e vice versa... tudo relacionado com a constante de equilíbrio à temperatura de trabalho (com pequenas variações adicionais por efeito da presença de hidrogenocarbonato que possa estar (está) presente vindo de outras fontes)
O pH depende do H2CO3 que depende do CO2 injectado, através da tal constante de equilíbrio - logo vice-versa -, sendo que o CO2 injectado depende do limite de solubilidade... "No entanto, na prática como estamos a injectar CO2, vamos afirmar que o CO2 depende do ácido carbónico que lá está por causa do CO2 que injectámos??? Quimicamente podemos dizer tudo isso, já que todos dependem de todos, estão em equilíbrio... mas o que eu controlo é o CO2...
Eu posso perceber pouco de química, mas ainda sei o que é auto-ionização da água... não me parece argumento que sustente o que afirmaste quanto à fertilização com ácido carbónico...
A presença de ácido carbónico não é irrelevante, foi induzida por nós quando dissolvemos CO2 que depois reagiu (apenas uma pequena parte) com a água para o formar... e tanto se forma com difusor de cerâmica como com outro... até naturalmente, claro! O que me pareceu que tu afirmavas no início era que em determinado tipo de difusores se injectava CO2, noutros H2CO3... mas até te digo, como se trata de um equilíbrio, mesmo que se injectasse H2CO3, o CO2 logo haveria de aparecer...
Mais uma vez, o facto de não se conseguir pH inferior a 6.2 está relacionado com a constante de acidez... é que o ácido é muito fraco, logo a dissociação com consequente "libertação" de H+ (no fundo o que passamos a ter é H3O+) é muito pequena. Por exemplo com ácido acético já conseguimos pH mais baixos, pois a dissociação é maior...
Percebes mais de aquariofilia a dormir do que eu acordado (estou a dizer isto sem ironia, baseando-me no que tenho lido nos teus posts).
Por isso acho que devias rever estas afirmações, pois elas podem induzir em erro... O carbono (vou admitir que querias dizer CO2) que se entrega às plantas é o que está dissolvido, no estado gasoso... CO2 líquido, só mesmo dentro da garrafa... H2CO3 não me parece que elas recebam... embora seja inevitável a sua presença... devido ao famoso equilíbrio
Gostava que me indicasses um artigo credível (e discussão fundamentada) do ponto de vista científico sobre isto (não vou negar que pode ser possível).
Tenho é sérias dúvidas que cheguem às plantas de todo o aquário essas bolhas de CO2 não dissolvidas. Por outro lado, à medida que essas microbolhas passeiam pela água, vão acabar por se dissolver completamente, que é isso que promove um difusor bom. Caso vão logo para o cimo do aquário, não servem de muito... já agora, o facto do CO2 dissolvido não se ver (as bolhas), não quer dizer que ele não esteja na água... pergunta lá aos peixes se conseguem ver o O2 que respiram...
Neste ponto estamos de acordo... embora eu não soubesse se ocorria colmatação dos poros, colocava essa hipótese. De resto, tanto me faz o método de dissolução, desde que seja eficaz.
Quanto à limpeza, também já vi outros a falar em lixívia. Se a colmatação for por carbonatos é capaz de não ser a melhor forma, mas pode não ser... e mesmo que seja, não posso afirmar isto com um grau de certeza elevado.
Cumps