7ubal

Membro
  • #Conteúdo

    67
  • Registado Em

  • Última Visita

  • Country

    Portugal

Tudo publicado por 7ubal

  1. Primeira postura de cacatuoides, em comunitário, e com sucesso!

  2. Sim, pela experiência que tenho tido com eles é isso que verifico. Eu tive os primeiros há cerca de um ano atrás e desde então nunca vi conchas vazias. E desde que acabaram as presas nunca mais vi nascerem novos. Na ausência dos caracóis que lhes servem de alimento eles também não se atacam uns aos outros. Também é mito que eles ataquem outros caracóis, pelo menos no que diz respeito às neritinas. Mantenho os meus com caracóis clithon corona (bem mais pequenos que as neritina zebra) e nunca assisti a nenhuma perseguição. Não ponho as mãos no fogo por outras espécies que nunca tive, mas para mim esta coabitação com neritinas é totalmente pacífica.
  3. Boas! Comigo também aconteceu o mesmo: os Anentome helena reproduziram-se bastante e já há uns meses que não tenho "caracóis-praga". Um facto curioso que reparei é que, na ausência de presas, os helena colocaram um travão na sua reprodução e estabilizaram a população, com os juvenis a crescerem mas sem aparecerem mais helena bebés. O que eu reparo é que, se os conseguirem apanhar a jeito, eles também vão ao granulado dos peixes. No então, o que lhes desperta mesmo a atenção é quando alimento os peixes com comida congelada (desde artémia a larvas de mosquito vermelho), mais rica em proteína. Eles até parece que sentem o cheiro! Eu coloco a comida congelada dentro de um cone de alimentação que apanha com o caudal do filtro e assim é distribuída lentamente por todo aquário e o que vejo são os helena a desenterrarem-se e começarem a subir o vidro em direcção ao cone. Suponho que, desde que haja mais fauna no aquário, os helena alimentam-se dos restos de comida e não irão morrer à fome. No entanto, claramente um tipo de alimento com maior proteína animal (seja comida congelada ou granulado para peixes carnívoros) será a melhor alternativa para eles. O único "senão" penso que seja a possibilidade de se habituarem demasiado a esta alimentação alternativa, ou seja, se os mudares para outro aquário para tratar de uma praga de caracóis e existir muita comida para os peixes em excesso, eles podem preferir este alimento em vez dos caracóis.
  4. Podes estar descansado. Se alguma fibra for demasiado rija e ficar espetada podes sempre cortar ou arrancar. De resto, só mesmo se os peixes andarem demasiado agitados ou em escaramuças e forem contra as coisas, mas aí as fibras do coco são tão perigosas como algumas plantas, pedras, equipamento e elementos decorativos.
  5. Boas, Eu tenho uma metade de coco no meu aquário sem lixar as fibras exteriores. Elas acabam por dar um ar mais natural e são uma boa ajuda para que o musgo tenha como se fixar em boas condições. E não vão vazar a vista de nenhum peixe ou rasgar as barbatanas, se é esse o teu receio.
  6. Boas, Existem mais plantas de baixa manutenção do que talvez possas pensar, é apenas preciso pesquisar um pouco. Assim de repente surgem à cabeça os musgos anubias e fetos. Todas elas agradecem o CO2 mas conseguem evoluir bem sem terem de receber injecção de CO2. E o que é válido para o CO2 é válido também para a luz e fertilização. Depende mais do teu gosto e da forma como estás a planear o layout. Podes começar por fazer pesquisa nos parâmetros pretendidos (neste caso, baixo CO2) em alguns sites como este: http://www.aquascapingworld.com/plantpedia/
  7. Boas, O alimento que estás a dar é próprio também para os neons, que comem facilmente alimentos completos em floco ou granulados. Se eles não estão a comer agora deve ser por ainda estarem um pouco stressados da mudança ou não estarem habituados aos companheiros de aquário. No entanto, se quiseres variar um pouco a alimentação, existem alguns granulados para peixes de pequena dimensão como o Micro Pellets da Hikari, o Supervit Mini Granulat da Tropical, NovoGranoMix Mini da JBL, entre muitos outros (eu prefiro sempre dar alimento sob a forma de granulado em vez de flocos). Podes também intercalar com algum alimento próprio para acentuar as cores, como o NovoGranoColor Mini da JBL, por exemplo. De certeza que vais encontrar uma grande escolha quando fores à loja e todos estes alimentos servem para qualquer das espécies que tens. Atenção é com esse nível de amónia, sobretudo depois de teres introduzido mais peixes. Aconcelho a fazeres uma TPA com alguma urgência.
  8. O que tens aí (presumo que sejam duas fotos do mesmo peixe) é sem dúvida um macho Apistogramma cacatuoides. A variante julgo que seja "double red". Facilmente se distinguem os machos das fémeas. Apesar de terem a mesma fisionomia, a fémea é muito mais pequena, tem as barbatanas menos exuberantes e se estiver em época de reprodução atinge um amarelo muito intenso, mas pelas diferenças de tamanho percebe-se logo se é macho ou fémea. Quanto a tê-los num comunitário, depende sempre do tamanho do aquário e da companhia, como já foi dito. Como também já foi dito eles são muito territoriais, e por territoriais entenda-se que fazem questão de serem eles a mandar no aquário, sobretudo se não houver companheiros de aquário muito maiores que eles. Se a companhia forem peixes de cardume pacíficos (tetras, corydoras, etc.) e tiverem espaço suficiente, poderão conviver pacificamente. É claro que o típico "chega para lá" é o pão nosso de cada dia, sobretudo se estiverem em altura de reprodução ou se os vizinhos se aventurarem demasiado perto da toca deles. Não há propriamente agressões, são mais pequenas perseguições para mostrar quem manda ali. Em meu entender são uma boa espécie para serem os peixes principais de um aquário, e completar a fauna em função deles, e não o contrário. Têm um comportamento espetacular de se ver, são muito curiosos e não têm medo nenhum. Tenho um casal com um cardume de tetra fantasma negro, 4 otocinclus e vários camarões red cherry (os cacatuoides não são os aterradores devoradores de marisco que às vezes se fala), num comunitário com 128l. Todos já sabem o seu lugar na hierarquia do aquário (com os cacatuoides à cabeça) e convivem bem. É claro que se algum tetra ou camarão mais distraído resolve passar de forma descarada em frente à toca onde está a fémea é prontamente corrido dali para fora, mas ninguém se anda a matar ali dentro nem ninguém anda demasiado stressado basta ver pelos camarões: tornaram-se uma praga, depois de introduzir os cacatuoides continuam uma praga, e apresentam uma cor bem viva e andam tudo menos escondidos. É uma espécie que vale bem a pena mas equaciona bem o espaço e a fauna que já tens.
  9. Boas, Sei bem a chatice que isso é e como fica feia a areia branca quando se começam a acumular detritos. A minha solução passava em meter as mãos de molho e aspirar com recurso a um tubo de ar junto à areia quando era altura de TPA. Na outra ponta ficava um balde e por acção da gravidade fazia a TPA e limpava a areia ao mesmo tempo. Com a paciência necessária encontrarás a distância certa (poucos milímetros) onde deves encostar o tubo de forma a aspirar resíduos mas não os grãos de areia, que apesar de pequenos são mais pesados. É inevitável que alguma areia vá parar ao balde mas é a única forma porque as redes/malhas de tecido ou são demasiado largas e passam detritos e areia ou são demasiado apertadas e não passa nem uma coisa nem outra. Ultimamente não tenho tido necessidade de fazer nada disto uma vez que o caudal mais forte do filtro novo acaba por produzir uma ligeira "brisa submarina" sobre a areia de sílica, forte o suficiente para empurrar detritos para cantos menos estéticos que a praia de areia, mas fraco o suficiente de forma a não criar covas ou levantar a areia. Outra coisa que tenho a ajudar é um exército de camarões que estão sempre a vasculhar o aquário à procura de detritos, incluindo a zona de areia. Penso que algumas espécies como as corydoras e outros peixes de fundo também ajudam a limpar, não que comam propriamente detritos, mas sempre revolvem a areia, levantando a sujidade que dessa forma pode vir a ser parcialmente sugada pelo filtro (ou ir assentar noutro sítio qualquer). Outra solução chata é aspirares com o tubo a camada superficial (suja) da areia, passá-la várias vezes por água como quando a lavamos antes de montar o aquário (eu uso uma peça de tecido velha para que a areia não vá pelo cano abaixo) e depois introduzir de volta com recurso a um funil com um tubinho na ponta. Digo que é chato porque é tanto para nós que temos mais trabalho como para os peixes que não devem estar habituados a ver neve...
  10. Atenção que é normal as plantas precisarem de uma "adaptação" sempre que são mudadas para um aquário novo. Normalmente isso acontece ao sacrificarem as folhas velhas (esse tal "apodrecimento", que pode ser confundido com a falta de nutrientes), mas pouco tempo depois nascem folhas novas e perfeitamente adaptadas. Já tive uma echinodorus martii que ao ser mudada ficou quase só com as raízes, morrendo todas as folhas velhas até nascerem as novas e agora, com 2 anos, estando à um ano neste novo aquário, está esplendorosa com folhas perfeitas e cerca de 30 cm cada. Cada planta pode reagir de maneira diferente mas este é um fenómeno bastante comum, sendo mesmo aconselhável cortar todas as folhas que aparentem estar em mau estado.
  11. Boas, Respondendo directamente à tua pergunta: não, esses caracóis não vão fazer mal nenhum ao teu aquário, à sua fauna ou flora. É normal eles virem de boleia com as plantas compradas nas lojas e depois multiplicam-se facilmente. Eles até são benéficos para o ecossistema do aquário pois são essencialmente detritívoros, alimentando-se de restos de comida, animais ou plantas mortas, contribuindo assim para a limpeza do aquário, facto pelo que se considera que eles são sempre úteis a qualquer aquário. O único inconveniente é mesmo por tornarem o aquário inestético dada a sua fácil proliferação. É possível controlar a população manualmente (apanhando os mais distraídos do vidro) ou com fauna que se possa alimentar deles (como os bótia ou os anentome helena). Eu acabei por introduzir no meu aquário anentome helenas para eliminar esses caracóis, mas apenas porque tenho bastantes camarões que limpam tudo o que sejam detritos. Agora a decisão vai depender essencialmente dos teus planos para o aquário, pois apesar de serem uma equipa de limpeza gratuita, uma sobrepopulação destes chamados "caracóis praga" pode dar um bocado mau aspecto ao aquário, o que obviamente também depende do gosto de cada pessoa.
  12. Boas, Acho que só falta uma coisinha aí nesse "estojo de primeiros socorros": testes. Nem que seja só o de amónia, e de preferência um teste específico e de qualidade, que sempre são mais fiáveis do que aqueles "tudo em um". Antes de avançar para os tratamentos, mesmo os preventivos, é bom tentar perceber o que está a causar o problema, e que frequentemente são desiquilibros na química da água que aumentam a sua toxicidade. Pode até ser relativamente fácil diagnosticar algumas doenças pelo aspecto ou comportamento do peixe, mas é importante tentar saber se se trata de um caso isolado ou se o problema pode já estar generalizado no aquário e que mais cedo ou mais tarde poderá alastrar pelos outros peixes se nenhuma acção for tomada.
  13. 7ubal

    Plantas Pretas

    Indo por partes: Fertilização: - Não estou familirializado com os produtos da JBL, mas fazendo uma breve leitura na descrição do site deles verifiquei que em ambos é dito que não contêm nitratos e fosfatos, nutriente este cuja carência é apontada como a principal causa das algas green spot. Fosfatos são uma faca de dois gumes: a mais causam algas de outros tipos, a menos podem originar green spot. Isto torna-o na minha opinião o nosso suspeito n.º 1. Iluminação: - Perguntei para o caso de ser excessiva ou as lâmpadas já terem ultrapassado a sua vida útil, o que pode causar também algas. Apesar de não teres plantas exigentes para essa luz toda (que seria boa para um plantado mais exigente), por estar só 7 horas ligada faz com que eu pense que, pelo menos directamente, não deverá ser daqui. Quanto mais a boa iluminação aumentará a fome das plantas por nutrientes, o que pode levar a carências ou desiquilíbrios como poderá estar a acontecer com os fosfatos. Ainda assim, é uma quantidade de iluminação significativa, o que as algas agradecem. Suspeito n.º 2, apesar de, em meu entender, ter menos culpas no cartório. CO2: - A sua adição é um dos melhores travões para as algas, seja na forma gasosa ou em soluções líquidas como o Flourish Excel ou produtos similares. A sua carência não provoca, por si só, algas. Pode ser parte da solução, mas não será a causa directamente. Suspeito n.º 3, não que o aquário exija CO2, mas porque a sua adição só faria bem para combater as algas Substrato: - Bom substrato fértil mas que, tal como os fertilizantes, não contém fosfatos nem nitritos. Acreditando na hipótese da carência de fosfatos como causadora de green spot, o substrato também contribui para isso. Torna-se também um suspeito, ligado juntamente com a fertilização. Tempo de montagem: - Perguntei apenas isto porque em aquário recentemente montados existem frequentemente nutrientes em excesso, mas com 2 anos de montagem, claramente não é o caso. Fauna - A fauna não seria a causadora mas podia ser parte da solução. A única vez que tive green spot (e foi num início de montagem), bastou-me a equipa de limpeza e não precisei de fazer qualquer outro tipo de alteração na fertilização (nem fertilizava na altura). Muitas vezes acusam os ottos de serem preguiçosos (sobretudo com algas mais chatas como as green spot) mas os meus fizeram um trabalho impecável. Eles e os caracóis clithon corona, que até considero mais eficazes que os ottos pois limpam mais a fundo, têm-me deixado os vidros e superfícies impecáveis deste e de outros tipos de algas. Poderá ser de considerar adicionar dois ou três caracóis da família das neritinas para ajudar (eu gosto dos clithon corona porque não espalham ovos por tudo o que é sítio como os seus primos). Flora: - Não se tratam de culpados mas ajudam a compreender o que se estará a passar. São ambas plantas pouco exigentes mas as valisnérias são de crescimento rápido, o que implica uma maior assimilação de nutrientes, o que pode provocar desiquilibrios. Ao fertilizar-mos estamos a alimentar de nutrientes em falta mas também a sobrecarregar de nutrientes que não são absorvidos. Por um lado podem não ser suficientes para absorver um excesso de nitratos (que é causador de algas), mas por outro também podem ser o que basta para reduzir os fosfatos drasticamente, abrindo caminho às green spot. A única coisa que eu mexia seria adicionar plantas de superfície se verificares um excesso de nitratos. Filtro: - O que queria saber era se tinhas filtragem biológica que absorvesse nutrientes, como carvão, zeolite, etc., o que poderia provocar um desiquilíbrio, e se produz ou não uma boa circulação da água por todo o aquário. Mas ainda mais com UV, a culpa não seria provavelmente daqui. Resumindo, na minha modesta opinião, e estejam à vontade para me corrigir, haverá aí uma combinação de baixos fosfatos com boa iluminação (deixo em aberto a questão do excesso de nitratos, pois entre o que é produzido e o que é absorvido, só um teste poderá tirar as teimas). Solução activa: - introduzir fosfatos na rotina de fertilização através de algumas receitas de soluções NPK que se encontram aqui no forum (se houver paciência para aulas de química) e introduzir também CO2. Solução passiva (que eu dou preferência): - melhorar a equipa de limpeza (caracóis neritinas seria bom), colocar também CO2 (eu recomendava Flourish Excel em vez de avançar já para sistemas pressurizados ou caseiros) e introduzir algumas plantas de superfície em caso de excesso de nitratos. P.S.:Pela imagem que colocaste, eu digo-te que os meus caracóis e ottos faziam uma festa! As plantas novas ao fundo parecem ter um crescimento bom e saudável. Acho que não valeria a pena inventar muito nem alterar as rotinas de fertilização,mas simplesmente apenas adicionar armas contra as algas (comedores e CO2).
  14. 7ubal

    Plantas Pretas

    Desiquilíbrio de nutrientes certamente ou iluminação inadequada. As valisnérias possivelmente têm uma camada de algas a formar-se na superfície das folhas, escurecendo-a; não penso que seja mesmo a planta a ficar preta. Tens que dar mais detalhes do teu aquário: - fertilização (sim/não, qual e quanto); - iluminação (quantos W e quantas horas diárias); - CO2 (sim/não); - substrato (fértil/inerte); - tempo de montagem; - fauna (se há equipa de limpeza ou não e qual); - restantes plantas (se são espécies de crescimente rápido ou não); - e talvez mais qualquer coisa que eu me possa estar a esquecer. A partir desses dados é que se vão eliminando hipóteses até se encontrar a causa e a solução para o problema.
  15. Com riscas brancas e preta é provável que seja mais um loricarídeo do que propriamente um ottocinclus, CAE ou SAE. Podes encontrar aqui a lista das fichas de L's presentes no forum e vê se algum corresponde com o que viste: http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showtopic=9749 No entanto, se estiveres a pensar comprar no Bricomarche, certifica-te que o peixe está mesmo saudável. No Bricomarche perto de mim (Setúbal), os peixes não costumam estar grande coisa e sobretudo depois de eu ter visto lá à venda peixes tingidos, jurei que haveria de comprar nenhum vivo lá. Também existem muitos lojistas irresponsáveis mas pelo menos em 90% dos casos encontras peixes com melhores cuidados em lojas do que em grandes superfícies ou pelo menos com melhores práticas no que diz respeito aos direitos dos animais.
  16. Infelizmente os termos não tem uma duração quase vitalícia como os melhores filtros. É frequente que eles com o tempo fiquem com a medição da temperatura desajustada, o que pode ser perigoso pois estamos a colocar a fauna em risco sem darmos conta. Tenta colocá-lo num recipiente mais pequeno para ver se ele consegue corrigir a temperatura para aquela que marcaste e verifica se está correcto com um termómetro de mercúrio ou electrónico. Porque senão, é mesmo sinal que está na altura de trocar por um novo...
  17. Boas! Faltou dizer qual a litragem... Regra geral considera-se 1W = 1l como aconcelhável. Ou seja, um termostato de 50W será o ideal para um aquário de 50l, mais coisa menos coisa. Normalmente as marcas até costumam dar uma margem superior (como acontece com a capacidade dos filtros, por exemplo) mas se for a mais não há problema, se for a menos é que é pior. Não quer dizer que um termo de 25W não seja capaz de manter a temperatura de um aquário de 50l a 25ºC, mas estará sempre em esforço e a trabalhar durante mais tempo. Um termo com uma resistência mais potente consegue atingir a temperatura desejada em muito menos tempo. Em termos de factura da luz acaba por ser ela por ela, pois um termo que consome pouco mas está ligado por muito tempo acaba por consumir o mesmo que um termo que consome muito mas liga poucas vezes. A vantagem de um termo com uma maior potência é que as oscilações de temperatura são rapidamente corrigidas, enquanto que para um mais fraco isso pode ser mais demorado e a fauna poderá ressentir-se. No meu aquário de 128l brutos/100l utéis tenho um termo de 150W, que liga por poucos períodos de tempo e a temperatura nunca tem grandes oscilações. Mas já tive um nano de 18l com um termo de 25W que no Inverno não dava conta do recado, até que tive que o trocar por um de 75W e deixei de ter problemas. Isto para concluir que "a mais nunca é demais", além de que depois se quiseres investir num aquário de maior litragem, é menos uma despesa que terás de fazer. Os preços actualmente variam muito pouco conforme a potência, portanto um mais potente pode ser considerado um bom investimento. Se escolheres um maior certifica-te apenas da sua dimensão, porque se for muito comprido pode ter que ser posto um pouco de lado e estragar o visual do aquário. Esteticamente prefiro assim, mas manter o aquário aberto causa naturalmente uma superfície livre e propícia à fuga de calor. Tenho mantido o meu destapado durante o Verão por causa das altas temperaturas mas se tivermos um Inverno rigoroso irei voltar a meter as tampas para poupar também um pouco o termostato, isto também porque a divisão onde o meu aquário está costuma aquecer muito no Verão e arrefecer muito no Inverno. Faltou apenas dizer que para aquários grandes (mais de 1m) até é aconselhável colocar dois termos (um em cada ponta), de forma a que a temperatura esteja constante em todo o aquário.
  18. Se um deles tem a barriga rosada então isso é um claro indicador de que se trata de uma fémea. Esquece então a hipótese que eu levantei, pois o que terás aí em princípio serão "arrufos de namorados", e que por vezes podem parecer mesmo muito agressivos em diversas espécies de peixes. O macho pode estar demasiado agressivo por não ver uma fémea há muito tempo e estar com os instintos ao máximo (para não dizer de outra maneira) enquanto ela não está para aí virada, ou mesmo ele (ou ela) ainda serem jovens e inexperientes e então a coisa estar a ser mais agressiva que o normal . Também pode acontecer o mesmo que acontece às pessoas: nos casamentos arranjados os casais muitas vezes não se entendem e tornam-se incompatíveis. Eu diria que eles ainda se estão a conhecer, ou melhor, ele está a dar-se a conhecer a ela. Deixa passar mais uns dias para ver se eles se entendem e formam um casal. Acho que, só se vires que ela não tem descanso e está constantemente stressada ou apresenta as barbatanas muito ratadas ou mesmo feridas, é que deves desistir e separá-los mesmo.
  19. O mais provável é que sejam dois machos e que o antigo esteja a reagir à invasão de um território que julgava ser exclusivamente seu. Se o aquário tiver espaço suficiente ou zonas definidas por troncos ou plantas que permitam a divisão de territórios eles poderão eventualmente coexistir desde que não se encontrem muitas vezes, coisa que costuma funcionar com os reis do mau feitio que são os betta. Mas se o novo (acreditando que se trata também de um macho) não se souber impôr poderá passar realmente um mau bocado (stress, barbatanas mordidas ou mesmo pior). E ainda assim, mesmo que se acalmem depois deste choque inicial, é provável que os despiques nunca deixem de acontecer. Como em outras espécies territoriais, um macho que fica muito tempo sozinho (uma semana não é muito tempo mas é o suficiente para se julgar o patrão da casa se não tiver concorrência) tem por hábito tornar-se mais agressivo que o normal se encontrar algum rival. De resto são como cães e gatos (a maioria, pelo menos): se fossem criados juntos desde pequenos até se poderiam vir a dar bem. Agora também não é totalmente descabido que não se trate de uma fémea, se isso for mais do tipo de "perseguição para acasalamento" e não propriamente "correr com o rival daqui para fora". Tenta certificar-te se são mesmo dois machos e talvez na loja onde o compraste te deixem trocar por uma fémea.
  20. Boas! Só para deixar o meu testemunho: tenho um aquário ocupado por 2/3 de substrato fértil coberto por akadama e 1/3 apenas por areia de sílica. Tenho tenellus distribuída pela zona da akadama e tem-se dado muito bem. Infelizmente é uma planta um pouco delicada e as suas raízes não são suficientemente grandes e fortes para se segurarem fundo o suficiente num substrato leve como a akadama e de vez em quando algum caracol neritina um bocado brutamontes acaba por levantar uns quantos pés da planta. Antes eu replantava os pés que se soltavam nesse mesmo substrato com akadama mas, há uns meses, resolvi experimentar replantá-los na zona de sílica, também com dívidas de que se a planta se iria dar bem ou não. Mas para minha surpresa os pés de tenellus estão a dar-se mesmo muito bem e a multiplicar-se a olhos vistos. E por baixo da sílica não tenho mais nada sem ser mesmo o vidro do aquário. O que acontece é que, uns centimetros abaixo da superfície, a areia de sílica esta está mais escura, sinal de detritos acumulados ao longo de um ano de uso e maturação do aquário, portanto este "adubo natural" está a tornar a minha sílica ligeiramente fértil e penso ser isso que esteja a motivar este crescimento tão bom, mais que a iluminação e CO2. Além disso, na sílica já não tenho pés a soltarem-se porque os grãos desta areia, apesar de muito mais finos que os grãos de akadama, são também mais pesados e compactos, de forma a agarrar a planta mas não ao ponto de estrangular as raízes, como eu tinha receio. Nunca experimentei colocar substrato fértil por baixo da sílica porque sempre tive medo que algum peixe ou caracol a escavasse (os anentome helena têm muito esse hábito) e libertasse os nutrientes para a coluna de água, mas posso afirmar que, pelo menos em aquários maturados, a tenellus é perfeitamente compatível se for plantada em areia de sílica.
  21. Boas, Essa é uma questão que já tem barbas. No meu entender, mais importante que a quantidade de CO2 injectado no aquário, interessa saber se a sua dissolução está a ser bem feita. Um difusor que introduza 10 bps de CO2 no aquário mas que resulte em bolhas demasiado grandes e que sobem imediatamente à superfície é menos eficaz que um que introduza apenas 1 bps mas que permita uma boa dissolução e manutenção do CO2 na água (sistemas venturi, atomizadores ou uma boa colocação do difusor de cerâmica que permita aproveitar a movimentação da saída do filtro para distribuir bem o CO2 antes deste chegar à superfície) até que este seja inevitavelmente perdido. Agora obviamente que a quantidade de CO2 aproveitado (e não simplesmente introduzido) tem que ser proporcional ao volume de água do aquário, assim como à quantidade e necessidade das plantas existentes. Se consideramos este facto para calcular as fertilizações, o mesmo tem que ser feito com o CO2. 1 bps bem (ou mal) dissolvida em 10l de água nunca atingirá uma concentração igual em 100l, logo, quanto maior o aquário, maior (ou mais eficaz) terá que ser a introdução de CO2.
  22. Sim, o encaixe dos filtros Liberty alarga ligeiramente de cima para baixo, o que permite encaixar em paredes mais finas (apenas vidro) como mais largas (já usei num aquário em que tirei a tampa mas mantive o rebordo de plástico sem qualquer tipo de problemas). Para o teu caso o Liberty 150 bastaria mas como a diferença de preço não é significativa, eu apostaria no 200: como é mais largo ganhas mais volume para matérias filtrantes, e se o caudal do filtro parecer exagerado e estiver a provocar demasiada agitação na água, podes sempre reduzi-lo através do regulador (aquela pequena torneira vermelha).
  23. Olá, No que diz respeito aos filtros, quanto maior a sua dimensão para as matérias filtrantes ou com mais caudal melhor, mesmo que a marca diga que o modelo X é o mais indicado para aquários de determinado tamanho. Tens muita oferta de filtros para essas dimensões mas, se tiveres possibilidade, tenta optar por um filtro externo ou de cascata em vez de um interior, pois não tira volume ao aquário e são de limpeza muito mais fácil. Caso o aquário te permita colocar um filtro de cascata tens o Eheim Liberty 150 ou mesmo o Liberty 200. Caso prefiras optar mesmo por um externo com tubagens, tens o Eheim Classic 2211. Isto só para dar opções dentro desta marca, que é a que eu tenho usado e é de facto possivelmente a mais fiável do mercado, mas isso já pode ser discutível. Quanto à compra em lojas online, de facto algumas diferenças de preços compensam em relação às lojas físicas mas tens sempre que contar com o valor dos portes e com o facto da entrega poder demorar um pouco. De lojas online tens também várias opções e podes encontrar algumas delas na secção dos patrocinadores. Eu tenho mandado vir sempre da Pet4you. A poupança em alguns produtos é realmente significativa e tudo tem chegado em condições. O único conveniente é que a entrega pode demorar mais do que o esperado caso não tenham o produto em stock. Mas tens outras lojas que julgo serem de confiança, como é o caso da Crystal Red, Aquaeden, Naturpets, ou water[r]evolution.
  24. Boas, Nada como um pouco de pesquisa. Aconcelho-te a começar pela leitura deste tópico, visto estares perante um claro caso de carência de nutrientes, pelo menos em relação à anúbia (eu iria para a falta de potássio, pela tua descrição): link Como síntese geral acerca das necessidades das plantas, podes começar por este tópico: link Assim que estiveres por dentro do tipo de carência específica que existe no teu aquário (no caso de ser só de um nutriente) é mais fácil começar a combater especificamente essa carência, em vez de optar por aplicar fertilizações mais generalizadas, como acontece nas pastilhas. Quanto à planta avermelhada, tenta descobrir qual é o seu nome (tenta na lista da Tropica, por exemplo: link), pois às vezes são vendidas algumas que não são próprias para aquários. Mas, regra geral, as plantas avermelhadas precisam essencialmente de duas coisas: luz (muita) e ferro. Não acredito que a fauna tenha alguma coisa a ver com isso. Algumas ampulárias podem atacar plantas mas quando falas em caracóis em folhas castanhas é porque eles se estão a alimentar de folhas já mortas, contribuindo para a limpeza do aquário. Outra nota: não especifícas se a montagem é recente mas, por vezes, em aquários novos, algumas plantas têm tendência a reagir mal. Precisam de adaptação, tal como os peixes, à nova composição química da água, temperatura, luz, etc., e podem optar por sacrificar as folhas antigas, mas acabam sempre por nascer outras novas e mais fortes. Como já aqui foi dito, mais ajuda só mesmo com mais detalhes ou mesmo fotos.
  25. Olá a todos, No cartaz do MOTELx esteve presente este filme japonês: "Coldfish" ("Tsumetai nettaigyo" no original). Trata-se de um thriller que tem como ponto central do argumento os problemas em manter o negócio numa loja de venda de peixes exóticos. Uma boa sugestão para quem gosta deste tipo de filmes, sangue e Aquariofilia. Fica aqui a crítica no site c7nema: link O trailer no Youtube: link E a página no IMDb: link