Boas,
Não me parece existir grande diferença, até porque, desde logo, é difícil determinar o que é "luxo", neste contexto. Se comer 300 gramas de carne por dia, quando podia/devia comer apenas 150, trata-se de um consumo luxuoso? E, aliás, eventualmente até poderia substituir esses 150 gramas/dia de bife por...soja, tofu ou qualquer outra merd@ que se come nos restaurantes vegetarianos. Com efeito, e objectivamente, o ser humano pode sobreviver sem consumir produtos animais. No limite, pois, qualquer consumo de carne é "luxuoso". Assim sendo, não vejo grande diferença entre comer "mais um" hamburguer e comprar uma pele de raposa.
Os vegetarianos e ecofundamentalistas, por seu turno, devem também estar conscientes que o consumo de matérias vegetais, nomeadamente para alimenção e biocombustíveis, está a causar danos gravíssimos nas florestas tropicais, nomeadamente na Amazónia, sudoeste asiático, etc., as quais vêm sendo sistematicamente destruídas para dar lugar a plantações de soja, palmeira, cereais, etc. Pensem nisso quando defenderem o uso de biocombustíveis ou comerem mais um bifinho de Seitan
Àqueles que pensam não terem peles em casa, pergunto-me se não usam sapatos de sola, cintos e carteiras?
Enfim, e entrando - só agora - no tópico, parece-me que um red sofrerá bem menos num aqua de ciclídeos africanos - até porque a permanência será reduzida - comparativamente às vacas e porcos criadas para consumo humano e que, como todos sabemos, vivem em condições abjectas até ao abate. As porcas de reprodução, até há bem pouco tempo, viviam toda a vida em jaulas que lhes permitiam apenas dar um passo para a frente ou para trás, chegando mesmo a automutilar-se em consequência! Creio que, recentemente, legislação comunitária e nacional veio alterar ligeiramente a coisa. Assim sendo, só reconheço "moral" para criticar o uso de reds e guppies como comida viva a quem jamais tenha consumido produtos de animais criados e abatidos em circuito comercial.