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  1. As minhas primeiras vieram directamente da Ásia. [Fevereiro 2014]

    Demoraram mais de 1 mês a chegar (mas vinham muito bem embaladas).

    Aqui fica o registo depois de as tirar da embalagem:

     

    1| Bucephalandra 'Fake Catherineae' [fev. 2014]

    _DSC2694-001.jpg

     

    2| Bucephalandra 'Midnight Blue II' [fev. 2014]

    _DSC2691-001.jpg

     

    3| Bucephalandra 'Cooper Leaf' [infelizmente, esta não sobreviveu]

    _DSC2693-001.jpg

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  2. [editado 29/03/2015]
    7-Bucephalandra-Sp.-Fake-Catherineae-Dae

     

    Bucephalandra

    Aqui fica uma pequena contribuição sobre uma planta que considero muito interessante. Não por ser ainda um bocado restrita mas sim pela sua beleza. Já existem algumas referências espalhadas pela web sobre esta espécie particular de plantas. Um dos mais conhecidos é o Vasteq [1]. Tem coisas publicadas em fóruns, blog, página no facebook e é dos que tem contribuido para a difusão desta planta. O crescente interesse que a planta despertou fez com que hoje seja possível alguns investigadores trabalharem de forma mais sistemática sobre esta espécie. Conhecida desde 1858, por volta do ano 2000 foi lentamente sendo introduzida no hobby. Hoje é uma planta bastante mais conhecida no hobby por todo o mundo. Com o passar do tempo surgiram muitos vendedores e locais onde podemos adquirir esta planta (até mesmo em lojas físicas em Portugal). O preço também tem vindo a baixar à medida que as plantas são multiplicadas e deixam de ser tão raras. Mais uns anos e será uma planta mais fácil de obter.

    6-Bucephalandra-sp.-Black-Phantom.jpg

     

    1-1-_DSC4865-001.jpg

     

    O Nome das Coisas
    De acordo com Vasteq[1] existem duas origens para o nome Bucephalandra. A mais provável, tem origem na semelhança da forma da flor 'parte masculina' da planta, que parece uma cabeça de touro.
    (Esta cabeça de touro é dificil de ver nas bucephalandras na forma submersa, eu nunca consegui ver, ainda...). Assim o nome da planta é a junção de 3 palavras gregas:bous + cephalê + anêr ( touro + cabeça + homem). A outra origem da palavra (mais poética mas menos provável) está no Bucéfalo[2] que era o nome do cavalo de guerra de Alexandre, o Grande, rei da Macedónia e fundador de um dos maiores impérios da antiguidade. Bucéfalo tinha uma marca branca de nascença no dorso com a forma de uma cabeça de touro. Qualquer uma das duas explicações encaixa bem na caracterização da espécie.
    1-mapa_mundo_2.jpg

    Mas onde fica 'esse tal' Bornéo?
    Fica longe, muito longe! A ilha do Bornéu[3] é uma grande ilha localizada na Ásia. A ilha é dividida em três partes. A maior parte pertence à Indonésia, a outra parte maior pertence à Malásia e a menor parte pertence ao Brunei. Este factor é importante para a compreensão dos nomes dados por alguns vendedores às variedades da planta. Actualmente a regra geral (que nem sempre é verdade infelizmente) a distinção das variedades da espécies de Bucephalandras é normalmente uma referencia à sua localização geográfica de origem[4]

     

    borneo2.jpg

    Outra componente do nome é dado pela cor e forma caracteristicas das folhas, Red, Blue, green, etc. Por exemplo, a planta que mostrei em cima (várias vezes) tem o nome completo: Bucephalandra Sp. "Midnight Blue II" Daerah Melawi (espécie + cor + lugar). Quando os vendedores não seguem este critério (pelo menos até a espécie estar bem estudade e nomeada correctamente) ficamos na ignorancia da variedade que temos...(infelizmente acontece).


    Mas então não sabemos ao certo de que planta estamos a falar?
    Existem mais de duas centenas de variedades mas a sua correcta identificação ainda carece de algum rigor científico. Se olharmos para a classificação cienftifica 'actual' da Bucephalandra temos:

    • Classificação científica

    Reino: Plantae
    Divisão: Magnoliophyta
    Classe: Liliopsida
    Ordem: Alismatales
    Família: Araceae
    Subfamília: Aroideae
    Tribo: Schismatoglottideae
    Género: Bucephalandra

    1-bucephalandra_riamMacam.jpg

     

    Um estudo recente de Boyce & Wong[5] (que muito tem contribuido para o estudo da espécie, ainda em desenvolvimento) vem lançar algumas pistas mais sólidas sobre as bucephalandras. Mas ainda é um tema que vai dar muito debate (mas isso fica para os especialistas, os botânicos). Os autores em vez de partirem do Género – Bucephalandra, subiram um nível até à Tribo – Schismatoglottideae. Partiram para um vasta recolha, estudo e análise (geográfica, morfológica, habitat, etc) onde fazem uma previsão de mais de 50 espécies distintas. Importante também de referir a importância destes estudos (para a comunidade cientifica e para o hobbie) que aborda detalhadamente o sistema reprodutivo da planta. Para quem tiver interesse (e paciência para ler um bocado), é um estudo vasto mas muito valioso.
    O resultado, num futuro próximo, vai ser uma convivência entre uma classificação cientifica mais precisa e um conjunto de nomes comuns obscuros e imprecisos (mas que também fazem parte da história recente da espécie, do seu mistério e da sua poética).

    1-bucephalandra_riamMacam.jpg

     

    Multiplicação
    As bucephalandras podem ser multiplicadas por divisão do rizoma ou por semente. O corte de parte do rizoma em duas ou mais partes é a forma mais fácil e usual de multiplicação. Mesmo com bocados pequenos, com menos de 1cm e duas ou três pequenas folhas, é possivel obter novas plantas (variedades com folhas pequenas). Mas deve preferencialmente ser feito com plantas em boas condições para o crecimento ser mais rápido e sucesso do corte ser garantido. A experiência com plantas e a observação cuidada é suficiente para uma boa avaliação da melhor forma de usar a tesoura. O corte é muito semelhante ao de uma anúbia, o rizoma é rijo. Convém ter algum cuidado para não partir o rizoma nem esmagar o caule com uma má tesoura (um corte limpo é sempre melhor!).

    1-bucephalandra_riamMacam.jpg

     

    Por semente é mais dificil mas não impossivel!
    No habitat natural a planta multiplica-se por semente. Já foram produzidas sementes de bucephalandra (em cativeiro) com sucesso [6], mas as condições semelhantes ao seu habitat natural não são as mais fáceis de recriar. No Bornéu, a planta agarra-se firmemente às rochas que existem nas margens dos rios com fortes correntes. Nesta fase ficam na forma emersa e aproveitam os insectos locais para fazer a polinização. A dispersão das sementes é feita por via mecânica, os salpicos de água vão largando sementes à medida que atingem a flor[6]. Nas alturas de cheias os rios inundam e as plantas passam a ficar submersas. A alternância entre os dois estados é normal para a planta, é uma epífita. Algumas espécies aparecem e desaparecem misteriosamente nas estações das chuvas, essa é a razão para serem conhecidas como as variedades 'ghost'. Desconfio que o sistema radicular não seja igual em todas as variedades. Não consegui encontrar qualquer referência a bucephalandras que existam de forma permanente submersa no habitat original.

    3-Bucephalandra-sp.-Brownie-Ghost.jpg

     

     

    Bucephalandra na aquariofilia
    A bucephalandra é uma planta muito resistente. Tem capacidade para viver em grande partes dos ecosistemas tropicais que temos nos nossos aquários. Como é uma planta de crescimento lento, um aquário com algas pode ser prejudicial porque vai demorar a lançar folhas novas (tal como uma anúbia). Co2, fertilização e boa iluminação aceleram o crescimento e resultam numa planta mais colorida. A melhor coloração das folhas é na forma submersa onde exibe o exuberante pontilhado branco que lhe é caracteristico.
    Na minha curta experiência com esta planta já me tinha questionado acerca do momento escolhido pelas bucephalandras para florir. A resposta é simples, tendo as condições ideais produz flores de forma regular e quase constante[7] (mesmo no estado submerso).

    1-bucephalandra-sp.-pink-lady.jpg

    A bucephalandra tem um sistema radicular adaptado a um meio aquático de correntes fortes, agarrando-se firmemente ao hardscape (pedras e troncos). Desta observação do seu habitat, criou-se um 'certo mito' que é o de que deve estar apenas agarrado ao harscape. Mas não passa disso mesmo, de um mito! Algumas experiências, como as do Tom Barr [7], têm vindo a enterrar a planta com resultados muito interessantes. O sistema radicular desenvolve-se mais e o crescimento da planta é mais rápido e vigoroso. Desconfio que qualquer bom solo (Elos, Trópica, etc) será ideal para um bom desenvolvimento. Mas alguns solos talvez não sejam bons, os que tendem a compactar com tempo podem levar ao aprodecimento das raizes e os inertes demasiado pontiagudos que podem ferir mecânicamente ao plantar. Trata-se de uma questão de bom senso e capacidade de observação.

    4-Bucephalandra-sp.-Popcorn.jpg

     

    [1] http://bucephalandra...cal-plants.html
    [2] http://en.wikipedia....wiki/Bucephalus
    [3]http://pt.wikipedia....rg/wiki/Bornéu
    [4] http://www.ukaps.org...l-in-one.26970/
    [5] http://www.bioone.org/doi/abs/10.3372/wi.44.44201
    [6] Boyce, Peter, BUCEPHALANDRA MOTLEYANA, Curtis's Botanical Magazine, 2008
    [7] http://www.barrreport.com/
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  3. Estou curioso para ver esse trabalho em pedra.

    Sem desfazer a koke (quem é bem interessante) esses calhaus da gardunha não ficam nada atrás!

    E vivos? já sabes o que vais meter?

    Mesmo sem ver nada (última moda do aquascaping) imagino e tenho o feeling que vou gostar!

    Mas isto já entre no campo do aquaguessing!

    um abraço

    • Votar + 1
  4. A minha pergunta é ... Há alguma planta no mercado que não esteja representada neste aquário?

    Muitas Tozé! nem todos podem ter tantos tanques como tu! :tongue:

     

    Está um espectáculo, até fico com inveja no bom sentido...lol

    Obrigado Vera!

     

    E agora vamos ao que interessa, os pequenos detalhes:

     

    a florir pela segunda vez!

    1-_DSC4592.jpg

     

    afinal sempre sobreviveu a uma aventura épica! Uma folha especialmente interessante.

    1-_DSC4589.jpg

     

    vista um pouco mais de cima:

    1-_DSC4602.jpg

     

    Cumprimentos

    • Votar + 2
  5. Boas,

    todos os filtros fazem ruído (quando estão a funcionar), uns mais outros menos.

    O ecco 300 novo não deveria fazer. Se for novo aposto em algum stress no percurso da água ou ar lá dentro...

     

    Se for em segunda mão, pode ser apenas desgaste do rotor ou borrachas com alguma folga (nesse caso é substituir).

    Tenho um ecco 300 em segunda mão e sempre fez barulho. Mas já vi novos que quase não se dá por eles.

    cumprimentos.

  6. Boas,

    foi a primeira vez que colaborei como voluntário, e fiquei bem impressionado!

    É notável como se consegue organizar um stand com base na boa vontade e voluntariado.

     

    Já li alguns post's a referir uma apresentação pobre da aquariofilia...

    Compreendo os comentários, mas fazer melhor, está nas mãos de todos os que gostam deste hobby!

    Se tivermos muitos aquariofilistas a colaborar tudo irá certamente melhorar, o contributo de todos é fundamental para fazer a diferença.

    Pode ser interessante irem pensando em propostas concretas para fazer ainda mais e melhor no próximo evento. :smile2:

     

    Quero deixar uma nota em especial a alguns voluntários (pela dedicação, empenho pessoal e capacidade de sacrifico fora do normal):

    - Hugo Silva, Vera Santos, Pedro Vicente, Rui Melo, António Nunes, Paulo Conceição :thumbup3:

     

    [eu sei que outros também deram o máximo e tudo o que podiam, para eles também uma nota de reconhecimento e as minhas desculpas por não saber os nomes de todos :rolleyes: ]

     

    abraço

    tiago

    • Votar + 6
  7. Verdadeiramente um aquário "Nature"... as cores estão fabulosas. Não fosse a sp.mini e com mais uma ou duas podas poderias tirar a foto final para concursos.

    Tas com as micros alemães do Nuno?

     

    Que vermelhos...

     

    Olá pedro,

    não pensei nesta montagem para concursos mas com o objectivo de a manter por algum tempo.

     

    a sp. mini ainda vai levar tempo...

    Provavelmente terei de reforçar a calha para iluminação para ter uma luz mais uniforme. Tenho a calha a meio e a parte da frente fica na sombra...

    Não estou com as german micros do Nuno, aliás tive de reduzir a relação de micros na fertilização para metade (comparando com a montagem anterior).

     

    Os vermelhos, confesso... foi também algum entusiasmo na revelação da foto... :whocares: (o António até já tinha reclamado!)

    culpa de trabalhar com o monitor não calibrado... (mais uma preguiça!)

    cumprimentos

    tiago

  8. Está muito porreiro, sem os equipamentos ficaria uma foto excelente. Parabéns. O meu está uma vergonha, cheio de algas, encomendei Dry Salts de inglaterra mas não há meio de chegar ( já estou a achar estranho até ) e para colmatar até o CO2 acabou, ou seja, quase um mês sem nada. De qualquer modo está feio mas os peixes estão felizes da vida, inclusivé com um casal de Kribs a criar..

    Em relação aos lyly pipes, esses são realmente um show.

    Cumprimentos.

    Obrigado!

    Os equipamentos é mesmo preguiça... :yawn:

    cumprimentos

  9. Boas, então e pode-se usar Inox em aquarios? Ou é experiência? Ou é mesmo uma questão de desobediência ?!...... kkkk

    Sempre li que nada de materiais ferrosos em aquas

    Cumps

     

    Sim pode-se utilizar inox desde que seja o certo.

    Repara, lily pipes em inox é do mais caro que anda por ai, dá uma viste de olhos nos Lily pipe da ADA.

     

    http://www.thegreenmachineonline.com/shop/aquatics/filtration-system/lily-pipes/metal-jet-pipes/ada-metal-jet-pipe-v-2-inflow

     

    A vantagem em relação ao vidro é ser difícil de partir...

    Atenção que nem todo o INOX é adequado à utilização dentro do tanque. Ferro, alumínio ou aço normal não servem porque oxidam.

    Esteticamente são os meus preferidos! :smile2: Mas é tudo uma questão de gosto, os de vidro também são bonitos.

    cumprimentos

  10. Boa noite li o seu tópico e só quis dar os parabéns pelo aqua e perguntar que tubos são esses no plano frontal no lado direito ? Isso parece-me inox?!

    posso estar a ver mal mas estou no Algarve e não consigo ver muito bem daqui.......

    abraço e um bom 2015 a todos

    p.s. aproveito para deixar um alô á Vera Santos, creio que a conheço de outro fórum e já me ajudou bastante em tempos, não "falamos" á muito.

    obrigado.

    para a distância não está nada mal... são lily pipes em inox! :)

    ligeiramente mais resistentes do que os de vidro;)

    a Vera tb anda por aqui!

    cumprimentos