Pico sistemas de recife


Diogo HC Matias

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Se tivermos em conta que os oceanos do mundo poderão conter cerca de 1,3 biliões de metros cúbicos de água, mesmo considerando apenas as zonas directamente ligadas ao recife podem chegar a ocupar um volume de 14,2 milhões de metros cúbicos, mesmo o oceanário de Lisboa não apresenta mais do que uma micro-percentagem do volume ocupado por um recife.

 

Mas existem inúmeros exemplos da criação de sistemas sustentáveis e equilibrados em volumes da ordem de poucas centenas de litros.

 

Tendo isso em conta, será igualmente possível manter igualmente sistemas de recife que se limitem a umas dezenas de litros de água?

 

A lógica diz-me que não, devido a toda a instabilidade que um pequeno volume de água pode provocar num sistema, pela sensibilidade dos organismos de recife e pelo pouco espaço disponível para albergar vivos, mas quando procuro a expressão "pico reef" no google, os exemplos de sucesso (especialmente nos EUA) repetem-se. Existe inclusivamente uma secção do Nano-Reef.com dedicada exclusivamente a "pico reefs" e na qual tenho acompanhado algumas montagens muito interessantes.

 

Uma das montagens mais interessantes é esta:

El Fab Pico Tank

fulltankshot.jpg

 

Nomeada para aquário do mês naquele forum, esta montagem contava no ultimo post publicado (há cerca de 1 mês) com 2 anos e nove meses de durabilidade, tendo sofrido várias modificações em termos de equipamento e vivos, mas mantendo sempre a mesma base.

 

Tendo estes exemplos em conta, qual a vossa opinião acerca destes pico-sistemas?

Alguns factores a ter em conta: viabilidade, prós e contras, custos, manutenção e capacidade para albergar vivos.

Editado por Diogo HC Matias

dmscaping_mini_forum.jpg

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Gostava de ter algumas opiniões 'tugas'. Estou com vontade de tentar um sistema destes, algo muito simples, apenas rocha viva e corais moles com uma boa iluminação e um filtro de cascata para servir de refugio e colocar matérias filtrantes...

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Gostava de ter algumas opiniões 'tugas'. Estou com vontade de tentar um sistema destes, algo muito simples, apenas rocha viva e corais moles com uma boa iluminação e um filtro de cascata para servir de refugio e colocar matérias filtrantes...

Olá Diogo

eu mantive um nano que podes ver na minha assinatura durante um ano e foi uma experiencia bastante interessante, mas agora mudei para um aqua maior

um nano com tão poucos litros obriga-nos a maiores cuidados pois os valores da água mudam muito rapidamente, mas no meu ver com tpas certinhas e alguns cuidados pode-se manter um sistema destas dimensões.

cumprimentos

Paulo Rocha

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  • 2 meses depois...

Existe um texto fabuloso sobre este tipo de setups na secção de PicoReefs do NanoReef. Estão lá muitas das regras básicas para se manter uma montagem destas, e vou passar a enumerar as que achei mais relevantes:

 

Um pico reef é aconselhado para quem:

  • Tem vontade e disponibilidade para aprender;
  • Tem paciência e persistência;
  • Tem limitações de espaço ou orçamento...

Um pico reef é totalmente desaconselhado numas quantas situações:

  • Quando se pretende manter um certo número de peixes no aquário;
  • Se não houver tempo disponível para a correcta manutenção do sistema;
  • Se não se tiver paciência!

 

Face a isto, percebe-se que um pico reef pode ser uma maneira de se entrar na água salgada, mas apenas para quem julgar ter capacidade para tal. Caso não haja paciência, se pretendam resultados imediatos e não se respeitarem as limitações resultantes do escasso espaço que este tipo de sistema apresenta, então não mantenham um pico! Esperem mais algum tempo e invistam num sistema com dimensões já consideráveis (200L é considerado um bom volume para começar).

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Olá Diogo..

 

É sempre possível ter um pico reef, e como referes e bem existe bons resultados pelo mundo com este sistemas.

 

Não sei se vai montar um se o fizeres força nisso, mas sempre a ter em conta o que disse no post anterior.

 

O que tenho a dizer é simples um aquário de poucos litros tem tendências a ser mais difícil de manter parâmetros estáveis e claro bom senso

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  • 1 mês depois...

Tive durante algum tempo um aquário de 25 lt apenas com rocha viva, limpeza e 2 ocellaris lá dentro. Em relação aos peixes nunca tive problema, sempre de boa saúde. Estive 2 meses a ciclar o aquário e inicialmente comecei com água do mar. Passei depois para água e sal e mantive o aquário praticamente sempre de boa saúde. Fazia tpas de 15 em 15 dias, de cerca de metade da água. As análises que fazia estavam sempre bem, o PH raramente se alterou e só um dos campos, não me recordo agora qual era mas era NO2 ou NO3, de vez em quando apresentava uma taxa entre 0 e 0,5, que segundo o que dizia na caixa de testes não era problemático.

 

O meu único problema foi no verão pois um aquário tão pequeno tem problemas de arrefecimento, coisa que num aquário maior, como o que tenho agora, não é tão problemático.

 

De ressalvar que os ocellaris são dos peixes mais resistentes a par com os Chrysiptera parasema. Foi esta a minha experiência. Atenção que comprei de inicio rocha viva e areia viva a membros daqui do fórum e deixei o aquário cerca de 2 meses a ciclar sem peixes. Como iniciante na altura, posso dizer que aprendi muito e li bastante, coisa que recomendo.

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  • 4 semanas depois...

Gostava de ter algumas opiniões 'tugas'. Estou com vontade de tentar um sistema destes, algo muito simples, apenas rocha viva e corais moles com uma boa iluminação e um filtro de cascata para servir de refugio e colocar matérias filtrantes...

 

Olá Diogo,

 

As regras básicas que enumeraste são requisitos para aquários de todas as litragens.

Um exemplo de uma montagem simples: aquário 10L a 20L, substrato: areia de coral 2/3 cm de altura, rocha viva (alguma, ao gosto) seria o teu filtro natural, uma bomba pequena ou duas (essa bomba deverá funcionar para além da circulação, também para manter a temperatura do aquário) e uma iluminação media/fraca para não aquecer muito a água.

 

Depois seria o tempo de ciclagem, quando começar a aparecer as algas castanhas metes uma astrea (turbo snail) e quando começarem a aparecer as verdes mete uns eremitas (2 ou 3), nesta altura já só deve ter nitratos, fazes uma troca parcial de água.

Seguias uma rotina semanal de tpas (por ex 5L) e começavas a introduzir corais (apenas moles: zoanthus, palythoas, sarco, green star, actinodiscus, parazoanthus, cladiela, xénias...) ao teu gosto e para fechar a entrada de vivos, 1 ou 2 camarões. (não esquecer de verificar a água evaporada e repor com água de osmose)

 

 

Cumprimentos,

Miguel

Editado por migarcanjo
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