Alexandre Carvalho

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Tudo publicado por Alexandre Carvalho

  1. Sim, pode ter sido esse o caso, mas mesmo assim, eu penso já ter perdido pelo menos 1 dos 5 que contei inicialmente, e pelos meus testes diários não houve qualquer pico...
  2. Não vejo muitas outras possibilidades. Quanto á alimentação, eu não os vejo muito nos musgos, mas não tenho informação suficiente para te dizer se é ou não suficiente para se aguentarem como acontece com os camarões. O que tenho lido é que são bem mais frágeis que os camarões recem-nascidos e talvez sejam mais esquesitos com a alimentação. O que é certo é que as dificuldades de reproduzir esta espécie são imensas, pelo menos por comparação com outras espécies de invertebrados, e ainda ninguém percebeu bem porquê.
  3. Não conhecendo os CPO's em causa, dúvido que tenha sido essa a razão. Estou neste momento também com crias no aquário, penso que nasceram no dia seguinte a estas, e tenho também no aquário 5 CPO's adultos. Tenho observado bastante o aquário e vejo muitas vezes os pequenos próximos dos adultos, podendo observar dois factos importantes: Os pequenos são bastante rápidos a movimentarem-se quando precisam Os adultos não mostram particular interesse em perseguir as crias Posto isto, pelo que tenho também pesquisado na net, o que se refere é que o comportamento canibal, se bem que possivel de acontecer, é dissuadido pelo facto de os adultos estarem sempre bem alimentados. Penso que o principal problema nas crias é serem muito frágeis sendo dificeis de alimentar.
  4. Discussões saudáveis são positivas, vão permitindo evoluir
  5. O aquário só por si já é fantástico e com esses dotes fotográficos fica ainda melhor! Parabens!
  6. Nunhez, uma coisa é termos os animais a sobreviver no aquário, outra é mantê-los nas melhores condições, não me parece que mudar só 20% semanalmente seja sufiencte para que vivam bem, mas claro há muitas variáveis a equacionar o que daria numa discussão que para o tópico seria desnecessária. E um exemplo de sucesso como é óbvio não justifica nada. Quanto à alimentação eles alimentam-se de muita coisa como tu dizes, mas se a alimentação não for variada e equilibrada poderão ter problemas, por exemplo na muda do exoesqueleto por falta de cálcio. Mas no essenial estamos de acordo, tres semanas é errado.
  7. 2 CPO's num aqua de 17 litros, o minimo é 30% de TPA semanal. Esse argumento de alimentar tudo o que esteja na água é claramente errado, os CPO's tem necessidades especificas e como o Trocado já referiu é necessário alimentar diariamente e garantir que comem. Concluindo, deixar 2 CPO's num aqua novo sem supervisão adequada durante 3 semanas é no minimo irresponsável. É possivel que até acabem por sobreviver mas nunca nas condições desejáveis.
  8. Olá Jorge, Obrigado Quanto às alteraçõe nos parametros, o que te posso afirmar é que no que eu consigo medir, nomeadamente PH e dureza as alterações foram quase nulas, pelo que penso não terem tido influência no sucesso ou não da reprodução.
  9. É como o Carlos diz, pode ser apenas coincidência. Interessante é saber se há quem esteja a reproduzir com sucesso com ADA. No teu caso Carlos qual é o substrato?
  10. Olá Rafael, Realmente a relação macho-fêmea é bastante violenta, levando por vezes á perda de membros, no entanto penso que raramente conduz á morte se não existirem outros factores. Ou seja, o que conduz á morte é a má condição fisica da fêmea. Esta, quando em stress, devido á gravidez e a outros factores, alimenta-se deficitáriamente e fica fragilizada, sendo esse o factor principal na morte. É por isso necessário criar condições para diminuir as situações de stress, e garantir que todos os CPO's comem diáriamente.
  11. A minha experiência com CPO’s: Primeira etapa: Após ter descoberto esta espécie, em Julho de 2007, e ter adorado, resolvi trazer alguns para o meu aquário comunitário. Procedi então para a procura de um criador. Encontrei e encomendei cinco espécimes, 2 machos e 3 fêmeas de um criador alemão. Após uma semana cá estavam os 5 belos CPO’s, após a viagem da Alemanha, de perfeita saúde. Coloquei-os no aquário e fui observando. Durante as primeiras semanas tudo correu bem até que a 1ª fêmea apareceu com ovos, a partir daí foi o descalabro. Uma vez que os CPO’s são muito territoriais, não gostam de partilhar o aquário e nas alturas de maior fragilidade (após a muda de exosqueleto ou quando estão com ovos), refugiam-se, escondendo-se o melhor possível. No meu caso, como o aquário era densamente plantado e com muitos esconderijos, deixei de os ver e comecei a ter dificuldades em alimentá-los. Um por um foram morrendo até que perdi os cinco… Segunda tentativa: Baseando-me na experiência anterior decidi preparar melhor as coisas e tentar uma segunda vez, montando um aquário propositadamente para eles: Dimensão: cubo, 35cm de lado (aprox. 40 litros); Filtro: Eheim Liberty 150, com 90% de Eheim substract-pro e esponja para filtragem mecânica; Aquecedor: Jager de 100W; Substrato: ADA Amazon; Inertes: Duas Dragon Stones e um pequeno tronco; Flora: Erect Moss, Fissidens Fontanus e Feto de Java grande; Fauna auxiliar: 12 Tylomelania sp. Procedi então a mais uma encomenda ao mesmo criador e recebi mais 5 belos exemplares, mais uma vez 2 machos e 3 fêmeas. Tendo desta vez encomendado também uns tubos cerâmicos que são usados especificamente para cambarellus, onde estes se podem refugiar de forma confortável. Estes tubos, que podem ver nas imagens prévias, possuem o diâmetro indicado para apenas caber um CPO adulto, e são apenas abertos de um dos lados, para que o CPO não se tenha que preocupar com as traseiras quando usa as tenazes para defender a entrada. Mais uma vez fui observando pacientemente o desenrolar dos acontecimentos. O layout pareceu-me eficaz, os confrontos eram reduzidos e os CPO’s procuravam o refúgio dos tubos cerâmicos após as mudas, sendo ao mesmo tempo possível identificar a sua distribuição no aquário para que conseguisse todos os dias alimentar cada um individualmente. Após 15 dias, num espaço de 3 dias, as 3 fêmeas surgiram com ovos em grande quantidade: No entanto, após estes primeiros dias a quantidade de ovos foi diminuindo, até não sobrar nenhum. Decidi esperar pela segunda rodada, pois pensai que poderia ser devido à inexperiência das fêmeas. Passados cerca de 20 dias, as fêmeas voltaram a aparecer com ovos, mais uma vez em grande quantidade e tal como na primeira vez, acabando por perdê-los nos dias seguintes (cerca de uma semana até ficarem sem nenhum). Nesta altura o pensamento de me desfazer dos CPO’s começava a assolar-me… Para procurar perceber o que se passava fui explicitando a situação em fóruns frequentados por criadores reputados, levantando-se então algumas teorias: Dureza da água; PH; Fraqueza genética dos espécimes. Todas elas refutadas por criadores experientes. Voltei ao ponto de partida e como ultimo recurso decidi massacrar o pouco comunicativo criador que me vendeu os CPO’s. A resposta que recebi, após alguma insistência foi: ”Não sei dizer porquê, mas nos meus aquários, sempre que usei substrato ADA as minhas fêmeas perdem todos os ovos…” Troquei então todo o substrato por um inerte preto e voltei a aguardar. Dia 27/5 apareceu a primeira fêmea com ovos e a segunda dia 30/5, a segunda voltou a perder os ovos, no entanto a primeira perdeu a maior parte mas manteve entre 5 e 10, até que dia 18/6, 24 dias depois, a observei pela primeira vez sem qualquer ovo. Mantive-me a observar o aquário na esperança de encontrar um jovem lagostim até que finalmente, cerca de 15 minutos depois, achei o primeiro! Tendo conseguido no total contar 4. Até agora é esta a minha história com os CPO’s, espero que ajude em alguma coisa, sobretudo na tentativa de aumento da taxa de natalidade desta maravilhosa espécie. Espero vir a complementar este post com mais informações, tanto textuais como visuais
  12. Ok, fico á espera dos resultados, boa sorte
  13. É realmente uma possibilidade que não deve ser posta de lado. No entanto eu já mantenho os meus há vários meses e observando o comportamento de perto, é fácil perceber que em tamanho adulto as fêmeas sendo bastante maiores só deixam o macho aproximar se quiserem, e tendo sempre comida ao pé dos locais onde se recolhem, conseguem com sucesso evitar os machos. Mas claro, como não consigo observar 24 sobre 24 essa é uma experiência muito válida a fazer. Eu não tenho aquas para isso
  14. Desde a descida dos ovos até á separação dos putos da mãe foram exactamente 24 dias (aqua a 24ºC). Ontem, dia do nascimento, consegui observar 4 putos, no entanto apesar do tanque ser só para CPO's está bastante decorado pelo que poderão haver mais. Pela observação da fêmea nos ultimos dias com ovos não deverão ser muitos mais, apostaria em 5 ou 6 no máximo. Infelizmente os CPO's ainda são bastante pouco estudados em cativeiro havendo muito pouca informação para perceber a baixa taxa de natalidade.
  15. Obrigado Baseio-me na experiência pessoal com outros invertebrados, nomeadamente camarões, e na experiência de criadores estrangeiros. Sei por exemplo de um criador de renome, alemão, que mantêm a mesma colónia de Red Cherry's desde 2003, sem introduzir novo sangue, tendo começado com 17 individuos e produzido vários milhares, sem que a consaguinidade desse origem a qualquer deteriorizaçaõ genética. Claro que neste caso a pool inicial é de 2 individuos, mas mesmo assim penso que dificilmente haverá probemas.
  16. Olá Carlos, parabens! Também tive ontem os primeiros nascimentos Em que é que te baseias para dizer isto? Não me parece que haja qualquer problema de consaguinidade, mesmo após dezenas de gerações consecutivas.
  17. Primeiro eu não disse que não dava, disse que não era aconselhado. Ainda para mais quando não tens qualquer experiência com paludários. Segundo, se pesquisares um pouco vais perceber que esse que mostras foi construido por uma das mais conceituadas e experientes equipas a manter e montar paludários e aquários. Terceiro, esse camaleão não está aí de forma permanente, foi provávelmente colocado para a foto. Se pensares um pouco percebes quais são as dificuldades: -Animais de terra que não se afoguem; -Animais de terra que não comam peixe; -Os anfibios são muito territoriais mesmo dentro da mesma espécie, sendo que qualquer problema causará stress e dificuldades de alimentação: E a lista continua... A única hipótese que vejo, mesmo assim muito complicada é haver total separação entre a zona da terra e da água.
  18. Olá, Um projecto dessa natureza não será viável. A mistura de anfibios com peixes é practicamente impossivel num aquário, o mesmo sendo verdade em relação aos repteis. Mesmo eliminando os peixes e ficando apenas com anfibios o aconselhado é teres apenas uma espécie sem misturas. Cumprimentos, Alex
  19. Ambiente perfeito para criar camarões, é o quase mesmo que perguntar qual o ambiente perfeito para criar peixes... Tens de ser mais especifico, que espécies pretendes, qual o tamanho do aquário que pensas usar, ... Regra geral deverás ter atenção aos seguites pontos: -Nunca menos de 35, 40 litros, pois são animais muito sensiveis e toleram pouca variação de parametros; -Areão escuro para realçar a cor dos animais, o tamanho do grão não é importante; -Plantado e de preferênica com musgo pois este fornecerá alimento e esconderijo (os camarões anões de água doce não comem as plantas saudáveis); -Temperatura entre os 22 e os 28 ºC (aqui há que ter atenção com os cuidados especificos de cada espécie); -Sem peixes, ou com espécies em cuja boca não caibam os camarões recêm nascidos (aqui entram mesmo muito poucos, corydoras, ottos e pouco mais); -A entrada do filtro deve estar protegida por rede de malha muito fina ou por esponja para que os recêm nascidos não sejam aspirados (meia de senhora resolve o problema). Assim de repente não me recordo de mais recomendações, mas se especificares melhor o que pretendes provávelmente poderemos ajudar com maior precisão. Cumprimentos, Alex
  20. Tal como uma multiplicidade de outras espécies, os Blue Pearl "Neocaridina Cf. Zhangjiajiensis Var. Blue" são resultado de um apuramento de cor. Processo em que vão sendo sucessivamente seleccionados os elementos com melhores tonalidades, neste caso azuis, até se conseguir uma colónia em que a maioria dos elementos já nascem com um tom de azul claramente presente. Ora após esta selecção, os camarões entram no mercado, começando a ser reproduzidos indiscriminadamente sem qualquer apuramento, o que irá levar a que nas sucessivas gerações, não havendo a selecção inicial, se vá degradando a cor azul presente na colónia inicial. Isto tudo para dizer que é perfeitamente possivel que o camarão em questão seja um blue pearl. Quanto aos ovos, os ovos dos blue pearl são "normalmente" de um castanho pouco carregado apresentando por vezes tons esverdeados, não vejo nada de estranho nessa coloração que apresentas. Olhando para a tua foto pdemos ainda concluir que a femea não aparenta estar muito saudável, possivelmente por ter chegado á pouco ao aquário onde se encontra, concluo isto pois sendo uma espécie muito prolifica ter tão poucos ovos, estando estes ainda numa fase de desenvolvimento pouco avançada é normalmente sintoma de que o espécimen não se enocomtra nas melhores condições, o que leva normalmente à apresentação de cores menos vistosas. Cumprimentos, Alex
  21. Os Sulawesi, seja qual for a espécie rondam os 20€, independentemente da fonte. Cumprimentos, Alex
  22. Olá Tiago, permite-me que discorde, apesar de nunca ter estado em Inglaterra, parece-me que o hobbie não está tão pouco desenvolvido assim. Como exemplo digo-te que uma das melhores publicações sobre aquariofilia é Inglesa: Practical FishKeeping Magazine (exceção feita é claro á nossa BioAquaria ) Aconselho-te a comprar e dar uma leitura nos classificados, é capaz de dar uma boa ajuda. Cumprimentos, Alex
  23. Vou tentar esclarecer um pouco melhor aquilo em que me baseei para concluir o que te disse: Nenhum dos sites ou foruns alemães (país em que o hobbie se encontra mais desenvolvido) listam esta espécie. Nenhum dos livros que possuo sobre invertebrados de água doce lista esta espécie (os dois editados recentemente), a saber: "Logeman, Carsten and Frank - Garnelenfibel" e "A. Karge, W. Klotz - Subwassergarnellen aus aller welt". Tendo esta nomenclatura surgido recentemente em várias lojas, falei com um colega espanhol que os comprou por lá e me garantio não serem babaulti com 100% de certeza. Agora para confundir ainda mais as coisas, apesar de apenas estarem estudadas e descritas oficialmente duas espécies de babaulti, malaya e stripes, devido à alargada destribuição dos camarões deste complexo no meio natural, são conhecidas muitas variações de cor, entre elas a azul, mas por agora são considerádas mutações pontuais que provavelmente não darão origem a descendencia azul. Espero ter clarificado um pouco melhor a minha opinião.
  24. Pelas informações que vou conseguindo obter os camarões que estão a ser vendidos actualmente em vários revendedores da peninsula Ibérica rotulados como Babaulti Var. Blue aparentam na verdade ser a variedade selvagem de Neocaridina Heteropoda, o que a confirmar-se poderiam hibridar tanto com os teus Sp.Green como com os Blue Pearl. A sugestão que eu te dou, tendo em conta a impossibilidade de montares um terceiro aquário é optares por não comprar.
  25. Uma vez que não sei que espécie vem com esta nomenclatura será dificil de dizer, mas tipicamente, e com a excepção conhecida dos blue pearl e de alguns Tiger, eu apostaria em que dificilmente terás descendencia azul.