Woody_PT

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Posts publicado por Woody_PT

  1. Por partes:

     

    Fernando Perini, não fiquei ofendido nem coisa que se pareça (dificilmente me ofendo e nunca com um texto na net).

    É verdade que tenho demasiada letra para pouco conteúdo. Julgo que sei o que penso, poderei é não saber expressar.

     

    Na realidade estou conformado com a situação, mais do que preocupado.

    Isto porque sigo a maioria e adoptei a sua postura:

    Agora sou egoísta! Preocupo-me com o meu bem-estar (não deixando de respeitar os restantes).

    O meu discurso, quando vejo algum amigo a "portar-se mal" é sempre o mesmo:

    "Tu é que tens filhos é que tens que te preocupar com o que lhes deixas e que sacrificios estás disposto a fazer em função disso, para mim é indiferente".

     

    Como disse, não acho que seja com campanhas, movimentos e leis que não serão respeitadas que se obtém resultados, mas sim com a utilização da inteligência, com a sensibilização de vizinho a vizinho, com a educação da nossa descendencia.

    Como posso eu censurar, criticar ou exigir algo da parte dos brasileiros se vivo ao lado do rio mais poluído da Europa?

    Que moral tenho eu?

     

     

     

    Em relação á tua pergunta, não acho que a reprodução seja a solução.

    Ou melhor, será se o teu objectivo for apenas continuar a dispor de peixinhos bonitos para o aquario. Mas ao fim de algumas gerações, apenas o aspecto será semelhante à espécie nativa (à semelhança do que aconteceu com o peixe dourado japonês).

    Se o habitat não for preservado, a espécie nunca o será (como aconteceu com o Lince Ibérico, p.ex., mesmo aqui ao lado).

     

    Soluções?

    Em minha opinião, não esperar ou exigir por leis que não passam de texto em papeis (tal como o meu discurso) e criarmos as nossas proprias leis, prestar atenção ao nosso comportamento.

    Abdicar dos móveis em madeiras exóticas era capaz de ajudar um pouco, por exemplo.

    Que tal obrigar as lojas de animais a exibirem certificados de origem e censos oficiais das populações em questão antes de os comprarmos?

     

     

     

    Jacinto, não serei fatalista, mas estou convencido que o planeta já está numa situação demasiado descendente. Acho que quando muito poderemos (e devemos) reduzir a velocidade da queda, já vamos tarde para a evitar.

    Realmente disparo em todas as direcções justamente porque acho que as iniciativas globais acabam sempre por dar mau ou nenhum resultado prático. Como disse, acho que é só e apenas uma questão de postura individual.

    Eu vejo o homem como um insecto, apenas se preocupa em "encher o papo" e reproduzir-se repetindo o ciclo, tal como uma praga de gafanhotos, que consome tudo o que aparece á frente.

    Infelizmente (ou não) chegamos a um ponto em que não temos predadores (além de nós proprios), de maneira que se não nos controlamos...

     

    Quanto á educação específica no Brasil, eu vejo-os a quererem á viva força cristianizar (não me parece que a palavra esteja correcta), educar e injectar a "cultura" que conhecemos naqueles que seriam os melhores professores e são os maiores protectores da Amazónia.

    Vão depois dizer nas escolas "o nosso comportamento deve ser exactamente igual ao daqueles a quem reeducamos"?

    Os putos devem ficar um bocado confundidos, não? Tipo, vamos fazer cartazes e espalhar panfletos para divulgar que não se deve gastar papel.

     

     

    (...) no entanto e tanto quanto sei, existem muitas outras espécies que estão longe de estar em perigo de extinção e continua a ser proibida a sua captura. Com isto eu não concordo!

    Eu concordo á partida com qualquer proibição da captura de espécies selvagens. Não acho que se deva esperar que esteja em perigo.

    A ser mais tolerante, necessitaria saber quais os motivos que levaram á proibição. Pode a espécie em questão não estar ameaçada mas outra que depende dela o estar.

    Na natureza 4 menos 2 não é igual a 2, bem pelo contrario, provavelmente dá zero.

     

     

    Por exemplo, quantos Hypancistrus Zebra (L46) foram vendidos em Portugal a 500 Euros cada um?  

    Provavelmente nenhum!

    Se não foram a 500 foram a 400 ou a 300. O que eu não acredito é que tenham preferido deita-los fora (ou devolver ao habitat) a vender seja por que preço for.

    Só quando não der qualquer lucro é que deixam de ser capturados - isso só acontece quando toda a gente se recusar a compra-los.

     

     

    Woody_PT escreveu:  

    O tipo, beleza e raridade do animal escolhido para decorar um aquário desses é apenas função do poder económico e vontade de ostentação de quem os possui.  

     

    Não concordo!  

    No meu caso não é apenas função do poder económico e muito menos vontade de ostentação!... e no teu é?... e no caso de uma grande parte dos aquariofilistas?  

    Vê lá se encontras respostas para estas questões?... Se as encontrares talvez fiques com bons motivos para continuarmos esta conversa!  

    Eu disse o que disse referindo-me aos aquarios que são comprados porque ficam bonitos nas salas (que são em grande maioria), não dos aquariofilos.

    E basta estares uma horita dentro de uma loja a observar o comportamento dos compradores.

    Imagina isso e diz-me quantos clientes são mínimamente aquariofilistas e dos restantes diz-me qual o comportamento e postura em relação aos seres vivos.

     

     

    Ok!... E o que é que isso tem a ver com a afirmação que eu fiz sobre a fiscalização e os tribunais?  

    Justamente com a sua capacidade.

    Se os tribunais e entidades fiscalizadoras não estão a ser capazes de impedir a exitnção dos habitos, culturas, costumes e mesmo da genética de populações humanas inteiras, apesar das organizações, dos direitos humanos e restantes leis, que capacidade terão de se concentrarem com resultados positivos nuns peixinhos que não interferem em nada (aparentemente) com o homem?

     

     

    Ai não achas que as organizações devam aumentar os esforços ?... Então as organizações devem reduzir os esforços?  

    E os esforços no âmbito social não são também esforços?  

    Já agora podes dizer quem é que devia fazer esses esforços e quais as medidas que apontas para que se resolvesse o problema social?

    Acho que devem manter os esforços, muitas delas deveriam rever a forma como os direcionam.

    Quem eu acho que deveria fazer esses esforços? Não todos mas cada um de nós e não como esforço mas como atitude natural.

     

    "Este animalzinho está ameaçado? Vou comprar um para o preservar" - é a postura do ernando Perini, que eu não censuro e louvo pelo objectivo, mas que não acho a mais correcta.

    Pessoalmente: "Este animalzinho está ameaçado? Não o vou comprar de forma a que ninguém tenha lucros com a sua captura até desistirem de o capturar"

     

     

    Logo à partida ao comparares uma velha com um "chulo de rua", só porque usa um casaco de peles, isso revela da tua parte uma atitude de falta de bom senso!  

    Se a velha não estiver a cometer nenhuma ilegalidade, sujeitas-te a que não fique envergonhada e que continue a usar o casaco de peles.  

    O chulo serve-se de alguém que teve capacidade de opção (se a pôde utilizar ou não é outra questão), a velha exibe parte do cadaver de um ser vivo que não teve opção - acho que há uma enorme diferença, em favor do chulo.

    E o problema é justamente que, mesmo que seja ilegal matar os animais apenas para fazer casacos de peles, não é ilegal usa-los.

    Em minha opinião, ora bolas pró negocio!

     

     

     

    Por esse princípio, ficará mal em cima da cómoda assim como dentro do aquário!  

     

    Diz-me só mais uma coisa... tu és mesmo aquariofilista?

    Dentro do aquario pelo menos está vivo, houve alguma preocupação na sua captura e transporte.

    Pela tua ordem de idéias fica tão bem um peixe dentro do aquario como embalsamado em cima da lareira :twisted:

     

     

     

    E acho que não mereco o título de aquariofilista.

    Mantenho um pequeno aquario desde os doze anos, actualmente em casa dos meus pais (já não o mesmo, evidentemente).

    Tem todas as condições que sou capaz de lhe fornecer, quando puder dispor de espaço e tempo para isso, talvez tente ser um aquariofilo digno do nome.

     

    Mas não deixo de respeitar a natureza por isso...

     

     

     

     

    Resumindo (porque me voltei a esticar):

    - A longo prazo, para se resolver um problema, acho que nos devemos concentrar na causa e não só no problema. Isto se não queremos que se repita.

     

    - Os mercados têm dois factores principais, a oferta e a procura. Se temos um problema na oferta, enquanto existir procura a oferta irá manter-se com os mesmo problemas.

  2. Só pra aumentar a confusão:

     

    há uns tempos atrás comprei um casal de Espadas, sendo o macho (já com a "espada" completamente desenvolvida) bastante menor que a fêmea.

     

    Estranhei o facto de a fêmea estar constantemente a correr atrás do macho, assustando-o.

    Pouco a pouco comecei a estranhas o formato da barbatana anal da "fêmea"; cerca de um mês depois começo a notar a "espada" a desenvolver-se.

     

    Resumindo: A "fêmea" que era bastante maior que o macho afinal era outro macho ainda não tão desenvolvido.

    De maneira que não me surpreende nada que esse seja outro Espada macho.

  3. Afinal até estamos de acordo :shock:

    (...)Continuo a dizer que os “piambeiros” são os principais interessados em guardar o seu património, mas isso terá que ser explicado nas escolas, no lar, na rua, nas empresas… é uma questão de formação e de mentalidade colectiva que dá trabalho e demora muitos anos a adquirir!

    Logo à partida falas em escolas. Tanto quanto sei, isso é o que menos existe nessas zonas.

    E mesmo assim é também e principalmente uma questão de vontade - e isso é o que menos vejo em todo o lado.

     

    (...)Desde que se retire da natureza apenas na quantidade certa para que não se afecte a continuidade das espécies e esses senhores paguem valores agravados, correspondentes aos excessos, luxos ou caprichos, poderá servir nalguns casos como medida dissuasora!

    Concordo com o raciocínio em teoria, na prática não acredito.

    Primeiro porque estamos a falar em espécies ameaçadas. Logo qualquer que seja a quantidade, será sempre acima da "quantidade certa"

     

    Também porque quanto mais caro, mais procura terá. Principalmente se não fôr por necessidade mas sim por luxo.

    Como exemplos, além dos que já dei, muitos mais facilmente se encontram: Qualquer dondoca te dirá que é melhor um casaco de peles "naturais" pois as de viveiro não são a mesma coisa (e este seria um tema para outra longa discussão, já entrando a ética em questão); as focas continuam a ser assassinadas indiscriminadamente; a carne de baleia não é uma primeira necessidade e por aí fora - tudo bens caros q.b. e que não deixam de ter procura.

     

    (...)Aqui entramos nós!

    Achas que a maioria dos aquariofilistas vão deixar de comprar peixes por sua livre iniciativa? E será que a proibição é a medida mais acertada?  

    A mim parece-me que o acesso regulado e os preços proibitivos para as espécies que se justifique, são mais dissuasores e deixam sempre em aberto a hipótese das pessoas poderem contribuir para a continuidade das espécies... ou não é esta é uma das principais razões de ser da aquariofilia?

    O grande problema é que a maior parte dos aquarios vendidos servem apenas como um matadouro temporario para os animais até ser atirado para um sótão ou mesmo para o lixo.

    Com facilidade se encontram possuidores de aquarios que estão convencidos que um peixe vive apenas dois ou três meses, depois compra-se outro.

    O tipo, beleza e raridade do animal escolhido para decorar um aquario desses é apenas função do poder economico e vontade de ostentação de quem os possui.

     

     

    (...)È aqui que devem entrar a fiscalização e os tribunais!

    como disse antes, esses não conseguem resolver os problemas directamente relacionados com os humanos.

    A conversa até surgiu sobre um problema numa zona onde tribos inteiras estão a ser extintas (e por sinal as populações nativas mais preocupadas e respeitadoras do meio ambiente que se conhece).

     

    (...)Sim, o objectivo nunca será totalmente conseguido, seja qual for o método utilizado, mas isso não quer dizer que as organizações não devam continuar os esforços e não se multipliquem com o intuito de tornarem mais abrangentes as soluções para os problemas.

    (...)

     

    Naturalmente que os países e as organizações irão investir tendo também em vista a rentabilização do seu esforço.  

    O Estado mais directamente interessado deve ter a iniciativa, a criatividade e a capacidade negocial para estabelecer acordos que vinculem os outros Estados à participação do interesse global!

     

    Aqui é que temos a maior diferença:

    Eu não acho que as organizações devam aumentar os esforços nem os estados devam (só) negociar.

    Eu acho que o problema é acima de tudo social e que os esforços devem ser nesse sentido.

    O fruto proibido será sempre o mais desejado, mas se encaramos a velha de casaco de peles como uma criatura do mesmo tipo e abaixo de um chulo de rua (afinal de contas o seu conforto depende do sofrimento de um ser que não teve opção), se esclarecermos as pessoas do mal que fazem e as apontarmos aos outros, pode ser que sintam alguma vergonha e deixem de expôr a porcaria do pedaço de coral em cima da cómoda, simplesmente porque só lhes fica mal.

     

    (...)Quem é que fez isso? Não foi o estado brasileiro que criou as leis que proíbem a captura, criação e comércio de peixes? E será que procurou estabelecer acordos, a fim de proibirem a entrada desses animais noutros países?

    Será que há interesse nesses acordos? Principalmente por parte de quem os incentiva?

    A hipocrisia reina na sociedade actual, o que interessa é aparentar, não é obter resultados.

     

    (...)Quando lutamos por uma causa normalmente sofremos, mas é nosso dever participar para tentar reduzir ao mínimo essa agonia... e se possível sempre com um sorriso nos lábios! :(

    O sorriso ao fim de algum tempo torna-se complicado...

     

     

    -----------------//-----------------------

     

    (...)pela sua menssagem e o conteúdo seu descrito eu tenho certeza que tem alguma influencia e poderia ter muito a acresncetar aqui , ao contrario do Woody_PT que fala fala e não (palavra corrigida) fala nada , só distorce as coisas

    No meu discurso procuro sempre deixar claro que se trata apenas da minha opinião e nada mais.

    Não procurei acrescentar nada além do meu ponto de vista.

    Ponto de vista esse que por sinal é bastante flexível. quando correctamente confrontado e justificado mudo-o rapidamente tornando-o mais firme (acho que é um dos factores que me faz evoluir).

    Vais-me desculpar mas isso não aconteceu com a tua intervenção (quase que me leva até a achar que só perdi tempo).

     

    Eventualmente falo muito dizendo pouco. Isso deve-se certamente ao tempo passado na política, de onde saí desiludido ao me convencer que o único proposito é o bem estar próprio. Quando tentei o activismo paralelo, verifiquei que passou a ser a projecção pessoal que importa, aquilo que vamos defender é completamente irrelevante

     

    Nesta altura faço a minha quota parte: transmito as minha idéias a quem me rodeia e procuro manter um comportamento coerente: Respeito o que não é só meu e não consumo mais do que necessito.

    Já concluí que o planeta não está em condições para receber um filho meu, portanto se se tornar um deserto ou se explodir no minuto seguinte ao meu desaparecimento é algo que me passa completamente ao lado (só não consigo ficar indiferente).

     

     

    Mas tudo isto apenas do meu ponto de vista, evidentemente...

  4. (...) E ainda que assim seja, a água da Amazónia é asséptica? Sem nenhum parasita? Não existem por lá larvas de mosquito? E os peixes não as comem?

    Mas no espaço de um rio não estão sujeitos ás mesmas condições e têm defesas que são dispensadas quando estão colocados num ambiente controlado.

     

    Além disso também morrem pelos mesmo motivos, simplesmente se num aquario morerrem quatro ou cinco, é grave. No rio será imperceptível (e até necessário).

     

     

    Os Índios da Amazónia também certamente que não sofrem de rinites alérgicas, mas aqui qualquer criança actualmente tem uma catrefada de alergias.

     

    Convém ter presente que, por melhor que esteja, um aquário não é nem reproduz fielmente a natureza mas sim um esboço muito tosco.

     

     

    Em minha opinião, claro...

  5. Jacinto, não tens que pedir desculpa pois eu entendo perfeitamente o teu ponto de vista e até gostava de concordar contigo.

     

    Eu também conheço muito pouco ou nada da realidade brasileira e menos ainda do Amazonas, mas conheço um pouco da realidade humana.

    Como muito bem dizes "trata-se de uma extensão enormíssima de território com uma infinidade de riquezas naturais e interesses em jogo"

    Isso torna-a uma zona extremamente dificil de controlar, facílima de explorar e demasiado apetecível.

     

    Eu julgo que o governo brasileiro tem como prioridade o bem estar da população (humana) e está em tal situação que provavelmente está disposto a fazer sacrificios (o desmatamento do Amazonas é prova disso).

    A "comunidade internacional", por seu lado, passou este tempo todo a espatifar o planeta como bem quis e lhe apeteceu de forma perfeitamente inconsequente e agora confortavelmente apercebem-se que fizeram bosta e obrigam o Brasil (e muitos outros países em situações equivalentes) a ficarem quietinhos e a não explorarem a sua riqueza natural "porque nos faz falta a nós".

    Não acho muito bem, evidentemente, mas acho indispensavel visto o estado em que o planeta está. Acho também que essa mesma comunidade internacional deveria pagar pelo menos o oxigénio fornecido pela Amazónia (e bem pago), já que impedem o país de rentabilizar o que tem.

     

     

    Isto de um ponto de vista politico, ou economico (actualmente a politica serve única e exclusivamente os interesses economicos - e a muito curto prazo).

     

    Depois temos a questão social, as pessoas:

    Nunca ouvis-te falar ou nunca viste em documentários, exemplos de Organizações que através de programas dirigidos pelos Estados exercem acções de formação sobre antigos caçadores e pescadores furtivos, integrando-os como funcionários de parques naturais, como trabalhadores de empresas de turismo, como funcionários de centros de investigação científica, garantindo-lhes assim um emprego e um salário dignos e mantendo-os em a realizar tarefas relacionadas com aquilo que eles mais gostam - a NATUREZA e a defesa do património do seu país e consequentemente a defesa dos seus intereses?

    Ouço falar e vejo os documentários e reparo também que a maior parte desa reinserção é justamente como guardas e fiscais. E nunca são suficientes.

    Vejo, por exemplo, em África onde são obrigados a cortar cornos de Rinoceronte e presas de elefante para evitar que os caçadores furtivos os matem apenas para lhes retirar isso - com os peixes será complicada uma acção de prevenção desse género.

     

    Certamente não me consegues desmentir quando digo que enquanto existir quem compre, seja uma pata de elefante para guardar guarda-chuvas, um corno de Rhino porque acham que dá "força" ou um peixinho porque fica bem na sala, existirá sempre quem esteja disposto a arriscar para conseguir isso, independentemente das consequencias.

    E quanto piores as consequencias, mais dificil será, maior o seu preço.

    Quanto mais caro, mais interesse terão os compradores (na sociedade dita "civilizada" a ostentação é uma prioridade) e os "fornecedores" mais riscos estarão dispostos a correr.

    E o ciclo continuará...

     

    Por isso é que digo que eliminar tudo isso é completamente utopico.

    Não digo que não se deva trabalhar nesse sentido, repara, mas estou certo que o máximo que se consegue será reduzir ligeiramente as consequencias, o objectivo nunca será conseguido.

     

    Isto porque os "esforços" são sempre, hipocritamente, dirigidos á parte mais fraca.

    Se um país da dita comunidade internacional proíbe a outro país a captura e exportação de determinada espécie, mas não proíbe a sua importação, comércio e propriedade dentro das suas fronteiras, o que é isto senão hipocrisia e qual é o objectivo senão uma perfeita utopia (além de servir para calar as vozes de quem realmente se incomoda)?

     

     

    Peço desculpa pelo testamento, mas é um tema que me revolta e perante o qual não vejo melhorias, apenas um prolongar da agonia :x

  6. O comportamento do teu betta é perfeitamente normal, como é um peixe com grandes barbatanas e o seu habitat natural são charcos e arrozais, é um peixe que se "cansa" com alguma facilidade em grandes aquários ou com mais corrente de água, não é propriamente dormir :x, mas gosta de descansar no areão ou em outro qualquer apoio que arranje.

    O que dizes está correctíssimo, mas só como informação:

    Em estado natural, o Betta não tem as suas características grandes barbatanas (nem as cores tão vivas), sendo alguma coisa mais rápido.

     

    Os que conhecemos são mutações conseguidas por reprodução selectiva, não se encontram na natureza.

    http://columbia.thefreedictionary.com/betta

    http://www.institutohorus.org.br/download/...a_splendens.htm

  7. (...) Eu acredito numa gestão equilibrada, através da qual o mundo inteiro tem a ganhar… e sobretudo o Brasil - os “piambeiros” poderão ser os melhores defensores e fiscais do seu património (se isso lhes der uma vida digna - trabalho honesto e dinheiro), as empresas de comércio continuarão a ser rentáveis, o Estado aumentará as suas receitas, os aquariofilistas continuarão a ter peixes … e sobretudo o Amazonas continuará a existir!

     

    A postura não poderia estar mais correcta.

    Mas, quanto a mim, é simplesmente utópica.

     

    Isto porque estamos a falar em humanos.

    Uma das suas características mais importantes é a ganancia.

    Quero com isto dizer que os piabeiros, por mais bom senso que tenham e que ponderem que devem gerir as suas capturas em função do futuro, há de aparecer sempre um que pensa "porque devo deixar pra capturar amanhã se posso capturar tudo hoje antes que outro faça?"

     

    Infelizmente é uma característica da nossa espécie já mais que provada e comprovada nas civilizações mais "evoluídas" ás mais sub-desenvolvidas.

    Se existir dinheiro á mistura é isso que acontece. Neste caso estamos a falar em interesses economicos dos países ditos desenvolvidos, o que torna o panorama bem pior.

  8. Antigamente chamava-se simplesmente "filtro biologico" aos filtros biologicos de fundo.

     

    Eram umas placas perfuradas ou ranhuradas que se colocavam debaixo do areão e com um tubo até á superficie.

    Com a ajuda da bomba de ar, mais tarde com cabeças motorizadas, fazia-se circular a água desde debaixo da placa até á superficie com esse tubo.

    Desta forma forçava-se a passagem da água pelo areão, auxiliando assim a filtragem biologica efectuada pelas bactérias residentes no areão.

     

    Actualmente já existem soluções igualmente baratas e bastante mais eficazes para a filtragem biologica (como já explicado) e sem os inconvenientes dos FBF:

    - Deposição de resíduos por debaixo da placa - o que obriga á desmontagem completa do aquario no máximo a cada dois anos.

    - Nos plantados torna-se complicado, pois as raízes tendem a crescer enrolando-se nas ranhuras da placa.

  9. (...)Mas tento dar as melhores condições ao meus peixes, dos quais gosto muito.

    Nunca pus isso em questão, aliás já o imaginava.

     

    O que realmente questiono será a diferença entre "crescimento saudavel" e simplesmente "engorda rápida".

    Ou seja, eu acredito que um crescimento acelerado dificilmente poderá ser saudavel.

     

    Sem exercicio, realmente o crescimento será mais rápido mas dificilmente o esqueleto e a massa muscular irão ganhar a consistencia e desenvolvimento normais e saudáveis.

    Já num tema que não domino nada, não será que esssas características se irão fixar e propagar de geração em geração?

     

    A ser assim, realmente poderemos conseguir especimens bonitos e em pouco tempo, mas provavelmente bastante mais frágeis e com um tempo de vida provavelmente mais curto.

     

    ...ou não?

  10. Apesar de gostar de ler e absorver estes artigos, mesmo como leigo houve algo que me fez alguma espécie:

    (...)

    Quando são muito jovens, quanto menos energia os pequenos gastarem a alcançar a comida, mais energia vão ter para o crescimento. Logo menos espaço limita a perda de energia.(...)

    Esta não é uma filosofia demasiado de "aviário"?

     

    Certamente existem os criadores e os que gostam e respeitam o animal.

     

    Do ponto de vista do criador certamente essa será a melhor opção: crescimento o mais rápido possivel para facturar quanto antes.

    Agora, para quem gosta e respeita o ser vivo tal como ele é, isto não será um pouco forçado?

     

    Indo ao extremo, se os colocarmos em couvettes de gelo será o ideal, não?

     

    (digo isto não como forma de censura ou crítica, mas apenas como expressão da minha opinião)

  11. E não será que o fulano da loja, quando se referiu ao silicone não aguentar, se estaria a referir justamente a filtros de cascata?

     

    É que, por muito pouco que seja, um filtro acaba sempre por vibrar. Sendo de cascata, essa vibração será toda absorvida pelo vidro (se não tiver moldura em cima).

     

    Quanto menor o vidro, maior será a vibração transmitida ás junções em silicone...

  12. Pode sair um pouco do projecto original, mas é uma questão de dedicação, tempo e paciencia.

     

    Podes esntreter-te com um alicate e ferro de soldar e divertes-te a fazer o esqueleto do formato pretendido em arame.

    Dás a forma com arame cruzado, soldando os "cruzamentos" e/ou amarrando com um fio metalico mais fino.

     

    Com isto feito, o passo seguinte pode ser feito de uma de duas formas:

    Levas o esqueleto a uma casa que trabalhe em fibras (agora com a moda do tóining não falta disso, mas se te informares numa marina encontras melhores profissionais) e pedes para te folocarem duas folhas de fibra nisso, uma por cima e outra por baixo.

     

    Ou compras o material (é uma quantidade consideravel de fibra e resinas, não deve ser fácil) e entreténs-te também com isso.

    É um trabalho chato mas não dificil, mas acaba sempre por sair o que queres.

     

    É a minha sugestão...

  13. Se és de Leça da Palmeira, tens uma loja na Srª. da Hora onde, na semana passada, tinham Gourami Pérola.

     

    Outra opção é proximo do Kart Center. Tem sempre poucos peixes mas ele encomenda aquilo que quiseres.

  14. Pois, realmente há sempre a dúvida se realmente está em sofrimento ou apenas desconfortavel ou inadaptado (foi oferecido com a maior das boas vontades e era muito bonito e elegante quando jovem, mas como não o consigo identificar nem sei se está num ambiente confortavel para ele).

     

    Tenho-o deixado andar, mas aborrece-me das raras vezes que o vejo, pois está sempre escondido.

     

    A forma mais rápida de lhe tirar o sofrimento, segundo o que li (http://faq.thekrib.com/pt/begin-longterm.html#death)é mesmo a decapitação, mas quem é que é capaz disso? :?

  15. (Não sei se este topico deveria estar aqui ou no forum de doenças)

     

    Qual a vossa opinião acerca da eutanasia aos peixinhos?

     

    A mim sempre me incomodou bastante ver um animal a sofrer (felizmente foi muito raro isso acontecer), mas por outro lado é-me impossivel terminar-lhe o sofrimento.

     

     

    Recentemente li num site várias formas de terminar com o sofrimento dos animaizinhos, uma das quais achei menos desagradavel:

    Numa solução de água com 20% de vodka, coloca-se lá o peixe que adormece e acaba por morrer sem sofrimento.

    Se fosse comigo, acho que seria esta a minha opção :)

     

     

    Nesta altura tenho um peixito (que não consigo identificar) que me foi oferecido há quase um ano.

     

    O gajo sempre passou o tempo escondido, só aparecendo feito um foguete na altura da alimentação.

    Cresceu imenso e sempre me deu a sensação que o fulano é meio torto (o corpo não é a direito, mas faz duas curvas ao longo da espinha).

    Recentemente, ao mudar o pessoal para um aquario maior, consegui criar esconderijos que eu possa observar e o fulano lá se meteu num deles.

     

    O facto é que o tipo passa o tempo deitado, muito quieto. Ás vezes com movimentos aparentemente desordenados.

    Agora nem para comer aparece, mantendo-se no fundo, quase sempre de lado.

     

    No outro dia enchi-me de coragem, coloquei água e alcool numa bacia.

    Quando aproximo a rede do gajo, o tipo arranca com uma vontade de viver tremenda tornando dificl a captura.

    Quando desisto lá volta o fulano à postura habitual.

     

     

    Eu sei que na natureza, se estiver fraco há sempre um predador que lhe tira o sofrimento, coisa que não acontece lá em casa.

     

    Resumindo, custa-me vê-lo assim (nunca lhe tive grande afecto, mas agora...), mas por outro lado aparentemente sou incapaz de o matar (nem ninguém lá em casa, só mesmo a minha Mãe, mas teria que ser eu a apanha-lo).

     

    O que fariam no meu lugar?

  16. O Beta vive em pantanos e arrozais, vivendo nas épocas secas quase sem água, na lama. Daí a sua necessidade do labirinto que lhe permite respirar ar.

     

    Mas apesar de na natureza viver assim não significa que isso lhe seja confortavel.

    da mesma forma que os machos se desfazem na natureza e não os juntamos num mesmo aquario.

     

     

    E outra coisa que me faz espécie é a associação dos globos aos peixinhos.

    Para mim é o mesmo que associarmos as masmorras aos homenzinhos.

     

    Só porque tanto um como outro foram feitos para tal, isso não nos obriga a utiliza-los dessa forma (pelo menos não se respeitarmos os individuos).

    Um globo fica muito bem com um cacto lá dentro como uma masmorra com uma boa adega :twisted:

     

     

    Isto em minha opinião, claro...