Nuno Prazeres

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Posts publicado por Nuno Prazeres

  1.  

    Qualquer solução de "aditivos" será apenas temporária, não manterá o pH estável.

     

     

    Depois de mais de 30 anitos de aquariofilia que levo no lombo, ainda não encontrei nada que me faça discordar desta frase.

     

    É 100% como diz o Toutinho.

     

    A água tende para um ponto de equilíbrio do seu pH que dificilmente se manipula de forma permanente a partir de produtos que se adicionam intermitentemente. Até pode ir para onde queremos mas depois de umas horas ou uns dias, lá volta, casmurra, para onde estava. Mesmo colocando aditivos na água nova de TPAs, isso tende a acontecer.

     

    O problema não se resolve de fora para dentro. Temos é que ter dentro do aquário algo que esteja permanentemente a corrigir a química da água para um novo ponto de equilíbrio.

     

    As melhores soluções que conheço para acidificar são, por ordem de eficiência, os substratos ativos, a turfa, as pinhas de amieiro e finalmente as folhas secas.

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  2. Hoje vi pela primeira vez um comportamento reprodutivo óbvio dos Nannostomus eques. Infelizmente sempre que tentei filmar fugiam.

    Não sei se chegaram a desovar mas não tenho dúvida qualquer que estavam a tentar.

    Nunca tinha visto aquele tipo de posicionamento em todos os peixes que tive.

    O macho coloca-se por cima da fêmea e toca-lhe constantemente com a parte de baixo da cabeça dele no topo da cabeça dela. Ela dirige-se a uma raíz de Limnobium e aí ele coloca-se ao lado dela e treme com o corpo.
    Ela afasta-se e o processo repete. A certa altura um cardinal andava atrás deles porque deve ter topado que havia ali oportunidade de comer qualquer coisa...

    Como disse, não consegui ver ovos mas aquele comportamento não pode significar outra coisa que não seja pelo menos uma tentativa de desovar.

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  3. Vai correr bem de certeza!

     

    Já agora, uma vez que estás aí a bombar apistos à grande :) deixa-me aproveitar o teu tópico para sugerir que faças uma experiência.

     

    O livro que era a bíblia dos apistos aqui há uns 10/15 anos (Uwe Römer, Cichlid Atlas, Vol 1):

     

    51XVPBKJ6NL._SY344_BO1,204,203,200_.jpg

     

    que na altura comprei tinha um capítulo muito interessante onde se procurava demonstrar que a temperatura a que os ovos fertilizavam e incubavam tinha influência no rácio de produção de machos/fêmeas.

     

    Ou seja: em torno de 26 graus na espécie testada saia 50/50. Mais do que isso, a coisa pendia para o lado dos machos. Menos pendia para as fêmeas, sendo que a 22 graus ou abaixo nem saiam machos.

     

    Ora como a maior parte das espécies têm estruturas de harém, dá jeito ter mais fêmeas.

     

    Daí a minha sugestão para tu testares. Já que tens baterias e essa maltinha quando dá de desovar não tem como parar, não queres experimentar promover uma redução gradual de temperatura para assim conseguires em teoria rácios mais favoráveis às fêmeas?

     

    A mim irrita-me que um animal que na natureza tem uma relação funcional macho/fêmea de 1:3 ou mais seja sempre vendido aos casais.

    Depois vem aquela teoria de, "como são pequenos quaisquer 30 litros servem para ter um casal".

    Uma das consequências óbvias é que montes de vezes a fêmea morre. Em muitos casos é o macho que a mata, noutros nem chega a ser necessário porque o stress causado pela situação completamente anti-natural leva-lhe as respostas imunitárias em três tempos. Alimentam-se mal e morrem com a primeira doença que aparecer mesmo que não seja visível.

     

    Por isso era interessante remar contra essa maré.

     

    No meu caso, se vier a ter apistos em breve, na impossibilidade de comprar um trio ou 3 fêmeas para um macho, comprarei sempre dois casais.

     

    Se um macho dominar o outro e ficar com as duas fêmeas (que é o mais provável) isso será a ordem natural das coisas e é certo que a descendência terá mais qualidade porque será filha do macho mais forte. O outro terá que se defender com aquilo que o aquário lhe der como território. O livro também fala nesse tema. Há zonas nas colónias de apistos que são integralmente ocupadas por machos "caídos em desgraça" que apresentam mesmo sinais físicos de terem sido expulsos à dentada.

  4. eu tinha um sistema de 400 l com um trio de borellii.

     

    Na primeira desova, aspirei os alevins que consegui (já nadavam há uma semana) e coloquei-os num tanque de crescimento onde levavam com tudo do bom e do melhor além de valentes TPAs. Esse tanque tinha 70 litros e era bare bottom. Tinha apenas alguns tubos de PVC para eles se esconderem.

     

    Entretanto alguns irmãos que não consegui aspirar ficaram no aquário onde nasceram onde comiam o que lhes chegava à boca se chegasse...

     

    Os do "crescimento" era com artemia recem nascida, daphnias, vermes de grindal e larvas de mosquito. Tudo comida viva.

     

    Pois os 5 ou 6 que ficaram no 400 litros cresceram mais rápido e ficaram maiores.

     

    Os outros acabei por vendê-los todos a uma loja. Não estavam anões mas tinha 80% do tamanho dos outros.

  5. Como escrevi, não sei se é mito mas também tive uma borellii bonsai que desovou e ficou para sempre com aquele tamanhito.

     

    Eu não tenho apistos há mais de dez anos mas continuo a achar que um casal deles precisa de mais espaço do que por exemplo um de escalares que são bem maiores. No que toca a crescimentos sempre tive uma relação direta entre tamanho atingido e velocidade de crescimento e litragem do aquário.

  6. Eu tenho possibilidade de fazer umas quantas coisas novas com a luz só via software. Moonlight, passagem de nuvens, variações de intensidade luminosa máxima (na natureza nunca há dois dias iguais), relâmpagos noturnos mas nesta altura, já não era nada mau melhorar os algoritmos de nascer e por do sol porque as variações ainda estão muito bruscas.

     

    Preciso dum segundo Arduino para fazer esses desenvolvimentos.

     

    Quanto às TPAs automáticas, o mais difícil é fazer as ligações. A RO à canalização controlada por um solenoide ligado ao arduino e uma powerhead ligada ao esgoto. Depois metem-se umas boias de controlo de nível e um relay e pronto. A questão aqui é que um erro de software ou hardware pode ser catastrófico por isso tenho que fazer também um circuito independente (a pilhas para não depender da edp) para desligar o que tem que ser desligado..

     

    A chuva é um gadget que não me parece valer muito a pena até porque, para ficar bem, pode implicar um complexo sistema de tubos que vai interferir com a iluminação.

     

     

     

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  7. O limão é meramente ácido cítrico com mais alguns elementos orgânicos que rapidamente são processados pelo sistema. É uma solução caseira para baixar o pH. :)

     

    O time lapse está previsto mas não tenho equipamento para tal. Posso é meter tudo a acontecer apenas num minuto bastando kitar o controlador. :)

     

     

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  8. Isso é só boa vida, gostei da ideia do nascer e por do sol, mas se for coisa de 5 segundos o efeito é o mesmo e sem graça, quanto tempo tens no teu?

     

    Aquilo está assim:

    14:00 - Cool White acende no mínimo e sobe 1/60 por minuto a partir daí

    14:10 - Acendem os vermelhos no máximo (não me dei ao trabalho de lhes controlar a inensidade mas é algo que posso vir a fazer)

    15:00 - Está tudo no máximo

    23:00 - Cool White começam a descer 1/60 por minuto

    23:50 - Apagam os vermelhos

    00:00 - Os Cool White apagam

     

    Ou seja: o nascer e pôr do sol demoram cerca de uma hora cada. Digo cerca porque os primeiros 15 minutos do por do sol e os últimos 15 do nascer mal se notam ao olho humano.

     

    O pôr do sol pouco antes das 23:50 é o momento mais espetacular do aquário porque predomina um laranja que parece completamente natural como o que se vê no céu no verão

     

    Se meter controlo de intensidade nos vermelhos, consigo prolongar e eventualmente melhorar esse momento ímpar.

     

    O comportamento dos peixes nessa altura não é menos interessante. Os cardinais formam um cardume denso e começam a patrulhar nervosamente o aquário dum lado para o outro como se estivessem à procura do melhor sítio para descansar. Os lápis mudam de coloração e lutam pelos melhores locais para dormir que parecem ser os que ficam ao lado dos galhos semi-submersos.

     

    O programa que controla a luz ainda pode ser bastante melhorado porque as variações ainda são demasiado bruscas.

     

    Os relâmpagos, entretanto são só para entreter mas há alguma evidência que tem influência como estímulo reprodutivo para algumas espécies nomeadamente as que vivem em zonas com uma clara estação húmida como a Índia (monção) e grande parte da América do Sul e da África tropical e equatorial. Por exemplo simulações de relâmpagos e chuva com trovões artificiais há muito que se usam para fazer os crocodilos acasalarem.

     

    O porquê é simples. Cada espécime vive uma corrida contra o tempo em que tem que reproduzir-se no intervalo temporal que mais propicía a sobrevivência dos descendentes. Com o início da estação húmida vêm as inundações e subitamente insetos, formigas e suas larvas e demais animais que constituem alimento passam a ser acessíveis em enormes quantidade.

     

    Por isso, se começa a chover e relampejar à bruta e a água fica mais branda, toca a procurar fêmea que está na hora. A fêmea faz por desenvolver rapidamente os ovos para a miudagem nascer logo no pino da abundância.

     

    Rio Meta: também vou procurar!

     

    pH e dureza constantemente a subir: além do tronco, tenho um novo suspeito: o siphorax! Porquê? Porque já serviu numa solução para curar rocha viva para um salgado e temo que tenha ficado com algum calcário. Tenho feito mudas diárias de 50 litros com pinhas de amieiro à mistura e um pouco de sumo de limão. Gradualmente já estou a 6,45 para um TDS de 55ppm. O alvo é pH = 6,0 para 50ppm. Chegado aí fico quieto durante cerca de um mês. Depois logo se vê como está o tamanho dos peixes e, se for aceitável, avança o condicionamento reprodutivo.

     

    DIY: é a gente combinar!

     

    vamos ver o que tens mais para ensinar, é sempre um prazer ler as tuas novidades, haja paciência.

    Epá obrigado!

  9. Que fonte estás a usar?

     

    Eu hoje não tive tempo para grandes experiências mas ainda assim consegui um minutinho para testar uma fonte de 9V que larga até 1100 mA.

     

    Ora como eu suspeitava, produz para aí 1/4 senão menos da fumarada que a outra de 20V consegue.

     

    Entretanto como tens um breadboard, em vez do relay, podes experimentar fazer a coisa com um mosfet TTL que é bem mais barato e ocupa para aí um décimo do espaço. Também tem outras vantagens.

     

    Se usares uma saída analógica até podes fazer experiências com o pwm e regular a potência do teu twinstar. Ora com relays isso não é possível.

     

    Está aqui o esquema. Em vez do motor, metes o twinstar... (o diodo em paralelo penso ser um contactor para proteger o motor pelo que não é necessário no nosso caso)

     

    rfp30n06le-arduino-solenoid.png

  10. Uma nota adicional.

     

    Lá porque os meus aquários apontam quase sempre para o biótopo, nada tenho contra montagens generalistas. Apenas defendo que se devem procurar sempre as condições que melhor se adaptam aos respetivos seres vivos.

     

    Acho que qualquer um sabe que não se misturam Tropheus com discos num tanque de águas salobras mas, ainda assim, aparecem casos não tão limite em que em termos práticos não deixam de representar uma agressão ambiental para determinadas espécies que infelizmente escapam à maioria dos aquariofilistas.

     

    O mais típico é o do kribensis no meio de ciclídeos africanos. São todos de África? Siga...

  11. Boas,

    Boas João!

     

    Li há uns tempos um post teu em que (e muito bem) criticavas o facto de muita gente fazer misturadas de peixes que requerem meios substancialmente diferentes.

     

    Neste caso, e no maior espírito construtivo e considerando o rigor que colocas nos teus projetos, parece-me que tens de optar entre um meio de águas negras ou um meio de águas claras.

     

    Não faço a mais pequena ideia sobre os khulis mas quanto aos apistos e neons há diferenças significativas relativamente aaos respetivos meios ótimos:

     

    Águas claras: pH > 6 mas raramente superior a 7, mineralização baixa mas com TDS superior a 80 e inferior a 200.

    A penetração da luz é excelente e é o ambiente ideal para plantas aquáticas.

     

    Águas negras: pH entre 4,5 e 6, mineralização extremamente baixa com TDS inferior a 20 em muitos locais que vi analisados - quando se colocam folhas e troncos mal curados nos aquários, a coloração fica acastanhada e a química da água aproxima-se mais das águas negras. As águas negras são tão nutricionalmente pobres que raras são as espécies de plantas aquáticas que lá vivem.

     

    Em temos de América do Sul e usando como referência algumas espécies mencionadas.

     

    Águas claras:

    P. simulans, A. macmasteri, A. hongsloi - bacia do Orinoco

    A. borellii, A. trifasciata - bacia do Paraguay

     

    Águas negras:

    P. axelrodi - Rio Negro (Amazonas)

    Apistos típicos raramente se encontram à venda mas o Apistogramma elizabethae às vezes aparece.

     

    Considerando que queres apontar para águas negras (taninos na água, dureza bastante baixa e pH entre 5 e 6), a minha sugestão vai para um trio de Dicrossus filamentosus. Vão aparecendo nas lojas, são relativamente pacíficos e seguramente que não têm tamanho para comer camarões adultos (mas irão dar caça permanente aos juvenis mas isso vai acontecer com qualquer ciclídeo).

     

    Não se pode dizer que seja um peixe extremamente fácil mas, dada a forma racional e conscenciosa como tratas os teus projetos, não irás ter problemas. Mais... eles vivem nos mesmos ambientes que o P. axelrodi e várias espécies de peixes lápis e tetras pelo que tens montes de hipóteses para escolher espécies que requeiram tratamento parecido.

     

    Aqui vai um video dos ditos na natureza (a melhor forma de lhes preparar o ambiente é, sempre que possível, deitar o olho ao seu meio natural).

     

    Neste caso partilham o biótopo com cardinais e muitos outros peixes frequentes em aquário. Deu-me um trabalho imenso saber onde é que isto foi filmado mas fica no médio Rio Negro cerca de 50 km a norte da cidade de Barcelos.

     

    http://www.youtube.com/embed/5EV12vdZ61g

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  12. Bom dia, tambem tenho um aquario ciano 120, a minha questao é, sera possivel instalar luzes led pelas t5 dentro da tampa?

     

    Se usares sprips à prova de água seguramente que sim.

     

    Está aqui um projeto com esse tipo de leds e como são colocados em fita, podem ficar no espaço antes ocupado pelas T5.

     

    http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showtopic=237046

     

    Deves é selecionar leds de elevada qualidade como foi o caso nesse projeto.

     

    Naquele estabelecimento de bricolage cujo nome tem três letras e a do meio é um "K", :naughty: há perfil de alumínio que parece que foi feito de propósito para estes projetos. Não é específico para leds mas é em forma de "E" deitado e tem a largura ideal por isso dissipará o calor de forma excelente.

     

    Agora quantas filas de leds destes de elevada qualidade tens que colocar para chegar ao mesmo efeito duma T5, isso já não sei ao certo mas apontaria para 2.

  13. Um detalhe em off-topic, nao vais perder a 'pica' do hobby quando daqui a alguns meses estiver tudo definitivamente estavel e ja n existir mais experiencias a realizar?

     

     

    Eu acho que não. Uma das coisas que mais gosto é, depois duma fase de brutal investimento inicial, ficar com um sistema em que praticamente basta juntar comida, lol!

     

    Nem imaginas a pica que isso dá... :)

     

    Aconteceu-me assim com um reef que tive durante 7 anos e só os meus "amigos" da EDP conseguiram acabar com ele fazendo coincidir uma falha de energia daquelas fixes com o meu período de férias. Em 7 anos morreu-me um peixe (de velhice) devo ter tirado uns bons 10 kgs de coral que cresceu por lá. A única seca que aquilo dava era encher um bidon de reposição de água uma vez por mês, meter um pó de cálcio no reator e fazer uma TPA de 50 litros. Também tinha que ir buscar água ao mar de 6 em 6 meses mas não ia sozinho e havia minis envolvidas por isso... É verdade, havia que encher o CO2 também de 6 em 6 meses.

     

    No caso deste aquário, está previsto um sistema de TPA automática. Ainda falta colocar um móvel à volta da estrutura e depois organizar o interior. Provavelmente preciso de fazer mais um projeto de leds para iluminar a sump. Preciso de ter a cultura de Daphs (onde sei que também vai aparecer larva de mosquito cinzenta e vermelha) e um par de culturas de vermes de grindal.

     

    Depois é só mesmo curtir o cenário. Face ao salgado é 5% do esforço...

  14. Vais ver de certeza!

     

    Nuno, permite-me um reparo...não estarás um bocado fixado na meta do ph?Afinal de contas de 6,75 para 6.95(com 10% de RO e água das tais dezenas de pinhas de amieiro) a diferença não é nada de significativo...pergunto se faz sentido tanta mexida e oscilações quando na realidade os peixes querem é estabilidade.

    Se tivesses ai peixes selvagens e um pouco mais delicados acho que ainda conseguia perceber o teu objectivo mas assim não vejo grande sentido, de qualquer forma continuo a acompanhar e esta minha observação não é de forma alguma depreciativa da tua dedicação! ;)

     

    Agora, em tom de brincadeira, fazes mais testes que a rapaziada "high tech" dos plantados...isso não será vicio que vem dos salgados? biggrin.png' alt=':biggn:'>

     

    :naughty:

     

    Pelo que me disseram os peixes que tenho são todos selvagens mas não é isso que está em causa.

     

    Relativamente à água, há 3 parâmetros chave depois de concluída a maturação.

     

    pH, mineralização (não é o mesmo que GH/KH) e temperatura

     

    Ora sucede que tenho a vantagem de ter monitores permanentes dos 3.

     

    Isso permite-me, mais do que saber valores absolutos, verificar tendências que são elas as reais agressões à estabilidade.

     

    Outro aspeto que escapa à maior parte do pessoal é que os peixes de pequenos cursos de água, levam com variações de parâmetros muito mais brutais do que pode parecer. Um exemplo: quando cai uma chuvada, a água pode reduzir a sua mineralização para metade ou menos em pouco tempo para não falar no pH porque o da chuva ronda os 5 e picos. Há distintos senhores do hobby (por exemplo um tal Heiko Blehr) que quando mudam peixes dum sistema mais mineralizado para outro menos não fazem ambientação de água. Só de temperatura! Ora todas as minhas intervenções são nessa mesma direção que se acredita não incomodar muito os peixes. Baixar o TDS e o pH.

     

    É exatamente essa a mesma direção dos parâmetros que (juntamente com a subida da temperatura que ainda não iniciei) sinalizam aos peixes desta região que estão aí os gloriosos meses dos igapós (floresta inundada) em que a abundância alimentar é o sustentáculo de todo o processo reprodutivo.

     

    Agora repara numa coisa. O meu TDS alvo para esta época é 50. Estou com ele a 75. Para o baixar para o alvo tenho que fazer uma TPA de 33% com água a zero ppm. No meu caso serão cerca de 170 litros!!! Agora se deixo o parâmetro "fugir" para 100ppm, a muda já tem que ser de 250 litros ou 50%.

     

    É por isso que não quero deixar fugir muito os TDS. Infelizmente tenho ali um tronco que só agora dá sinais de começar a curar. A minha prioridade agora é manter os parâmetros pelas regiões atuais para no final de Março, iniciar a simulação da época das chuvas e aí baixo os TDS para 20 e o pH para 5,5.

  15. Obrigado.

     

    :naughty: As minhas piranhinhas fluorescentes (foi o nome que o meu miúdo lhes deu ao ver os cardinais a comer) ainda são muito novos mas pela velocidade a que crescem e com as condições que lhes vou criar, espero ver algo parecido.

     

    Para já só há umas quantas picardias entre machos adolescentes de "sangue na guelra".

     

    Entretanto fica uma brevíssima nota para dizer que durante o meu "pôr do sol" os senhores N. eques mudam de coloração e ficam com faixas verticais!!!!! Não sei se consigo fotografar mas fiquei de cara à banda. Depois verifiquei que eles durante a noite têm esse aspeto.

     

    Ou seja: a gente com o mero liga desliga das luzes anda a perder alguns pontos muito intressantes da peixada.

     

    Um aplauso para os leds que permitem tais coisas... :pompomgirl::pompomgirl::pompomgirl:

     

    Entretanto, se já tinha resolvido em parte o "problema" dos TDS, agora tenho outro: o pH durante o dia chega aos 7,2 apesar da baixa mineralização. Acabei de fazer uma muda de 10% com água de RO onde estiveram umas boas dezenas de pinhas de amieiro. Essa água estava com o pH de 5!!!! Depois de entrar no tanque ele ficou a 6,95 e a côr da água ficou espetacular mas ainda podia ser um pouco mais escura. Amanhã, segue dose igual.

     

    A explicação para isso é que o maldito do tronco que recolhi na praia deve ter fixado calcário... chainsaw Não encontro outra. bang Mas à custa de acidez e TPAs aquilo vai ao lugar.

  16. Pois os arduinos são como a cerveja. Quando se compra alguma, devia ter-se comprado mais porque já se sabe que não vai sobrar...

     

    Ora novidades: tudo 5 estrelas no aquário incluíndo as algas, LOL!

     

    Aqui vai um vídeo muito mau mas que ilustra o gingarelho que, depois de inclinado, nunca mais deu chatisses...

     

    Amanhã testo isto com outras fontes e indico V e I e saco uma foto da fumarada. Devo arranjar umas quantas. só espero não rebentar com nenhuma.

     

    Também tenho para aqui uma RO+DI que me produz água a 1 ppm de TDS. Estou curioso para ver se aquilo ainda assim conduz o suficiente.

     

    https://www.youtube.com/watch?v=wTC2fTP2RxY&feature=youtu.be

  17. Poder até posso :) mas só tenho um e está bastante longe desse aquário.

     

    Contas por alto o meu bicho fumega 120 minutos por dia.

     

    O twinstar deve rondar 20 a 30.

     

    Claro que a frequência e a duração do período ON são relevantes mas não tinha outra opção.

     

    Vou ver se me emprestam outro arduino mas só o devo receber na 4a. Até lá, vai ter que ficar assim.

     

    Estou a pensar controlar a alimentação da eletrólise com um Mosfet a partir duma porta PWM. Assim até posso testar baixar a potência daquilo.

     

     

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  18. O melhor limitador de I que conheço é o fusível, lol!

     

    É fácil com um LM317 ou um LM338 e uma mera resistência fazer um regulador de intensidade. Eu tenho dois gingarelhos desses a regularem-me a alimentação de leds e aquilo, desde que tenha um dissipador de jeito, aguenta-se bem.

     

     

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  19. Em meço 220mA a passar com 20V de tensão.

    Tomando essa referência como boa, teremos que uma fonte de 12V terá que debitar perto de 400mA. Uma de 5 já terá que ir aos 1000 ou perto.

     

    Agora eu não percebo nada de eletrólise mas suspeito que a questão da voltagem não é indiferente. Será mesmo o parâmetro chave porque o que procuramos primariamente é uma diferença de potencial entre os dois elétrodos.

    Hoje à noite testo com outra fonte com menos V e logo digo se noto diferença.

     

    Tenho o meu diy a bulir 15 minutos de 3 em 3 horas há quase dois dias e até agora não se nota nada de especial nem nos peixes, nem nas algas, nem nas plantas. Penso que só à segunda semana se notarão resultados.

    Acrescento que a física newtoniana leva-me a suspeitar que a voltagem necessária será tanto menor quanto menor for o quadrado da distância entre os elétrodos.

    Ou seja: se as redes estiverem a 1mm a voltagem necessária para gerar o mesmo efeito será um quarto daquela que se usaria caso a distância fossem 2mm e um nono caso fossem 3mm.