André Silvestre

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Tudo publicado por André Silvestre

  1. Boas, Luís, obrigado. Nops, a circulação é perfeita. Apenas uma bomba faz o que duas Nanostream 6055 não faziam: movem muito mais massa de água ao longo de 100cm x 60cm x 50cm e o tipo de circulação que criam é o mais perto possível do natural. Tudo o que é pólipo de coral tem movimento e tanto pode ser um movimento suave como um movimento mais acentuado, com tudo o que está pelo meio. E apenas a 50% de potência. Só vendo mesmo. Os corais podiam estar melhores mas não me posso queixar. A escola tem sido produtiva e lentamente começa a dar os seus frutos. No que diz respeito aos peixes, a lista ainda está aberta. Vão entrar mais três Anthias para fortalecer o grupo que já lá está e ainda estou indeciso se coloque mais oito Chromis ou não... A experiência com estes tem dado azo a mais chatices do que prazer assim que um casal se forma no aquário e começam as posturas. É o terror para os outros peixes. Por outro lado, a combinação entre estes e as Anthias dão uma cor e movimento brutal ao aquário. Ainda não sei o que fazer em relação aos peixes de grupo, apesar de um cardume de Apogons não ser de descartar... Também quero colocar mais um ou dois peixes de pormenor e aí dou-te toda a razão. Um mandarim ficaria muito bem mas não sei se a população de amphipods e afins está à altura para o alimentar. Desde que parei com o fito e zooplankton que o seu aparecimento tem sido mais reservado. A entrada dos anjos também ajudou nesse aspecto. Vamos ver... Obrigado pela sugestão. É uma janela para a coluna seca. Roberto, obrigado. Gostei das Tunze até um certo ponto mas para ter uma circulação realmente eficaz a longo prazo, tinha que adicionar pelo menos mais uma 6055 e entre ficar com três bombas sem certeza de que mesmo assim seriam suficientes e ficar apenas com uma com aquilo que já tinha visto pessoalmente da Vortech, não hesitei. Podes ver um review que fiz da bomba para teres uma melhor ideia daquilo que falo: Vortech MP40 - A bomba mãe Deixo mais duas fotos dos dois estarolas, enquanto não vem o terceiro: Abraço, André
  2. Olá, Desde a última actualização e a nível de peixes, entrou um Centropyge loricula, um Centropyge bispinosus e um Ecsenius stigmatura e saiu o Acanthurus tennenti por estar já demasiado grande e territorial para este aquário. A nível de corais, entraram também mais alguns frags para o lugar de outros que perdi por manter o sistema demasiado pobre em nutrientes, entre outros ( quando tiver tempo, desenvolvo um pouco mais sobre isto) e no toca ao hardware, fiz um upgrade à circulação trocando as duas Tunze 6055 por uma Vortech MP40 que comprei na ReefQuest. Não podia estar mais satisfeito com a mudança. A bomba não só é extremamente funcional como bastante " maintenance friendly". Tudo no aquário mexe e a aleatoriedade que a Vortech consegue na criação de correntes faz com que não hajam pontos mortos dentro do aquário. Como senão bastasse, apenas 7cm da bomba é que estão visíveis dentro do aquário e quando chega a altura da limpeza, é só remover a parte interna, meter em vinagre/ácido muriático e está como nova. Na minha opinião, vale cada cêntimo. Aqui vão então as fotos gerais e mais algumas: Abraço, André
  3. Boas, Bruno, tenho todo o gosto em te ajudar no que precises mas penso que o melhor seria criares um tópico único onde expusesses todas as tuas dúvidas de modo a que outros tivessem acesso à mesma informação e pudesse ter utilidade para futuros interessados. Luís, devo colocar umas fotos no fim-de-semana, depois da manutenção habitual. Abraço, André
  4. Olá Pedro, O Signigobius está porreiro apesar de ainda se intimidar e fugir para a toca quando alguém se aproxima do aquário rápido demais. Também é um pouco esquisito para comer mas quando a fome apertar, acredito que vá lá. Passa o dia a comer areia e a filtrá-la pelas guelras, comendo apenas os grânulos mais pequenos e deixando-me a areia limpa. Tem uma maneira de se deslocar e fazer a sua rotina de filtragem de areia muito particular e é isso, juntamente com o seu padrão de cores que o tornam num peixe muito interessante para se ter no aquário. Acredito que aos pares ainda sejam mais fascinantes. A colocação das pedras já foi feita de modo a criar pequenas tocas e cavernas pra os góbios pelo que, felizmente, este aceitou logo uma toca de bom agrado que se encontra no meio do layout, com a entrada para o vidro da frente e por isso não houve qualquer tentativa de escavação. Facilmente o observo quando sai para o exterior e quando se mantém dentro da toca para refúgio. Abraço, André
  5. Mais uma do Signigobius biocellatus: Abraço, André
  6. Boas, Pedro, concordo com o Carlos. Essas dimensões em vidro de 10mm sem travessas, para não ter deformação significativa devia estar com 3/4 de água ou menos. Esse aquário para não levar travessas e não ter deformação significativa devia ter, no mínimo, vidro de 12mm. A pores travessas sugiro que coloques travessas francesas e aproveites ao máximo a altura do aquário em que a colocação das travessas ficariam à face do rebordo dos 4 vidros. Estéticamente é também a solução que escolheria. Em relação ao resto, o Carlos também ja disse tudo. Só adianto o facto de não poupares nas bombas, escumador e iluminação, seja por razões funcionais, upgrade, garantia, fiabilidade do material, consumos, etc. Não vale a pena cair na ilusão e gastar dinheiro em material que sabemos ser fraco e " dar para os gastos" quando, inevitavelmente, teremos que fazer um upgrade e gastar mais dinheiro em novo material assim que elevamos os objectivos que queremos para o nosso aquário. Há que pensar a longo prazo, sempre. Em relação ao escumador, o Carlos não referiu mas considera também os ATB. Sinceramente, dos que ele indicou, à excepção do AP850, eu nem olhava para eles, pelas razões que referi acima. Mesmo o AP850, sendo externo, precisa sempre de outra bomba para o alimentar enquanto que se fores para um ATB 1050, sendo interno, não tens esse problema. É menos uma bomba, são menos consumos, mais espaço na Sump, o rendimento é francamente maior, enfim, as vantagens são várias. Fica a sugestão. Abraço, André
  7. Boas, Hugo, mais novidades para breve... Isto tem de ser com calma. Fernando, esperemos que sim. Tudo depende das lojas. Se os lojistas disponibilizarem aos clientes mais do que o já rotineiro hepatus, Zebrassoma, Ocelaris e afins, concerteza que os aquários terão maior diversidade, mais vida e farão concerteza a diferença. É frustrante ir à loja depois de anunciarem chegada de vivos e dar de caras sempre com o mesmo. É preciso virem gajos de Peniche para trazerem coisinhas novas e bonitas para a loja. Jorge, meu amigo, tu estás com cartão vermelho e impossibilitado de adquirir o que quer que seja enquanto não actualizares o teu tópico com fotos e respectivo texto documentativo do seu estado. Acho vergonhoso obrigares o pessoal a deslocar-se até cascos de rolha para fazer um layout ( não, o almoço e as loiras não chegaram para cobrir o prejuízo desde a última vez que escreveste no tópico) e depois manteres-nos na ignorância. Raio da gravata que te turva o pensamento. Deixa dois dedos de espaço para chegar O2 ao cérebro.
  8. Olá Hugo, Tens a certeza que é folga ou é desgaste na zona do íman? Se é folga, o problema provavelmente está nas borrachas que encaixam nas extremidades do veio. Se o problema for do rotor, necessitas de um rotor de agulhas. Os que viste são rotores de pás que são indicados para as bombas de elevação. Se assim for, contacta a Deltec para eles te reencaminharem para um distribuidor/representante mais próximo de modo a adquirires um rotor novo. Eu já tive esse problema na bomba do meu MCE600 e comprei uma bomba nova mas com rotor de pás que depois de modificada, ficou apta a receber o rotor que era de pás também modificado por mim para rotor de agulhas. Ficou impecável mas a verdade é que não vale o esforço, tempo nem o dinheiro de uma bomba nova por isso tenta arranjar já um rotor de agulhas através da Deltec. Abraço, André
  9. Ricardo, então, como é que vai esse aquário? Partilha lá isso com o pessoal. Tópico xpto de preferência. Abraço
  10. Viva, Para se perceber porque razão surgem as cianobactérias e como as manter controladas ao ponto de não se tornarem visíveis convém primeiro perceber o que elas são por isso chamar-lhes de algas não me parece o melhor caminho a seguir na sua resolução. Como o próprio nome indica, cianobactérias são bactérias fotossintéticas e o seu aparecimento é normal nos primeiros tempos de vida de um aquário exactamente pelo facto de que as colónias de bactérias benéficas que compoem a filtragem biológica ( nitrificantes, desnitrificantes; mais as desnitrificantes) ainda não se encontram correctamente estabelecidas e em número suficiente para haver consumo dos compostos orgânicos ( NO3, PO4 orgânico/inorgânico) e portanto não há competição alimentar suficiente para inibir o desenvolvimento das cianobactérias. O aparecimento de cianobactérias é anormal quando se dá em aquários estabilizados e isso quer dizer que houve/há compromisso da flora bacteriana, pelo que medidas devem ser tomadas no sentido de repor o equilíbrio bacteriano de modo a voltar a haver competição e inibição das cianobactérias. Neste caso, o aquário é recente portanto é normal o seu aparecimento até que se estabeleça um equilíbrio na filtragem biológica de modo a que o PO4 em ambas as formas seja devidamente consumido. As TPAs ajudam no sentido de reduzir o PO4 inorgânico mas o PO4 orgânico permanece no aquário, seja na areia ou na rocha e aí se vai acumulando. TPAs diárias, no início do aquário, servem apenas para agravar a situação uma vez que fazem mais mal que bem; removem mais bactérias benéficas do que as cianobactérias quando é preciso que as bactérias benéficas fiquem no sistema, se instalem na rocha e areia sob forma de nichos e se reproduzam de modo a poderem competir com as cianobactérias. O mais indicado a fazer é deixar o aquário completar a sua ciclagem e monitorizar os parâmetros da água através de testes. Quando estes acusarem apenas NO3 e PO4, estabelecer-se um regime de manutenção com TPAs semanais de 10% através da aspiração das manchas de cianobactérias durante o tempo que for preciso. As bombas devem ser direcionadas de modo a perturbar a fixação e colonização das cianobactérias sob a forma de nichos na areia e no substracto mas não é isso que as faz desaparecer. O seu desaparecimento cabe, em última instância, à competição directa entre o equilíbrio de bactérias nitrificantes/desnitrificantes e as cianobactérias. O seu desaparecimento pode demorar uma semana, um mês ou até mais. O escumador, água utilizada na reposição da água tirada ( água salinada/água do mar), quantidade de alimento que se coloca no aquário, circulação, são tudo factores que influenciam a reposição do equilíbrio biológico e inibição das cianobactérias. O equilíbrio biológico pode ser conseguido de uma forma natural com tempo e paciência ou pode ser conseguido de uma forma induzida através de métodos probióticos com paciência e conhecimento. O tempo nestes últimos está francamente mais reduzido. Nunca mas nunca usem antibióticos como Eritromicina e outros! É a pior emenda que o soneto! Não só destróiem as colónias de cianobactérias como pulverizam completamente todas as outras bactérias benéficas que compoem a filtragem biológica e o resultado, a médio prazo, é novo aparecimento de cianobactérias ao ponto de colonizarem o aquário todo em questão de dias uma vez que a cultura de bactérias nitrificantes/desnitrificantes não existe. Abraço, André
  11. Boas, Hugo, obrigado. Quando os Discus morrerem? Isso é bicho tão lento que até para morrer demora uma eternidade! Diz coisas quando a altura chegar. Tiago, obrigado. A vida veio mais cedo do que estava teóricamente previsto. Os " pózinhos mágicos" e a água viva foram a chave para uma ciclagem mais rápida e estável. Ouviste muito bem! :D Neste momento são as jóias da coroa. Vê mais em baixo. Últimas fotos. Gerais: Vivos: Em relação ao Góbio, é mais um para juntar à colecção. São excelentes adições ao aquário, que pelos padrões e cores que possuem, quer pelo comportamento característico. Este aquário, tendo em conta as suas dimensões e refúgios, será predominantemente povoado por góbios anões. Este já andava a ser cobiçado há algum tempo. Retirei a Donzela que foi útil para fazer grande parte do ciclo e iniciei a introdução dos residentes permanentes. As típicas diatomáceas apareceram há 6 dias mas já começam a mostrar sinais de enfraquecimento. Introduzi dois Turbos para ajudarem na limpeza das mesmas e estão a fazer um excelente trabalho. Com a remoção das Diatomáceas, a coralina que estava por baixo começa a ganhar mais força e já se observa aquela pigmentação natural na rocha, algo que faltava para realçar o hardscape da areia. Antes: Depois: " O algodão não engana!" Alguns corais: Fernando, estas são para ti: :D Resta dizer que o aquário está apenas com 4 x 18W ligadas ( 2 x actínicas + 2 x 8000K) durante 10h diárias e é gerido pela Purist Line, estando a promover, apenas, culturas aeróbicas através do Filtra M, Rb10 e Rb20. Abraço, André
  12. Olá Jeff, O problema que tens com a Aragonite dificilmente se deve à macrovida que tens no substracto. Eu mais facilmente apontaria para excesso de sedimentos com reprodução anormal de bactérias e seus subprodutos, cianobactérias em estado inicial, diatomáceas, dinoflagelados, precipitados do que dever-se aos animais que habitam o substracto. Pelo teu relato na descida do pH, pelo aspecto do aglutinado, por algumas bolhas presas nalgumas zonas de aglutinado e pela coloração do substracto, eu diria que é um misto de bactérias com colonização de algas. Nos testes apresentados não colocaste o PO4 mas provavelmente até vai dar zero ( não quer dizer que não esteja em concentrações suficientemente elevadas para alimentar as micro-algas e potenciar o desenvolvimento bacteriano em excesso sem aparecer nos testes). Para além de poderes ter PO4 orgânico infiltrado no substracto, tens também POM ( Particulated Organic Matter ou, em poucas palavras, detritos) e tudo isso contribui para camadas ou zonas superficiais de areia aglutinada. No teu lugar, fazia o seguinte: - remexia o substracto com uma pinça ou extensor para limpar os vidros ou algo suficientemente pequeno e controlado para remexer pequenas zonas de cada vez do substracto - depois de remexer o substracto, fazia uma troca de água com aspiração dos sedimentos levantados no aquário ou até fazia aspiração ao mesmo tempo que remexia a camada superficial - regular o escumador para uma escumação mais seca de modo a filtrar as macro-partículas mais eficientemente - hipótese de colocar um sharkbag na Sump para optimizar a filtragem mecânica - direcionar a circulação das bombas o mais possível para o substracto ( sem causar tempestade de areia) de modo a teres sempre oxigenação na camada superficial do substracto, manteres os sedimentos em suspensão e dificultares a fixação de micro-algas - tenta dar pelo menos duas semanas para se poder ver os resultados Pelo menos uma vez por semana tento remexer a camada superficial da minha SB de modo a mantê-la limpa, oxigenada, fornecendo também alimento aos corais. O resto é exportado do sistema pelo escumador e aquando da TPA, faço o mesmo com a respectiva sifonação. Atenção para o caso de se tratar de uma DSB. O remexer tem de ser o mais superficial e controlado possível sem comprometer a zona anaeróbia do substracto, caso contrário, há libertação de compostos tóxicos para a coluna de água. Não uses para já o buffer sem antes implementares estas medidas. Tenta perceber primeiro a que é que se deve essa aglutinação do substracto através das medidas que te descrevi antes de tentares corrgir os efeitos do mesmo com químicos. Depois diz como correu. Abraço, André
  13. Olá, Seguem mais umas fotos do estado do aquário: Abraço, André
  14. Olá André, Cada vez melhor esse aquário! Nota-se bem o crescimento dos corais, principalmente das Montiporas. A Tridacna também deu um valente pulo. Noto é que estás com mais algas, ou será impressão minha? Em relação ao escumador, dá uma vista de olhos num tópico que se encontra neste mesmo sub-fórum " Over-skimming". Vais encontrar lá a tua resposta. No entanto, a remoção do escumador não me parece a melhor alternativa a longo prazo e apesar de agora não teres problemas de maior, poderás ter daqui por algum tempo... Gostava de ver umas fotos singulares dos corais que tens aí para se ver melhor as cores e crescimentos. Abraço
  15. António, continuas a interpretar mal os meus argumentos e é aqui que o cansaço se começa a manifestar, pelo menos da minha parte. Eu nunca falei que o escumador, por si só, e em situações normais é capaz de " overskimming". O que eu disse e o que eu experienciei foi que num sistema/ambiente ultra pobre em nutrientes ( ou ULNS como o Ricardo referiu) ou em condições que propiciam este ambiente, o escumador retira a pouca matéria orgânica dissolvida que ainda resta na coluna de água, induzindo " overskimming". É muito diferente do que dizer que o overskimming ocorre apenas por colocar um escumador sobredimensionado. Mais claro que isto não consigo ser... Eu já não digo fazeres a experiência mas se leres, se te informares sobre ULNS vais perceber que as divagações e possibilidades que colocas e que pensas que fazem mais sentido do que as conclusões que aqui expus são, na verdade, as que menos sentido fazem. E atenção que não considero os meus argumentos como verdades absolutas e por isso é que disse no início: Já me apresentaste argumentos válidos que refutam os processos e conclusões que aqui escrevi? Já me/nos deste razões para o que eu escrevi poder ser dúbio ou poder-se dever a outro factor menos o que apresentei? É apenas a isto que me refiro. Ricardo, também já tinha visto alguns tópicos que relatavam a existência de um micro-ambiente. Não foi directamente relacionado com os corais mas sim com o desenvolvimento das Cianobactérias e as bactérias responsáveis pela desnitrificação. Vou tentar encontrar essa informação e se conseguir coloco aqui. A verdade é que a utilização do próprio método probiótico, seja ele qual for, é já por si uma clara demonstração de mente aberta e de perceber como as coisas funcionam! Tal como o Ricardo disse, este foi o ano em que maior importância se deu à cultura bacteriana e tudo o que isto envolve e não foi pelos estudos científicos que ainda não saíram! Foi, sim, porque alguns poucos " aventureiros de mente aberta" decidiram experimentar em primeira mão nos seus aquários e partilharam as suas experiências com outros, levando a um " boom" de tentativa e erro por todo o mundo com excelentes resultados no final. Mais uma vez pergunto: então como é possível? Como é possível andarmos a manipular " n" variáveis sem saber como e no fim obtermos os resultados pretendidos? Ainda para mais num sistema tão delicado como os aquários de recife. Aceito que me digam que há " microprocessos" e " macroprocessos" em que apenas estes últimos são compreendidos. Agora, negar completamente aquilo que se conseguiu através da prática e da teoria a esta associada, para mim não tem nada de " mente aberta" e " derrubar velhas suposições". É precisamente o contrário. Abraço
  16. António, tu tens obviamente direito à tua opinião/negação e ao teu cepticismo. Eu apresentei factos e argumentos que validam as conclusões dai tiradas, mesmo valendo o que vale. Tu divagaste e apresentaste teorias. Face a isso, não vejo motivo para continuar a argumentar. Acho que seria uma perda de tempo para ambos. Ricardo, partilho da mesma opinião que tu ( anatomia do pólipo? lindo! já aprendi mais umas coisas hoje) e foi isso e mais alguma coisa que tentei fazer passar. Espero que o Fernando tenha ficado de alguma forma ilucidado. É verdade, andei a fertilizar os corais. Por acaso já cá não tinha mas sempre é mais fácil de arranjar do que o Nitrato de cálcio tetrahidratado. Edit: Por falar em KNO3, tenho algo que quero discutir contigo. Segue MP para não criar off-topic.
  17. Fernando, sim, há escumação de elementos traço uma vez que estes estão na maior parte associados a moléculas orgânicas ou a organismos. No entanto, se a tua ideia é fazer TPAs com água do mar regularmente, facilmente colmatas essas carências. Deixo aqui dois artigos nesse sentido: Randy Holmes-Farley - " What is Skimming" Ronald Shimek - " Exports from Reef Aquaria" Abraço, André
  18. Boas, António, perdoa-me a franqueza mas há alguma escrita tua em que não consigo perceber o seu significado. Eu gosto de discutir estes assuntos porque acho que é assim que as coisas andam para a frente mas fica difícil estarmos sintonizados quando a comunicação fica deturpada. A ver se através dos quotes chego lá: Concordo à excepção da fé. Não tiro conclusões por causa da fé mas porque a experiência me levou a essas conclusões, porque através de processos por mim controlados cheguei aqueles resultados. Acreditar só porque sim não é comigo por isso se me apresentarem conclusões diferentes com experiências plausíveis, eu aceito. Só porque sim, não. Mas eu não falei apenas na variável escumador. A varável escumador foi apenas a que mudou. As outras variáveis mantiveram-se controladas e inalteradas ( água salinada, poucos peixes, alimentação controlada, não adição de aditivos para corais). Acho perfeitamente válida. Se as zooxanthelas ficam comprometidas com a descida da carga orgânica, a simbiose cessa e o coral não ganha nada em mantê-las, pelo que há expulsão destas por parte do mesmo. Só não percebo é o que queres dizer com " nível óptimo". Será que queres dizer " nível crítico" no número de zooxanthelas ao ponto do coral entrar em stress? Independentemente disso, esta hipótese é consistente com o overskimming e é o escumador, juntamente com as outras variáveis ( água salinada, poucos peixes, pouca comida, ausência de aditivos) que despoleta esse evento. Mais uma vez, as variáveis fixas já eram presentes antes da única variável que alterei ( escumador). Mais uma vez, eu sei qual foi a variável que despoletou o branqueamento juntamente com as outras porque foi a única que foi alterada: escumador. Concordo porque desiquilíbrios súbitos são sempre nefastos para os corais mas não são as bactérias que causam esses problemas directamente nos corais. É a rápida adsorção da carga orgânica induzida, acima de tudo, pelos zeolithes e consumida posteriormente pelas bactérias. Os zeolithes são poderosos adsorventes de amónia e um substracto poroso para o desenvolvimento de bactérias. A própria água fica mais cristalina pela ausência de compostos azotados, razão pela qual se deve aumentar a distância da calha à água quando não há hipótese de mover os corais. Se há uma rápida remoção da carga orgânica da água e há maior disponibilidade de luz através da coluna de água, não há tempo para os corais fabricarem a proteína que os protege da fotoexposição e é por isso que os corais branqueiam. É por isso que quando se introduzem corais no aquário ( principalmente em aquários pobres em nutrientes), é aconselhado fazer-se uma aclimatização à luz, colocando os corais na areia e subindo-os gradualmente na rocha até à posição pretendida. Caso isto não aconteça, os corais podem ressentir-se através de branqueamentos ou perdas de tecido na pontas. Ok, esta aqui não percebi mesmo. Consegues explicar melhor?
  19. Não foi logo a seguir. Foi duas semanas depois e não ocorreu bleaching. O bleaching só ocorreu depois de mais algum tempo, quando iniciei o método probiótico e reduzi ainda mais a carga orgânica na água através do uso de zeolithes e bactérias ( apesar da quantidade que usei de zeolithes ser 1/3 da dose recomendada para o meu aquário, numa semana e meia provocou-me bleaching em três corais). Se por química entendes alteração nos parâmetros ( Ca, Mg, kH) então dúvido porque guardo um registo em excel dos testes feitos semanalmente e estes mantiveram-se estáveis. População bacteriológica? Concerteza! Se estás a aumentar a escumação do aquário, também estás a promover o aumento na exportação das bactérias e seus subprodutos que se traduz por exportação dos compostos azotados e algum PO4 do sistema. Estamos a falar de coisas objectivas. Isso é navegar na maionese António. * - as litragens servem meramente de referência para comparação de escumadores E por aqui me fico. Abraço, André
  20. Talvez seja melhor dividir isto em dois posts para ser mais facilmente visualizado. António, é certo que um estudo científico feito por pessoas devidamente qualificadas na área tem muito mais credibilidade e informação aprofundada do que aquela que simples aquariofilistas podem partilhar. No entanto, no que me diz respeito e dependendo do assunto, sou capaz de dar mais credibilidade à nossa própria experiência como aquariofilistas dedicados e interessados em aprender com o nosso aquário do que estar à espera de artigos científicos em que damos a informação como um dado absoluto, sem experiência. Dito isto e valendo o que vale da minha parte, tens vários casos espalhados por essa internet fora em que os sinais de overskimming são consistentes com os que apresentei aqui. O Ricardo também apresentou os sinais de overskimming e no entanto, nunca trocámos impressões sobre o mesmo. Sou uma pessoa que gosta de experimentar, testar, levar os processos ao limite de modo a poder perceber como as coisas funcionam e partilhar a experiência que adquiri e desde que tenho um aquário de água salgada que tenho experimentado e testado ( alguns) produtos e material, bem como métodos de manutenção, com o registo dos devidos resultados. Nalguns casos, tenho uma opinião bastante formada e sólida até que outra informação me seja facultada a explicar devidamente o contrário. Noutros, ainda é cedo para tirar conclusões. Entretanto, tenho conseguido não só acompanhar de perto um ou outro caso que se aplica ao experimentado como me tenho baseado na experiência e conclusões de outros aquariofilistas. Posso dizer que, do que experimentei, tenho uma opinião formada sobre o overskimming, adição de aminoácidos e cultura de zooplankton no aquário para alimentação de peixes e corais, adição de KNO3 para controle de Nitratos associado a um SUPN, tenho algumas ideias sobre a promoção do crescimento probiótico para redução de nutrientes com o uso de zeolithes, alimento e introdução de bactérias e uso de elementos traço. Overskimming é possível, sim mas para isso é preciso ter um escumador que o permita, fazeres trocas com água salinada, teres poucos peixes, seres controlado na alimentação dos peixes, não adicionares aditivos para alimentar os corais, etc. Deste o exemplo dos oceanos e da zona dos reefs mas esqueces-te que os nossos aquários são sistemas fechados, pequenos onde tanto pode acontecer o excesso como a deficiência, ao contrário do equilíbrio que há num sistema aberto ( oceanos). Por alguma razão a maior parte dos corais na Natureza têm uma cor mais para o escuro, ao invés das cores conseguidas em aquário ( cores pálidas/cores vibrantes). Desenvolvendo a minha experiência na altura, passo de um escumador fraco ( MCE600 indicado até 700L *) para um escumador sobredimensionado ( ATB indicado até 1000L *), tenho 4 peixes num aquário de 300L, alimento os peixes dia sim dia não, faço TPAs semanais com água salinada ( ausência de carga orgânica), não adiciono qualquer aditivo ao aquário. Testo a água semanalmente e em 2 semanas, os meus Nitratos descem de 10mg/L para 0mg/L. Os corais que tinham cores bastante aceitáveis passam para uma cor pálida, tanto o esqueleto como os pólipos. A palidez atinge praticamente todos os corais ( SPS e LPS) e os moles ( Zoanthus) começam a fechar. O crescimento de ambos estagna e os pólipos nos SPS retraiem. A única variável que mudou foi a troca do escumador. Falei com o Judicibus sobre isto pois a mudança do escumador coincidiu com a minha e também ele experienciou mudança na cor dos corais, bem como na extensão de pólipos. No caso dele, foi o contrário: passou de um Aqua C indicado até 3800L * para um ATB indicado até 1800L *. Sendo um escumador mais fraco que o anterior, permitiu manter alguma carga orgânica na água e isso traduziu-se por cores mais fortes nos SPS, maior extensão de pólipos, melhores crescimentos. Pesquisando noutros fóruns, observei o relato de outras pessoas que descreveram os mesmos sinais nos corais, suportados pelos respectivos testes. Isto levou-me à procura de elementos que me pudessem colmatar essa deficiência de um modo controlado ( KNO3, aminoácidos). Dando um exemplo flagrante na diminuição da carga orgânica e certamente o mais conhecido que está indirectamente relacionado com o overskimming, não é à toa que quem usa o sistema Zeovit adiciona igualmente produtos para colmatar as deficiências causadas pela baixa população das zooxanthelas nos corais. Se diminuímos o principal veículo de energia para os corais, há que os repor manualmente senão os animais entram em stress com consequências nefastas para os mesmos. Como já disse, a minha opinião vale o que vale como aquariofilista mas dizer que " ainda não se sabe" ou " muito dificilmente se descobrirá", entre outras afirmações, é, quanto a mim, negar qualquer evolução no conhecimento adquirido através da experiência, sobretudo quando pouco ou nada se fez para realmente perceber se a experiência relatada de outros tem ou não razão de ser. É como dizer que o sistema Zeovit não funciona ou é banha da cobra ( como já vi e ouvi várias pessoas dizerem-no) e quando os aquários das pessoas que usam esse sistema aparecem, os resultados falam por si. Será que esses aquariofilistas são uns iluminados e adicionam pózinhos mágicos ou será que o sistema até foi bem estudado, estando cada vez mais documentado e elaborado?!?
  21. Olá, Aqui vão mais umas fotos do sistema já com água. Recolhi alguns pods e afins do 300L para colonizar um pouco a rocha. Para além da água do 300L, coloquei também 30L de água do Cabo Raso, ficando assim pronto para iniciar a ciclagem. Abraço, André
  22. Boas, Been there, done that! Eu diria que com overskimming e sem uma fonte de energia suplementar como as que o Ricardo referiu, até os SPS se ressentem. Os corais ficam pálidos, o crescimento fica inibido e podem ocorrer perdas de tecido se os valores de kH forem altos. Na minha opinião, é muito fácil conseguires overskimming em aquários pequenos porque tens mais limitações. Tens a limitação do número de peixes e por conseguinte a alimentação do aquário ( a ideia é dar comida e esta ser toda consumida de modo a não subir os fosfatos), bem como o processamento da água pelo escumador. Um escumador sobredimensionado num sistema pequeno que te faça um bom processamento da água do aquário vai contribuir bastante para o overskimming. Concordo com o Ricardo em que o maior problema é a acumulação de PO4 no sistema mas se o sistema for pequeno e tiveres as limitações que indiquei, o overskimming torna-se complicado de resolver. Abraço
  23. Olá Fernando, Actualmente mantenho duas espécies: - Stonogobiops yasha ( Yasha Goby) - Amblyeleotris randalli ( Randall´s Goby) Abraço
  24. Boas, Pedro, ok, fui eu que percebi mal. Também não me parece que as T8 sejam um desafio mas, só experimentando... Tiago, és sempre bem-vindo. André, sim, terei atenção a isso. A verdade é que ao passar alguns corais do 300L para este vou ter de inevitavelmente introduzir a rocha que os acompanha e por aí já consigo meter mais qualquer coisa de pods e afins directamente. Posso sempre colectar uma cultura directamente do aquário e introduzir neste. Só na rack dos frags é às dezenas. Em relação às T8, talvez faça a seguinte configuração, da frente para trás: - 20K - 10K - 20K - actínica - 10K - 20K ou - 20K - 10K - 8K - actínica - 10K - 20K Só quando tiver as lâmpadas é que consigo ver como fica. Exactamente. É uma questão de tempo. Abraço, André
  25. Viva, José, pegou sim Sr. A ideia para este aquário, tendo em conta as dimensões e material usado é fazer algo um pouco diferente, quer em termos de peixes, quer de corais. Colocar vivos à escala do aquário de modo a não perder a simplicidade e sensação de espaço que tentei criar com o layout. Vou transferir alguns frags de corais que tenho no 300L ( Zoanthus, LPS) e construír o aquário a partir daí. António, a decisão de montar este aquário para água salgada já respondi ao Luis no tópico do 300L. :D André, as coisas têm andado devagar e só recentemente fiz o layout. O plate vai levar corais altos portanto aquela altura irá ser devidamente ocupada. Quanto aos peixes, normalmente, onde há corais, há peixes mas confesso que ainda não escolhi como deve ser os peixes que irei colocar. Em relação à rocha, és capaz de ter razão mas a ideia é realmente testar isso em primeira mão. A areia, de vivo, não tem nada porque já está fora de água há muito tempo, apesar de se tratar do tipo de areia que referi no setup. Tenho sempre a possibilidade de colocar alguma rocha na Sump caso não tenha sucesso. Em relação aos corais e como já disse ao José, vou fazer a transferência dos Zoanthus e LPS do 300L e, depois, é ir construíndo aos poucos. Obrigado. É verdade, bem constatado. Então, os leds não estão a dar? Rui, obrigado. É tudo rocha natural. A zona da gruta é formada por uma única pedra mas percebo porque parece rocha feita. Também fiquei a olhar para ela algum tempo antes de a colocar no aquário. Aquilo ali é um coração?!? Olha o verdinho aqui por estas bandas. Hão-de haver invertebrados sim. Só espero é que não virem petisco de tão pequenos que são. A cor na rocha vem com o tempo. Abraço, André