Planarias


ricardorodz

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está a acontecer comigo, no forum pouco se fala disto, mas aqui fica mais um pouca de info:

 

 

 

 

Na verdade, poucos tubelários foram encontrados em aquários de água salgada. Delbeek e Sprung (1994) apresentam tratamentos naturais, combatendo os vermes com animais que os consomem;

 

Sabidamente, os animais marinhos abaixo ajudam a controlar, senão erradicar planárias de aquários. A verdadeira causa da aparição desses animais, no entanto, será discutida mais abaixo.

 

 

Anampses meleagrides

 

Chelidonura varians

 

 

 

Synchiropus splendidus - foto Alex Carcioffi

 

 

 

Synchiropus ocellatus

 

 

 

Leopard wrasse

 

 

 

Coris Gaimardi

 

 

 

Pseudocheilinus hexataenia

 

 

 

Ao contrário de outros vermes, os platelmintos não possuem cavidade corporal em torno da goela, entre a linha da goela e a parede do corpo. A cavidade da goela não é uma cavidade corporal, pois está do lado de fora do animal. Num platelminto, o corpo é apenas um tecido organizado em torno da água com comida ou água por dentro da goela. Em conseqüência, a parte de dentro da goela é praticamente uma parte fechada do ambiente que cerca o animal. Isso é muito importante para percebermos que o conteúdo da goela está fora do corpo. Este último é separado do conteúdo da goela por um epitélio, ou tecido linear. Os produtos nutricionais da digestão devem atravessar esse tecido para chegarem ao interior do animal. Esse processo interessante serva para proteger o animal de se intoxicar com o próprio alimento.

 

 

 

Platelmintos, então, não possuem nem cavidade corporal nem sistema circulatório. O espaço entre a cobertura externa e interna da epiderme digestiva é compreendida de musculatura. Tecido conectivo e estruturas reprodutivas. A cobertura externa do animal é epiderme ciliada. Os cílios são microscópicos de conformação capilar, projetados da superfície celular, e muito vermes chatos os usam para se locomoverem. Locomoção ciliar se parece com um deslizar. Apesar disso, são predadores muito eficientes, e possuem órgãos sensoriais muito desenvolvidos, encontrados na epiderme externa. Incluem tentáculos, receptores químicos, órgãos tácteis receptores de correntes de água e órgão de equilíbrio e olhos. Estes últimos variam desde simples pontos fotossensíveis na epiderme a olhos que, apesar de não poderem formar imagens, são capazes de permitir ao organismo determinar a direção e intensidade da fonte de luz.

 

 

 

 

 

Reprodução

 

São animais hermafrotidas de fertilização cruzada. Existem espécies de sexos determinados, mas são raras. Eles possuem os sistemas reprodutivos masculino e feminino, mas que não funcionam simultaneamente. Isso permite ao animal não correr o risco de se auto fertilizar, com as conseqüências ruins desse tipo de reprodução no que tange à resistência genética. A fertilização é sempre interna, e o animal que faz o papel de fêmea guarda o esperma até ser fertilizado e depois o expele.

 

 

 

 

 

 

 

Como erradicar e a causa da presença de planárias no aquário

 

 

 

 

 

Planárias são sempre encontradas onde existe alimento não utilizado, ou seja – oferecido em excesso no aquário. Elas não costumam incomodar peixes, mas podem ser um sintoma de muito material no fundo do aquário que contém restos demais de alimentos, e isso acaba sendo ruim para o sistema inteiro. A presença de planárias, portanto, é um dos primeiros sinais claros que o aquarista está com problemas de qualidade de água.

 

Erradicá-las do aquário, portanto, implica em melhorar a qualidade de seu ambiente. O uso de animais que os consumam é interessante para controlar sua reprodução, mas o ideal é voltar à velha questão de manter o aquário “saudável”.

 

 

 

 

 

Efetuar trocas de água parciais com água de boa procedência, usar um desnatador de proteínas eficiente e prover o aquário de um ambiente com boa movimentação de água são as melhores condições.

 

 

 

 

 

Aquários com menos de 1 ano são mais suscetíveis à aparição de planárias, e trocas parciais de água são novamente recomendadas. Esses vermes, na minha opinião, portanto, não são maléficos em si, mas são sinal de deterioração da condição de “saúde perfeita” do aquário. O uso conjunto de predadores naturais e a melhora da condição geral da água do aquário é a melhor e única solução. Superpopulacionar o aquário é um problema que facilita a manutenção das planárias, pois os peixes precisarão de mais alimento e fatalmente sobrará mais comida para elas.

 

Ao contrário do que muita gente pensa, planárias não comem corais. Parece que elas apenas usam o coral para se esconderem de seus predadores naturais. Há anos, no Aquário de Düsseldorf, vi colônias inteiras e enormes de Euphyllia completamente tomadas por planárias. Isso foi muito curioso, pois planárias costumam se concentrar sobre o substrato, e procuram locais sombreados.

 

 

 

Conclusões pessoais

 

 

 

Minhas conclusões recentes têm-me dado a impressão de uma recente infestação de planárias em aquários em geral. Parece-me que planárias vêm junto com corais quando as lojas os compram, e, encontrado ambiente, elas começam a se multiplicar. Eu mesmo estou tentando erradicar planárias do aquário de exposição da loja, sendo que nunca tinha tido esse tipo de animal em aquário nenhum. Após um mês de trocas parciais de água de cerca de 20% semanais, introdução de dois peixes predadores e uma ligeira diminuição da quantidade de alimento, a infestação diminuiu em 50%. Já percebi que a batalha é relativamente longa, pois toda vez que alimento o aquário e os peixinhos deixam sobrar alguma coisinha que cai no fundo, estou dando subsídio para as planárias. Evidentemente não posso deixar os peixes passando fome, então dou pouquinha comida uma vez, espero a turminha toda avançar na comida e depois de uns dez minutos, dou mais um pouquinho.

 

 

 

O lado bom dessa estória - se é que tem um lado bom - é que estou melhorando a qualidade da água do aquário com medidas que, se tudo der certo como esperado, acabarão com a infestação. Minha impressão é de que a população de planárias acabará entrando em colapso por não encontrar alimento.

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As planárias evitam luz forte e durante o dia repousam imóveis na superfície inferior de objetos na água, freqüentemente em grupos de cerca de 6 a 20. No escuro, rastejam ativamente em aquários de laboratório e presumivelmente fazem o mesmo na natureza. Elas aderem a objetos ou superfícies por um muco pegajoso secretado pelas glândulas epidérmicas e não nadam independentemente na água. A locomoção faz-se geralmente por deslizamento com a extremidade anterior para frente e ligeiramente levantada.

 

As planárias alimentam-se de outros animais pequenos, vivos ou mortos. Quando famintas locomovem-se ativamente, reunindo-se rapidamente em torno de qualquer material comestível. Alimentam-se, evidentemente, de pequenos crustáceos aprisionados em muco por elas secretado. Quando uma planária começa a se alimentar, outras são logo atraídas, por substâncias difundidas do alimento ou pelos sucos digestivos do verme. O método comum de coletar planária é colocar pequenos pedaços de carne em água rasa, quando sucos que se difundem da carne logo as atraem em grande número.

 

Uma planária não alimentada durante várias semanas esgota o alimento armazenado; então certos órgãos degeneram e são utilizados e o verme diminui pronunciadamente de tamanho.

Editado por riky106gti
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