Recommended Posts

Olá,

 

Posso responder-te à tua questão dizendo-te que por exemplo o meu filtro tem 6 estágios - entre eles estão a membrana de osmose e o deionizador...

 

Um abraço,

Diogo

 

PS - utiliza a função de pesquisa do fórum e poderás encontrar informação mais detalhada

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

Oi....

ambos filtram a água, mas a osmose é melhor. O melhor de tudo ainda, são sistemas de Osmose + dionizador que é o caso do Diogo. Mas espera pelo Manklit que ele dá-te indicações mais precisas e técnicas das diferenças entre as duas...

Abraço...

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

Se me permitem...

 

Um desionizador utiliza várias resinas para extrair impurezas da água. De facto, purifica muitíssimo a água mas tem uma desvantágem: as resinas atingem o seu limite de absorção muito rapidamente (dependendo da pureza da água da torneira). As resinas poderão ser rejuvenescidas mas isto envolve a utilização de vários ácidos, o que se pode tornar complicado e perigoso de fazer. A longo prazo a água desionizada torna-se mais cara, embora com maior nível de purificação que a OI tradicional per si.

 

Espero ter ajudado.

 

Reefman

João Cotter

If you're not part of the solution, you're part of the precipitate

http://www.bioaquaria.com

http://www.facebook.com/bioaquaria

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

Olá.

 

Um desionizador "de trazer por casa" não é mais que um simples tubo onde é metida uma resina desionizadora, eu prefiro chamar-lhe desmineralizadora, e por onde a água impura é õbrigada a passar.

 

Quando vemos um desmineralizador de um único tubo, ou melhor com uma só coluna, este contém, regra geral, uma resina de permuta iónica de leito misto. Resina de permuta iónica = desmineralizadora.

 

Se o desmineralizador for de duas colunas, então é porque em cada uma delas existe um tipo de resina distinto. A resina catiónica numa coluna e a a aniónica na outra coluna (não me lembro se a ordem de passagem da água é esta).

 

No caso dos desmineralizadores de uma só coluna, a resina de leito misto é constituída por uma mistura de resina aniónica e catiónica, tudo na mesma coluna.

 

As resinas que interessam à nossa "actividade" :lol: são aquelas que estão carregadas de iões H+ e OH-.

Quando a água impura passa pelo leito de resinas, ocorre uma permuta de iões. As resinas cedem à água os iões H+ e OH-, e a água impura cede às resinas os iões que tiver dissolvidos: Na+, Ca2+, Cl- NO3-, Fe2+, etc....

O resultado desta permuta é, consoante o tipo de resinas utilizado, água virtualmente pura. H2O, mais nada (teóricamnte).

 

Há medida que a permuta vai ocorrendo, os iões H+ e OH- das resinas vão diminuindo de quantidade (se é que se pode dizer assim :) ).

No fim quando já não há mais, as resinas dizem-se exaustas.

Atingido este ponto, a solução para continuar a produzir água pura é substituir as resinas exaustas por outras novas ou regenerar as existentes recarregando de novo com iões H+e OH- recorrendo a um ácido forte, normalmente HCl e a uma base forte, normalmente NaOH, para efectuar a regeneração.

 

No caso de se usar uma resina de leito misto, o recarregamento é mais difícil de fazer porque há necessidade de separar as resinas uma da outra e voltar a juntar depois de recarregadas. No caso das resinas de leito separado (duas colunas) a regeneração é mais "fácil".

Escusado será dizer que a regeneração, ao envolver as substâncias que referi acima, é um processo perigosíssimo e que só pode ser feito por pessoas qualificadas. Normalmente a empresa que comercializa as resinas oferece essa possibilidade e pelo que sei é um processo bastante barato.

 

As resinas de leito separado não conseguem produzir água tão pura como as de leito misto, embora estas sejam uma mistura das duas primeiras. A "dinâmica" da coisa é que conta.

Mesmo assim a água produzida é tão boa ou melhor que a produzida por Osmose.

 

As resinas de leito misto usam-se normalmente a seguir às membranas das osmoses ou a seguir a um desmineralizador de duas colunas para "polir" o produto final.

 

A grande vantagem das resinas em relação às osmoses, reside no facto de não haver desperdicio de água. Para 100 litros de água impura, um desmineralizador produz 100 litros de água pura enquanto que uma Osmose "normal" produz talvez uns 25 a 30 e em condições de funcionamento óptimo.

Além disso, um desmineralizador pode produzir numa hora aquilo que uma Osmose produz num dia.

 

Para zonas onde a água da torneira seja boa ou regular, conductividade até 150-200ppm, inclino-me mais para uma osmose com um desmineralizador de leito misto a seguir à membrana. Ao preço que é possível comprar uma osmose hoje em dia, não se justifica o trabalho de mandar regenerar as resinas.

É provável que a longo prazo seja mais barato utilizar apenas resinas, desde que se regenerem de uma forma barata e por não desperdiçarem água.

 

Por enquanto ainda pagamos muito pouco pela água que consumimos. Quando chegar o dia em que a conta da água seja parecida com a da luz, e esse dia há-de chegar, vamos começar a olhar para os desmineralizadores de outra maneira. Já viram que para encher um aquário de 1000L com água de osmose, temos que desperdiçar pelo menos uns 3 ou 4 mil?

 

Só um aviso para poupar aos outros um erro que cometi no passado: não utilizem resinas de leito misto como unico método de purificação da água sem primeiro saberem que tipo de água sai das vossas torneiras. No meu caso em que a água é do piorio :wink:, consegui produzir 30L de água pura com 5 ou 6 contos de resina. 8)

 

Uma OI ou duas colunas de leito separado antes da resina de leito misto, prolongam a vida desta em muuuuuuita litragem de água pura.

 

Certifiquem-se sempre que as resinas que usam trocam as impurezas da água por iões H+ e OH- e não por Na+ e Cl- que são as mais comuns.

 

Há ainda resinas selectivas como é o caso da silicamax da Kent que remove apenas a silica, outras que removem cobre, níquel,... há até para ouro! :oops:

 

 

manklit

Aluga-se este espaço.

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

Viva

 

Depois desta excelente explicação apenas pode ser interessante acrescentar que a maneira mais comum de "controlar" o estado das resinas é medindo a condutividade da água depois desta passar pelas resinas. Em teoria uma água sem iões (que terão sido removidos pelas resinas) não conduz electricidade. À medida que estas vão sendo "usadas" e a sua capacidade de reter iões vai diminuindo começa a ser registada condutividade e logo que este valor atinge um determinado número (que varia consoante o fim a que se destina a água) está na hora de "regenerar" as resinas.

Como já foi dito pelo manklit, não tenetem "regenerar" resinas em casa, existem empresas especilaizadas que efectuam esta tarefa (se é barato já é outra história...).

Num mundo ideal (em que a carteira se enche de euros por obra e graça do Espírito Santo) devia usar-se Osmose e um desionizador...

Abraços

RCalado

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

Num mundo ideal (em que a carteira se enche de euros por obra e graça do Espírito Santo) devia usar-se Osmose e um desionizador...

Abraços

 

Pois posso dizer-te que os nossos filtros (Manklit e eu) têm as duas - Osmose e Desionizador :D :D . Olha que não foram nenhuma fortuna!!!

 

Um abraço,

Diogo

 

 

 

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

Pois posso dizer-te que os nossos filtros (Manklit e eu) têm as duas - Osmose e Desionizador   . Olha que não foram nenhuma fortuna!!!

 

É verdade.

 

Por acaso esqueci-me de falar nisso da conductividade que é o que meço para saber se as resinas estão exaustas.

 

Há também um tipo de resinas de leito misto que tráz um "colorante" que muda de côr à medida que a resina se vai "gastando". No entanto, já experimentei dessas resinas e mesmo depois da cor mudar a conductividade à saída continuava a ser zero. Sem um conductivímetro, deitava a resina para o lixo antes desta estar exausta. Quem lucra é o fabricante :D

 

manklit

Aluga-se este espaço.

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

  • 2 semanas depois...

Boas

 

Relativamente as resinas de "leite misto" (pois parece haver de varios tipos), algumas sao passiveis de ser regeneradas diversas vezes antes de se esgotarem por completo( ha reduçoes graduais na capacidade de retençao da mesma com cada regeneraçao).

Efectuar o mesmo requer cuidados e algum equipamento que nao é barato para alem dos reagentes.

 

Inte

" Uma opinião tem o peso da mesma"

Setup em http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...21&start=25

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

  • 1 ano depois...

Manklit,

Posso deduzir após a tua vasta explicação, que tendo em conta que vivo numa região com água muito pouca mineralizada um desionizador/desmineralizador seria uma boa hipótese para a nossa região...

É que me custa muito a ideia do enorme desperdício de água que se faz com uma OI, que não é assim tão pouco, pois deita-se mais água fora do que a que se aproveita...

 

Bom... Se tivesse descoberto e lido já estes textos:

... a maneira mais comum de "controlar" o estado das resinas é medindo a condutividade da água depois desta passar pelas resinas. Em teoria uma água sem iões (que terão sido removidos pelas resinas) não conduz electricidade. À medida que estas vão sendo "usadas" e a sua capacidade de reter iões vai diminuindo começa a ser registada condutividade e logo que este valor atinge um determinado número (que varia consoante o fim a que se destina a água) está na hora de "regenerar" as resinas...

... Por acaso esqueci-me de falar nisso da conductividade que é o que meço para saber se as resinas estão exaustas.

 

Há também um tipo de resinas de leito misto que tráz um "colorante" que muda de côr à medida que a resina se vai "gastando". No entanto, já experimentei dessas resinas e mesmo depois da cor mudar a conductividade à saída continuava a ser zero. Sem um conductivímetro, deitava a resina para o lixo antes desta estar exausta. Quem lucra é o fabricante :? ...

Tinha evitado a questão que postei noutro tópico... 8):arrow::oops:

Já agora que aparelhos são esses de medir a condutividade da água para ver se eu estou a pensar bem no que é... :?

 

Obrigado,

Paulo

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

Boas...

 

Eu tenho uma destas OI http://www.ro-man.com/shop/product_info.ph...266ab938afbef16

com desionizador, a agua da minha torneira tem TDS de 450ppm a entrar para a coluna de desionizador tem TDS 25-30ppm e por fim a saida tem TDS 0-1ppm.

 

Uma boa compra!!

 

Victor

Link to comment
Partilhar nas redes sociais

Eu uso uma RO que comprei por cerca de 60 eur (!) em

 

http://www.europeen-trading.com

 

A água entra com conductividade 380 e sai a 8 (com um ano de uso a "fazer" cerca de 30 a 50 litros por semana). Penso que se colocar um desionizador DIY à saída baixo para 0-3 o que me parece totalmente satisfatório.

 

O Hugo RSF tem um desionizador desses e custou-lhe meia dúzia de tostões :wink:

Link to comment
Partilhar nas redes sociais