Martouf

Se nunca fizeste TPA's é natural que tenhas uma dureza elevada, mas daí a mais de 800 mg/L, vai uma boa diferença. As TPA's são obrigatórias e necessárias, não só por causa da dureza mas para evitar a acumulação de outras substâncias nocivas para os peixes, por exemplo a amónia e nitritos. Qualquer guia introdutório à aquariofilia refere esse facto, apenas não à consenso em relação à sua periodicidade/volume, depende da preferência de cada um e das necessidades do aquário. No teu caso aconselhava-te a realizares TPA's de pouco volume (10% do volume) de 2 em 2 ou 3 em 3 dias, de modo a permitir que os teus peixes se habituem às alterações. Depois se quiseres baixar dos 130 mg/L da àgua da rede, faz TPA's com àgua destilada intercalada com àgua da rede. Vai dizendo os teus resultados, serve como exemplo para todos os que passam por esse problema.

Amigo "Oinq" nem eu pretendi dizer que não é natural e muito menos contrapôr a sua opinião. Se todos gostássemos do mesmo viveriamos num mundo muito monótono. Fez bem em referir a coloração da àgua, facto que não me ocorreu. A minha resposta, aproveitando a sua menção, foi uma tentativa de elucidar os que vão usar turfa pela primeira vez, de modo a não estranharem a côr da àgua, julgando ser um problema. Entretanto dispersei os meus pensamentos e não respondi ao membro "K9DoberMan". Acho os valores que apresentas exagerados, principalmente a disparidade entre a àgua da rede e a do aquário, realiza novos testes e reporta os resultados. Entretanto alguma informação útil: http://www.iambiente.pt/atlas/est/index.js...&tema=c_durezas http://www.aquahobby.com/articles/b_phxkh.php

Se repararmos nos diversos habitats existentes, as àguas de baixa dureza usualmente encontram-se em rios de florestas tropicais. Essas mesmas àguas possuem também como caracteristica uma cor acastanhada ou de chá. Isso deve-se à matéria orgânica em decomposição. E a turfa não é mais que matéria orgânica decomposta (segundo um processo especifico). Em parte é um dos motivos (secundário) de a adicionarmos nos nossos aquários.

Falando por experiência própria, a turfa consegue baixar a dureza da àgua, mas é apenas uma pequena redução, não se consegue reduções significativas. Eu possuo permanentemente turfa granulada no filtro exterior. Se a àgua da rede é muito dura podes fazer várias coisas: 1) O mais elementar - Escolhe peixes e plantas para águas duras, 2) Se quiseres outro tipo de peixes, para àguas mais moles, previne, escolhe decoração (areão, rochas) não calcária, para não subir ainda mais, 3) Faz TPA's com àgua destilada, mas não te esqueces que o carbonato não é o unico sal presente na àgua, convêm repores os outros sais/minerais ocasionalmente 4) Adiciona turfa ao filtro exterior Com estes passos deves conseguir reduzir progressivamente a dureza da àgua. Em último caso tens processos mais complexos e caros, desde ionizadores (que impedem a precipitação do ião carbonato) a colunas de osmose (existem-nas para remoção de sais e minerais), tanques de precipitação (forçam a precipitação do carbonato), etc. Mas julgo que não queiras entrar nesse campo.

Mesmo não tendo um peneiro mecânico podes peneirar manualmente, basta que encontras uma ou duas peneiras que tenham as dimensões correctas para a tua granulometria, o remanescente (que deve ser pouco) separas à mão. Tens um método "hardcore" para fazer isso, mas só funciona se o outro tipo de pedra não reagir. Ácido, derrete completamente o areão calcário. Quanto mais forte o ácido mais rápido é o processo mas também mais perigoso. No fim lavas muito bem o que sobrar. Não é o processo mais seguro mas certamente o mais rápido.

Em Havana, Cuba, vai um garoto pela estrada, cruza-se com FidelCastro. Este, ao ver que o garoto o ignora, pergunta-lhe: - Oye niño, sabes tú quién soy yo? - No señor, no se quién es usted, ni me interesa. Fidel muito chateado diz-lhe: - Como castigo por no conocer al Comandante Castro, ahora mismo tienes que decirme 20 palabras que comiencen con la letra "C" para que nunca más en tu vida se te olvide que mi apellido es Castro con la letra "C". E o miudo diz: - Compañero Comandante Castro, cómo y cuando, carajo, comeremos carne con cerveza Corona como comen los cabrones comilones del Comité Central Comunista Cubano...? Fidel ficou de boca aberta, e após um momento disse: Falta una! E o miudo concluiu: Cabrón!

O farmacêutico entra na sua farmácia e repara num homem petrificado, com os olhos esbugalhados, mão na boca, encostado em uma das paredes. Ele pergunta para o auxiliar: - Que significa isto? Quem é esse tipo encostado naquela parede? - Ah! É um cliente que queria comprar remédio para tosse. Ele achou caro, então eu vendi um laxante. - Você ficou maluco? Desde quando laxante é bom para tosse? - É excelente. Olha só o medo que ele tem de tossir!

Boas. Atenção que a temperatura de côr não traduz o espectro da lâmpada!!! Apenas indica qual a componente do espectro predominante. Os fabricantes de lâmpadas especificas para aquários "cozinham" os aditivos de modo a obter lâmpadas com o espectro pretendido, de acordo com o fim a que destinam (plantas, peixes, reef). Mas teorias à parte, se pretendes lâmpadas convencionais espreita o AKI, dispõem de várias lâmpadas tubulares da Philips, Soft (embalagem amarela 2700K), Bright (embalagem azul 4000K) e Daylight (embalagem azul com Daylight escrito 6500K).

Num dos topos da lâmpada deve existir impresso toda a informação necessária para substituires a lâmpada. Nomeadamente o fabricante (nome ou simbolo) e a referência da lâmpada em causa (única para cada modelo de lâmpada). Se não encontrares a lâmpada que queres podes recorrer ao site do fabricante e verificares as caracteristicas desse modelo (espectro, cor, IRC, etc) substituindo por outra lâmpada com caracteristicas semelhantes, de outro fabricante. Fabricante como a OSRAM, a GE e a PHILIPS dispõem de tabelas de equivalência entre os seus produtos e os produtos dos concorrentes directos, se bem que os fabricantes que mencionei não são especialistas em lâmpadas para aquário. Em alternativa coloca no tópico uma transcrição do que está escrito na lâmpada, que o pessoal certamente que te ajuda a identificar.

Tens outas hipóteses para separadores/paredes. Vê no DIY como fazer um fundo 3D com cimento e esferovite. Podes fazer com qualquer formato e dimensão e o terrário sempre fica com um aspecto mais natural. Outra das hipóteses é, na parte não submersa fazeres com espuma de polliuertano e cobrires com musgo seco (tipo os tubos para as plantas trepadeiras). Se pesquisares no google por "paludarium" vais encontrar vários projectos completos (em inglês).

Não sou perito em vidro (nem nada que se pareça) logo procuro sempre a via mais fácil e provavelmente segura, fabricantes comprovados de aquários por medida. Penso que um dos mais conhecidos será a loja redfish (www.redfish.com.pt vê em orçamentos de aquários) ou uma das lojas representadas neste forum. Segundo a folha de cálculo da redfish para essas dimensões (2500*800*650) aconselham 15 mm ou 10 mm (com um factor de cagaço de 2.4).

O material foi todo comprado no AKI, com excepção das bio-balls e da araldite (que tinha cá em casa). O custo foi aproximadamente 8€, como mencionei no post inicial.

No meu caso o retorno de água é efectuado abaixo da linha de água, junto à superficie, criando uma oscilação minima da água, propositadamente. Quanto à dissolução, mesmo que o retorno seja feita em cascata não te reduz a dissolução, esta já está feita (é esse o objectivo do reactor externo), quanto muito pode ocorrer uma pequenissima libertação de CO2 dissolvido.

As bio-balls têm como objectivo criar turbulência dentro do reactor e impedir a ascensão vertical das bolhas. Pelo simples facto de haver turbulência dentro do reactor as "bolhas" de CO2 são forçadas a andar às "cambalhotas" até se dissolverem completamente na àgua. Isto dito de uma forma simplista. Quanto à lã esta foi colocada junto à saida de àgua, ou seja, do extremo oposto à entrada de CO2 e àgua. Este tipo de reactor são usados principalmente em aquários de grandes dimensões (para reduzir o custo da injecção de CO2, aumentando o rendimento/dissolução). Desconheço se este tipo de reactor se vende em Portugal, provavelmente sim. O preço de referência mencionado vi numa das lojas online por onde passei. Cá fica um exemplo: http://www.oceanproaquatics.com/shop/produ...roducts_id/2254

Fiz uma pequena modificação, junto à saída de àgua coloquei lã de vidro, com uma altura de cerca de 2 cm. O objectivo é impedir que alguma bolha de CO2 que consiga escapar de ser "partida" nas bio-balls não possa sair do reactor. Consigo assim uma dissolução de 100%. Respondendo ao membro "Peterche": o rendimento deste tipo de reactor é sempre superior ao de qualquer difusor. O motivo dos difusores possuirem aquelas voltas todas é aumentar o tempo de contacto da bolha de CO2 com a água e assim aumentar a dissolução conseguida, no entanto o rendimento continua a ser baixo (muitas vezes vês a bolha "escapar" no fim do difusor).

Umas fotos ajudavam mas infelizmente não as tenho, ainda. Quando as conseguir coloco-as aqui. Como o "ivanpantz" disse, e como mencionei no tópico, construi um reactor de CO2, não um fermentador (a minha fonte de CO2 é um sistema pressurizado). Simplesmente não estava disposto a pagar 60€ por um, vai daí mãos à obra e ficou por menos de 1/6 do preço. Aproveitando a foto colocada pelo "ivanpantz", visto o reactor que fiz ser semelhante, a saída do filtro liga na parte de baixo do reactor, o CO2 entra também em baixo (na foto vê-se o encaixe metálico e respectiva porca) e a saida do reactor "despeja" para o aquário.

Boas. Antes de mais as minhas desculpas por não apresentar fotos mas julgo que a descrição será suficiente, além de as não ter. Este foi o reactor que montei em linha com o filtro externo. Penso ter conseguido perto de 100% de dissolução de CO2 (passei de 5 bolhas/sec para 2). Material (tudo do AKI): - 1 ponta de tubo de esgoto de 40mm (secção sanitários) - 1 união para tubo de 40mm (secção sanitários) - 2 tampões para tubo de 40mm (secção sanitários) - pacote de 10 uniões para tubo de rega de 4mm (secção jardim) Custo: Por alto: 8€ Construção: A ponta de tubo tem, num dos extremos, uma zona mais larga que serve para interligar a outro tubo de 40mm, basta colocar um dos tampões e fica fechada. Como a zona de encaixe vem com uma borracha vedante não precisa de levar cola ou silicone. Cortei o tubo com 30 cm de comprimento (a altura da minha garrafa de CO2) e coloquei a união. Tapei a outra entrada da união com o tampão restante. Novamente nada de colas, as borrachas são suficiente. Fiz um furo em cada um dos extremos para colocar duas pontas de tubo para encaixar as mangueiras do filtro externo (no meu caso um Fluval, com mangueiras aneladas), e colei com "araldite". Fiz um segundo furo junto à entrada de àgua para colocar uma das uniões de 4mm (a mangueira de CO2 entra à medida nestas uniões), novamente colei com "araldite". Enchi o tubo com bio-balls e recoloquei o tampão no sitio (vantagem de não serem colados, tiram-se sempre que for preciso). Montagem: Cortei a mangueira que leva a àgua do filtro para o aquário e intercalei o reactor. Prendi o reactor, dentro do móvel, com duas braçadeiras para tubo de esgoto de 40mm (secção sanitários). E está feito. Tempo de construção/montagem: 1 hora Tempo de secagem da "araldite": 1 dia Já está a funcionar à 3 semanas sem uma única pinga de àgua de fuga. Menos uma coisa dentro do aquario (o reactor de membrana), já só falta sairem os termostatos. Espero que este projecto vos sirva para alguma coisa.

Quanto às rochas convém veres se não são calcárias (se forem sobem-te a dureza da àgua), para tal retira uma das rochas e coloca-lhe duas ou três gotas de vinagre ou ácido muriático (de limpeza de canos) ou qualquer outroàcido, se borbulhar são calcárias logo fora com elas. O sal também te faz subir a dureza da àgua, aconselho-te a fazeres tpa de pouco volume todos os dias, até "limpares" a maior parte desse sal. Retira o carvão activado do filtro, não uses carvão activado a não ser que precises de remover algum quimico urgentemente da água. Além disso o carvão activado aborve a maioria dos medicamentos e também fixa o CO2, logo de nada te serve injectar CO2 para ficar retido no carvão. Resumindo: - Rochas calcárias (só em ciclideos africanos) - Carvão activado (fora com ele) - Tpa's (pouco volume todos os dias, até estabilizar) Espero que tenha ajudado, certamente que o resto do pessoal do forum te darão mais algumas dicas/corecções.

Os leds azuis são dispendiosos (muito mais caros que os leds de cores vulgares). Experimenta passar numa loja de modding para informática ou tunning para carros e vê os preços dos neos azuis (ou outra côr se preferires), como são a 12Vdc, para variares a intensidade basta usares um transformador que te permita baixar a tensão de saída. No meu caso com um neon azul, para modding, consegui o efeito pretendido. Espero que te ajude.

Boas. Gostei bastante do teu layout apesar de pessoalmente preferir rochas calcárias furadas (pelo aspecto e por fazerem subir a dureza da àgua). Quanto aos valores de PH e KH dá uma olhadela a este link, http://www.portal-ciclideos.com/index.php?...ow=artigos&id=5 é uma receita para um buffer. Não sei se funciona porque nunca experimentei, ainda estou a remontar o meu Tanganica. Espero que a receita ajude.