Saramugo


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Ambiente: Saramugos reproduzidos pela 1ª vez em cativeiro libertados no Guadiana

 

Mértola, Beja, 23 Nov (Lusa) - Quase 60 saramugos, alguns dos quais rep roduzidos pela primeira vez em cativeiro, são hoje e sexta-feira libertados em duas ribeiras afluentes do Guadiana, a única bacia hidrográfica do mundo onde exi ste aquele peixe em risco de extinção.

 

Pedro Rocha, director do Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG), ent idade responsável pela operação, explicou hoje à agência Lusa que vão ser libert ados 58 saramugos: 35 adultos, anteriormente capturados, e 23 jovens, reproduzidos pela primeira vez em cativeiro naquele parque.

 

Os barrancos do Vidigão e dos Alcaides, dois afluentes da ribeira do Ch ança, na margem esquerda do Guadiana, em pleno concelho alentejano de Mértola, recebem, durante a tarde de hoje, 18 saramugos adultos e 20 jovens.

 

Os restantes peixes, 17 adultos e três jovens, serão libertados, sexta- feira, na ribeira do Vascão, na margem direita do rio.

 

O saramugo, uma espécie de peixe conhecida apenas na Bacia Hidrográfica do Guadiana, em particular naquelas ribeiras, sofreu uma redução de 80 por cent o nos últimos 10 anos.

 

A construção de barragens, a poluição causada por descargas, as captaçõ es de água e a introdução de espécies exóticas e não autóctones no rio, como o achigã, são, segundo Pedro Rocha, algumas das causas da redução do efectivo daque la espécie.

 

"Trata-se de um peixe que corre o risco de extinção e que, pelo seu carácter único, deve ser defendido", alertou.

 

As acções de libertação, de acordo com Pedro Rocha, constituem o culmin ar de uma operação de salvamento do saramugo, que começou no Verão de 2005, quan do, devido à seca, as ribeiras começaram a resumir-se a pegos (pequenos lagos) dispersos ao longo dos leitos.

 

Quando estes últimos redutos de água também começaram a secar, o Instit uto de Conservação da Natureza (ICN), através do PNVG, avançou com um plano de emergência para salvaguardar o saramugo, considerado uma espécie ameaçada da Bacia Hidrográfica do Guadiana.

 

Nas operações de salvamento, foram retirados, de três sub-bacias do rio , 218 saramugos adultos, dos quais 21 morreram, 71 foram translocados para outro s pegos, em melhores condições, e 126 foram mantidos em aquário.

 

Destes, muitos foram libertados durante o mês de Novembro de 2005, nos respectivos locais de captura, e com os restantes o PNVG iniciou ensaios de reprodução em cativeiro, com o objectivo de adquirir conhecimento sobre a espécie em risco de extinção.

 

"No último ano, estudámos e ensaiámos as condições de reprodução do saramugo e conseguimos reproduzir, com sucesso e pela primeira vez em cativeiro, todos os grupos genéticos, com a produção total de 145 peixes jovens", salientou P edro Rocha.

 

A reprodução em cativeiro e os repovoamentos do saramugo associadas ao desenvolvimento de acções de gestão para colmatar os factores de ameaça da espéc ie, poderá ser, de acordo com o responsável, "determinante para a conservação da espécie e a única forma de a devolver às ribeiras de onde tem vindo a desaparecer".

 

No âmbito do Plano de Gestão do Saramugo, o PNVG vai manter jovens peixes em aquário para continuar a estudar a espécie e realizar mais ensaios de repr odução.

 

"Vamos aprofundar os ensaios porque, no futuro, poderá ser necessário avançarmos com a reprodução em grande escala", rematou.

 

LL.

 

Lusa/Fim

 

O SARAMUGO

 

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O Saramugo habita preferencialmente em águas pouco profundas e corrente lenta a moderada e fundos com vegetação aquática.

É um peixe com muitas escamas pequenas e com uma linha lateral incompleta ou mesmo inexistente em algumas zonas de um corpo estreito e comprimido, possui uma cabeça pequena com a boca subida e os olhos relativamente grandes. A coloração do seu corpo assenta em tons prateados ou amarelados a rosados com minúscilas manchas negras ao londo do corpo.

Raramente atinge os 6 ou 7 cm. Geralmente as fêmeas são maiores que os machos.

 

A sua alimentação baseia-se em invertebrados de plancton, pequenas algas, detritos e insectos que se arrastam à superfície da água.

Atingindo a maturidade sexual pouco antes de ter dois anos, realiza a postura várias vezes, entre Abril e finais da Maio, não ultrapassando a centena de ovos em cada uma delas.

Para além das muitas ameaças que sofre esta espécie tem uma longevidade que normalmente não vai além dos 3 anos.

 

Nos peixes de água doce existentes na Europa, o Saramugo é um dos mais seriamente ameaçados, estando a sua distribuição muito limitada a alguns cursos de água da Península Ibérica.

No nosso país esta espécie só se encontra, e em número cada vez mais reduzido, em alguns afluentes do Rio Guadiana, nomeadamente no Caia (a montante da barragem), Xévora, Álamo, Degebe, Ardila, Chança, Vascão e Odeleite.

Cumprimentos

FX

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  • 2 anos depois...

Eu sei de um local na zona de torres vedras onde os apanho, e tenho neste momento 5 no meu aquário a rezar para que se reproduzam.

 

São peixes espectaculares e que adoraria ver a serem utilizados na aquariofilia, mas Portugal sabe lá o que é usar os nossos peixes!

 

Só crescem até aos 7 cm, o que é óptimo para um aquário.

 

E são peixes que andam muitas vezes em grupo, mas não são nada tímidos.

 

Passam muito tenpo limpando o areao, tão bem como uma corydora cabecadura

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