[Metriaclima estherae] descrição, comportamento e manutenção


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Metriaclima estherae

 

Esta espécie pertence ao grupo dos Pseudotropheus zebra, que são os M’bunas mas clássicos do mercado, de tamanho e agressividades médias. Actualmente o termo “Pseudotropheus” já não tem qualquer sentido ser usado devido à sua evolução para o termo “Metriaclima”.

Habitat natural: estes peixes são encontrados ao longo de toda a costa Este do lago (Metangula, Meluluca, Minos reef, etc.).

Tamanho e forma do corpo: o corpo é alongado e robusto como todos os outros “zebras”. Esta espécie tem um tamanho que varia entre os 10 e 12 cm, um pouco menos para as fêmeas.

 

Coloração e diferenças sexuais:

 

A cor original desta espécie no seu habitat natural é o azul e para as fêmeas um azul mais terno a cinzento. No entanto esta variedade é quase impossível de encontrarmos no mercado.

A variedade de “Minos reef” é absolutamente a mais popular e mais comum no comércio da aquariofilia, devido à cor azul celeste muito bonita dos machos e principalmente à cor laranja viva das fêmeas nas variantes “O” e “OB”, sendo as “O” mais encontradas e raramente vemos a variante “OB”. Por outro lado os machos nas variantes “O” e “OB” não são facilmente encontrados.

Os alevins da população “Minos reef” nascem cor-de-laranja vivo, são parecidos com as mães, parecendo uns adultos em miniatura.

 

Comportamento e alimentação em aquário:

 

O seu comportamento é idêntico à maior parte dos M’bunas, o que quer dizer que se tornam agressivos entre os da mesma espécie e outros com padrões de cor parecidos, tolerando bem os de outras espécies.

 

A sua reprodução é igual a todos os outros M’bunas:

 

Acasalamento em T; posteriormente a fêmea irá incubar os seus ovos durante um período que varia entre as 3 e 4 semanas. Durante a incubação a fêmea quase que não come, apenas apanhando pequenas partículas de comida que passam perto delas, mantendo-se praticamente todo o tempo escondidas nas rochas.

 

No seu meio natural eles alimentam-se à base de algas e microrganismos que têm estas como seu refúgio (Aufwuchs) mas também já se têm observado a nadar em águas abertas alimentando-se de plâncton.

No aquário, como acontece com os outros M’bunas, pode-se dar qualquer alimento (granulado ou flocos) à venda em qualquer loja, desde que com baixo teor em proteínas animais.

 

Aquário:

 

O aquário deverá ter no mínimo 200l e decorado com muitas pedras proporcionando esconderijos para os mais fracos e para as fêmeas durante a incubação.

Para os mantermos em boas condições não precisamos mais do que olharmos para o que se passa no seu meio natural destes e outros incubadores bucais, vivendo em comunidades formadas por várias fêmeas e um único macho que acasala com elas todas. Seria portanto incorrecto colocar mais do que um macho no mesmo aquário. Nestas situações um ficaria sempre dominado e provavelmente até poderá ser morto pelo dominante.

 

Observações:

 

Como consequência da sua popularidade e facilidade em reproduzir esta espécie, vemos no comércio variantes completamente degeneradas e que nada têm a ver com os selvagens. Vemos fêmeas das mais variadas cores, desde o branco ao laranja vivo (quase vermelho) como vemos machos azuis, laranjas, amarelo pálido quase brancos. O mais absurdo ainda é que se vêm catalogados como sendo espécies diferentes ou então simplesmente os denominam como “red zebra” ou “blue zebra”, e não são mais do que “misturas” entre variedades geográficas da espécie.

João Magalhães APC #45

 

http://joalmag.blogspot.com/

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