João Magalhães Publicado Agosto 24, 2005 Share Publicado Agosto 24, 2005 Metriaclima estherae Esta espécie pertence ao grupo dos Pseudotropheus zebra, que são os M’bunas mas clássicos do mercado, de tamanho e agressividades médias. Actualmente o termo “Pseudotropheus” já não tem qualquer sentido ser usado devido à sua evolução para o termo “Metriaclima”. Habitat natural: estes peixes são encontrados ao longo de toda a costa Este do lago (Metangula, Meluluca, Minos reef, etc.). Tamanho e forma do corpo: o corpo é alongado e robusto como todos os outros “zebras”. Esta espécie tem um tamanho que varia entre os 10 e 12 cm, um pouco menos para as fêmeas. Coloração e diferenças sexuais: A cor original desta espécie no seu habitat natural é o azul e para as fêmeas um azul mais terno a cinzento. No entanto esta variedade é quase impossível de encontrarmos no mercado. A variedade de “Minos reef” é absolutamente a mais popular e mais comum no comércio da aquariofilia, devido à cor azul celeste muito bonita dos machos e principalmente à cor laranja viva das fêmeas nas variantes “O” e “OB”, sendo as “O” mais encontradas e raramente vemos a variante “OB”. Por outro lado os machos nas variantes “O” e “OB” não são facilmente encontrados. Os alevins da população “Minos reef” nascem cor-de-laranja vivo, são parecidos com as mães, parecendo uns adultos em miniatura. Comportamento e alimentação em aquário: O seu comportamento é idêntico à maior parte dos M’bunas, o que quer dizer que se tornam agressivos entre os da mesma espécie e outros com padrões de cor parecidos, tolerando bem os de outras espécies. A sua reprodução é igual a todos os outros M’bunas: Acasalamento em T; posteriormente a fêmea irá incubar os seus ovos durante um período que varia entre as 3 e 4 semanas. Durante a incubação a fêmea quase que não come, apenas apanhando pequenas partículas de comida que passam perto delas, mantendo-se praticamente todo o tempo escondidas nas rochas. No seu meio natural eles alimentam-se à base de algas e microrganismos que têm estas como seu refúgio (Aufwuchs) mas também já se têm observado a nadar em águas abertas alimentando-se de plâncton. No aquário, como acontece com os outros M’bunas, pode-se dar qualquer alimento (granulado ou flocos) à venda em qualquer loja, desde que com baixo teor em proteínas animais. Aquário: O aquário deverá ter no mínimo 200l e decorado com muitas pedras proporcionando esconderijos para os mais fracos e para as fêmeas durante a incubação. Para os mantermos em boas condições não precisamos mais do que olharmos para o que se passa no seu meio natural destes e outros incubadores bucais, vivendo em comunidades formadas por várias fêmeas e um único macho que acasala com elas todas. Seria portanto incorrecto colocar mais do que um macho no mesmo aquário. Nestas situações um ficaria sempre dominado e provavelmente até poderá ser morto pelo dominante. Observações: Como consequência da sua popularidade e facilidade em reproduzir esta espécie, vemos no comércio variantes completamente degeneradas e que nada têm a ver com os selvagens. Vemos fêmeas das mais variadas cores, desde o branco ao laranja vivo (quase vermelho) como vemos machos azuis, laranjas, amarelo pálido quase brancos. O mais absurdo ainda é que se vêm catalogados como sendo espécies diferentes ou então simplesmente os denominam como “red zebra” ou “blue zebra”, e não são mais do que “misturas” entre variedades geográficas da espécie. João Magalhães APC #45 http://joalmag.blogspot.com/ Link to comment Partilhar nas redes sociais More sharing options...
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