Corydora albina: desova

[pexe-rei]

Boas,

 

Ao que parece agora é altura das corydoras (pelo menos as albinas, estarem a desovar).

 

O que está a acontecer no meu aqua é que a corydora a semana passada desovou e agora está a desovar novamente.

 

Existe um macho também (mais pequeno e muito recatado), ainda não vi as tais corridas que são famosas, mas podem ser discretos e apenas fazer isso à noite

 

Existem vários locais com ovos, a minha questão é será que estão fecundados, lá dentro vê-se algo branco...

 

Retiro os ovos e coloco-os numa maternidade para evitar que sejam sobremesa?

 

Que me dizem?

 

[nmalo]

Boas companheiro, hj tambem me deparei como uma postura de cerca de 100 ovos! o que fiz foi colocar num aquario mais pequeno!

Deixo-te aqui umas dicas que encontrei na net!

 

"A postura é (normalmente) efetuada nos vidros, por isso nesta altura estes devem estar bem limpos.
Os ovos têm um diâmetro de aproximadamente 1,5mm e no inicio são extremamente moles apresentando uma cor bege. Estão embebidos numa goma natural, que os torna muito peganhentos. À medida que o tempo passa, o ovo vai ficando esbranquiçado, menos pegajoso e a casca cada vez mais rígida.
Em 24 horas o ovo, se fertilizado, passa de branco a cinzento, se não, passa a “branco fungado”.
À tempª de 26º o ovo cinzento vai ganhando transparência. No 2º dia já dá para se perceber a pequena cory no seu interior e ao 3º eclode.
O método ideal para a eclosão dos ovos, seria deixá-los onde tinham sido postos, mas a pressão da água pode ser mortal, para as pequenas cory’s recém-nascidas e nem sempre dá para baixar a coluna de água, pois muitas das posturas são efetuadas junto á superfície, além disso seria necessário retirar todos os adultos, o que poderia complicar mais as coisas, pois havendo mais do que uma fémea, significa que nem sempre a postura é feita ao mesmo tempo, por isso nunca se sabe quando todas as fémeas fizeram a postura ou mesmo se vão fazer. Este método tem ainda mais um inconveniente, o ser necessário fazer contas para saber a quantidade de antifúngico que se vai pôr no aqua e o volume das TPA’s.
O método que utilizo, parece ser mais trabalhoso e exigir mais paciência, mas eu acho-o mais prático.
1 – Preparar um recipiente de plástico de +/- 1lt (normalmente uma caixa de gelado, bem lavada).
2 – Encher até ¾ da capacidade, com água do aqua onde foi feita a postura.
3 – Colocar uma gota de azul de metieleno ou outro antifúngico.
4 – Colocar uma pedra difusora (convém não ser das de madeira).
5 – Os ovos devem ser retirados, entre 1h30 2h00, após a postura. Antes estão muito moles e peganhentos, o que torna a tarefa quase impossível, depois podem estar muito rijos, e deixar parte da casca colada ao vidro.
5.1 – Há quem os tire com uma lâmina de barbear, eu retiro-os com os dedos. Na altura certa, é tocar-lhes ao de leve e eles vêm colados aos dedos.
5.2 – Conforme vão sendo retirados, os ovos devem ser recolados nas partes laterais do recipiente, caso já não colem, devem ser colocados no fundo, afastados da pedra difusora.
5.3 – Se houver ovos nas folhas das plantas, estes devem ser retirados e colocados no recipiente. Concluindo – No recipiente apenas deve ficar: A água com antifúngico, a pedra difusora e os ovos.
6 – Colocar o recipiente no aqua de criação, previamente ciclado e preparado (eu utilizei um aqua comunitário).
7 – Garantir que a luz é no máx. difusa (no meu caso optei por tapar o recipiente). Manter a tempª nos 25 a 26º.
8 – Nos três primeiros dias, mudar 30% da água do recipiente, por dia.
9 – Nos 4º, 5º e 6º dias já deverão ter eclodido todos os ovos. Mudar só 15 a 20% da água. Nesta altura os sacos vitelinos já deverão ter desaparecido, caso contrário, continuar mais um dia.
10 – Até esta altura, não deverá ser dada nenhuma alimentação aos alevins.

O INICIO

A retirada dos alevins para o aqua de criação, deve ser 15min depois da última muda de água. É talvez o processo mais delicado de toda a “operação”, por isso e por falta de um aqua de criação eu tenho-os mantido durante mais tempo no recipiente, mantendo também as TPA’s. Está fora de hipótese o despejar o recipiente para o aqua. Há quem retire os alevins, com um pequeno camaroeiro, mas esta situação além de stressante, pode provocar danos nos alevins. Há também quem utilize uma pipeta para retirar os alevins um a um, esta é talvez o melhor método, mas eu acho-o extremamente stressante para quem o tá a fazer. Eu optei por utilizar uma seringa (penso que de 200ml), e com cuidado “aspiro” lentamente os alevins, até a seringa estar cheia, nesta altura tiro a parte de dentro da seringa e deixo a água sair lentamente, para evitar aumentos de pressão sobre os frágeis alevins.

O INFANTÁRIO/AQUA DE CRESCIMENTO

O ideal é ter uma área mínima de 60cmx40cm, por cada 100 crias, com uma coluna de água de no máximo 20cm, eu aconselho 15cm, porque os alevins têm que vir à superfície “respirar” e não convêm que fiquem exaustas antes de chegarem à superfície.
Como a filtragem nunca é demais, o ideal será ter um filtro de esponja a cada ponta do aqua, estes devem ficar a +/- 3cm do fundo do aqua, pois as pequenas cory’s costumam ficar por baixo da esponja.
O ideal será o aqua ter areia muito fina no fundo, mas esta, além de dificultar a limpeza, é um foco de bactérias e matéria em decomposição, quase impossível de manter limpa.
A iluminação, deve ser fraca/difusa de forma a não incomodar as crias, ligada por poucas horas por dia, de forma a evitar a criação de algas.
Os parâmetros da água devem ser constantes, ou seja mesmo após as TPA’s, os valores devem ser o mais semelhantes possível aos que iniciaram todo o processo, com especial incidência no PH, NO2 e NO3, estes 2 últimos devem manter-se no 0.
As TPA’s continuam como sempre a ser das partes mais importantes da aquariofilia, como tal devem ser diárias e corresponder a 5% da água (se poderem ser bi-diárias, não se perde nada). Deve-se limpar, alternadamente, uma esponja por semana. Como as pequenas cory’s têm os barbilhos especialmente sensíveis, há que manter o fundo o mais limpo possível, para tal é importante efetuar sifonagens diárias, para tal utilizo as mangueiras de ar ou nos primeiros tempos a seringa, que me permite evitar melhor as mini cory’s.
Este aqua pode manter as pequenas cory’s, durante 5 ou 6 meses, mas normalmente estas podem ser retiradas a partir do fim do 2º mês, altura em que se deve ir aumentando a altura da coluna de água, lenta e progressivamente.

A ALIMENTAÇÂO

Na 1ª semana deve alternar-se entre microvermes e enguia do vinagre (atenção porque estas são muito ácidas, por isso devem ser lavadas 1º).
A partir da 1ª semana deve-se incluir no “menu” artémia recém-eclodida, por ser um alimento altamente proteico."