O que está acontecendo no Brasil? [ARTIGO SOBRE EXPORTAÇÃO]


ZANITO

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O que está acontecendo no Brasil?

 

Há algumas semanas certos boatos vêm circulando no mundo aquariófilo: “não haverá mais nenhum embarque de peixes ornamentais do Brasil”, “todos acaris com códigos L estão com exportação proibida” ou “exportadores de peixes na cadeia em Manaus”, estas são as notícias espalhadas via internet ou até por algumas revistas. O que há de verdadeiro nessas estórias e o que se pode esperar no futuro?

 

 

Eu gostaria de apresentar algumas informações aqui, recebidas através de vários membros da comunidade brasileira de exportadores, e que podem ser parcialmente encontradas na internet. Estas últimas são principalmente legislações brasileiras e listas de peixes que foram publicadas sob os endereços citados.

 

Para dar um quadro correto e compreensível da situação, temos que recuar ao ano de 1989. Até essa data, a exportação de peixes capturados no Brasil era regulada por uma lista negativista, publicada pela SUDEPE (Superintendência do Desenvolvimento da Pesca), que listava como proibidas somente aquelas que eram utilizadas na alimentação humana. Quando a SUDEPE fundiu-se com o IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) no recém-fundado IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), a antiga lista negativista foi abandonada e uma lista positivista (Portaria no.1 de 20.12.1989) contendo 45 espécies e todos os membros de 5 gêneros (Ancistrus spp., Peckoltia spp., Corydoras spp., Otocinclus spp. e Hyphessobrycon spp.) passou a ser adotada. Pouco depois várias adições elevaram o total de espécies para 79, mais 7 gêneros (Portaria no. 477 de 14.03.1990).

 

A lista válida atualmente (Portaria no. 62N de 10.06.1992) continha 172 espécies e 3 gêneros, com um adendo de 2 espécies e um gênero). O que equivale a dizer que um total de 174 espécies de peixes mais todos os membros de 4 gêneros (Ancistrus, Peckoltia, Hyphessobrycon e Farlowella) têm sua comercialização e exportação permitidas no Brasil. Esta lista está disponível na internet sob o endereço: www.petsite.com.br/pxlegisla4.asp

 

Quando em 1986 os primeiros belos acaris foram descobertos nos Rios Tocantins/Araguaia, Negro, Xingu e por último no Tapajós, os aquariófilos do mundo inteiro quiseram ter em seus lares esses animais espetaculares. A revista alemã Datz iniciou um sistema de códigos L, hoje em dia muito conhecido em todos os países do mundo, onde por sinal os aquariófilos mantêm e também criam essas criaturas maravilhosas. No princípio, nenhum nome científico estava disponível para a maioria destes cascudos e portanto eram conhecidos como Ancistrus sp. ou Peckoltia sp. Estava tudo de acordo com a legislação brasileira, já que todos os membros dos gêneros Ancistrus e Peckoltia tinham sua comercialização permitida de acordo com a lista positivista do IBAMA de 1989 e suas ampliações sucessivas. Porém logo surgiram diversas descrições científicas de novos gêneros. Scobinancistrus, Hopliancistrus e Leporacanthicus foram descritos por Isbrücker & Nijssen (1989). Lucia Rapp Py-Daniel (1989) descreveu Baryancistrus e Oligancistrus ; e novamente Isbrücker & Nijssen (1991) descreveram o magnífico acari zebra no novo gênero Hypancistrus. As mudanças taxonômicas não foram corrigidas nas respectivas listagens do IBAMA e os acaris continuaram a ser exportados sob seus nomes brasileiros e os nomes genéricos Ancistrus spp. ou Peckoltia spp. Apenas exemplificando: Baryancistrus spp. (L 18, L 81 and L 177, os “Golden Nuggets”) como “Amarelo” e Ancistrus spp.; Hypancistrus spp. (L 4, L 28, L73) como “Picota” e Peckoltia spp.

 

No ano de 2002, o governo brasileiro recém-empossado decidiu, de acordo com a Convenção da Rio 92, que governo, ciência e setor produtivo deveriam constituir comitês para reordenar, entre outros, o comércio de peixes ornamentais. Isto aconteceu em outubro de 2003 na capital brasileira, Brasília, onde membros do IBAMA, ecologistas, cientistas e empresários discutiram o assunto exaustivamente. Eles chegaram a um acordo em que (em relação aos códigos L) as espécies não descritas continuariam a ser legalmente comercializadas sob os nomes Ancistrus spp. e Peckoltia spp. por um período de três anos (2006) até que fossem descritas cientificamente. O ministério brasileiro do meio ambiente MMA (Ministério do Meio Ambiente), o IBAMA e o CEPNOR (Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte) publicaram isto em um documento oficial chamado “Relatório da Reunião Técnica sobre a Pesquisa e Ordenamento da Pesca des Peixes Ornamentais na Região Norte do Brasil”. Portanto todos ficaram contentes, ou não?

 

Obviamente não, pois em novembro de 2004 algo muito espetacular aconteceu em Manaus. A Polícia Federal brasileira, com o auxílio de um “expert” (na verdade um estudante júnior da Universidade do Amazonas!), deteve embarques de três grandes empresas de exportação em Manaus, após estes haverem sido checados e liberados por fiscais do IBAMA. Os policiais insistiram em que o embarque era ilegal, pois vários peixes rotulados como Ancistrus spp. ou Peckoltia spp. eram na verdade membros de Baryancistrus, Hypancistrus e assim por diante. Os embarques inteiros foram levados para a instituição de pesquisa INPA (Instituto Nacional de Pequisas da Amazonia), onde um ictiólogo evidentemente confirmou que esses peixes eram de fato membros de Baryancistrus, Hypancistrus e assim por diante. Durante este período, os proprietários das três empresas envolvidas foram aprisionados por 48 horas e receberam elevadas multas. A televisão e a mídia escrita no Brasil fez um grande escândalo disso tudo, mas infelizmente ninguém mencionou o acordo de um ano atrás…

 

Devido à incerteza da situação, as empresas de Manaus decidiram imediatamente suspender todos embarques de códigos L não descritos que não fossem membros dos gêneros Ancistrus ou Peckoltia. Contudo empresas de outras partes do Brasil (Belém, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, etc.) não foram ainda afetadas e continuaram a exportar legalmente os acaris.

 

Mas a estória continua. No dia 28 de maio de 2004 o MMA publicou uma lista de invertebrados aquáticos e peixes ameaçados de extinção. Esta lista consiste em 156 espécies de peixes que são proibidos de serem capturados, comercializados ou até criados em cativeiro (exceção feita quando destinados a estudos científicos) a partir de 1º de julho de 2004. Desde dezembro de 2004 estes peixes foram explicitamente excluídos do comércio, até quando mencionados na lista positivista do IBAMA. Entre vários outros o mais conhecido é Hypancistrus zebra, o acari zebra. Mas também alguns mais foram relacionados, principalmente loricariídeos endêmicos, Scleromystax (Corydoras) macropterus e os conhecidos Mimagoniates spp., além de alguns outros caracídeos. Os aquariófilos marinhos podem esquecer-se de Gramma brasiliensis e Elacatinus figaro, duas espécies bastante conhecidas. Todos esses peixes têm sua exportação proibida do Brasil e não retornarão ao comércio, a menos que retirados desta lista. Os aquariófilos têm agora o dever de manter seus estoques vivos e criarem estes peixes em seus aquários. A lista completa está disponível em: www.ibama.gov.br/pescaamadora/legislacao/visualiza.php?id_arg=104.

 

No Brasil recomeça a discussão a respeito de regras mais restritivas para o comércio e captura de peixes ornamentais. Peixes marinhos já são comercializados muito mais restritivamente, agora de acordo com uma lista positivista que permite apenas quotas de 500 ou 1000 exemplares por espécie por empresa. Vozes se avolumam para proibir totalmente ou radicalmente restringir também o comércio de peixes de água doce. Neste momento (final de dezembro de 2004) o IBAMA ainda nada decidiu e ainda considera publicar uma lista negativista (como deseja o comércio) ou uma lista positivista mais ampla de quase 800 espécies. Entrementes, as empresas uniram suas forças e fundaram a ABREA (Associação Brasileira das Empresas de Aquariofilia) a fim de obterem uma melhor e mais forte posição nas discussões com as autoridades.

 

Eu acho altamente questionável culpar a coleta de peixes pela extinção de certas espécies, especialmente na Amazônia. Isso poderia ser possível com algumas espécies de peixes endêmicos em áreas muito pequenas, mas isso precisaria ser provado através de trabalho de campo intensivo. Milhares de brasileiros vivem da coleta de neons-cardinais e cia. O que essas pessoas fariam se forem proibidas de pescar? Bem, experiências anteriores revelam que elas iriam explorar a floresta, derrubá-la e incendiá-la para pastoreio, ou garimpar. Elas não têm uma escolha, mas para a natureza isto seria fatal. Contudo, as pessoas irão proteger os rios se neles quiserem pescar também pelos próximos anos (eu tentei mostrar isso me reportando a um exemplo no estado brasileiro de Rondônia, veja Evers 2002)!

 

Parece que o governo brasileiro, neste momento, vem fazendo muito contra a coleta de peixes*. Mas por onde anda o engajamento em salvar a natureza contra sua destruição? Estão realmente fazendo o suficiente em relação a isso, também? Nós todos nos lembramos bem de que a companhia petrolífera brasileira Petrobrás pagou apenas multas relativamente pequenas depois do vazamento de óleo cru que dizimou a vida na Baía de Guanabara no Rio de Janeiro. É fácil punir um pescador que esteja coletando Hypancistrus zebra nas corredeiras do Rio Xingu. Mas quem tem lutado contra os planos da Eletronorte (companhia de energia elétrica do norte do Brasil) em construir uma descomunal represa em Altamira, que deve causar a morte de milhões de peixes e extinguir principalmente os loricariídeos altamente especializados das corredeiras? Nós já temos a resposta através do exemplo do Rio Tocantins, onde a represa de Tucuruí foi construída anos atrás. Muitas espécies desta região estão agora inclusas na lista do MMA…

 

Eu penso que todo aquariófilo deve estar consciente deste problema. Por meu lado, eu concordaria em pagar mais por um peixe selvagem, se as pessoas que não estão tão bem situadas como nós no chamado primeiro mundo, pudessem ganhar o suficiente para alimentar suas famílias e criar seus filhos. Eu cruzo meus dedos para que o governo brasileiro ache uma solução apropriada para todas as partes envolvidas!

 

*)

www.terra.com.br/reporterterra/greenpeace/fale2.htm;

www.biodiversidadebrasil.com.b/programas/sinopse.asp?pin=O&ID=710;

www.ipag.org.br/home.html;

www.institutoaqualung.com.br/info.

 

Bibliografia citada

 

Evers, H.-G. (2002): Naturschutz mit und für den Menschen: Das Projeto Reservas Extrativistas in Brasilien. Aquaristik Fachmagazin 163: 50-56.

Isbrücker, I. J. H., & H. Nijssen (1989): Diagnose dreier neuer Harnischwelsgattungen mit fünf neuen Arten aus Brasilien (Pisces, Siluriformes, Loricariidae). D. Aqu. u. Terr. Z. (Datz) 49 (9): 541-547.

- & - (1991): Hypancistrus zebra, a new genus and species of uniquely pigmented ancistrine loricariid fish from the Rio Xingu, Brazil (Pisces: Siluriformes: Loricariidae). Ichthyol. Explor. Freshwaters 1 (4): 345-350.

Rapp Py-Daniel, L. (1989): Redescription of Parancistrus aurantiacus (Castelnau, 1855) and preliminary establishment of two new genera: Baryancistrus and Oligancistrus (Siluriformes, Loricariidae). Cybium 13 (3): 235-246.

 

:evil:

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  • 7 meses depois...

a resposta é simples ,

o Planeta Terra é imensso , onde muitos paises o aquarismo é muito valorizado , o Brasil é o lugar onde encontram uma enorme variedade de espécies de peixes....

O Brasil até que é um pais grande mas nunca que os nossos rios teriam peixes o suficiente para exportar para todos os paises

 

e preste atenção no que estou dizendo

 

moro no Brasil , somos um pais pobre , , nossos peixes são tão valoridados no exterior que para nós BRASILEIROS não temos acesso aos melhores exemplares dos NOSSOS proprios peixes , como os outros paises pagam mais pelos peixes, eles exportam os melhores, os mais feiosos e simples ficam para nós ,

qualquer um pode entrar em sites de aquarismo do Brasil e ver as fotos dos peixes do nosso aquario , são os mais porcaria

coisa boa é tudo exportado em grande escala , principalmente discus , existe uma variedade enorme de Discus Selvagens que os brasileiros nunca nem viram , pois é tudo exportado , exterminado dos nossos rios

 

creio eu que a Alemanha é o paiz que mais "conssome" nossos peixes, e oq eu fico entristecido é que nao somos nem umpouco reconhecidos , pois até hoje a Tetra não disponibiliza toda a sua linha de produtos para agente , não só a tetra como outras marcas tb. , mas nossos peixes eles querem todos , até que um dia vai acabar tudo , e isto vai acontecer logo se continuar do jeito que esta

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eu gostaria de saber a faixa de preço ai em portugal doa acaris

c alguém souber passe o preço para a moeda do brasil R$ (Real)

 

pois aqui no brasil achar eles é coisa rara , e quando acha esta custando mais de R$100,00

e eu andei vendo as fotos aqui no site e parece que quase todo aquario tem destas especies

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Caro Fernando perini

 

 

Lamento dizer-lhe que não tem razão no que diz. A exportação de peixes ornamentais é a causa de bastantes familias brasileiras terem o seu sustento,um exemplo são as que vivem na area da cidade de Barcelos. A exportação de peixes não ameaçou nenhuma especie Brasileira até agora. Elas estão sim ameaçadas pela expansão urbana e pela maciça destruição da floresta brasileira que obviamente é feita pelos proprios brasileiros. Para dar um exemplo caricato: Na area do Rio De Janeiro existem varios Killis ameaçados que estão em vias de terem o seu habitat tapado para serem feitas casa, no entanto é proibido tê-las em aquario. Ora serão os exemplares de aquario que um dia salvarão a especie pois que ela é reproduzida em cativeiro e na Natureza nada é feito para a salvar pelos burocratas que só sabem proibir!

O peixe brasileiro em Portugal é pouco, a maioria vem da Republica Checa e de outras proveniências, o peixe brasileiro é caro. Os Discus selvagens brasileiros são tambem muito pouco comuns cá, a maioria dos Discus são variedades de aquario que vêm de outros países.

Se por acaso a exportação de peixes do Brasil se efectivasse os principais prejudicados seriam os Brasileiros.

Abraços

 

Paulo José

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A política brasileira de protecção das espécies parece, cada vez mais, vir a ter o resultado de extinção dessas espécies. Hoje em dia é mais ou menos consensual que se se quiser preservar algo o melhor é dar-lhe aproveitamento económico. Só esse aproveitamento, ainda que controlado, garante que seja preservado o alvo desse aproveitamento. Entender que a captura de peixes ornamentais para exportação leva à extinção desses peixes é esquecer que, na sua maioria, os peixes que são capturados estariam condenados à morte, pois, por simplicidade de métodos, eles são capturados nas zonas alagadiças em retrocesso, coisa que acontece anualmente após as cheias do Amazonas e seu alfuentes.

 

Para além destes, existem outros peixes que são capturados nas zonas correntes, mas como disse e muito bem oautor citado no 1º post, muito mais risco de extinção é causado pelas alterações brutais ao meio ambiente dos peixes do que pela captura dos mesmos.

 

Achei, especialmente, muito curiosa e manifestamente bacoca a proibição de ciração em cativeiro de peixes ameaçados de extinção. Hoje em dia, não ofsse essa criação em cativeiro e já muitas espécies que se encontram extintas no seu habitat natural - porque ele desapareceu - tinham desaparecido também. Mas ainda existem graças a programas de reprodução de aquiriologia, quer em instiuições oficiais, comercial ou por particulares associados.

 

Fernado Perini, a sua reacção é compreensível, mas pouco ponderada. Se se entende que se sinta injustiçado que os peixes do seu país não estejam acessíveis no comércio brasileiro, não se entende que isso seja motivo para defender o "se nós não temos, ninguém tem" particularmente atendendo às implicações que essa tese tem na própria população dos peixes em causa. É que, ao contrário do que vi defendido por si, o fim da exportação desses peixes leva a que o seu interesse económico e o que deriva do seu aproveitamento, de forma reflexa, que é o aproveitamento e manutenção do habitat, desapareça e, isto sim, constitui uma séria ameaça de extinção para a fauna e flora amazónica.

 

Cumprimentos

Cumprimentos

 

Ricardo Fonseca (APC #5 APK #272)

http://aquaraf.blogspot.com

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eu escrevi aquilo e nao retiro uma palavra do que eu disse pois eu sei do que estou falando , meu Tio já trabalhou na Amazon Exotic Import , nao importa se o peixe é liberado ou não , pois mesmo sendo proibida algumas especies elas tb. são capturadas e enviadas misturadas a lotes de peixes legais , eu nao tenho raiva de ninguem , só queria dizer a realidade para que as pessoas deem mais valor a peixes criados em cativeiro ao inves de ter orgulho em dizer que tem um peixe selvagem, pior são aqueles que nao sabem das exigencias dos peixes, compram o peixe e ele morre pois nao sabem ambienta-lo

tb sabemos que estes peixes são de dificil reprodução em cativeiro , mas para paises tão desenvolvidos deveria ser mais investido em pesquisas e testes para a criação destas especies

eu conheço um rapaz que tb. importa peixes , inclusive com ele trabalha uma biologa Alemã e oq me impressiona é que eles acham normal mandar os melhores peixes para o exterior(e a quantidade não é pouca nao!!!) , mas realmente pagar o preço que os outros paises pagam aqui dificilmente consseguiria , e como tudo gira em torno de dinheiro...

 

p/ dar um exemplo do que estou falando , um Bandeira Altun verdadeiro aqui no brasil esta avaliado a a mais de R$160,00 , como ninguem tem a grana para pagar muitas vezes quem quer comprar tem que comprar de outros paises , ou seja , o peixe sai daqui , vai para outros paises e compramos ele de volta...e este cara que eu conheço estava vendendo um Altun por 100 reais que jáé um preço abaixo do que vale , em 3 meses nao consseguiu vender , ele teve que vender por um preço bem inferior a 100 reais , dai ele me disse (-se eu tivesse exportado este peixe teria vendido por muito mais $ , e nao teria tido o gasto com a alimentação e manutençao do peixe)moral da historia , quem tem dinheiro tem tudo rs :lol:

 

aqui no Brasil o investimento em pesquisas em aquariofilia é praticamente zero , nao tem o apoio de ninguem , nao sabemos nada de genetica , as faculdades de medicina veterinario e biologia nao tem nenhum aprofundamento em peixes ornamentais ,e são raros que tem a oportunidade de fazer pós graduação nesta area , é uma pena

 

eu fico tão feliz quando vejo que alguém consseguiu reproduzir corydoras ou qualquer outro peixe ,

 

ja consseguimos reproduzir até noens cardinais , MAS VALE A PENA? VC GASTAR TEMPO DEDICAÇÃO , ALIMENTAÇÃO ENERGIA ELETRICA ETC... SENDO QUE VC PODE COMPRAR UM NEON SELVAGEM A MENOS DE R$1,OO ??

 

enquanto continuar esta pahaçada vai ser a mesma coisa , e quando as pessoas comessarem a penssar em uma solução e quererem tomar atitudes , será tarde demais

 

eu ainda gostaria de saber quanto vale um acari zebra em portugual

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Boas,

 

Nem penso em meter-me ao "barulho" mas, o preço do acari zebra (é o L-46? não é?) ronda como pode ver os 500€ (baratinho :shock: ) não sei se é assim em todo o lado, eu vi aqui:

 

http://www.aquariofilia.net/forum/viewtopi...pic.php?t=28616

 

Ainda bem que já temos alguns nacionais!!! (grande Jacinto!!!!!

8) )

 

PS: Acrescento que 500€ corresponde a uns R$ 1362,4 reais!

(não tenho certeza quanto à conversão, fi-la aqui: http://www.estadao.com.br/cgi-ptl/conversor.pl)

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Olá Pessoal,

 

Quando li este tópico, as primeiras ideias que me vieram ao pensamento:

 

- Com as medidas impostas pelo governo brasileiro, se os aquariofilistas quiserem continuar a ter peixes ornamentais, terão que preservar os que já possuem, conhecê-los melhor e fazer com que se reproduzam mais em suas casas;

 

- Compreendo e aceito perfeitamente a indignação do Fernandoperini, porque lhe é quase inacessível “algo” que existe em abundância na sua Terra e que não pode usufruir... para mais sabendo que quase todo o Mundo usufrui;

 

- Mais ainda, é inaceitável a situação dos milhares de pessoas que “sobrevivem” graças ao trabalho de captura destas espécies e que de repente vêm o seu “ganha-pão” ir por água abaixo.

 

Penso também que a política de proibição de capturas e de reprodução, não é definitivamente a solução mais adequada… no entanto estas medidas competem ao governo brasileiro!

 

Eu acredito numa gestão equilibrada, através da qual o mundo inteiro tem a ganhar… e sobretudo o Brasil - os “piambeiros” poderão ser os melhores defensores e fiscais do seu património (se isso lhes der uma vida digna - trabalho honesto e dinheiro), as empresas de comércio continuarão a ser rentáveis, o Estado aumentará as suas receitas, os aquariofilistas continuarão a ter peixes … e sobretudo o Amazonas continuará a existir!

 

Até lá vamos estimando bem os peixinhos que temos!

 

Um abraço!

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(...) Eu acredito numa gestão equilibrada, através da qual o mundo inteiro tem a ganhar… e sobretudo o Brasil - os “piambeiros” poderão ser os melhores defensores e fiscais do seu património (se isso lhes der uma vida digna - trabalho honesto e dinheiro), as empresas de comércio continuarão a ser rentáveis, o Estado aumentará as suas receitas, os aquariofilistas continuarão a ter peixes … e sobretudo o Amazonas continuará a existir!

 

A postura não poderia estar mais correcta.

Mas, quanto a mim, é simplesmente utópica.

 

Isto porque estamos a falar em humanos.

Uma das suas características mais importantes é a ganancia.

Quero com isto dizer que os piabeiros, por mais bom senso que tenham e que ponderem que devem gerir as suas capturas em função do futuro, há de aparecer sempre um que pensa "porque devo deixar pra capturar amanhã se posso capturar tudo hoje antes que outro faça?"

 

Infelizmente é uma característica da nossa espécie já mais que provada e comprovada nas civilizações mais "evoluídas" ás mais sub-desenvolvidas.

Se existir dinheiro á mistura é isso que acontece. Neste caso estamos a falar em interesses economicos dos países ditos desenvolvidos, o que torna o panorama bem pior.

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Boas,

 

mas o preço que me passou convertido em R$ não (palavra corrigida) faz sentido , sou péssimo em matematica hehehe

 

Bem eu até acho que faz sentido! Se tivermos como referência que 1 euro equivale a uns 2.7 reais (Dados do Banco Central do Brasil) ficamos com 1350 reais de equivalência! O que é +/- o que disse mais casa decimal menos casa decimal! É um pouco absurdo mais é a realidade, 500€ é muito dinheiro junto!

 

PS: Bela discussão!!

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:wink: nossa , nao imaginava que vcs pagavam tão caro assim nos peixes , com este preço da para montar um bom aquario aqui no Brasil

 

eu poderia estar colocando varias citações aqui mas estou com preguiça :)

 

o fato é que a população ribeirinha nao vive exclusivamente de capturar peixes (alias nao tem nem cabimento penssar isto) sendo que a época de captura dos peixes é pequena se levar em conssideração que o ano tem 12 meses , além do mais eles só servem é para passar a tarrafa (rede) nos rios e riachos , capturam de tudo , mas quem seleciona são biólogos do mundo inteiro , envolve muita gente e claro,,muita grana, como vcs devem imaginar não é só peixes não , é de tudo qualquer tipo de ser vivo , inclusive plantas

 

eu acho que :wink: legal seria fazer parcerias , um melhor planejamento entre os paises para que possamos ver as possibilidades de captura e reprodução da especie!! para assim ser disponibilizada as especies de uma forma decente aos aquaristas

, pena que não sabemos onde e quem contatar né? :)

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Boas Pessoal,

 

...A postura não poderia estar mais correcta.

Mas, quanto a mim, é simplesmente utópica.

 

...Isto porque estamos a falar em humanos.

Uma das suas características mais importantes é a ganancia....

 

Olá Woody_PT,

 

Desculpa lá mas… UTOPIA???

Eu conheço muito mal a realidade do Amazonas e do Brasil, mas tenho a noção que é um assunto que dá pano para mangas, porque se trata de uma extensão enormíssima de território com uma infinidade de riquezas naturais e interesses em jogo… naturalmente que eu não sou a pessoa mais indicada para falar sobre este assunto e tenho consciência que a resolução do problema pertence ao Governo Brasileiro e à comunidade internacional.

 

Ainda sobre “o modelo de gestão equilibrado” a que eu me refiro:

 

Nunca ouvis-te falar ou nunca viste em documentários, exemplos de Organizações que através de programas dirigidos pelos Estados exercem acções de formação sobre antigos caçadores e pescadores furtivos, integrando-os como funcionários de parques naturais, como trabalhadores de empresas de turismo, como funcionários de centros de investigação científica, garantindo-lhes assim um emprego e um salário dignos e mantendo-os em a realizar tarefas relacionadas com aquilo que eles mais gostam - a NATUREZA e a defesa do património do seu país e consequentemente a defesa dos seus intereses?

 

Será isto UTOPIA?...

Ou acreditamos que é possível ou nunca mais lá chegamos!

 

Um abraço!

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Jacinto, não tens que pedir desculpa pois eu entendo perfeitamente o teu ponto de vista e até gostava de concordar contigo.

 

Eu também conheço muito pouco ou nada da realidade brasileira e menos ainda do Amazonas, mas conheço um pouco da realidade humana.

Como muito bem dizes "trata-se de uma extensão enormíssima de território com uma infinidade de riquezas naturais e interesses em jogo"

Isso torna-a uma zona extremamente dificil de controlar, facílima de explorar e demasiado apetecível.

 

Eu julgo que o governo brasileiro tem como prioridade o bem estar da população (humana) e está em tal situação que provavelmente está disposto a fazer sacrificios (o desmatamento do Amazonas é prova disso).

A "comunidade internacional", por seu lado, passou este tempo todo a espatifar o planeta como bem quis e lhe apeteceu de forma perfeitamente inconsequente e agora confortavelmente apercebem-se que fizeram bosta e obrigam o Brasil (e muitos outros países em situações equivalentes) a ficarem quietinhos e a não explorarem a sua riqueza natural "porque nos faz falta a nós".

Não acho muito bem, evidentemente, mas acho indispensavel visto o estado em que o planeta está. Acho também que essa mesma comunidade internacional deveria pagar pelo menos o oxigénio fornecido pela Amazónia (e bem pago), já que impedem o país de rentabilizar o que tem.

 

 

Isto de um ponto de vista politico, ou economico (actualmente a politica serve única e exclusivamente os interesses economicos - e a muito curto prazo).

 

Depois temos a questão social, as pessoas:

Nunca ouvis-te falar ou nunca viste em documentários, exemplos de Organizações que através de programas dirigidos pelos Estados exercem acções de formação sobre antigos caçadores e pescadores furtivos, integrando-os como funcionários de parques naturais, como trabalhadores de empresas de turismo, como funcionários de centros de investigação científica, garantindo-lhes assim um emprego e um salário dignos e mantendo-os em a realizar tarefas relacionadas com aquilo que eles mais gostam - a NATUREZA e a defesa do património do seu país e consequentemente a defesa dos seus intereses?

Ouço falar e vejo os documentários e reparo também que a maior parte desa reinserção é justamente como guardas e fiscais. E nunca são suficientes.

Vejo, por exemplo, em África onde são obrigados a cortar cornos de Rinoceronte e presas de elefante para evitar que os caçadores furtivos os matem apenas para lhes retirar isso - com os peixes será complicada uma acção de prevenção desse género.

 

Certamente não me consegues desmentir quando digo que enquanto existir quem compre, seja uma pata de elefante para guardar guarda-chuvas, um corno de Rhino porque acham que dá "força" ou um peixinho porque fica bem na sala, existirá sempre quem esteja disposto a arriscar para conseguir isso, independentemente das consequencias.

E quanto piores as consequencias, mais dificil será, maior o seu preço.

Quanto mais caro, mais interesse terão os compradores (na sociedade dita "civilizada" a ostentação é uma prioridade) e os "fornecedores" mais riscos estarão dispostos a correr.

E o ciclo continuará...

 

Por isso é que digo que eliminar tudo isso é completamente utopico.

Não digo que não se deva trabalhar nesse sentido, repara, mas estou certo que o máximo que se consegue será reduzir ligeiramente as consequencias, o objectivo nunca será conseguido.

 

Isto porque os "esforços" são sempre, hipocritamente, dirigidos á parte mais fraca.

Se um país da dita comunidade internacional proíbe a outro país a captura e exportação de determinada espécie, mas não proíbe a sua importação, comércio e propriedade dentro das suas fronteiras, o que é isto senão hipocrisia e qual é o objectivo senão uma perfeita utopia (além de servir para calar as vozes de quem realmente se incomoda)?

 

 

Peço desculpa pelo testamento, mas é um tema que me revolta e perante o qual não vejo melhorias, apenas um prolongar da agonia :x

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A "comunidade internacional", por seu lado, passou este tempo todo a espatifar o planeta como bem quis e lhe apeteceu de forma perfeitamente inconsequente e agora confortavelmente apercebem-se que fizeram bosta

 

Onde naturalmente também nós estamos inseridos… apenas na última década de 90 é que os movimentos ambientalistas começaram a ter mais projecção e só agora, nas escolas, se começa a ensinar a respeitar e preservar o meio ambiente… e os governos só agora começam a por em prática algumas medidas.

 

… Acho também que essa mesma comunidade internacional deveria pagar pelo menos o oxigénio fornecido pela Amazónia (e bem pago), já que impedem o país de rentabilizar o que tem.

 

… e também os peixes, as aves, as plantas, os répteis, as madeiras, o turismo, as industrias, etc... em suma os bens que retiram à natureza, para satisfação de hobbies, luxos e não só... e assim o Estado obteria as receitas para ajudar a suportar os mecanismos de defesa do ambiente!

 

Ouço falar e vejo os documentários e reparo também que a maior parte desa reinserção é justamente como guardas e fiscais. E nunca são suficientes...

 

Todos são poucos!

Continuo a dizer que os “piambeiros” são os principais interessados em guardar o seu património, mas isso terá que ser explicado nas escolas, no lar, na rua, nas empresas… é uma questão de formação e de mentalidade colectiva que dá trabalho e demora muitos anos a adquirir!

 

enquanto existir quem compre, seja uma pata de elefante para guardar guarda-chuvas, um corno de Rhino porque acham que dá "força"…

 

Desde que se retire da natureza apenas na quantidade certa para que não se afecte a continuidade das espécies e esses senhores paguem valores agravados, correspondentes aos excessos, luxos ou caprichos, poderá servir nalguns casos como medida dissuasora!

 

 

…ou um peixinho porque fica bem na sala, existirá sempre quem esteja disposto a arriscar para conseguir isso, independentemente das consequências

 

Aqui entramos nós!

Achas que a maioria dos aquariofilistas vão deixar de comprar peixes por sua livre iniciativa? E será que a proibição é a medida mais acertada?

A mim parece-me que o acesso regulado e os preços proibitivos para as espécies que se justifique, são mais dissuasores e deixam sempre em aberto a hipótese das pessoas poderem contribuir para a continuidade das espécies... ou não é esta é uma das principais razões de ser da aquariofilia?

 

E quanto piores as consequencias, mais dificil será, maior o seu preço.

Quanto mais caro, mais interesse terão os compradores (na sociedade dita "civilizada" a ostentação é uma prioridade) e os "fornecedores" mais riscos estarão dispostos a correr...

 

È aqui que devem entrar a fiscalização e os tribunais!

 

Por isso é que digo que eliminar tudo isso é completamente utopico.

 

Concordo!

Eliminar totalmente esses problemas seria o ideal e o ideal é uma Utopia!

 

Não digo que não se deva trabalhar nesse sentido, repara, mas estou certo que o máximo que se consegue será reduzir ligeiramente as consequencias, o objectivo nunca será conseguido.

 

Sim, o objectivo nunca será totalmente conseguido, seja qual for o método utilizado, mas isso não quer dizer que as organizações não devam continuar os esforços e não se multipliquem com o intuito de tornarem mais abrangentes as soluções para os problemas.

 

Isto porque os "esforços" são sempre, hipocritamente, dirigidos á parte mais fraca...

 

Naturalmente que os países e as organizações irão investir tendo também em vista a rentabilização do seu esforço.

O Estado mais directamente interessado deve ter a iniciativa, a criatividade e a capacidade negocial para estabelecer acordos que vinculem os outros Estados à participação do interesse global!

 

Se um país da dita comunidade internacional proíbe a outro país a captura e exportação de determinada espécie, mas não proíbe a sua importação, comércio e propriedade dentro das suas fronteiras, o que é isto senão hipocrisia

 

Quem é que fez isso? Não foi o estado brasileiro que criou as leis que proíbem a captura, criação e comércio de peixes? E será que procurou estabelecer acordos, a fim de proibirem a entrada desses animais noutros países?

 

 

...é um tema que me revolta e perante o qual não vejo melhorias, apenas um prolongar da agonia  :lol:

 

Quando lutamos por uma causa normalmente sofremos, mas é nosso dever participar para tentar reduzir ao mínimo essa agonia... e se possível sempre com um sorriso nos lábios! :cry:

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onde está o ZANITO ??

 

ele que abre o tópico e não participa!! ,

pela sua menssagem e o conteúdo seu descrito eu tenho certeza que tem alguma influencia e poderia ter muito a acresncetar aqui , ao contrario do Woody_PT que fala fala e nao fala nada , só distorce as coisas

 

oq eu volto novamente a dizer,, a melhor solução seria as pessoas que tem acesso aos melhores exemplares de peixes investira na reprodução , grandes marcas do ramo de aquarismo e criadores poderiam dar algum incentivo

 

o Brasil ja tem muitos problemas - fome - corrupção - desemprego etc..(não quero ver ninguem aqui discutindo disto , nao fujamos do assunto) ... lamento informar mais nosso governo nao tem nenhum plano para isto , nao temos dinheiro para investir , nunca consseguimos um patrocinio nem nada parecido, e nao consseguimos bons matrizes

 

até que estou gostando do rumo do topico , pena que poucas pessoas irão ter acesso a ele , as poucas pessoas que entram dentre elas a maioria nem vai ler direito e muitos não estarão "nem ai"

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Afinal até estamos de acordo :shock:

(...)Continuo a dizer que os “piambeiros” são os principais interessados em guardar o seu património, mas isso terá que ser explicado nas escolas, no lar, na rua, nas empresas… é uma questão de formação e de mentalidade colectiva que dá trabalho e demora muitos anos a adquirir!

Logo à partida falas em escolas. Tanto quanto sei, isso é o que menos existe nessas zonas.

E mesmo assim é também e principalmente uma questão de vontade - e isso é o que menos vejo em todo o lado.

 

(...)Desde que se retire da natureza apenas na quantidade certa para que não se afecte a continuidade das espécies e esses senhores paguem valores agravados, correspondentes aos excessos, luxos ou caprichos, poderá servir nalguns casos como medida dissuasora!

Concordo com o raciocínio em teoria, na prática não acredito.

Primeiro porque estamos a falar em espécies ameaçadas. Logo qualquer que seja a quantidade, será sempre acima da "quantidade certa"

 

Também porque quanto mais caro, mais procura terá. Principalmente se não fôr por necessidade mas sim por luxo.

Como exemplos, além dos que já dei, muitos mais facilmente se encontram: Qualquer dondoca te dirá que é melhor um casaco de peles "naturais" pois as de viveiro não são a mesma coisa (e este seria um tema para outra longa discussão, já entrando a ética em questão); as focas continuam a ser assassinadas indiscriminadamente; a carne de baleia não é uma primeira necessidade e por aí fora - tudo bens caros q.b. e que não deixam de ter procura.

 

(...)Aqui entramos nós!

Achas que a maioria dos aquariofilistas vão deixar de comprar peixes por sua livre iniciativa? E será que a proibição é a medida mais acertada?  

A mim parece-me que o acesso regulado e os preços proibitivos para as espécies que se justifique, são mais dissuasores e deixam sempre em aberto a hipótese das pessoas poderem contribuir para a continuidade das espécies... ou não é esta é uma das principais razões de ser da aquariofilia?

O grande problema é que a maior parte dos aquarios vendidos servem apenas como um matadouro temporario para os animais até ser atirado para um sótão ou mesmo para o lixo.

Com facilidade se encontram possuidores de aquarios que estão convencidos que um peixe vive apenas dois ou três meses, depois compra-se outro.

O tipo, beleza e raridade do animal escolhido para decorar um aquario desses é apenas função do poder economico e vontade de ostentação de quem os possui.

 

 

(...)È aqui que devem entrar a fiscalização e os tribunais!

como disse antes, esses não conseguem resolver os problemas directamente relacionados com os humanos.

A conversa até surgiu sobre um problema numa zona onde tribos inteiras estão a ser extintas (e por sinal as populações nativas mais preocupadas e respeitadoras do meio ambiente que se conhece).

 

(...)Sim, o objectivo nunca será totalmente conseguido, seja qual for o método utilizado, mas isso não quer dizer que as organizações não devam continuar os esforços e não se multipliquem com o intuito de tornarem mais abrangentes as soluções para os problemas.

(...)

 

Naturalmente que os países e as organizações irão investir tendo também em vista a rentabilização do seu esforço.  

O Estado mais directamente interessado deve ter a iniciativa, a criatividade e a capacidade negocial para estabelecer acordos que vinculem os outros Estados à participação do interesse global!

 

Aqui é que temos a maior diferença:

Eu não acho que as organizações devam aumentar os esforços nem os estados devam (só) negociar.

Eu acho que o problema é acima de tudo social e que os esforços devem ser nesse sentido.

O fruto proibido será sempre o mais desejado, mas se encaramos a velha de casaco de peles como uma criatura do mesmo tipo e abaixo de um chulo de rua (afinal de contas o seu conforto depende do sofrimento de um ser que não teve opção), se esclarecermos as pessoas do mal que fazem e as apontarmos aos outros, pode ser que sintam alguma vergonha e deixem de expôr a porcaria do pedaço de coral em cima da cómoda, simplesmente porque só lhes fica mal.

 

(...)Quem é que fez isso? Não foi o estado brasileiro que criou as leis que proíbem a captura, criação e comércio de peixes? E será que procurou estabelecer acordos, a fim de proibirem a entrada desses animais noutros países?

Será que há interesse nesses acordos? Principalmente por parte de quem os incentiva?

A hipocrisia reina na sociedade actual, o que interessa é aparentar, não é obter resultados.

 

(...)Quando lutamos por uma causa normalmente sofremos, mas é nosso dever participar para tentar reduzir ao mínimo essa agonia... e se possível sempre com um sorriso nos lábios! :(

O sorriso ao fim de algum tempo torna-se complicado...

 

 

-----------------//-----------------------

 

(...)pela sua menssagem e o conteúdo seu descrito eu tenho certeza que tem alguma influencia e poderia ter muito a acresncetar aqui , ao contrario do Woody_PT que fala fala e não (palavra corrigida) fala nada , só distorce as coisas

No meu discurso procuro sempre deixar claro que se trata apenas da minha opinião e nada mais.

Não procurei acrescentar nada além do meu ponto de vista.

Ponto de vista esse que por sinal é bastante flexível. quando correctamente confrontado e justificado mudo-o rapidamente tornando-o mais firme (acho que é um dos factores que me faz evoluir).

Vais-me desculpar mas isso não aconteceu com a tua intervenção (quase que me leva até a achar que só perdi tempo).

 

Eventualmente falo muito dizendo pouco. Isso deve-se certamente ao tempo passado na política, de onde saí desiludido ao me convencer que o único proposito é o bem estar próprio. Quando tentei o activismo paralelo, verifiquei que passou a ser a projecção pessoal que importa, aquilo que vamos defender é completamente irrelevante

 

Nesta altura faço a minha quota parte: transmito as minha idéias a quem me rodeia e procuro manter um comportamento coerente: Respeito o que não é só meu e não consumo mais do que necessito.

Já concluí que o planeta não está em condições para receber um filho meu, portanto se se tornar um deserto ou se explodir no minuto seguinte ao meu desaparecimento é algo que me passa completamente ao lado (só não consigo ficar indiferente).

 

 

Mas tudo isto apenas do meu ponto de vista, evidentemente...

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Olá Woody_PT se te ofendi pesso desculpas pois juro que nao era a minha itenção , mas veja bem o tanto que vc escreveu anteriormente só nesta sua ultima menssagem...Oque vc acrescentou no tópico?

estamos aqui para tentar achar uma solução e vc aparece para tirar as esperanças , de maneira alguma vc aparenta estar preocupado , e sim conformado com a situação...tenho que reconhecer que vc escreve bonito , mas nao escreve nada concreto , tente ser mais objetivo e focar mais ao assunto , pois assim como vc eu também chego a penssar que perdi meu tempo tentando abrir a mente das pessoas e buscar ajuda para debatermos uma solução

 

pessoal , voces tambem acham a melhor maneira para preservarmos as especies seje a procriação?

quem concorde ou não ,deve SIM dar sua opinião sobre o ASSUNTO , nao vamos novamente distorcer tentando fazer discurssos fúteis

 

como seria a melhor maneira para procriarmos

onde podemos buscar um apoio ou incentivo

quais especies devemos nos preocupar primeiro

onde podemos espalhar nossas ideias

 

etc...etc...etc... quanto mais opinioes e ideias construtivas melhor! não é pessoal!? :lol: ,

um abraço a todos

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Olá Woody_PT,

 

Afinal até estamos de acordo :lol:

Estamos de acordo nalgumas coisas... noutras nem por isso!

Concordo contigo na medida em que "a humanidade" tem que regredir em determinados comportamentos para evitar que "o planeta caia num abismo", em termos ambientais.

Não concordo com a tua atitude fatalista e muito menos ainda quando no teu discurso "disparas de forma desordenada em várias direcções", atingindo indiferenciadamente as pessoas, nalguns casos até dando "tiros nos teus próprios pés" e ao mesmo tempo não demonstrando disponibilidade mental para apresentares soluções para os problemas abordados.

 

Logo à partida falas em escolas. Tanto quanto sei, isso é o que menos existe nessas zonas.

Eu não disse que existem muitas, poucas ou nenhumas escolas, nessas zonas do Brasil... Disse:"...isso terá que ser explicado nas escolas...", referia-me a um conceito que vai dando frutos, em muitos países que o têm posto em prática.

Por favor não respondas dizendo que isso na prática não funciona no Brasil!

Os conceitos têm mais utilidade se forem colocados em prática!

 

Concordo com o raciocínio em teoria, na prática não acredito.

Primeiro porque estamos a falar em espécies ameaçadas. Logo qualquer que seja a quantidade será sempre acima da "quantidade certa"

 

Ok!... Se são espécies ameaçadas de extinção, concordo que seja proibida a sua captura, no entanto e tanto quanto sei, existem muitas outras espécies que estão longe de estar em perigo de extinção e continua a ser proibida a sua captura. Com isto eu não concordo!

Volto a afirmar que não vejo mal nenhum em que sejam retiradas da natureza, na quantidade certa para que não se afecte a continuidade dessas espécies, no seu habitat natural.

 

Também porque quanto mais caro, mais procura terá. Principalmente se não for por necessidade mas sim por luxo.

Não concordo!

Por exemplo, quantos Hypancistrus Zebra (L46) foram vendidos em Portugal a 500 Euros cada um?

Provavelmente nenhum!

 

...as focas continuam a ser assassinadas indiscriminadamente; a carne de baleia não é uma primeira necessidade e por aí fora - tudo bens caros que (palavra corrigida).b. e que não deixam de ter procura.

Concordo que estas situações devam ser simplesmente banidas!

Portugal já deu um bom exemplo de civismo ao Mundo quando terminou com a caça ao cachalote no mar dos Açores, reconvertendo-a numa actividade turística que permite a entrada de algumas divisas para a região.

 

O grande problema é que a maior parte dos aquários vendidos servem apenas como um matadouro temporário para os animais até ser atirado para um sótão ou mesmo para o lixo.

Com facilidade se encontram possuidores de aquários que estão convencidos que um peixe vive apenas dois ou três meses, depois compra-se outro.

Compete também aos aquariofilistas exercerem um esforço para que isso aconteça cada vez menos!

Um bom exemplo desse tipo de esforço é o trabalho desenvolvido pelo "nosso Fórum"!

 

O tipo, beleza e raridade do animal escolhido para decorar um aquário desses é apenas função do poder económico e vontade de ostentação de quem os possui.

Não concordo!

No meu caso não é apenas função do poder económico e muito menos vontade de ostentação!... e no teu é?... e no caso de uma grande parte dos aquariofilistas?

Vê lá se encontras respostas para estas questões?... Se as encontrares talvez fiques com bons motivos para continuarmos esta conversa!

 

como disse antes, esses não conseguem resolver os problemas directamente relacionados com os humanos.

(Referindo-se à fiscalização e aos tribunais)

Como assim?

A função deles é precisamente resolver problemas directamente relacionados com os humanos, no que diz respeito ao não cumprimento das leis.

 

A conversa até surgiu sobre um problema numa zona onde tribos inteiras estão a ser extintas (e por sinal as populações nativas mais preocupadas e respeitadoras do meio ambiente que se conhece).

Ok!... E o que é que isso tem a ver com a afirmação que eu fiz sobre a fiscalização e os tribunais?

 

Aqui é que temos a maior diferença:

Eu não acho que as organizações devam aumentar os esforços nem os estados devam (só) negociar.

Eu acho que o problema é acima de tudo social e que os esforços devem ser nesse sentido

Ai não achas que as organizações devam aumentar os esforços ?... Então as organizações devem reduzir os esforços?

E os esforços no âmbito social não são também esforços?

Já agora podes dizer quem é que devia fazer esses esforços e quais as medidas que apontas para que se resolvesse o problema social?

 

O fruto proibido será sempre o mais desejado, mas se encaramos a velha de casaco de peles como uma criatura do mesmo tipo e abaixo de um "chulo" de rua (afinal de contas o seu conforto depende do sofrimento de um ser que não teve opção)...e as apontarmos aos outros, pode ser que sintam alguma vergonha...

Logo à partida ao comparares uma velha com um "chulo de rua", só porque usa um casaco de peles, isso revela da tua parte uma atitude de falta de bom senso!

Se a velha não estiver a cometer nenhuma ilegalidade, sujeitas-te a que não fique envergonhada e que continue a usar o casaco de peles.

 

...se esclarecermos as pessoas do mal que fazem...

Penso que por aí irás aumentar a probabilidade de vires a ter mais uma aliada na defesa da causa!

 

... e deixem de expor a porcaria do pedaço de coral em cima da cómoda, simplesmente porque só lhes fica mal.

Por esse princípio, ficará mal em cima da cómoda assim como dentro do aquário!

 

Diz-me só mais uma coisa... tu és mesmo aquariofilista? :cry:

 

Cumprimentos.

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Por partes:

 

Fernando Perini, não fiquei ofendido nem coisa que se pareça (dificilmente me ofendo e nunca com um texto na net).

É verdade que tenho demasiada letra para pouco conteúdo. Julgo que sei o que penso, poderei é não saber expressar.

 

Na realidade estou conformado com a situação, mais do que preocupado.

Isto porque sigo a maioria e adoptei a sua postura:

Agora sou egoísta! Preocupo-me com o meu bem-estar (não deixando de respeitar os restantes).

O meu discurso, quando vejo algum amigo a "portar-se mal" é sempre o mesmo:

"Tu é que tens filhos é que tens que te preocupar com o que lhes deixas e que sacrificios estás disposto a fazer em função disso, para mim é indiferente".

 

Como disse, não acho que seja com campanhas, movimentos e leis que não serão respeitadas que se obtém resultados, mas sim com a utilização da inteligência, com a sensibilização de vizinho a vizinho, com a educação da nossa descendencia.

Como posso eu censurar, criticar ou exigir algo da parte dos brasileiros se vivo ao lado do rio mais poluído da Europa?

Que moral tenho eu?

 

 

 

Em relação á tua pergunta, não acho que a reprodução seja a solução.

Ou melhor, será se o teu objectivo for apenas continuar a dispor de peixinhos bonitos para o aquario. Mas ao fim de algumas gerações, apenas o aspecto será semelhante à espécie nativa (à semelhança do que aconteceu com o peixe dourado japonês).

Se o habitat não for preservado, a espécie nunca o será (como aconteceu com o Lince Ibérico, p.ex., mesmo aqui ao lado).

 

Soluções?

Em minha opinião, não esperar ou exigir por leis que não passam de texto em papeis (tal como o meu discurso) e criarmos as nossas proprias leis, prestar atenção ao nosso comportamento.

Abdicar dos móveis em madeiras exóticas era capaz de ajudar um pouco, por exemplo.

Que tal obrigar as lojas de animais a exibirem certificados de origem e censos oficiais das populações em questão antes de os comprarmos?

 

 

 

Jacinto, não serei fatalista, mas estou convencido que o planeta já está numa situação demasiado descendente. Acho que quando muito poderemos (e devemos) reduzir a velocidade da queda, já vamos tarde para a evitar.

Realmente disparo em todas as direcções justamente porque acho que as iniciativas globais acabam sempre por dar mau ou nenhum resultado prático. Como disse, acho que é só e apenas uma questão de postura individual.

Eu vejo o homem como um insecto, apenas se preocupa em "encher o papo" e reproduzir-se repetindo o ciclo, tal como uma praga de gafanhotos, que consome tudo o que aparece á frente.

Infelizmente (ou não) chegamos a um ponto em que não temos predadores (além de nós proprios), de maneira que se não nos controlamos...

 

Quanto á educação específica no Brasil, eu vejo-os a quererem á viva força cristianizar (não me parece que a palavra esteja correcta), educar e injectar a "cultura" que conhecemos naqueles que seriam os melhores professores e são os maiores protectores da Amazónia.

Vão depois dizer nas escolas "o nosso comportamento deve ser exactamente igual ao daqueles a quem reeducamos"?

Os putos devem ficar um bocado confundidos, não? Tipo, vamos fazer cartazes e espalhar panfletos para divulgar que não se deve gastar papel.

 

 

(...) no entanto e tanto quanto sei, existem muitas outras espécies que estão longe de estar em perigo de extinção e continua a ser proibida a sua captura. Com isto eu não concordo!

Eu concordo á partida com qualquer proibição da captura de espécies selvagens. Não acho que se deva esperar que esteja em perigo.

A ser mais tolerante, necessitaria saber quais os motivos que levaram á proibição. Pode a espécie em questão não estar ameaçada mas outra que depende dela o estar.

Na natureza 4 menos 2 não é igual a 2, bem pelo contrario, provavelmente dá zero.

 

 

Por exemplo, quantos Hypancistrus Zebra (L46) foram vendidos em Portugal a 500 Euros cada um?  

Provavelmente nenhum!

Se não foram a 500 foram a 400 ou a 300. O que eu não acredito é que tenham preferido deita-los fora (ou devolver ao habitat) a vender seja por que preço for.

Só quando não der qualquer lucro é que deixam de ser capturados - isso só acontece quando toda a gente se recusar a compra-los.

 

 

Woody_PT escreveu:  

O tipo, beleza e raridade do animal escolhido para decorar um aquário desses é apenas função do poder económico e vontade de ostentação de quem os possui.  

 

Não concordo!  

No meu caso não é apenas função do poder económico e muito menos vontade de ostentação!... e no teu é?... e no caso de uma grande parte dos aquariofilistas?  

Vê lá se encontras respostas para estas questões?... Se as encontrares talvez fiques com bons motivos para continuarmos esta conversa!  

Eu disse o que disse referindo-me aos aquarios que são comprados porque ficam bonitos nas salas (que são em grande maioria), não dos aquariofilos.

E basta estares uma horita dentro de uma loja a observar o comportamento dos compradores.

Imagina isso e diz-me quantos clientes são mínimamente aquariofilistas e dos restantes diz-me qual o comportamento e postura em relação aos seres vivos.

 

 

Ok!... E o que é que isso tem a ver com a afirmação que eu fiz sobre a fiscalização e os tribunais?  

Justamente com a sua capacidade.

Se os tribunais e entidades fiscalizadoras não estão a ser capazes de impedir a exitnção dos habitos, culturas, costumes e mesmo da genética de populações humanas inteiras, apesar das organizações, dos direitos humanos e restantes leis, que capacidade terão de se concentrarem com resultados positivos nuns peixinhos que não interferem em nada (aparentemente) com o homem?

 

 

Ai não achas que as organizações devam aumentar os esforços ?... Então as organizações devem reduzir os esforços?  

E os esforços no âmbito social não são também esforços?  

Já agora podes dizer quem é que devia fazer esses esforços e quais as medidas que apontas para que se resolvesse o problema social?

Acho que devem manter os esforços, muitas delas deveriam rever a forma como os direcionam.

Quem eu acho que deveria fazer esses esforços? Não todos mas cada um de nós e não como esforço mas como atitude natural.

 

"Este animalzinho está ameaçado? Vou comprar um para o preservar" - é a postura do ernando Perini, que eu não censuro e louvo pelo objectivo, mas que não acho a mais correcta.

Pessoalmente: "Este animalzinho está ameaçado? Não o vou comprar de forma a que ninguém tenha lucros com a sua captura até desistirem de o capturar"

 

 

Logo à partida ao comparares uma velha com um "chulo de rua", só porque usa um casaco de peles, isso revela da tua parte uma atitude de falta de bom senso!  

Se a velha não estiver a cometer nenhuma ilegalidade, sujeitas-te a que não fique envergonhada e que continue a usar o casaco de peles.  

O chulo serve-se de alguém que teve capacidade de opção (se a pôde utilizar ou não é outra questão), a velha exibe parte do cadaver de um ser vivo que não teve opção - acho que há uma enorme diferença, em favor do chulo.

E o problema é justamente que, mesmo que seja ilegal matar os animais apenas para fazer casacos de peles, não é ilegal usa-los.

Em minha opinião, ora bolas pró negocio!

 

 

 

Por esse princípio, ficará mal em cima da cómoda assim como dentro do aquário!  

 

Diz-me só mais uma coisa... tu és mesmo aquariofilista?

Dentro do aquario pelo menos está vivo, houve alguma preocupação na sua captura e transporte.

Pela tua ordem de idéias fica tão bem um peixe dentro do aquario como embalsamado em cima da lareira :twisted:

 

 

 

E acho que não mereco o título de aquariofilista.

Mantenho um pequeno aquario desde os doze anos, actualmente em casa dos meus pais (já não o mesmo, evidentemente).

Tem todas as condições que sou capaz de lhe fornecer, quando puder dispor de espaço e tempo para isso, talvez tente ser um aquariofilo digno do nome.

 

Mas não deixo de respeitar a natureza por isso...

 

 

 

 

Resumindo (porque me voltei a esticar):

- A longo prazo, para se resolver um problema, acho que nos devemos concentrar na causa e não só no problema. Isto se não queremos que se repita.

 

- Os mercados têm dois factores principais, a oferta e a procura. Se temos um problema na oferta, enquanto existir procura a oferta irá manter-se com os mesmo problemas.

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Olá Woody_PT

 

Eu concordo á partida com qualquer proibição da captura de espécies selvagens. Não acho que se deva esperar que esteja em perigo.

E então como é resolverias os problemas das pragas, convidá-los-ias a virem até tua casa para confraternizar?

 

A ser mais tolerante, necessitaria saber quais os motivos que levaram á proibição. Pode a espécie em questão não estar ameaçada mas outra que depende dela o estar.  

Na natureza 4 menos 2 não é igual a 2, bem pelo contrário, provavelmente dá zero.

E na natureza 1+1 poderá ser igual a milhões, o que torna as contas muito mais complicadas!

 

 

Se não foram a 500 foram a 400 ou a 300. O que eu não acredito é que tenham preferido deita-los fora (ou devolver ao habitat) a vender seja por que preço for.  

Só quando não der qualquer lucro é que deixam de ser capturados – isso só acontece quando toda a gente se recusar a compra-los.

Como é que garantes que toda a gente se recusa a compra-los?

Isso seria o ideal…

 

Justamente com a sua capacidade.  

Se os tribunais e entidades fiscalizadoras não estão a ser capazes de impedir a extinção dos hábitos, culturas, costumes e mesmo da genética de populações humanas inteiras, apesar das organizações, dos direitos humanos e restantes leis, que capacidade terão de se concentrarem com resultados positivos nuns peixinhos que não interferem em nada (aparentemente) com o homem?

Repito que de tudo isso, nada tem a ver com a competência dos órgãos de fiscalização e dos tribunais.

 

Quem eu acho que deveria fazer esses esforços? Não todos mas cada um de nós e não como esforço mas como atitude natural.

Isso era o ideal…

Então fica sentado à espera da “atitude natural”… vai demorar muito tempo a aparecer e na maioria dos casos nunca aparecerá… e sabes porquê?

Simplesmente porque na sua “atitude natural”, “o homem” é um super predador!

 

"Este animalzinho está ameaçado? Vou comprar um para o preservar" – é a postura do ernando Perini, que eu não censuro e louvo pelo objectivo, mas que não acho a mais correcta.  

Pessoalmente: "Este animalzinho está ameaçado? Não o vou comprar de forma a que ninguém tenha lucros com a sua captura até desistirem de o capturar"

Se tu não o comprares outro virá que o compra e será que vai saber mantê-lo?

 

 

O chulo serve-se de alguém que teve capacidade de opção (se a pôde utilizar ou não é outra questão), a velha exibe parte do cadáver de um ser vivo que não teve opção – acho que há uma enorme diferença, em favor do chulo.

Sobre esta do “chulo” nem faço mais comentários.

 

Dentro do aquário pelo menos está vivo, houve alguma preocupação na sua captura e transporte.

(Referindo-se ao coral em cima da cómoda)

Depende, pode estar vivo ou morto, porque na aquariofilia também se utilizam corais mortos.

 

Pela tua ordem de ideias fica tão bem um peixe dentro do aquário como embalsamado em cima da lareira  :lol:

Pela minha ordem de ideias fica bem do seguinte modo:

As actuais técnicas de taxidermia recorrem ao fabrico de cópias fiéis dos peixes, utilizando materiais inertes, procurando-se assim diminuir ou acabar com o embalsamamento :)

 

Como vês não é preciso ser-se fatalista para se encontrarem soluções para os problemas!

 

Mantenho um pequeno aquário desde os doze anos, actualmente em casa dos meus pais (já não o mesmo, evidentemente).  

Tem todas as condições que sou capaz de lhe fornecer, quando puder dispor de espaço e tmmpo para isso, talvez tente ser um aquariofilo digno do nome.

Mas não deixo de respeitar a natureza por isso...

Boa sorte e empenha-te, porque só assim poderás dar um bom contributo para a Aquariofilia!

 

Cumprimentos

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boas pessoal,

 

li num fórum estrangeiro que o rio Xingú vai ser drenado, morrendo todos os H. Zebra e outros peixes endémicos , a sua captura continuará a ser proibida.Aqui vai uma grande contradição proibem a captura do peixe porque está em vias de extinção e secam o rio .Assim os últimos exemplares residentes lá, irão morrer não havendo nada pa ninguém.

 

Alguém confirma ou desmente esta notícia?

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Só o final já resume muito do que quis dizer (e algo que se perdeu):

Não parece insensato que os países do G-7 invistam cerca de US$ 300 milhões para minimizar o desmatamento da Amazônia, enquanto seus mesmos bancos públicos financiam bilhões em obras que comprometem ecossistemas gigantescos para um extração ilegal de mogno, entre outros, dentro de áreas indígenas?”
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  • 5 semanas depois...