eu não estou aqui em defesa de se gastar dinheiro sem pensar. Nem estou aqui a defender a compra ou o DIY, apenas alertei e continuo a afirmar que o processo de tratamento não é assim tão linear e não se abre a porta de casa, dá-se um pontapé numa pedra e saí um tronco porreiro para nós tratarmos.
Cada um saberá da sua vida e se os 30€ gastos nos troncos poderão servir para fertilizantes, para ver ir ver um jogo de futebol ou até gastar em raspadinhas e ter a sorte de lhe sair um prémio...não é essa a questão, apenas como referi anterior é necessário ponderar tudo e cada caso é um caso...aquilo que serve para uns não serve para outros mas devemos informar sempre as vantagens e desvantagens de cada método.
No meu caso em especifico nem tenho qualquer dúvida que a compra foi a melhor opção pois atendendo ao meu local de residência e como disse anteriormente não se dá um pontapé numa pedra e aparece um tronco, só a minha busca pela natureza de um eventual tronco maravilhoso, iria implicar com a maior das facilidades um gasto de 15 a 20€ de gasolina, isto se o encontra-se na primeira deslocação(se estamos numa de contas e de poupança então é necessário fazer o custeio direito)...obviamente que não estou para aí virado.
De qualquer forma para quem tem essa facilidade e quer seja pela poupança ou pelo prazer que poderá dar tratar um tronco, força nisso não tenho nada contra, vamos é acrescentar mais alguns dados que vós podarão auxiliar e falta referir um ponto muito importante que até aqui foi omitido:
-O tronco antes de qualquer desinfecção deve estar seco.
-Se não encontrarem o tronco completamente seco na natureza têm que o secar convenientemente...convenientemente se for um tronco grande não cabe no "forno das vossas mulheres"...se não cabe no forno usem um secador e estão duas horas a gastar luz...deixem o tronco secar naturalmente...demoram 6 meses
-Podem desinfectar como entenderem... cloro, lixivia, etc...usem explosivos, mas se não estiver seco correm o risco de terem um tronco que é uma espécie ao "lado" das recomendadas mas azar dos azares o gajo embora desinfectado vai libertar resinas...pois é.
Se tiverem acesso privilegiado a estes troncos na natureza mais uma vez digo, força nisso, nem todos têm essa sorte.
"extrato tirado de: http://www.aquaflux.com.br/conteudo/artigos/troncos.php"
"..O preparo:
Nem deveria ser preciso falar que todo tronco, galho ou raiz só pode ser usado em aquários muito bem secos. Troncos recém cortados, e mesmo cortados recentemente não podem ser usados, ou devem ser evitados ao máximo pelo menos. Tentar usar troncos não totalmente secos, pode causar alguns contratempos bem desagradáveis. Troncos assim, costumam tingir muito a água, (vamos falar mais disso depois), podem soltar algumas substâncias na água, normalmente “fungam”, etc. Então certifique-se que o tronco esteja totalmente seco. Nota: Troncos não muito bem secos, via de regra pouco tempo depois de serem submersos, apresentam grudados a eles, uma espécie de gosma gelatinosa de aspecto claro. Se tiverem sido erroneamente colocados no aquário muito verdes, pode ser a seiva da madeira sendo exposta, e essa dependendo na espécie da madeira pode sim ser bem prejudicial. Se o tronco estiver mais seco (porem não totalmente) isso normalmente é um ataque de fungos inofensivos à fauna / flora, eu pode ser facilmente succionado ou se o aquário assim o permitir (já ciclado, parâmetros, compatibilidade de fauna, etc) a colocação de algumas Molinésias (Poecilia sphenops) resolvem o problema, pois essas comem toda ela. Note por favor, que o termo seco se refere a um processo de secagem sofrido pelo tronco, algo como o oposto de “verde”. Um tronco dito “verde”, morre (por corte ou outro motivo qualquer) e começa um processo longo de secagem; depois de bastante tempo, ele pode digamos cair num rio e ficar molhado, mas já passou pelo processo de secagem mencionado acima. Esse processo de secagem é demorado mesmo; apesar de saber que algumas pessoas tentam acelerá-lo, fazendo uso de estufas, aquecedores, fornos e outros artifícios, o processo mais recomendado ainda é deixá-lo exposto ao tempo (Sol), termos paciência e esperar. É aconselhável, que o tronco após a secagem, tenha sua casca totalmente retirada (esse processo pode ser feito também com ele ainda verde); a casca de todos os troncos se deteriora muito rapidamente, sujando e tingindo muito a água. Estando como tronco bem seco em mãos, vamos ao tratamento do mesmo.
Com a casca já removida, temos que começar o que comumente é chamado de tratamento desse tronco. E aqui cabe uma rápida explicação. Os troncos recém secos e preparados contém ainda algumas substâncias, bactérias, fungos, etc que devem ser removidas antes do seu uso. O tanino (polifenól), por exemplo, é uma delas; praticamente toda madeira tem tanino, algumas são mais ricas dele que outras, mas quase todas o têm; ao ser imerso na água esse começa a liberar essa substância (não nociva à fauna) fazendo com que a água adquira uma coloração de chá, nem sempre desejada, salvo para algumas reproduções de biótopos. Ficar livre desse problema nem sempre algo rápido..."