Walther

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Tudo publicado por Walther

  1. É um isópode. Procure por "Asellus aquaticus". Abraços!
  2. Olá a todos! Acabamos de publicar um artigo discutindo a identidade do "Bee/Crystal", inclusive com uma revisão sobre a identificação de espécies baseada em DNA. Quem tiver interesse, o artigo está aqui: http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=artigos_ver&com=1&id=108&local=2 Grande abraço! Walther
  3. Olá a todos!! Somente um alerta, cuidado, não é isto que é descrito neste artigo. De fato, o Tiger passa a ser "C. mariae", mas o Bee continua sendo, na sua maioria, "C. cantonensis". No trabalho, foram coletados muitos camarões selvagens, e muitos camarões ornamentais foram obtidos em lojas. Foram realizadas análises morfológicas e moleculares de todos estes animais. O que se viu foi que: - O Tiger é "Caridina mariae", uma nova espécie. - A maioria dos Bee ornamentais é, geneticamente, "Caridina cantonensis". - Em meio aos Bee ornamentais, descobriu-se esta nova especie, "Caridina logemanni". Foram encontradas outras espécies, como "C. maculata" e "C. venusta", mas a maioria dos ornamentais é "C. cantonensis". - Porém, morfologicamente, o "C. cantonensis" não lembra em nada o Bee. Nem faixas tem. Não se sabe claramente o motivo, talvez hibridização prévia com outras espécies com faixas, como o "C. logemanni", "C. maculata" e "C. venusta". Infelizmente o artigo não é de acesso aberto, mas um ótimo resumo pode ser visto aqui: http://www.seriouslyfish.com/new-shrimp-from-hong-kong-and-southern-china/ uma foto das diversas espécies do artigo pode ser vista aqui: http://novataxa.blogspot.com.br/2014/12/caridina-guangdong-hongkong.html Cuidado para não editar todo o portal eletrônico de vocês, renomeando o "Caridina cf. cantonensis" por "Caridina logemanni". Alguns fóruns alemães já estão fazendo isso, erroneamente. É uma situação diferente do "Neocaridina heteropoda" que virou "N. davidi". O Tiger sim, pode ser corrigido. Grande abraço! Feliz 2015 a todos! Walther
  4. Walther

    Mini caracois

    Olá! Não creio que seja "Planorbis", eu apostaria em um "Gyraulus", um outro planorbídeo de menor tamanho e sem hemoglobina (por isso não são vermelhos). Costumam caminhar com a concha em posição horizontal, ao invés de vertical, como os "Planorbis". Não passam de 5~7 mm. E "Planorbis" filhotes não têm a concha assim achatada, são mais globosos do que os adultos. De qualquer forma, concordo com os colegas, são inofensivos e não destroem plantas. Grande abraço!
  5. Eu acho melhor soltá-lo em algum lago ou riacho por vários motivos. Primeiro, porque por algum motivo que desconheço, é muito difícil criar esses vermes por um período longo. Já tentei aqui em casa em um aquário sem peixes, somente com caracóis para alimentá-los, e não passaram de pouco mais de um mês. Não sei, talvez seja a longevidade natural destes vermes. Outra coisa, eles não oferecem perigo para os camarões e peixes, mas muitas vezes são vetores de patógenos para estes animais. Isto é bem mais comum em sanguessugas que sugam sangue de peixes (agem como vetores de doenças desta forma), mas eles podem agir como vetores mecânicos, transportando patógenos que irão infectar peixes que se alimentem destes vermes. E, finalmente, eles não são muito eficientes como caçadores de caracóis. É bem interessante observá-los (basta ver o vídeo do link), mas a quantidade de animais que eles caçam por dia é pequena. Se a idéia é usá-los para controle populacional de caracóis, não vai funcionar muito bem. Atingem no máximo uns 2~3 cm. Não sabia que você ainda estava com ele. Consegue bater fotos melhores? Abraços!
  6. Eu pessoalmente acho o "Theodoxus" uma ótima opção para começar. E talvez depois se aventurar na reprodução de alguma outra espécie que precise de água salobra. Tat, infelizmente não. Já mantive Neritinas, mas nunca tentei reproduzi-las. Mas já reproduzi caranguejos de estuário, com larvas planctônicas que necessitam água salobra: http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=artigos_ver&com=1&id=90&local=2 E já tentei reproduzir alguns "Macrobrachium" com padrão primitivo de reprodução, água salobra ("M. acanthurus" e "M. olfersii"), mas não tive sucesso total. Não consegui criá-los até a fase de juvenil. http://www.crustaforum.com/board/showthread.php?1567-Macrobrachium-acanthurus-mating-and-breeding Quer dizer, tenho alguma experiência sim. No que puder ajudar vocês, contem comigo.%
  7. Olá, Ivo. É uma sanguessuga, um glossifonídeo que se alimenta de caramujos ("snail leech"). Estas estruturas ramificadas são divertículos intestinais (caecum) repletos de alimentos. Indica que ele acabou de se alimentar, deve ter predado seu Planorbídeo. Veja aqui: Grande abraço! Walther
  8. Olá, Alexandre! Faço parte da equipe de um site brasileiro sobre invertebrados de água doce, e quando começamos a escrever os textos da "Neritina zebra" (uma espécie brasileira), passamos pela mesma confusão envolvendo identificação. O problema é que na internet as infomações são repassadas sem checar sua veracidade, muitas vezes sites conceituados postam informações incorretas que são repassadas sem critério. Acredito que a informação incorreta chamando esta espécie de "Neritina natalensis" tenha começado em fóruns alemães, e "virou verdade incontestável" depois de ser publicado no site "Planet Inverts": http://www.planetinverts.com/zebra_nerite_snail.html Só como exemplo, se você pesquisar no Google Images como "Neritina natalensis", a maioria dos resultados mostra exatamente esta sua espécie, ou seja, NÃO É o "Neritina natalensis". Como bem disse tat, existem muitas espécies de "Neritinas", muito parecidos, muitas vezes com exatamente a mesma cor e padronagem. Baseado somente na morfologia da concha, é praticamente impossível garantir a espécie. Felizmente a espécie mais disponível em Portugal tem a concha mais cônica, com o ápice mais elevado, o que estreita bem mais as possibilidades. Por este motivo, eu "aposto todas as minhas fichas" na "Neritina turrita". Infelizmente você vai ter trabalho para encontrar fotos corretas de espécies, você vai ter que procurar em portais de zoologia e conquiliologia, ao invés de sites de aquarismo. Por exemplo, este é projeto LifeDesks, parceira do Encyclopedia of Life: "Neritina zebra": http://neritopsine.lifedesks.org/pages/788 "Neritina natalensis": http://neritopsine.lifedesks.org/node/498 "Neritina turrita": http://neritopsine.lifedesks.org/pages/805 Uma discussão é sobre a reclassificação das neritinas em outros gêneros e sub-gêneros, como está no Lifedesks. A maioria dos autores prefere chamar todos de "Neritina", ao invés de utilizar "Vitta", "Vittina", etc. Mas ainda é uma questão em aberto. Esta é a página do nosso site sobre o "N. zebra": http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=27&id_subcategoria=&com=1&id=132&local=2 Colocamos alguns comentários sobre esta questão de identificação. E aqui uma discussão antiga em um forum de língua inglesa exatamente sobre essa confusão: http://www.crustaforum.com/board/showthread.php?747-Neritina-confusion Grande abraço! Walther
  9. Olá, Alexandre! Muito interessante este tópico, estou acompanhando com bastante interesse. Gostaria de fazer uma observação que talvez possa ser importante: existe uma grande confusão com a identidade desta espécie que você está tentando reproduzir. Certamente não é uma "Neritina zebra", uma espécie brasileira, com a concha mais arredondada, além do fato desta espécie não ser exportada do Brasil. Ou seja, não se baseie muito na tese do Dr. Barroso. Muito provavelmente não é tampouco a "Neritina natalensis", apesar de muitas fontes na net identificarem como sendo esta espécie. Novamente, a forma da concha é outra, com ápice mais baixo, apesar da cor e padronagem serem bastante parecidas. Provavelmente se trata da "Neritina turrita", uma espécie asiática. Não existem trabalhos documentando a reprodução desta espécie, mas sabe-se que filogeneticamente ela é próxima a espécies que não têm fase de larva planctônica (veliger), apesar de depender de água salobra, como a brasileira "Neritina virginea". Ou seja, talvez possa ser reproduzida em cativeiro. Boa sorte! Grande abraço, Walther
  10. São Copépodes, como os do gênero Cyclops. Como regra geral, não são perigosos para os peixes. Porém, são carnívoros, e algumas espécies maiores podem predar pequenos alevinos. Com alevinos de Danio rerio, vai depender do tamanho destes copépodes, se forem bem menores do que os alevinos, nao deve ter problema. Se tivessem sido introduzidos com plantas coletadas na natureza, haveria o risco de estarem infectados com Camallanus, mas não é o seu caso. Grande abraço!
  11. É uma Neritina com a concha achatada, pode ser do gênero "Neripteron", ou mais remotamente uma "Septaria". Pesquise por estes dois gêneros, meu palpite é um "Neripteron auriculata". Abraços!
  12. DragFireL, muito provavelmente são Colêmbolos. São totalmente inofensivos, não precisa se preocupar. Escrevemos alguns artigos no nosso site sobre vários destes invasores, os Colêmbolos estão aqui: http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=28&id_subcategoria=&com=1&id=182&local=2 Slet (que legal, outro brasileiro!), se te interessar, tem também um artigo destas larvas do seu aqua ("Bloodworms", larvas de quironomídeos) aqui: http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=28&id_subcategoria=&com=1&id=165&local=2 Grande abraço a todos!
  13. Olá, Daniel. A "doença do neon" leva a áreas de descoloração, não à formação de bolhas/cistos macroscópicos. Não acho que seja a doença que seus peixes têm. Uma condição mais rara, mas relativamente comum em Neons é a de vermes nematóides Philometra. Formam bolhas abaixo da pele onde fica o próprio verme adulto, que é branco. Veja aqui: http://www.fnzas.org.nz/fishroom/viewtopic.php?f=25&t=40813 Fotos ajudariam na identificação. Você tem como postar alguma imagem dos seus peixes? Boa sorte! Grande abraço!
  14. Olá a todos!! Desculpe a longa ausência nas notificações, mas o site continua sendo atualizado periodicamente. Publicamos três belíssimos álbuns de fotos de Chris Lukhaup e seus colegas do Crusta10, com invertebrados da Ilha de Sulawesi. Foram publicados também diversas fichas de Caranguejos de estuário, Insetos aquáticos, Moluscos e outros invertebrados, como Hidróides, Briozoários e Branchonetas. E mais dois belos álbuns, com fotos de Neritinas em seu habitat, e macrofotografia de invertebrados dulcícolas. Confiram, a página de atualizações da página está aqui. Grande abraço!
  15. Olá a todos!! Foi publicado um artigo em duas partes abordando a questão da Erosão de Conchas de Moluscos, escrito a "quatro mãos" por mim e pelo Edson Paveloski Jr., da equipe do Era de Aquários. Novas fichas também de espécies brasileiras de mini-camarões, Potimirim e Euryrhynchus. Confiram os links das atualizações aqui. Grande abraço!
  16. Algumas novidades, publicamos alguns artigos sobre insetos, dois grupos bem importantes para o aquarista geral, que são as larvas de Mosquitos e ninfas de Libélulas. Confiram, os links das atualizações estão aqui. Grande abraço!
  17. Novas espécies de ampularídeos foram publicados, agora temos artigos de praticamente todas as espécies brasileiras importantes. Totalizamos oito espécies de Pomacea, além de Marisa, Asolene e Pomella. Algumas fichas foram corrigidas, com novas imagens e novas informações. E iniciamos algumas importantes parcerias com entidades malacológicas. Confiram, os links das atualizações estão aqui. Abraços!
  18. Algumas atualizações, três fichas de Ampularídeos menos conhecidos: - Pomella megastoma - Pomacea scalaris - Marisa cornuarietis Confiram, os links das atualizações estão aqui. Abraços!
  19. Olá a todos! Iniciamos uma parceria com o portal "applesnail.net", mantido por Stijn Ghesquiere, certamente o melhor portal na internet sobre Ampulárias, com um impressionante acervo de dados e fotos, além de um fórum de discussão dedicado. Marcando o início desta parceria, publicado um artigo geral sobre Ampulárias, e três fichas de espécies. Confiram, os links das atualizações estão aqui. Abraços a todos!
  20. Olá a todos! Novamente, estamos enfrentando problemas com nosso e-mail corporativo. Pedimos aos nossos visitantes que entrem em contato conosco através do e-mail contato.planetainvertebrados@gmail.com Por favor, não utilizem o formulário da página de Contato! Desde a inauguração do site, parte das mensagens que nos foram enviadas foram perdidas. Todas as mensagens que recebemos já foram respondidas. Se você nos mandou alguma mensagem e não recebeu resposta, pedimos encarecidamente que nos re-envie a mensagem para o e-mail acima. Mais uma vez, pedimos desculpas pelo ocorrido. Muito obrigado!
  21. Olá a todos! Mais algumas novidades, foram incluídas duas fichas de moluscos bivalves, as Corbículas e as Náiades. Publicado também um artigo sobre Caramujos. Links das atualizações estão aqui. Abraços a todos!
  22. Obrigado pelos comentários, Daniel! Fábio, que bom que a parceria está dando certo. Precisamos estreitar mesmo os laços entre nossos países. Mais algumas atualizações: - Ficha dos caramujos trombeta. - Artigo sobre Esponjas, cedido pelo Rony Suzuki. - Artigo sobre Ostracóides e outros pequenos artrópodes. - Fichas de quatro espécies de Églas. A página de atualizações é esta. Outra novidade é que estamos com Twitter e Facebook! Os links estão na página inicial do site. Confiram! Grande abraço a todos!
  23. Olá a todos! Várias atualizações no site, fichas de Neritinas, Vermes, Lapas, Planárias, Mixomicetos e etc. Artigos abordando a reprodução de Medusas de Água Doce, e vários outros. A página de atualizações é esta. Espero que gostem! Grande abraço a todos!
  24. Olá a todos! É um grande prazer anunciar a re-inauguração do site "Planeta Invertebrados"(antigo Planet Inverts Brasil). O site foi totalmente reformulado, com uma cara nova e fácil navegação, todo o material previamente disponível na versão anterior do site já está online. E já começamos a publicar material original, de autores brasileiros. Algumas fichas de espécies também foram enriquecidas de material novo, mais coerente com o universo aquarístico brasileiro. Um agradecimento especial ao Fábio Silva, que tem servido de "ponte" entre estes dois universos de aquariofilia em língua portuguesa. Esperamos que gostem! http://www.planetainvertebrados.com.br/ Equipe Planeta Invertebrados: - André Luis Santiago - Chantal W. Kornin - Cinthia Emerich - Cleidson Silva - Edson Rechi - Eiji Yoshimura - Fábio Burgarelli - Fabio Correia - Fabio Nomura - Fábio Silva - Felipe Aoki - Felipe Langoni - Fernando Tsukumo - Guilherme Anjos - Gustavo Tokoro - Leonardo Denardi - Minoru Nagayama - Rafael Senfft - Thiago Chang - Victor Coutinho - Walther Ishikawa
  25. Olá, João. Olá a todos. As planárias são um grupo de animais mais heterogêneo do que se pensa. Algumas se alimentam preferencialmente de vermes, outros de caramujos, outros de crustáceos planctônicos, outros de crustáceos bentônicos. Desta forma, é difícil estabelecer uma regra geral sobre a segurança na manutenção destes animais com camarões. Tenho um aquaterrário onde mantenho Dugesias e Mesostomas. Não tenho camarões, mas tenho diversos caramujos, outros vermes, hidras, Dáfnias e Cyclops. Não os considero pragas, somente um elemento da fauna. Dugesia: Mesostoma: De forma geral, mesmo em fóruns, a opinião que prevalece é a de que as planárias oferecem pouco (ou nenhum) perigo a caramujos e camarões adultos, mas predam filhotes. Mesmo as toxinas (que foi citado) que revestem seu corpo, ou são liberadas na água para caçar zooplâncton, não é claro se são perigosas para estes animais. Alguns relatos de predação de animais adultos podem ser de indivíduos doentes ou moribundos, como nesta foto postada. O vídeo e as fotos do Shrimpnow mostram somente uma planária sobre um camarão, o que não diz muita coisa. E mesmo no vídeo, o camarão me parece muito pouco reativo. Mas sim, existem diversos trabalhos científicos documentando a predação de planárias. Dugesia predando Physa: http://www.jstor.org/pss/2390069 Planaria sp. predando Asellus: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2427.1976.tb01623.x/abstract Dugesia não predando Asellus: http://www.springerlink.com/content/m883244430100lw2/ Asellus são interessantes, porque são macrocrustáceos bentônicos. Se são predadas, é quase certo que filhotes de camarões com desenvolvimento direto (como Cherrys e Red Crystals) serão predados. E é interessante também que depende da espécie de planária. Mesostoma predando Daphnia: http://www.springerlink.com/content/rk88618352l0721w/ http://www.jstor.org/pss/2836760 Da mesma forma, isto mostra o potencial de predação de filhotes de camarão com pelo menos uma fase larval, como o Macrobrachium jelskii. Só lembrando também que Dugesias, Planarias, Girardias, etc não predam primariamente plâncton, se alimentando mais de animais bentônicos. Somente o Mesostoma. Concluindo, a minha opinião pessoal é a de que é bastante arriscado manter planárias com camarões, pelo risco de predação de filhotes. Possivelmente, se você repetir seu experimento com camarões recém-nascidos, o resultado será bastante diferente. E acho que existe embasamento científico suficiente para afirmar isto. Grande abraço! Walther