Mais de cem corais e outras espécies


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Censos do mundo marinho até 2010

Mais de cem corais e outras espécies marinhas descobertas em recife perto da Austrália

18.09.2008 - 21h15 Reuters

Mais de uma centena de corais e de outras espécies marinhas foram descobertas na Grande Barreira de Coral e no recife de Ningaloo, que ficam a Noroeste e Oeste da costa da Austrália, perto do estado de Queensland. Três expedições ao longo de quatro anos contribuíram para se conhecer melhor a diversidade biológica existente nos recifes, que agora pode ser monitorizada mais correctamente.

 

“Ficámos todos surpreendidos e excitados por encontrar tanta variedade de vida marinha que antes nunca tinha sido descrita, principalmente de corais moles, isópodes, louva-a-deus-marinhos e vermes. Tudo isto em águas que os mergulhadores acedem facilmente”, disse Julian Calei, investigador do Australian Institute of Marine Science (AIMS).

 

O esforço faz parte de um projecto internacional que quer fazer um censos geral da vida marinha, Census of Marine Life (CoML), para ser publicado em Outubro de 2010. Estes resultados preliminares trazem boas notícias e mostram que ainda há muito por descobrir.

 

“As novas expedições australianas revelam o que falta para conhecermos quantas espécies existem nos recifes de corais em todo o mundo. As estimativas apontam entre um e nove milhões”, refere a bióloga marinha Nancy Knowlton, do Smithsonian Institution, em Washington.

 

Foram encontaradas dúzias de novas espécies marinhas, como animais parecidos com camarões com pinças enormes, cem novos isópodes, chamados muitas vezes de abutres do mar por se alimentarem de peixes mortos.

 

Até 2010 vai haver mais expedições anuais aos recifes, com inventários e medições do impacte das alterações climáticas. “Os corais enfrentam várias ameaças, desde a acidificação dos oceanos, passando pela poluição, o aquecimento até ao excesso de exploração e infestações de estrelas-do-mar. Só estabelecendo uma linha de base da biodiversidade e seguindo com censos posteriores é que é possível conhecer o impacte dessas ameaças e encontrar formas de as mitigar”, explica o director da AIMS, Ian Poiner.

 

Um dos métodos que os cientistas utilizaram para encontrar tantas espécies foi o de cortar corais mortos e ver o que estava no interior das carcaças, foi assim que descobriram mais de 150 crustáceos, moluscos e equinodermes.

 

“Centenas de milhares de formas de vida continuam por ser descobertas. O conhecimento desta diversidade dos oceanos é importante a muitos níveis, possivelmente até na saúde humana, Uma destas criaturas pode ter características de enorme valor para a humanidade”, disse Ron O’Dor, cientista da CoML.

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