Bom uma vez que até agora ninguém respondeu, eu vou dar a minha opinião.
Falar de um filtro só em termo de caudal parece-me uma maneira simplista de abordar a questão embora de facto seja a mais genérica e logo a mais utilizada para aferir a capacidade do filtro.
Assim a escolha de um filtro para determinado aquário depende de várias variáveis, umas externas ao próprio filtro e outras internas.
Nas externas desde logo temos o tamanho e tipo de aquário que pretendemos montar: plantado; comunitário; biótopo; maior; menor; etc. pois cada um tem necessidades especificas de filtração.
Nas internas temos o tipo de construção/aplicação do filtro: interno; externo; mochila; decantação, wet/dry; etc. etc. O seu caudal. O espaço disponível para matérias filtrantes. A qualidade dessas mesmas matérias filtrantes. E certamente outros parâmetros dos quais não me recordo.
O que geralmente se aconselha em termos generalistas como sendo óptimo é de facto um filtro que consiga ter um caudal hora cerca de cinco vezes a capacidade do aquário.
Isto será particularmente importante para a filtragem mecânica, porque as partículas em suspensão apenas se depositam no filtro através da passagem da água pelo mesmo. No entanto para um aquário pouco povoado e/ou com peixes não muito poluidores, umas duas/três vezes poderá ser suficiente. Claro que se não houver contras, quanto mais melhor, mas devemos ter em conta que um débito alto vai provocar correntes mais fortes dentro do aquário o que não será de todo aconselhável para plantados e para certas espécies de peixes.
Já no aspecto da filtragem biológica, esta depende, para alem de um caudal razoável, do espaço onde se colocam as matérias filtrantes para fixação das bactérias e da qualidade destas, embora parte deste aspecto possa ser compensado pelas bactérias que se fixam por todo o aquário em maior ou menor numero, conforme as necessidades do ecossistema.
Assim, a escolha do filtro deve ser feita em função de todas estas características e tendo em conta a utilização que se pretendo do mesmo.
Os filtros externos são comummente considerados os mais eficientes (fazem o mesmo com caudais mais baixos), tendo ainda a vantagem de não ocuparem espaço dentro do aquário, podendo ficar escondidos, têm em sua desvantagem o preço.
A bomba de ar é dispensável desde que a saída do filtro esteja colocada de maneira a criar agitação à superfície da água, já que é isso que provoca a sua oxigenação. Não sendo essencial o seu uso não será prejudicial, por gosto pessoal não gosto de usar uma vez que não me parece “natural”.
Espero que este testamento tenha de alguma maneira ajudado e espero também não ter dito muitas asneiras, mas a experiência ainda é pouca.
Aguardando com alguma paciência mais opiniões, e de membros mais experientes deverão aparece.