
Rui Ferreira de Almeida
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Tudo publicado por Rui Ferreira de Almeida
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Uma pequena correcção ao post do Reefman que se deve ter enganado e em vez de cianobacterias queria dizer diatomaceas uns posts atras. A esponja de fosfatos da KentMarine também não contem aluminio e na minha experiencia é muito eficaz . Não nos podemos esquecer que por vezes no tratamento de águas da companhia são usados fosfstos para diminuir o chumbo e silicatos para evitar a corrosão dos canos e esta é aprincipal fonte de silicatos e fosfstos .e de facto poucas membranas de osmose removem, eficazmente silicatos . Em águas muito carregadas seria melhor usar uma membrana de boa qualidade complementada por uma resina desionizadora que remova silicatos. Rui Ferreira de Almeida
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DSB - camada de areão
Rui Ferreira de Almeida respondeu a A l e x a n d r e num tópico de EQUIPAMENTOS, MANUTENÇÃO, TÉCNICAS E MONTAGENS
Aqui estamos de novo num topico fantástico . Como eu disse antes e já citado agora ,penso que este tema é muito controverso ,porque de facto não existem estudos duplamente cegos para comparar duma forma séria ( variando apenas a espessura da areia e mantendo tudo o resto constante )a eficácia das DSB . Por exemplo no caso do Marco ,ninguém pode afirmar que o sucesso do seu Mini-Reef se deve à DSB quando ele faz mudanças de água tão regulares ,o que para mim talvez seja o factor mais importante para manter aquários de recife sem grande tecnologia. Por esta razão e como disse antes prefiro uma espessura entre 2,5 e 5 cm de areia ( tavez porque no meio esta a virtude )associada a um equipamento e manutenções que obedeçam a critérios minímos , de forma a que os craches não aconteçam ou que os seus efeitos sejam minimizados, porque de facto é difícil termos a fauna de detritivoros em numero suficiente para manter uma Deep DSB, sempre sem zonas de anerobiose total. No fundo, o que interessa é uma combinação de técnicas (equipamento , população e maneio) de forma a que estas concorram em sinergia para manter os nitratos e os fosfatos ,e consequentemente as algas, controlados. Rui Ferreira de Almeida -
Desparazitação com Flagyl!!!
Rui Ferreira de Almeida respondeu a HugoFerreira num tópico de DOENÇAS E PRAGAS
Não , a explicação é que os seus peixes não têm nenhuns parasitas e que é apenas uma redistribuição de pigmentação pré-determinada geneticamente ,associada à côr vermelha ,provavelmente devido a ser uma variedade que foi desenvolvida em cativeiro .Estes peixes dificilmente poderiam ter esta doênça porque não são selvagens e só no estado servagem é que existem os hospedeiros intermediários ( aves e caracois ) necessários para o ciclo do parasita se completar.De qualquer forma eu so vi esta doênça ( semelhante ) em peixes de água salgada ( zebrassomas amarelos )e geralmente sem quaisquer consequências assinaláveis para os peixes. Cumprimentos Rui -
Desparazitação com Flagyl!!!
Rui Ferreira de Almeida respondeu a HugoFerreira num tópico de DOENÇAS E PRAGAS
A doença dos pontos negros é parasitária, provocada por um verme enquistado e os pontos pretos são salientes ( é exactamente como o ictio ,mas numa versão africana , LOL).Não tem nada a ver com a evoluçaõ da pigmentação nos Discus que resulta duma redistribuiçaõ da pigmentação que no caso é preta ,mas que por exemplo ,nos peixes de água salgada ,quando evoluem de juvenis para adultos tem outras cores e é pré-determinda geneticamente ,embora possa ser influenciada ,na intensidade da cor ( nomeadamente o vermelho ) pela presença de carotenos na alimentação. Cumprimentos Rui -
Vou apresentar uma palestra sobre doenças no sábado na Aquadecor a convite do Eduardo e gostaria que apresentassem sugestões sobre o que gostariam mais de ouvir falar e também que me colocassem questões para tranformar a palestra numa conversa o mais informal e interactiva possível . Cumprimentos Rui
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Desparazitação com Flagyl!!!
Rui Ferreira de Almeida respondeu a HugoFerreira num tópico de DOENÇAS E PRAGAS
Viva Nuno Desculpa não te ter respondido antes ( tenho andado muito ocupado ) mas aproveito agora para fazê-lo quanto à tripla e quato à dose de metronidazol na comida. Tripla segumdo Bassler : 1 lt de Formalina (formol a 37- 40% )+ 3,7 gr de Verde malaquite ( oxalato ) + 3,7 gr de azul de metileno Metronidazol na comida : 1% , isto é um gr ( 4 comp de flagyl ) por 100gr de comida ( parece muito mas eu já usei 2 gr , porque depende do que os peixes estão a comer , e não vamos encharcar o aquário de comida ) . Na água uso 1 comp de flagyl ( 250mg ) por 40 lt . A desparasitação de 3em 3 meses não prejudica os peixes , não cria resistências e é especialmente aconselhavel em Discus em crescimento e para quem tem sobrepopulação de peixes. Mais uma vez alerto para o facto de quem tiver problemas crónicos com os peixes deve procurar a causa ,isto é os factores predisponentes que provocam stress nos peixes e consequentemente quebras na imunidade ( ver CAUSA E TRATAMENTO DAS DOÊNÇAS ) Vou apresentar uma palestra sobre doenças no sábado na Aquadecor a convite do Eduardo da Redfish e gostaria que apresentassem sugestões sobre o que gostariam mais de ouvir falar e também que me colocassem questões para tranformar a palestra numa conversa o mais informal e interactiva possível . Cumprimentos Rui -
Opinião sobre setup..
Rui Ferreira de Almeida respondeu a miguel antunes num tópico de EQUIPAMENTOS, MANUTENÇÃO, TÉCNICAS E MONTAGENS
Sim Marco Em teoria sim , se as camadas inferiores tiverem anoxia e não anaerobiose , em principio a quantidade de bacterias será maior e consequentemente a desnitrificação será mais eficaz. Como eu disse atrás entre 4 e 10 cm estaremos bem . Em ultima análise a situação optima será aquela em que temos os nossos peixes felizes e os corais abertos e a crescerem. Um abraço Rui -
Opinião sobre setup..
Rui Ferreira de Almeida respondeu a miguel antunes num tópico de EQUIPAMENTOS, MANUTENÇÃO, TÉCNICAS E MONTAGENS
Viva Diogo mg/lt = ppm E não te esqueças do escumador porque ele retira a maior parte da materia orgânica antes que ela chegue a amonia- nitritos- nitratos , ou seja, remove a maior parte antes mesmo que se cheguem a formar. Outro factor que também é fundamental é o tempo . Ele também... remove nitratos, porque é preciso tempo para que toda a areia se ja colonizada e uma camada de 5 cm com 2 anos se calhar é mais eficaz do que uma camada de 10 cm com 6 meses. Penso que existem regras para montar aquários bem sucedidos e que há erros grosseiros que devemos evitar , mas também existem factores que ainda não dominamos na perfeiçaõ e todos nós estamos a aprender. Ás vezes a fronteira entre o sucesso e o insucesso não é assim tao fácil de traçar e mais dificil ainda penso que será quantificar as razões do sucesso, porque quem nos garante que numa camada de 8 cm de determinado aquário há seguramente mais desnitrificação do que numa camada de 5cm de outro aquário ,se dificilimente existem aquários exatamente iguais para comparar. Cumprimentos Rui -
Opinião sobre setup..
Rui Ferreira de Almeida respondeu a miguel antunes num tópico de EQUIPAMENTOS, MANUTENÇÃO, TÉCNICAS E MONTAGENS
De facto este tema das deep sandbeds é um dos mais controversos na aquariofilia de recife.Nem os grandes autores que estudaram estes assuntos ( Ronald L. Shimek, Robert Fenner , Bob Goemans etc ), conseguem estar de acordo quanto á altura da camada de areia a utilizar. Eu penso que isto deve-se a estarmos todos a partr de demasiadas variáveis ao mesmo tempo , isto é : - tipo de areia ( viva/morta ; aragonite/coral esmagado) - granulometria da areia - tipo e quantidade de habitantes da areia ( nassarios , vermes anelídeos, pepinos, ofiuros, ouriços, gobios, camarões,bacterias , etc ) - volumedo aquário7 carga biologica - quantidade de rocha viva - tipo de escumador - frequencia e quantidade de mudanças de água Ora teriamos que manter todas estas variáveis constante ,excepto a altura do areão para decidir qual seria a melhor . O sistema de Jaubert funciona ,e eu não tenho dúvidas, mas apenas penso que é mais complicado de construir e de manter., e não tenho duvidas que é mais seguro emais eficaz uma altura de 4 a 10 cm de areão do que um plenum mal contruido ou rupturado . Um jaubert bem construido garante-nos que há sempre uma zona desejável de anoxia ( carência de O2 )para desnitrificação e não zonas indesejáveis de anaerobiose ou seja total falta de oxigénio onde se produzem produtos perigosos( penso que por lapso troquei os conceito no post anterior ).Mas se estver mal construido , se se impactar ou se romper ,poderá não servir para nada ou matar de repente o aquário. nas deepsandbeds , o problem é sabert quanto DEEP , porque se for de mais ou se não existirem bichos que movimentem e perfurem a areia ou até o bicho aquariofilista não mexer a areia de vez em quando ,teremos tambem anaerobiose em vez de anoxia. Quando eu digo que tem funcionado bem para mim 5 cm com a areia viva Nature's Ocean , significa que nos aquarios montados mantenho os Nitratos abaixo de 10 mg/lt , mas para ser sincero não sei se isto se deve á altura da areia , ao tipo da areia, ao escumador usado , á qualidade da rocha viva, à corrente , ao carvão , ao não abuso da quantidade de peixes, às mudança de água , aos refugios etc.Provavelmente , todos concorrem para exportar os nitratos. Eu diria que se tivermos algo entre 4 e 10 cm de uma areia de 2 mm de granulometria em média , de aragonite de boa qualidade ,e se tivermos suficientes bichos para a movimentar estaremos bem . Quanto maior for a camada e quanto mais fino for o areão mais bichos teremos que ter para a movimentar ,para permitir que algum oxigenio chegue ás camadas mais profundas , portque senão mais fundo parssará a ser pior porque teremos anerobiose em vez de anoxia. Afinal também na aquariofilia o TAMANHO importa !.... mas a qualidade também nos pobres daqueles que têm menos.....areão. -
Opinião sobre setup..
Rui Ferreira de Almeida respondeu a miguel antunes num tópico de EQUIPAMENTOS, MANUTENÇÃO, TÉCNICAS E MONTAGENS
Viva... o Forum! Este topico tem proporcionado uma troca de ideias excelente, e para mim tem sido um dos melhores . Aqui vai a minha . Quanto á capacidade de disnitrificação da rocha viva estou de acordo com o Manklit ( E claro com os mestres Sprung ,Fossa e Co ) e penso que a confunsão vem do facto de pensar que anaerobiose ( carência de O2) é o mesmo que anoxia ( ausência de O2).Por isso para haver desnitrificação precisamos de anaerobiose e não de anóxia. Ora quanto mais porosa for a rocha maois superficie de zonas de anaerobiose teremos, porque o gradiente de O2 diminui à medida que nos aproximamops do intersticio da rocha.Claro que numa deep sandbed a área conseguida de anaerobiose é maior . As duas complementam-se e contribuem para a desnitrificação. Aliás as deep sand bed são um dos pontos mais controversos nos aq. de recife. Existem autores que defendem que a desnitrificação já ocorre em camadas de areão fino de 4a 5 cm e que camadas mais fundas poderão trazer anoxia e libertação de produtos sulfurados perigosos se for rompida. Eu, sempre acheia o Plenum como Jaubert o concebeu ,um pouco artificial ,dificil de manter integro e a sua explicação em termos de potencial redox um poiuco complicada. Penso que se usarmos areia fina e a partir de 4/5 cm temos um plenum natural ,mais simples de fazer , mais fácil de manter igualmente eficaz. Neste momento eu tendo a montar aq. de recife com uma camada de areia viva à base de aragonite com uma granulometria apenas ligeiramente superior á aragamax( aliás é uma mistura de granulometrias finas ) e de 4 a 5 cm com excelentes resultados . Concordo com o Nelson , quanto á rocha viva. O nome Fiji não quer dizer nada. Rocha da indonésia de 1ª escolha é muito superior à fiji regular. O escumador da Tunze é um clássico com provas dadas e se for usado para os limites inferiores dos volumes de água recomendados ,funciona de forma excelente, isto é ,se usarmos o de 400a 1000lt para 400 a 500lt é perfeito. O preço do escumador Kent é sem bomba e recomenda-se uma bomba de 2600 a 3400 lt/hora . A sua performance é fantástica e pôe por exemplo o Shorty da aquamedic num canto, sendo bastante mais pequeno. cumprimentos Rui Ferreira de Almeida -
Viva Outro tratamento eficaz para além dos exccelentes e universais banhos de água doce é o prazinquantel ,em banhos de 3 horas na dose de 10m/lt. No entanto , obriga também a capturar o peixe. A verdade é que , como diz o Diogo ,eu tenho observado várias vezes este parasita e quase sempre em Zebrassomas ,sem que os peixes se pareçam incomodar muito com eles para além de umas roçadelas nas pedras. Passado algum tempo após a situação de stress que desencadeia o surto de pontos negros ( geralmente mudança de aquário ou novas introduções ), o peixe recupera o seu estado imunitário e controla naturalmente o parasita ,desde que esteja a comer. Moral da história, o melhor é não tratar com nada ou usar peixes ou camarões limpadores. Cumprimentos Rui Ferreira de Almeida
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PONTOS BRANCOS vs PÓ BRANCO
Rui Ferreira de Almeida respondeu a Rui Ferreira de Almeida num tópico de DOENÇAS
Viva Manklit Não te sei responder sobre os efeitos alongo prazo do cobre sobre os cirugiões. O que teposso dizer é que já tratei vários e segui.os pelo menos 1 ano sem problemas. A doença mais comum dois cirurgiões é a erosão da linha / orgão lateral ( também chamada doença dos buracos )e reflete uma carência nutricional ,proveniente de uma alimentação pobre em materia vegetal , nomeadamente algas. Os peixes mais sensíveis ao cobre são os anjos e os palhaços e quando abusamos da dose começamos por ver perda de apetite seguida de irritabilidade, incordenação motora e respiração acelerada e finalmente morte. mas isto são sinais de intoxicação aguda. O produto da kent de que tu falas - o RXP - é eficaz contra o Ictio mas não contra o Oodinium . Pessoalmente considero a eficácia do alho contra o Ictio nula. Quando muito poderá ser útil contra parasitas intestinais . O alho, á semelhança ,do que aconteceu namedicina humana ,ao longo dos tempos ,tem sido considerado ciclicamente como a pilula para todos os males desde os parasitas aos problemas circulatórios passando pelo reumatismo ....até aos vampiros. Cumprimentos Rui Ferreira de Almeida -
As 2 doenças mais frequentes em água salgada são sem dúvida o Cryptocarion irritans ( Ictio de água salgada ) e o Amylodinium ( oodinium) O Cryptocarium( pontos brancos separados do tamanho de cabeças de alfinete ) é relativamente benigmo e se os peixes estiverem em boa forma ,a comer e a qualidade da água for boa ,normalmente a sua resposta imunitária elimina a infecção . Aliás não há Hepatus ou Leucosternum que se preze que não tenha tido pontos brancos tantas vezes quantas as que mudou de aquário . O problema é que o Cryptocarium abre muitas vezes o caminho ou é confundido com o Amylodinium( pó branco amarelado difícil de ver ,mais vísivel nas barbatanas ),e este sim é geralmente fatal se não for tratado com cobre NO INÍCIO DA INFECÇÃO .Quando atinge as branquias ( respiração acelarada á superfície ou quando as barbatanas apodrecem e as ulceras se instalam ,por infecções bacterianas secundárias )já não há nada a fazer . O sulfato de cobre e a cloroquina são os ÚNICOS medicamentos eficazes contra o Oodinium .Ambos MATAM invertebrados . Ambas as doênças provocam olhos baços e comichão. NÃO EXISTEM AQUÁRIOS LIVRES DE CRYPTOCARIUM OU OODINIUM ,apenas em sonhos . É TUDO UMA QUESTÃO DE IMUNIDADE ! COMO PREVENIR, por ordem de importância segundo a minha experiência. 1º Se queres ter muitos peixes procura ter muita água( se não tiveres essa possibilidade ,faz um aquário de recife com meia duzia de peixes pequenos )- no meu entender um aquário com menos de 200lt , não suporta mais do que 6 peixes, 4 pequenos e 2 médios durante muito tempo 2º Mantem o teu aquário sem amónia , sem nitritos e não deixes ultrapassar os 40mg/lt de nitratos( muda a água ,coloca rocha viva e um bom escumador). NÃO INTRODUZAS PEIXES MAIS EXIGENTES EM AQUÁRIOS COM MENOS DE 3 MESES. Respeita a compatibilidae e observa a territorialidade. Existem regras mas não dogmas .2 anjos podem-se dar bem ou lutarem até à morte dependendo das condições e dos indíviduos. 3º Mantem o teu potencialredox acima de 280, idealmente 350 mv. ( aumenta a circulação de água para 15 a 20x o volume do aquário por hora e compra um bom escumador ; se quizeres manter uma dendidade elevada ,compra um ozonizador. 4º Compra peixes gordos e a comer 5º Alimenta bem os teus peixes ,respeitando as suas necessidades específicas mas não exageres. 6º Mantém a temperatura estável Quarentena e Isolamento são 2 métodos obrigatórios para quem quer manter muitos peixes a longo prazo. Quando eles adoecem , A CULPA É SEMPRE NOSSA,porque fizemos ou estamos a fazer algo errado. Nos casos em que o Cryptocarion aparece suavemente , em aquários equilibrados, e em peixes recem introduzidos , a atitude mais sensata é esperar e não fazer nada nos aquários de recife. Se não tivermos invertebrados devemos baixar a salinidade para 1,018 , e voltar a subi-la GRADUALMENTE , ao fim de uma semana . Não desistas , compra um aquário maior ou compra menos peixes! Rui Ferreira de Almeida
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Viva Diogo Antes de mais convém definir potencial redox - duma forma simplificada mede a capacidade de oxidar ( "queimar ") matéria orgânica ,juntando-lhes radicais livres de oxigénio. Duma forma indirecta indica também a quantidade de oxigénio dissolvido na água .Um potencial redox acima de 450mv poderá começar a esterilizar a água matando as bactérias e claro ser perigoso para os invertebrados e para o filtro biológico do nosso aquário. Mas estas concentrações apenas são atingidas usando cloro, KPO4 ou oozonizadores com capacidades elevadas . A explicação das diferenças entre as tuas leituras de P. Redox é simples : - água da torneira - O cloro que adicionam à água da companhia é das substancias mais oxidantes que existe a par do permanganato de potássio, e ajuda a torná-la potável - agua de osmose - baixa porque removeste o cloro com o carvão - água do aquário baixa porque tens matéria orgânica , mas neste caso seria melhor que estivesse acima dos 300 mv. Soluções : aumentar a capacidade do escumador. aumentar a circulação, usar carvão activado, destapar ou desobstruir a parte de cima do aquário. Mas como o teu aquário parece óptimo não te preocupes demasiado com o potencial redox a não ser que adiciones mais peixes. Efectivamente existem algumas diferenças entre as membranas. Existem as CTA , as TFC ( a maioria ) ,as HiS e as Highflow .A diferença está na capacidade de retenção ( expressa em percentagem ). No entanto não nos podemos esquecer que a qualidade da água de osmose também depende da fonte de água , porque 96% de uma água extremamente dura , ou com uma percentagem de sólidos dissolvidos elevada é diferente de uma água já de si mole. Quanto maior for a quantidade de sólidos dissolvidos na água de que partimos melhor terá que ser a nossa membrana e na maioria dos casos teremos que fazê-la passar no final por uma resina de desionização que retire silicatos ( grande parte das membranas não os retira completamente ,mais uma vez dependendo da sua concentração inicial ) e estes são os responsáveis pelo aparecimento das diatomaceas ( "algas "castanhas ) sempre que mudamos ou repomos água. Quanto á capacidade de produção por dia ,depende essencialmente da superfície de contacto da membrana. É uma falsa questão porque se eu tiver um aquário de 200lt que evapore 1%a 3 % por dia ( 2 a 6 litros ) ,e seu fizer uma mudança semanal de 10% ( 20 litros ) de que me serve ter uma membrana que produza 150 lt/dia se a vou ter que desligar e voltar ligá-la de 3 em 3 dias para que não se estrague ficando infectada. Claro que ao fazer este "flushing " obrigatório vou desperdiçar água . Quanto á questão do preço , não é possível comparar mercados infinitamente pequenos como o Português com mercados infinitamente grandes como os EUA, para não falar da Net .A concorrência é excelente e faz baixar os preços mas sobretudo faz aumentar a qualidade dos produtos e dos serviços. Se os aquariofilistas virem que às vezes a diferença de preço para as compras on-line é apenas o IVA ( 19 %) ou mais qualquer coisa ,depois de todas as despesas, quando compararem produtos equivalentes , verão que se calhar compensa comprar em Portugal , e assim estão a ajudar as lojas a ter a variedade e a quantidade de peixes que desejam. Quando as diferenças forem grandes ,então como diz o Manklit – viva a NET e a globalização . Gostaria de salientar que este FORUM tem sido para mim , e graças ao João Branquinho , uma das melhores coisas que se fizeram pela aquariofilia neste país porque tem permitido que os seus membros discutam livremente mas com elevação e sempre com uma atitude construtiva ,todas as questões . QUE ASSIM CONTINUE! Pela minha parte , muito Obrigado. Rui Ferreira de Almeida
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A CAUSA E O TRATAMENTO DAS DOENÇAS
Rui Ferreira de Almeida respondeu a Rui Ferreira de Almeida num tópico de DOENÇAS E PRAGAS
Encontra-se nas lojas.É da Seachem (Kanaplex ).Eu como Veterinário consigo arranjar os princípios activos ou medicamentos que contenham estes príncipios activos. Um abraço Rui Ferreira de Almeida -
No tratamento dos parasitas nos Discus ou nos ciclídeos em geral temos que distinguir : - tipo de parasitas ;em que orgão se encontram ;a sua importancia, em termos de frequencia e patogenicidade ( capacidade de produzir danos ) - o tipo de medicamento; o seu espectro de acção ; a dose,e como actua :a) localmente ,isto é por contacto , podendo ser na pele ou nas guelras através da água ,ou no intestino por ingestão juntamente com comida ou b)sistemicamente , isto é por absorçaõ para o sangue do peixe e consequente distribuição para os orgãos alvo Assim temos: Gyrodactilus ( trematodo ou vemr lanceolado ) - pele - pouco frequentes e pouco patogénicos Dactylogirus( trematodo ou verme lanceolado ) - guelras - frequentes e patogénicos especialmente para peixes jovens ou em stress ( por introdução recente , má qualidade de água ou nutrição deficiente ). Provocam respiração dificil e matam Capilaria ( nematodo ou verme redondo )- raro( excepto em peixes alimentados com comida viva apanhada em charcos contaminados ) e pouco patogénico, provocam emagrecimento e crescimento deficiente- encontra-se no intestino Ténias ( cestodos ou vermes achatados ) - relativamente frequente pouco patogénicos ,mas provocam emagrecimento e crescimento deficiente- encontram-se no intestino Hexamita ou spironucleus - não são vermes mas sim protozoários , são muito frequentes ( vivem normalmente no intestino dos peixes e multiplicam-se em situações de stress)e o medicamento eficaz é o Metronidazol. Provocam emagrecimento e crescimento deficiente podendo levar à morte O flubendazol dá para trematodos , nematodos e cestodos mas é pouco soluvel na água ( tem que se usar um solvente ) ,as formas farmaceuticas disponíveis são pouco concentradas , turva a água e não é líquido que mate os ovos , sendo também aconselhável repetir o tratamento. O prazinquantel actua sobre trematodos e cestodos ( escapa a capilaria, embora alguns autores defendam que também actua sobre ela , mas como é pouco importante como parasita não contitui problema), e não tem os defeitos anteriores de solubilidade e disponibilidade. Como é lógico se queremos apanhar parasitas no intestino devemos preferencialmente usar os desparasitantes na comida ,porque os peixes de água doce não bebem e a absorção destes medicamentos através da pele para o sangue é reduzida excepto no que diz respeito ao metronidazol , ao prazinquantel e a alguns antibioticos embora ,mesmo nestes a admnistração com a comida ,seja sempre a mais eficaz. Por estas razões o prazinquantel ( na água para vermes das guelras e na comida para ténias se necessário )aliado ao metronidazol ( para hexamita , na comida ou na água se já não estiverem a comer )contituem a minha escolha para desparasitar ciclídeos. Cumprimentos Rui Ferreira de Almeida
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uso de carvao activado nos aquarios
Rui Ferreira de Almeida respondeu a um tópico em EQUIPAMENTOS, MANUTENÇÃO, TÉCNICAS E MONTAGENS
Os motivos gerais para usar carvão´são a retirada de substancias indesejáveis e colorações desagradáveis da água . Para além das subst. químicas que queremos remover em água doce , existe outro motivo para usá-lo em aquários de recife - retirar toxinas produzidas pelos corais, especialmente os moles ,que as usam para fazer guerra química entre si e conquistar espaço no aquário. Estas toxinas actuam não só por contacto mas também através da água.Por vezes esta pode ser a explicação para determinado coral ,que estava optimo há poucas horas de repente se fechar e começar a sofrer recesão .Eu contato que a maioria das pessoas que tem aq. de recife com sucesso usa carvão ( tem de ser de excelente qualidade e granular ) ou intermitentemente ou de forma constante em peq. quantidades. É claro que como nocaso do Marco se se fizer muitas mudanças de água o seu uso torna-se dispensável,porque a diluição substitui a adsorção química. fazer muitas mudanças de água em aq. grandes não é viável ,por isso eu uso carvão de forma constante mas em pequenas quantidades.Melhoro o meu potencial redox e a transparencia da água. Rui Ferreira de Almeida -
È curioso verificar que ,na maioria das vezes , nós aquariofilistas , quando temos um peixe doente , desatamos logo a deitar medicamentos na água ,geralmente com resultados mais desfavoráveis do que benéficos , sem sequer tentarmos pensar um pouco e através de passos simples mas metódicos , chegar a um diagnóstico .e sobretudo establecer a causa ou causas das doenças. Na maioria das vezes verificamos que a culpa afinal é nossa porque estamos a provocar stress nos peixes e desta forma a enfraquecer as suas defesas o que permite que os parasitas latentes se multipliquem e causem doença. Sim ,na maioria das vezes a culpa é nossa e não da loja que vendeu peixes doentes ( esse claro morrem mas dificilmente matam os nossos se estes forem mantidos em boas condições ). Se colocarmos a nós mesmos algumas perguntas entenderemos melhor porque é que a imunidade é tão importante e inversamente proporcional ao stress. Porque é que se nós apanhamos frio ou muito calor , se nos alimentamos mal , não descansamos por excesso de trabalho ou estamos ansiosos apanhamos gripes sucessivas enquanto as pessoas que conhecemos que levam uma vida mais calma ,e que se alimentam bem e fazem exercicio ,raramente se constipam embora frequentemos os mesmos locais. Porque de facto o stress constante provoca uma secreção aumentada de cortisol que por sua vezes faz diminir as defesas imunitárias, e sem sistema imunitário não há tratamento que nos valha a nós ou aos peixes( lembrem-se dos indíviduos com SIDA). Agora imaginem o que é ser um peixe que normalmente habita numa massa de água enorme , ter uma qualidade de água excelente e uma alimentação variada e pela nossa paixão , ser sujeito a um aquário geralmente de reduzidas dimensões , com uma qualidade de água sofrível ( amonia ,nitritos e nitratos elevados, ph incorrecto , baixa concentração de O2 dissolvido , correntes inadequadas etc), com peixes a mais e por vezes imcompatíveis, ser mal alimentado e sempre com a mesma comida , ser mal transportado e al aclimatizado , tanto na loja como nos nosso aquários. Não há peixe que aguente ! E muito aguentam eles ! A maioria dos peixes são portadores de parasitas em estado latente ,em equílibrio e controlados pelo sistema imunitário , mas que são como que uma bomba perdida pronta a ser detonada pelos nossos erros. Portanto o que devemos fazer quando um peixe adoece , e quanto mais cedo interviermos melhor, é 1º - testar a água ( e também a água da torneira se a doença apareceu a segui a uma muda ), 2º - limpar e mudar os filtros mecânicos ( isto deveria ser feito de 15 em 15 dias , porque não adianta mudar água se não limpamos os filtros , porque estamos a obrigar a nova água a passar por porcaria e isto é a principal causa de problemas bacterianos ) 3º - verificar a temperatura e geralmente subi-la 2a 3 graus para aumentar a imunidade dos peixes, 4º - mudar 50% da água (ou mais se existirem amonia e nitritos )com água condicionada ( sem cloro nem, metais pesados , a pH e temp. semelhantes á do aquário - os peixes toleram bem diferenças de 2a 3 graus resultantes da mudança) , 5º - melhorar a oxigenação ( uma baixa concentração de O2 dissolvido e a presença de restos de comida no fundo ou nos filtros mecânicos são o principal factor desencadeante de doenças) , 6º - remover peixes agressores ou dominantes, 7º - reduzir ou aumentar a circulação de água conforme as espécies ( ex Discus baixa e ciclídeos africanos alta ), 8º melhorar e variar a alimentação .Temos que ter a concidência que se interviermos demasiado tarde ,torna-se impossível salvar os peixes. Todas estas medidas devem ser tomadas como prevenção e não apenas em caso de doença . Em seguida temos que tentar situar as lesões , isto é , ver se são do foro respiratório ( respiração acelerada , á superficie ou no caso de peixes joven , acelerada e agrupamento num canto do aquário ), da pele e olhos( manchas e feridas , roçar no fundo ou nas decorações do aquário , olhos baços ou salientes ) , comportamentais ( pânico , tentar saltar do ) , digestivo ( emagrecimento , fezes brancas , abdomen dilatado ) para podermos selecionar o tratamento. Numa abordagem simplificada , em caso de sintomas respiratórios usaremos o prazinquantel ( 2mg/ lt no próprio aquário porque é seguro e não afecta o filtro biológico ; é excelente para os vermes das guelras ; devemos repetir passada 1 semana e após uma mudança de água ; nos discus e outros ciclídeos devemos usar preventivamente de 3 em 3 mese s ou sempre que introduzimos peixes novos ). No caso de problemas de pele e ollhos ( geralmente causados por parasitas bactérias e fungos opurtunistas )devemos usar formalina ou uma combinação de formalina e verde malaquite ( 1 a 2,5 ml por 100lt de água no aquário ; os peixes gato e os tetras são sensíveis às doses maiores; se o filtro não estiver maduro ,poderá ressentir-se aparecendo amónia e nitritos - testar ) associada ou não a um antibiotico ( nifurpinol ou kanamicina ) conforme a gravidade. Usar sempre antibiotico nos vivíparos , peixes dourados e carpas ou se existirem ulceras. Os banhos com permaganato de potássio são úteis em casos difíceis ,no entanto é preciso ter cuidado com as dosagens .Repetir as dose conforme necessário tendo o cuidado de mudar a água entre tratamentos . No caso de problemas intestinais devemos usar o metronidazol ( 6mg/lt de água se os peixes já não comerem , e 2gr por 100gr de comida congelada se ainda estiverem a comer ; nos discus e outros ciclídeos devemos usar preventivamente de 3 em 3 mese s ou sempre que introduzimos peixes novos , è seguro para todos os peixes e não afecta o filtro biológico ). Se o abdomen estiver dilatado ( hidropsia) deveremos recorrer à kanamicina , ou outro antibiotico ,embora geralmente seja difícil salvar o peixe . O tratamento com medicamentos deve ser sempre adequado a cada caso .Esta é uma abordagem geral mas que resolve a maioria dos problemas . Espero ter contribuído para uma abordagem mais eficaz e sobretudo para a prevenção das doenças nos nossos aquários. Rui Ferreira de Almeida