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JÁ PENSOU NUM AQUÁRIO MATERNIDADE PARA AS SUAS CRIAÇÕES DE VIVÍPAROS?

 

Para aproveitar ao máximo o número de alevins provenientes de uma ninhada e para reduzir o stress da fêmea, é costume utilizarem-se aquários maternidade. Pelo menos, assim o é no caso dos vivíparos. Tratam-se de pequenos aquário onde a fêmea dá à luz, sendo posteriormente retirada do tanque. Os alevins podem manter-se ou não no aquário, consoante os objectivos do aquariofilista.

 

Para montar um aquário maternidade deve-se começar por reunir os seguintes materiais:

- Aquário com, no mínimo, 10 litros;

- Termóstato adequado ao volume do aquário;

- Filtro (pode ser de esponja) ou uma bomba de ar com uma pedra difusora;

- Plantas;

 

Tendo reunido este material deve começar por colocar o aquário numa superfície estável, preferencialmente numa zona onde incida luz solar directa durante algumas horas do dia. Isto motivará o desenvolvimento de algumas algas que serão bastante nutritivas para os alevins.

Encha metade do aquário maternidade com água proveniente do aquário onde se encontra a fêmea que dará à luz. Encha o resto com água da torneira. Coloque o termóstato e o filtro a funcionar e espere, pelo menos, 24 horas. Após esse período, poderá introduzir a fêmea. Nunca se esqueça de a aclimatizar, tal como se fosse um peixe comprado numa loja. Não coloque areão pois a manutenção do aquário tornar-se-á mais simples e eficiente.

 

O próximo passo será preparar o aquário para que a fêmea não devore os alevins. Para isso aconselho a utilização de musgo de java ou de Certaophyllum demersum. Estas duas plantas formarão “tufos” onde os pequenos se esconderão e se protegerão da mãe que poderá tentar comê-los. Existem outras mas estas são as mais fáceis de manter e desempenham o papel pretendido bastante bem.

 

Ceratophyllum_demersum3.jpg

Certaophyllum demersum

 

A alface aquática (Limnobium laevigatum) é também muito útil pois funciona como filtro biológico.

 

Note que com a utilização de aquários maternidade a fêmea não estará sujeita a tanto stress no momento do parto e os alevins apresentarão uma maior taxa de sobrevivência do que se usasse as apertadas maternidades ou não usasse qualquer tipo de "protecção" para os filhotes.

 

 

Texto

Tomás Mendes

 

Este artigo resulta de um acordo feito entre o Fórum de Aquariofilia e a revista bioaquaria. Está inserido no Programa para a Divulgação da Bioaquaria

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Editado por Tomás Mendes