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A forma transparente de carpa dourada não apresenta pigmentação nas escamas ou na pele, permitindo assistir ao funcionamento dos órgãos internos e à circulação sanguínea, e foi recentemente apresentada por cientistas japoneses para ser utilizada no âmbito da Investigação. A dissecação de animais faz parte da rotina dos trabalhos de investigação centrados no funcionamento dos órgãos internos, da circulação sanguínea ou do desenvolvimento, mas por questões éticas têm sido procuradas alternativas. Recentemente investigadores japoneses apresentaram uma forma de contornar os procedimentos invasivos que exigem o sacrifício dos animais, recorrendo a peixes de pele transparente. Os cientistas conseguiram, exclusivamente através de cruzamentos de especímenes de Carassius auratus auratus com pele clara efectuados ao longo de três anos, “produzir” uma linhagem de peixes de pele translúcida. “Podemos ver o coração e outros órgãos porque as escamas e a pele não têm pigmentação”, explica Yutaka Tamuro, um dos investigadores responsáveis pela “descoberta”. A ideia não é nova, uma vez que já tinham sido criados peixes-zebra transparentes, mas a sua utilização era muito limitada pelo facto de serem muito pequenos e pesarem apenas 3gr, ao passo que a carpa agora apresentada pode atingir os 25cm de comprimento e os 2Kg de peso. O “feito” foi apresentado na reunião anual da Biologia Molecular do Japão e os “autores” esperam que este tipo de peixe possa servir de modelo em todo o tipo de estudos de investigação e até como ferramenta educativa nas escolas. @ LINK