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Este artigo tem por finalidade prover um melhor entendimento dos equipamentos com lâmpadas ultravioletas, esclarecer dúvidas e melhorar o desempenho, mostrando alguns pequenos detalhes que influenciam para a longevidade do produto.

 

Principal função.

Os raios UV’s tem diversas finalidades, no aquarismo seu uso auxilia muito a vida dos aquaristas:

 

no controle de algas. Esses raios exterminam as algas unicelulares (aquelas que deixam o aquário ou lago com a água verde) quando ainda são esporos, ou seja, quando estão em fase de reprodução;

no controle de outros microorganismos. Os raios UV’s são utilizados também para controle de agentes patogênicos como alguns protozoários pois tem efeito bacteriostático. Por que não bactericida? a filtragem por UV não extermina todas as bactérias, se não também não haveria vida no aquário, ela apenas controla o crescimento em excesso, eliminando as que ficam em suspensão na água que conseqüentemente irão através da bomba passar pela lâmpada. No aquário a quantidade de bactérias em suspensão é muito maior que a do ambiente natural, isso ocorre pois, nos sistemas fechados como tanques e aquários a renovação de água é menor e a poluição é maior. Devido a grande oferta de alimento (matéria orgânica), e o conseqüente aumento do consumo de oxigênio (pelo crescimento excessivo das bactérias) os outros seres vivos do seu sistema (peixes) irão sofrer em um ambiente pobre em O2 pois irá acontecer uma competição por este elemento vital aos seres vivos.

O ultravioleta quanto à lâmpada.

Existem três tipos de lâmpadas mais usadas nesses equipamentos:

 

 

as conhecidas lâmpadas fluorescentes comuns T10 e T8, foram as primeiras utilizadas no mercado, mas logo foram substituídas pelas lâmpadas fluorescentes compactas de melhor tecnologia;

as PL’s ou lâmpadas compactas são usadas até hoje em grande parte dos equipamentos por sua elevada eficiência, mais ainda não era o que havia de melhor para essa finalidade no mercado aquarístico; (modelos da TetraPond e Azoo)

mais modernas que as PL’s as lâmpadas com tecnologia T5 já existiam a mais ou menos 10 anos nos EUA mas só agora começaram a ser popularizadas e comercializadas no Brasil em grande escala. Aliando tecnologia e design (as T5 são lâmpadas mais finas e compridas) são a solução perfeita para o uso em sistemas ultravioleta. (modelos da Boyu e Laguna)

O ultravioleta quanto a luva de quartzo.

Muitas pessoas compram ultravioletas que deixam a lâmpada em contato direto com a água, achando que o único papel dessa peça é a proteção da lâmpada, para não sujar, quebrar etc. Mas a verdade não é essa, a luva é muito importante no sistema pois permite que a lâmpada esquente (trabalhe na temperatura ideal) e atinja o seu máximo de intensidade.

Ex.: quando ligamos certos tipos de lâmpadas elas demoram um tempinho para atingir a temperatura ideal que irá produzir a máxima intensidade de luz, isso também acontece com a lâmpada UV. Quando ela está em contato direto com a água, a mesma não permite que a temperatura da lâmpada aumente diminuindo sua capacidade de esterilização (dependendo da lâmpada em até 50%).

Como o vidro é um material impermeável a raios UV, o material mais usado para tal finalidade é o quartzo.

Os raios UV atravessam esse material com grande facilidade por isso é muito importante atestarmos que o ultravioleta que iremos comprar tem a luva feita de quartzo.

De nada adiantará, economizar na compra de uma luva e tê-la simplesmente para manter a temperatura da lâmpada se os raios UV’s não conseguirem atingirem o seu alvo, ou seja, os esporos de algas ou agentes patogênicos que queremos eliminar da água.

 

O ultravioleta quanto ao invólucro.

Devemos levar em consideração o comprimento, a espessura e o vortex.

Quanto maior for o comprimento do invólucro maior será o tamanho da lâmpada, e isso é muito bom, principalmente se ela for T5, neste caso existe um maior tempo de exposição da água a ser tratada pelos raios ultravioletas.

A espessura do aparelho, ou seja, a distância entre a água e a lâmpada também é um fator importante pois a capacidade de penetração dos raios UV é baixa, só sendo efetiva muito próxima à fonte de luz.

Todos nós algum dia de nossas vidas já paramos para observar esse detalhe, que relataremos trata-se de uma coisa corriqueira mas que poderá ajudá-lo a obter ainda mais eficiência no seu filtro UV.

Quando abrimos a torneira de nossa casa e a água cai, ela desce pelo encanamento em círculos (espiral), isso é um fenômeno físico devido ao movimento terrestre, aqui no Brasil como estamos abaixo da linha do Equador o caminho que a água faz é no sentido horário.

Em alguns UV’s profissionais vendidos no mercado esse princípio é usado como aliado para aumentar a eficácia do produto (vortex) (modelos da Boyu, TetraPond, Azoo e Laguna).

Se a água passar pela lâmpada em círculos ela estará mais vezes em contato com os raios UV’s. Para dar uma “mãozinha” a esse fenômeno natural incline o aparelho levemente permitindo que a água entre e forme o vortex.

 

Sabendo desses aspectos é possível aumentar e muito a durabilidade e eficácia do produto, só temos que lembrar também que os raios UV, devem ser usados para acabar com as algas e bactérias, ajudando a manter a água do aquário cristalina e não acabar com a sujeira do nosso aquário.

 

Utilize sempre em conjunto com ao menos uma filtragem mecânica.

 

Não podemos depender do uso exclusivo da lâmpada para resolvermos todos os problemas, é preciso ter um sistema de filtragem compatível com a necessidade do aquário ou lago, levando em conta a biomassa (quantidade de animais vivos no sistema) e o volume do mesmo.

Principalmente em um lago, onde a quantidade de água é muito grande e os peixes como as carpas (animais de grande porte) excretam mais aumentando o crescimento das algas e bactérias.

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  • 2 semanas depois...