Como reproduzi corydoras sterbai


Luis Dias

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Viva,

Este texto era para se chamar ‘como reproduzir corydoras sterbai’, mas como não se trata de uma fórmula infalível, resolvi personalizar. Como tal, apresento-lhes simplesmente, um descritivo de tudo o que fiz para que tal acontecesse. Nesta descrição incluo-o também algumas experiencias e técnicas que tentei, que por motivos lógicos ou não, acabaram por não resultar ou se calhar até contribuíram, mesmo que indirectamente para o resultado final.

 

Trata-se de um resumo de cerca de mais ou menos 3 anos de alguma dedicação a esta espécie em particular e vai-se dividir em três partes.

Sendo que a primeira, vai ser dedicada ao setup e selecção dos espécimes. A segunda, técnicas de indução e postura e a terceira a criar e fazer crescer, os ditos.

Haverá também uma parte dedicada a FAQs, que não é mais que uma compilação de todas, ou quase, as perguntas que me foram fazendo por MP sobre o assunto e que eu, mais uma vez, encarecidamente peço para se fazer no fórum específico.

 

Como disse a cima, não se trata de uma fórmula, por isso todas as opiniões, sugestões ou criticas serão bem-vindas, encorajadas e eventualmente reaproveitadas, como parte integrante deste texto.

Lembrem-se, no entanto, que apesar de muita coisa do que aqui disser se pode aplicar na generalidade, este texto descreve o que se conseguiu com esta espécie em particular.

 

. Primeira Parte

 

SETUP

Devem haver milhentos aparatus que funcionam, mas todos eles terão que ter em atenção dois factores: quantidade e proveniência dos espécimes.

- Relativamente à quantidade, como será de esperar quanto maior o numero de exemplares, maior a quantidade de agua que precisamos. Para efeitos de reprodução 8 a 10 litros por peixe foi o que resultou melhor comigo.

De notar, que estamos a falar de um peixe de fundo, pelo que, o que é mesmo importante é ter uma área (comprimento x largura) o maior possível, sendo a altura quase desprezável, bastando 20cm ou 30cm de coluna de água.

- Relativamente à proveniência dos espécimes, estes só podem vir de duas vias, ou são selvagens ou são criados em cativeiro.

O que interessa saber, é que se deve ter especial atenção aos selvagens, que em comparação com os de cativeiro, são muito menos tolerantes aos, ‘maus’ ou ‘incorrectos’ parâmetros da agua.

 

Sobre a filtragem, esta deve ser o mais eficiente possível. Amónia e nitritos, deverão estar sempre a 0. Há quem use plantas para este efeito, com a vantagem de darem também uma ajudinha na eliminação dos nitratos. Pessoalmente prefiro os seco/húmido, muito eficientes no processo de nitrificação, mas com a desvantagem de terem uma filtragem mecânica deficiente. Para esta opção, as TPAs deverão ser rigorosas e disciplinadas.

 

O fundo pode ser coberto com uma camada de 0,5cm a 1cm de areia fina. As corydoras, preferem um solo o mais arenoso possível, com a granulometria menor que 0,5mm e sem arestas, a fim de não magoar os barbilhos aquando da busca por alimento. Eu, por questões praticas, não uso qualquer espécie de areia ou areão, nos aquários de reprodução. Assim, as limpezas são mais simples e completas, dando menos hipótese às bactérias e outra bicharada do género de se instalar.

 

Com ou sem areia, um tronco é sempre um elemento a colocar num aquário de corydoras. Para alem do além do importante esconderijo que proporciona, dando assim uma sensação de segurança, é também uma maneira fácil de proporcionar um ambiente mais natural através da libertação de taninos, que para alem de acidificarem a agua, dá-lhe também aquela cor amarelada, que apesar de não ser característica do meio de onde esta corydora provem, é uma adição que tem mais benefícios que prejuízo. Para alem de com o tempo e as mudas de agua, o amarelado ser cada vez mais fugaz, até acabar por desaparecer de todo.

 

A iluminação óptima para o efeito desejado, deve ser ténue. Para uma coluna de água de 30cm, 0,25W por litro funciona perfeitamente. Nunca tive problemas com quantidades superiores de luminosidade, mas com estes níveis que descrevo, o comportamento parece-me mais…‘alegre’.

 

O setup que a seguir apresento foi e é, aquele com o qual tenho tido mais sucesso na reprodução da corydora Sterbai:

- Aquário em vidro e com tampas, cujas medidas são 120Comp x 40Larg x 50Alt (medidas em Cm)

- Termostato de 250W.

- Filtro Seco/Húmido 2229.

- Iluminação difusa a chegar ao aquário com a intensidade idêntica 0,20W/ltr

- Sem areia ou areão.

- Um tronco com 20cm.

- Um pouco de musgo de java atado ao tronco e um feto de java atado a uma pedra com 15cm.

- Volume de agua de 160Ltrs (coluna de agua, cerca de 35cm)

 

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Este é o aspecto actual do aquário de reprodução.

Apesar de estarem cerca de 20 crias que foram ficando ‘perdidas’ por lá, reparem que o volume de água por peixe, é mesmo assim, grande e isso é importante. As caixas que estão por cima são culturas de microvermes, de que falarei mais adiante.

 

 

STOCK

Esta parte é, provavelmente, a mais sensível. A regra aqui é tentar diversificar a proveniência. Não adquirir todas no mesmo sítio, é uma excelente regra a seguir já que evita dois tipos de problemas. O primeiro, são as doenças e infecções, já que se uma está doente, o mais provável é que as outras também estejam. O segundo, é evitar as consanguinidades, que no caso desta corydora, segundo consta é uma problemática que se revela bastante cedo, quarta ou quinta geração.

Assim, uma divisão simples, do tipo 5 ou 6 exemplares de proveniência selvagem e outros 4 ou 5 de criação em cativeiro, seja nacional, alemã, checa ou um misto destas, parece-me bem.

 

O dimorfismo sexual segue as regras básicas das corydoras. Fêmea maior e mais roliça, macho ligeiramente mais pequeno e esguio. Discernir estas diferenças num expositor de uma loja não é fácil, e num pedido de importação, é impossível, uma vez que por norma vêm sempre em mau estado. Nesta ultima via, nem adianta pedir sexados, uma vez que as mortes à chegada são frequentes.

Mesmo assim, para quem tiver oportunidade, o melhor processo para verificar os sexos é vê-las de cima.

Se desenharmos duas rectas de cada um dos lados da cabeça até ao inicio da cauda, as corydoras cujo corpo não ultrapassa as linhas são os machos, as que ultrapassarem, são as fêmeas.

Com muita prática, há quem diga que consegue distinguir pelo tamanho da barbatana dorsal. Convém, nestes casos garantir que têm a mesma idade e/ou tamanho.

 

Apesar do preço ser sempre mais caro na loja do que na importação, há a considerar a enorme vantagem que é a observação do aspecto geral do peixe. Como tal, deve evitar-se, a todo o custo, peixes desta espécie cuja barriga esteja côncava, uma vez que a recuperação é difícil e lenta. A barriga côncava significa que o peixe esteve um longo período privado de alimentação, com muita dificuldade voltará a comer, até porque algum parasita mais oportunista já o deverá ter atacado.

 

A evitar também é um peixe cujas barbatanas peitorais e dorsal estejam fechadas. Barbatanas fechadas significa alguma doença interna no peixe, a sua cura é difícil e implica muita medicação, com muita muda de água, diária. Barbatanas peitorais e dorsais sem a tonalidade alaranjada, pode significar fungos ou defeito genético. Mesmo a variante albina da corydora sterbai, raríssima diga-se de passagem, deve apresentar a tonalidade laranja nas barbatanas peitorais e dorsal, característica desta espécie.

 

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Foto de peixes selvagens vindos do Brasil.

O estado delas é lastimável e estimei que pela concavidade da barriga estiveram cerca de 3 semanas sem comer.

A título de curiosidade, a recuperação destas corydoras demorou mais ou menos 8 meses, tendo morrido uma, que não está na foto. Neste lote estão unicamente 2 fêmeas.

 

A ausência de barbilhos numa corydora adulta faz com que seja inviável para efeitos de reprodução. Os barbilhos são essenciais para estimular a fêmea durante o ritual.

É muito fácil confundir a corydora sterbai com a corydora haraldschultzi. Uma diferença importante entre as duas é o facto da sterbai ser preta com pintas bancas, enquanto que a haraldschultzi é branca com pintas pretas, para alem de ter o aspecto geral desta ultima ser maior e o focinho mais longo.

Eis umas fotos para comparação:

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Sterbai do lado esquerdo e Haraldschultzi na direita

 

Para finalizar, posso dizer-vos, que a minha selecção demorou mais ou menos um ano a completar e é composta por 4 corydoras pré-juvenis compradas numa, já extinta, loja mais 9 provenientes de uma importação do Brasil e ainda mais uma que me foi amavelmente oferecida por uma outra loja, dos arredores de Lisboa.

 

. Segunda parte

 

ORIGEM

Dizer ou ler que esta corydora é originária da América do sul, mais concretamente do sudoeste do Brasil e do nordeste da Bolívia ou até pormenorizar, indicado a sua proveniência de uns primeiros 2/3 do rio Guaporé (rio que em parte divide os países a cima referidos), não servirá de muito a muita gente. O que interessa mesmo e não é nada fácil de encontrar, são as características específicas deste biótopo em particular.

Se bem que este rio tem ‘n biótopos, sendo todos eles ‘em particular’ e a influenciarem-se uns aos outros, vou só referir este, que basicamente é o que nos interessa mais.

 

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O rio Guaporé está indicado pelo traço a amarelo no mapa.

 

É nos primeiros 3/4 de percurso do rio Guaporé que se encontram estas corydoras. Vivem em bancos de areia, criados e sulcados por fortes correntes, apesar de na generalidade ser um rio bastante calmo. Em Guaporé a água é sempre límpida, praticamente cristalina.

O fundo é arenoso com a coluna de agua entre 1 e 2 metros e seria sempre visível se não fosse a densa vegetação composta por Echinodorus, cabomba pyauhyensis, eichornia azurea, ottelia brasiliensis, savinia e nymphaea. Esta vegetação serve de esconderijo perfeito a estes pequenos seres que neste habitat costumam ser predados por peixes maiores.

 

Relativamente a parâmetros da agua, nesta zona, foram registados, na década de 80(Horst Linke), pH entre os 6.3 e 7.3, durezas sempre menores que 1 dH e condutividade entre os 20 e os 70ms/cm, valores que dependem da temperatura que vai variando ao longo do ano entre os 20º e os 24º, havendo por vezes picos de 30º.

 

Curioso é o facto de haver diferenças entre os espécimes recolhidos no lado boliviano e os do lado brasileiro. Sendo que os do lado Boliviado, ao contrario dos do lado brasileiro apresentam uma mancha negra na barbatana dorsal (como as Julli) e pigmentação nas barbatanas peitorais.

As mais comuns tanto nas listas de importação como à venda nas lojas em Portugal, são as brasileiras.

 

Com isto, ficamos a saber que na natureza estas corydoras preferem terreno arenoso, densamente plantado (portanto, pouca luz a incidir sobre elas) e fortes correntes (muita oxigenação).

A natureza deu-lhes também um pH pouco ácido com uma água muito mole e uma temperatura amena.

 

Existem também as variantes albina e preta desta espécie, que são raríssimas.

 

INDUÇÃO

Estes peixes, são peixes de cardume e apesar de bastar unicamente um macho e uma fêmea para se dar o acasalamento, é sempre mais interessante e rápido quando há vários machos ou varias fêmeas em competição.

Esta competição aguça, certamente, o apetite sexual dos machos, fazendo-os partir em busca de fêmea.

Na realidade, utilizo um pequeno truque para dar uma ajuda a este efeito de excesso de concorrência, que me parece ser de grande estímulo a estas corydoras.

A ideia consiste em cobrir as laterais do aquário com espelhos, de forma a enganar as ‘coitadinhas’ relativamente às quantidades de machos e fêmeas disponíveis.

 

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Este é um aquário de indução. Por acaso não é de sterbai, mas poderia ser, se tivesse poucos espécimes. É bem visível um espelho que cobre toda a parte lateral, e há outro que cobre também, toda a traseira do aquário.

 

Mas antes ainda de induzi-las, convém prepará-las. Esta fase da preparação requer que elas estejam em óptimas condições físicas, uma vez que é necessário um esforço e resistência extra.

A preparação dura entre uma semana a um mês e consiste em alimenta-las, neste período de tempo, uma única vez por dia com ‘ração’ em flocos ou granulados e em pouca quantidade.

É importante, não fazer TPAs neste período, uma vez que o objectivo é ‘envelhecer’ a agua, não alterando as suas propriedades físicas, como a temperatura que deve ser mantida de forma constante a 25º ou 26º.

Nesta fase é necessária uma monitorização diária dos compostos do nitrogénio, como a amónia e os nitritos, que devem/têm que ser zero (um bom filtro, bem ciclado é fundamental).

O único composto que deverá subir serão os nitratos, que não poderão ultrapassar os 80 ppm ou 100 ppm.

É espectável uma descida do pH devido à acção das bactérias, mas uma vez que essa descida é muito lenta e espaçada no tempo, não haverá problema. De qualquer maneira é de evitar que desça abaixo do 5.0.

 

Passado este período, que no meu caso foram três semanas, segui para a indução propriamente dita.

Aqui o objectivo é criar um efeito 'choque' com a melhoria repentina das condições de vida das ditas, simulando a época das chuvas no seu habitat natural, onde a água fresca e a abundância de alimento são uma constante.

O que fiz, não foi mais do que tentar simular o que acontece na natureza, seguindo estas normas, que consistem inicialmente numa muda de água de 60% com uma temperatura 8º C mais baixa, fazendo com que a temperatura global baixasse até aos 22ºC. Em simultâneo a alimentação começou a ser dada generosamente, 2 ou 3 vezes por dia e é coposta por comida viva ou no mínimo congelada, tal como artemia, enquitreia, larva preta, branca ou vermelha, tubifex e dafnias, tudo muito proteico.

 

Se passada uma semana não desovarem, é repetir a TPAs sem nunca deixar de dar a melhor comida possível.

Se, ainda assim, houver dificuldade em que elas acasalem, é experimentar algumas variações desta formula, tais como, diminuir o intervalo entre as TPAs ou aumentar a quantidade de agua mudada (não ultrapassar os 80%) ou colocar uma agua ainda mais fria (a temperatura global não deve baixar mais que 8º, relativamente ao que estava) ou em ultimo caso, tentar variações de pH e dureza. Nesta ultima hipótese, as variações devem ser pequenas e sempre através da água que se muda, sem a adição de químicos ou agentes.

 

Infelizmente, nunca se sabe quando lhes vai apetecer, por isso até se conseguirem resultados, tanto pode passar uma semana como um ano ou mais de tentativas.

Em qualquer dos casos, só com uma grande dose de paciência se consegue alguma coisa.

O segredo é mesmo a ‘quantidade’ de paciência que se está disposto dispensar, bem como alguma disciplina e um livro de apontamentos, sempre actualizado, para não haver erros ou repetições de condições.

 

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Actualmente, é neste ambiente que as sterbai, desovam com regularidade. Em cima das tampas, estão os microvermes à espera…

 

Um aspecto interessante destas corydoras, é que uma vez que ‘aprendam’ a desovar, jamais esquecerão a lição. De tal forma que bastará manter o aquário em condições, que com as regulares TPAs, elas depositarão ovos novamente, normalmente um ou dois dias depois da TPA de manutenção e sem necessidade de qualquer indução extra.

Nesta fase, é conveniente ter a parte interior dos vidros do aquário bem limpos (com um raspador é tarefa fácil) uma vez que é lá que 80% dos ovos são colocados.

 

Resta referir que o ciclo reprodutivo desta corydora é sazonal. Isto significa que só reproduz em determinada altura do ano, mais propriamente na época de chuvas, quando a pressão atmosférica é mais baixa.

Em Portugal, enquanto não conseguirmos controlar a pressão atmosférica, este período vai de finais de Setembro a meados de Abril.

 

O PROCESSO

Como é esperado, a INDUÇÃO vai dar início a um processo muito mais complexo, mas interessantíssimo de se ver, que é o acasalamento em todo o seu esplendor.

É o macho que dá início às hostilidades. Começa com um inocente empurra aqui ou um roça acolá na fêmea, até esta se interessar.

 

Se a indução correu bem, este jogo do gato e do rato pode durar cerca de 24h. Se correu mal, dura só umas horas e não passa de umas animadas corridas pelo aquário, ‘de barbatanas dadas’, mas cuja intenção se esfumará com o passar do tempo.

Se a fêmea está a corresponder, as correrias pelo aquário vão-se tornando cada vez mais frenéticas. O macho, correspondido, está ao rubro e empurra a fêmea contra a corrente do filtro, normalmente mais machos juntam-se à festa neste momento. … Contorcem-se sobre a fêmea e estimulam-na com os barbilhos, ‘coçando-lhe’ a barriga , dorso e abdómen.

Nesta fase a fêmea está pronta a desovar, e enquanto desova e não desova, aproveita as contorções do macho para rodá-lo com os barbilhos, até este ficar numa posição lateral o suficiente (típica formação em T das corydoras), para que ela consiga estimular-lhe o abdómen e, literalmente, sugar-lhe o sémen, que é prontamente armazenado, numa pequena bolsa que normalmente é utilizada para armazenar as golfadas de ar tão características desta espécie.

 

A fêmea liberta, em média, entre 1 e 4 ovos de cada vez até um total de 20 a 25 por desova. Estes pouco de cada vez, são ‘seguros’ e transportados com as barbatanas posteriores, até ser encontrado o lugar ideal para os colocar.

Os locais eleitos para a desova são normalmente os vidros, quando limpos e sem algas, ou no interior de tufos de musgo de java, quando disponíveis. Também locais onde a corrente é mais forte, são sempre preferidos.

Os ovos, após colados a uma destas superfícies, são de seguida fecundados. A fêmea expele parte do sémen, previamente armazenado, sobre os ovos, fertilizando-os… com sorte.

 

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Não se vê muito bem, mas estão grupos de ovos perto da linha de água. Há também um grupo maior de ovos, mesmo em frente à saída do filtro, que é aliás, onde 60% dos ovos são colocados.

 

OS OVOS

Os ovos têm um diâmetro de, aproximadamente, 1,5mm e nos primeiros minutos são extremamente frágeis e moles apresentando uma cor bege. Estão embebidos numa goma natural, que os torna muito ‘peganhentos’.

À medida que as horas vão passando o ovo vai ficando esbranquiçado, a goma vai perdendo as suas propriedades e a casca do ovo vai ficando cada vez mais rija.

Nas primeiras 24h, o ovo, se fertilizado, passa de branco a cinzento, a goma vai secando, fazendo com que a casca do ovo fique cada vez mais rígida. Nesta altura se o ovo não estiver fertilizado, passa de branco a ‘branco fungado’.

 

A uma temperatura de 26,5º ou 27º, passado este primeiro dia, o ovo cinzento vai ganhando transparência.

No segundo dia já dá para ver a pequena corydora no seu interior e ao terceiro dia eclode.

 

UM METODO

Deixar eclodir os ovos onde eles foram colocados, pode aparentemente parecer o mais lógico deixar acontecer. E é… mas há que retirar todas as corydoras adultas primeiro, melhorar substancialmente a qualidade da água e baixar substancialmente o nível da mesma, uma vez que a pressão da coluna de agua pode ser fatal.

Posto isto, o mais lógico, nem sempre é o mais prático.

 

O método que eu utilizo, dá-me uma taxa de eclosão de 98%, mas requer alguma pratica e muita paciência.

A ideia é retirar os ovos do aquário onde foram colocados e faze-los eclodir num ambiente 100% controlado. Aqui vai o ‘modus operandis’, por ordem:

1 – Preparar um pequeno recipiente de plástico entre 750ml e 1000ml. Uma caixa de gelado bem lavada, serve perfeitamente.

2 – Encher até ¾ da capacidade desse recipiente, com água do aquário onde estão os ovos.

3 – Colocar uma gota de azul-de-metileno ou outro antifungico.

4 – Colocar uma pedra difusora, sem ser das de madeira.

5 – Colocar o recipiente, já com a pedra difusora, a boiar no aquário de criação, previamente ciclado e preparado.

6 – Os ovos devem ser retirados, entre 1h30m e 2h00, após ter sido colocados pela fêmea. Se forem retirados antes, estão muito moles e peganhentos, sendo muito difícil retira-los de onde quer que seja. Se for em retirados depois, já podem estar demasiado rijos e metade da casca é capaz de ficar colada ao sitio onde estavam. Resumindo, há que tentar acertar neste timming.

6.1 –
Há quem tire os ovos com uma lâmina de barbear, ou com uma pipeta. Eu tiro-os com os dedos, que apesar de ser mais difícil, dá-me mais controlo sobre a situação.

Nas primeiras posturas, é natural, perderem-se neste ponto cerca de 90% dos ovos, mas com prática, rapidamente se passa para perdas zero durante a retirada dos ovos.

6.2 –
Há medida que forem sendo retirados, os ovos devem ser recolados nas partes laterais do recipiente. Se já não tiverem poder adesivo, é coloca-los no fundo, afastados da pedra difusora. Ovos colocados em plantas, devem ser retirados das plantas e não colocados no recipiente agarrados ao pedaço de planta.

Em resumo, no recipiente, só devem estar os ovos, a água azulada, e a pedra difusora a deitar ar.

 

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Ovos de sterbei, a prepararem-se para eclodir.

 

7 – Garantir que a luz a incidir é ténue. 20W difusos serão suficientes. Temperatura entre os 25 e 26º.

8 – Durante 3 dias mudar 30% da água do recipiente (por dia), pela água do aquário de criação. Ao 3 dia, a água do recipiente deve estar cristalina, ou só com um ténue tom azulado.

9 – No quarto dia os ovos já deverão ter eclodido todos… ou quase. Mudar só 15 a 20% da água.

10 – Após a eclosão e durante mais 3 dias, mudar diariamente 15 a 20% de água. No final do terceiro dia o saco vitelino já deverá ter desaparecido. Se não, continuar mais um dia.

Não deverá ser dada nenhuma alimentação neste período.

 

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No final do ponto 10, este será o aspecto. Agora é que vai começar…

 

. Terceira parte

 

O INICIO

A retirada dos peixotos para o aquário de criação deve ser feita 15min depois da última muda de água no recipiente. É um processo muito delicado que deve ser feito com muita paciência, portanto despeja-los lá para dentro, está fora de questão.

Há quem os tire com um pequeno camaroeiro. Acho demasiado stressante. O que eu faço, é igualmente stressante, mas eventualmente induz menos choque. Trata-se de suga-los com uma pipeta e poisar a pipeta no aquário de criação e esperar que eles saião da pipeta por si. Este processo chega a demorar mais de 10 horas para cada 20 crias. Mas não mata nenhuma.

As pequenas corys não devem ser sopradas para o aquário de criação, a repentina diferença de pressão pode rebentar-lhes com a barriga (que nesta altura ainda é um pouco de saco vitelino) e o impacto no fundo do aquário pode ser fatal.

 

O INFANTARIO

O infantário, não é mais que o aquário onde as mini corys, passarão os primeiros 2. Este aquário, convêm ser o mais simples possível, a fim de facilitar a manutenção. Eis o meu protótipo de aquário de criação, ou pelo menos aquele com o qual me dei melhor.

Um mínimo de área de 60cmx40cm por cada 100 crias. Uma coluna de agua de 20cm. Estes 20cm é um limite a ter em conta, uma vez que as pequenas corys têm que vir à superfície ‘respirar’ e se a coluna de água for muito alta elas ficam exaustas antes de chegar à superfície, e naturalmente morrerão de exaustão.

 

Dois filtros esponja, um em cada ponta do aquário. A 3cm do fundo do aquário. Este é um pormenor importante, porque elas passam 90% do tempo debaixo da esponja, e se ela estiver muito próxima ou a bater no fundo do aquário, ficarão presas e morrem.

 

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Esponja demasiado colada ao fundo. De dois em dois dias, tenho que a puxar para cima.

 

Eu dou-me bem com o fundo, só vidro ou um pequeno tronco. Há quem ponha areia fina logo desde tenra idade, mas experiências que tenho feito, revelam que a areia é um antro de bactérias e matéria em decomposição, praticamente impossível de manter limpa.

Uma luz de cor branca de cerca de 40watts, já não incomodarão as pequenas crias, se estiver ligada umas horas por dia. Não muita, porque se quer evitar a criação de verdete ou alga castanha.

Os parâmetros da água deverão ser constantes, mesmo depois das TPAs obrigatórias, entre os seguintes valores: 24-26ºC, 150-220ms, 2-4dH, 5,5-6,5pH, 0 NO2, 0 NO3. Isto significa, se eu comecei com 2dH e 6pH, então deverei continuar com estes valores até final.

No meu caso, valores aceitáveis só foram possíveis com a introdução de osmose inversa. 75% Osmose e 25% torneira, puseram-me a água com uma condutividade de 180ms, uma dureza de 2º e um pH de 6,8 (que ainda tive que baixar com um acido)

 

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Aquários de criação…

 

MANUTENÇÃO

Esta é provavelmente a tarefa mais chata de todo o processo, mas é também a que requer mais disciplina e rigor.

Manter o aquário de criação em condições requer mudas de água diárias. Estas não devem, de forma alguma ser descuradas. Uma boa regra é mudar 3 por cada 60ltrs ou 10 litros por cada 150lts.

As corydoras quando pequenas têm os barbilhos especialmente sensíveis, por isso há que manter o fundo o mais limpo possível. Assim, a cada TPA, sifonar o fundo com uma pipeta ligada a um tubo e retirar todo e qualquer detrito. Nesta fase, há que ter muito cuidado, pois elas serão facilmente sugadas pela pipeta, ficando com mazelas para a vida… isto se escaparem com vida. Infelizmente, eu ainda perco 5 a 10 corydoras por cada 100, durante o processo das sifonagens.

A colocação de mais filtros esponja não significa menos mudas de água, mas significa mais qualidade de água. Isto porque semanalmente devemos limpar uma das esponjas, deixando as outras a trabalhar. Eu por exemplo tenho 3 filtros esponja por cada 150 lts, onde cada um é limpo a cada 3 semanas.

O aquário de criação, serve perfeitamente para manter as corydoras até aos 4, 5 ou 6 meses. Basta para isso ir aumentando a coluna de água, na proporção de mais 5cm no 3 mês, 10cm no 4 mês e mais 10 a 15cm no 5 mês e manter. Estes incrementos na coluna de água não trazem menos mudas de água, servem só para equilibrar a carga biológica, que também vai aumentando à medida que as corys vão crescendo.

Naturalmente que as corydoras que forem morrendo (nas primeiras posturas, que tentei criar, morriam-me cerca de 5 por dia, durante o primeiro mes), devem ir sendo removidas. Uma pequena corydora morta e deixada estar por mais de 24h no aquário, pode matar mais umas 5, por isso há que retira-las rapidamente.

 

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Aquário de criação com dois meses…

 

PRIMEIRA ALIMENTAÇÂO

Na primeira semana de vida, as pequenas corys terão muita dificuldade em alimentar-se. Os olhos ainda não estão bem desenvolvidos, pelo que procuram naturalmente a comida pelo olfacto, cujo órgão se situa nos seus, ainda, pequenos barbilhos. Se quisermos que cresçam rapidamente (apesar da corydora, ser um bicho de crescimento lento) e saudáveis, é praticamente mandatório dar-lhes comida vida e variada.

Assim, na primeira semana, costumo dar microvermes ou enguia do vinagre (lava-las bem, porque o vinagre é muito acido). Esta ultima até é melhor para os primeiros dias por ser mais pequena. Duas vezes por dia, o suficiente que seja consumido em 30min e sifonagem do excedente, bastará para as manter em forma.

A vantagem dos microvermes é que se aguentam vivos dentro de agua cerca de 24h, o que é óptimo para manter a qualidade da agua.

Há quem nestes primeiros tempos dê infusórios. Pessoalmente, não gosto muito de dar infusorios, uma vez que eles vivem em água estagnada, praticamente podre e cheia de bactérias, fazendo com que a qualidade da água se deteriore muito rapidamente, nomeadamente, aumentando os níveis de nitrito e nitrato e até por vezes amónia. Felizmente, o filtro esponja, é uma excelente fonte de alimento para as pequenas corys. Contem muita micro- bicheza, incluindo infusorios. É muito frequente encontra-las a navegar por entre as ranhuras da esponja, por isso há que ter cuidado para elas não ficarem lá presas. Colocar um pedaço de musgo de Java, também vai ajudar à produção natural de infusorios dentro do aquário de criação, mas o problema do musgo de Java é que atrai toda a porcaria que se vai formando no aquário e depois, é extremamente difícil de limpar, para além de precisar de limpezas constantes e algum fotoperiodo, por mínimo que seja.

No final da primeira semana, pode começar-se a dar artemia recém eclodida. A artemia recém eclodida, é um alimento altamente proteico, que não deve de todo ser descurado. Aliás, deve tentar dar-se pelo menos durante o primeiro mês de vida. Eventualmente, ao fim do primeiro mês ou mês e meio, tornar-se-á demasiado pequeno para que as quantidades, de artemia, necessárias para deixar uma corydora satisfeita, já se tornam exageradas.

É quando notarmos, que isto começa a acontecer, que se deve partir para o próximo passo…

 

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Passados 2 meses, vão para um aquário maior…

 

CRESCIMENTO

As primeiras 2 a 3 semanas são as mais criticas na vida de uma corydora. Se elas ao fim desse tempo ainda estão vivas, quer dizer que o pior já passou e agora ‘é só’ preciso faze-las crescer.

Há 3 condições essenciais para uma corydora sterbai crescer saudável. A ordem é indiferente:

- Ambiente. Assim que as pequenas corydoras atingem 1cm, devemos começar a criar um habitat mais amigável para elas. Uma camada de 0,5cm de areia fina é uma das minhas primeiras adições, porque favorece o instinto da busca pela comida e ao mesmo tempo vai fortalecendo os barbilhos. A limpeza deste tipo de areia é por sifonagem, pelo implica sempre algumas perdas, perdas essas que convêm não esquecer de ir repondo.

Colocar um tronco ou umas plantas flutuantes ou até umas pedras, são sempre boas ideias, uma vez que os esconderijos naturais das reentrâncias da madeira e a sombra das plantas, dão uma sensação de segurança, muito apreciada.

Nesta altura já se podem substituir os filtros esponja, pelos mecânicos. Isto é aconselhável, por dois motivos. O primeiro é a adição da filtragem mecânica, no sistema, o que vai facilitar e tornar mais rápidas as mudas de água; A segunda é a introdução de uma corrente no aquário. Muito importante para o bem-estar de uma corydora, elas adoram navegar contra a corrente.

 

gallery_2087_240_21681.jpg

Desporto favorito. Em busca de alimento… chegam a enterrar 35% do corpo em busca do alimento perdido.

 

- Qualidade do meio. O meio é, logicamente, o aquático, pelo que assegurar a qualidade da agua é fundamental, sempre e em qualquer condição. Valores de amónia, nitritos e nitratos, este ultimo o pior inimigo dos barbilhos, devem ser sempre 0 (zero). Na fase de crescimento destas corydoras, a presença de qualquer composto azotado, pode trazer consequências irreversíveis.

Luz ténue, evitar movimentos bruscos perto do aquário, também ajuda.

A adição de troncos, areias, ou pedras, pressupõe sempre uma lavagem bem cuidada, mesmo que o elemento venha de um outro aquário saudável. Como já disse, as corydoras são ainda muito sensíveis, pelo que não vale a pena vacilar.

- Alimentação. Aqui a chave é a variação que se dá ao menu. Quanto mais se variar, mais rapidamente se desenvolvem. Eis a dieta que eu lhes tento preparar, semanalmente, por dia:

- manhã:

- chips da tetra para peixes de fundo, esmigalhados em pequenos pedaços.

- pellets de camarão, esmigalhados em pequenos pedaços.

- wafers da Hikari, para corydoras, também esmigalho em pequenos pedaços.

- morcels da nutrafim, para discus.

- chips da JBL para peixes de fundo, também é esmigalhado.

- blood worm liofilizado.

- JBL grana discus.

- minhoca da terra cortada em pequenos pedaços.

- tarde:

- larva de mosquito viva.

- artemia congelada.

- enquitreias.

- tubifex liofilizado.

- dafnias vivas.

- artemia liofilizada.

- larva de mosquito vermelha, congelada.

- grindal vivo.

Basicamente, os menus diários são constituídos por elementos desta lista, ou variações deles. Quanto maior for a variedade, melhor.

A partir do segundo mês, se for comida seca, deve dar-se só o suficiente, para ser consumido em 1 hora. Se for liofilizada ou congelada, deve dar-se o que for consumido em 2 horas se for viva, deve dar-se e deixar-se estar enquanto estiver viva. Em todos os casos, retirar o excesso, sempre que passar o período de tempo.

 

gallery_2087_240_10180.jpg

Quando saudáveis, gostam de se juntar e brincar entre a corrente e a areia. Sterbai’s com cerca de um ano, mais areia e buraco escavado por elas.

 

O FIM

Em condições óptimas, uma corydora sterbai vive entre 15 a 20 anos, como tal o fim não está para breve. Por isso à medida que for crescendo pode e deve-se ir dando mais espaço para esta corydora desenvolver todo o seu potencial. O que se pretende são as barbatanas bem abertas e as cores do corpo bem contrastadas, bem como os barbilhos que devem ser compridos e de cor bege escuro. Qualquer outra cor significa, problemas nessa área.

Esta corydora em particular, só mostra todo o seu esplendor, quando em cardumes grandes. 20 ou 30 elementos, pode parecer exagerado, mas na realidade é o ideal para se sentir bem, no entanto, há que ter atenção às áreas disponíveis.

Assim, relembro que para as corydoras de maneira geral, o importante é a área de fundo disponível para navegar e não o volume de água. Assim, convém não atafulhar o fundo de troncos, pedras e outros objectos que retiram espaço às corydoras, com excepção de plantas, que essas sim, se pode por em grandes quantidades.

 

CONCLUSÃO

Devo, finalmente, dizer que todo o processo de criação de corydoras sterbai, dá um gozo muito grande. Quer se goste ou não deste tipo de peixe, é impossível ficar indiferente à natureza dos seus comportamentos. Criar esta corydora, é uma experiência única, que eu aconselho vivamente. Proporcionar condições para o acasalamento, assistir ao mesmo, ver as posturas, tirar e cuidar dos ovos e depois dos alevins, levando-os a adultos, é enriquecedor e impagável..

 

gallery_2087_240_30309.jpg

A título de curiosidade, fica aqui uma foto do meu campo de experiências. À direita dá para ver um plantado, tem cerca de 80 corydoras divididas em 12 espécies, só naquela densa floresta é que estão bem, por exemplo, as corydoras julli só ali é que põem ovos. Na estrutura central, estão os aquários de criação. No de cima estão à vários anos adolfoi e arcuatus, infelizmente requerem condições muito próprias para procriarem, que eu ainda não consegui proporcionar.

No de baixo, estão as sterbai e as pygmaeus, ambas reproduzem com regularidade.

Na estrutura da esquerda, estão os aquários de criação. Neste momento têm mini sterbai e mini julli.

 

Como diria o poeta…’…plantar uma arvore… escrever um livro… criar uma corydora…’ bang

 

 

Luis. Dias - FEV/2008

 

E assim concluo este texto. Mais tarde, colocarei a FAQ.

Espero que ajude...

 

Cmprts,

Luis.Dias

Editado por Luis Dias
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Eu também voto para inamovivel!!

A Corydora Sterbai, para mim é a mais bonita de todas!Ainda bem que é possivel obter esses resultados excelentes em cativeiro!Parabéns e votos de que continues o bom trabalho!

Abraço

Editado por Carecacomgel
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Belo topico! Deve ter dado um bocado trabalho a fazer, não sei se tinha paciencia:P Tenta postar é mais fotos dos aquas :)

abraço

eheheh... Por acaso deu mais trabalho a fazer o tópico que a reproduzir as ditas...

 

Fotos dos aquas?!... ok, fica anotado.

 

Cmprts,

Luis.Dias

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  • 1 mês depois...

Luis,

 

os meus PARABÉNS!

nem imaginas o gozo que me deu ler o relato das tuas experiências!!!

cá fico à espera das FAQ! :D

 

abraço

JM

Editado por josé mendonça
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Olá Luis

 

Parabéns mais uma vez, um texto de fácil leitura e compreensão.

 

Cá por casa, já tens netos, descobri, no meio das que te comprei, 4 com um terço do tamanho das grandes, só tenho pena, que os sacanas dos discus, achem um piteu os ovos das cory´s...

 

Abraço

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....e u tenho um "amigo" que comprou ao Luis 30.........morre.....ESTÃO TODAS 5 estrelas.

....."o que é nacional é BOM"

JPM

 

Ps-Ah!....e MUITO BONITAS

"the more water-changes you make a day, keeps the doctor away". (sic)
"A Àgua continua Viva!"

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Boas...

 

Bem Luis até que enfim vejo "isto" acabado ;) Acho que para quem se queira iniciar na reprodução de corydoras este post é uma grande ajuda, não só para quem se queira aventurar nas strebai como para quem queira tentar com outra espécie, penso que pode retirar daqui muita coisa mesmo. Além disso,mesmo para quem não esteja a pensar em fazê-lo, penso que seja sempre engraçado ver o que se faz a nível nacional especialmente para quem está fora como eu ;)

 

Então e diz-me uma coisa, no final da terceira fase dizes que tanto as strebai como as pygmaeus reproduzem frequentemente. E como andamos de crias de pygmaeus?? Também as consegues fazer chegar a adultas??

 

By the way os teus camarões reproduzem-se que nem coelhos ahahahaha :snipersmile:

Um abraço

 

tiaGo Sá

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....e u tenho um "amigo" que comprou ao Luis 30.........morre.....ESTÃO TODAS 5 estrelas.

....."o que é nacional é BOM"

JPM

 

Ps-Ah!....e MUITO BONITAS

la estas tu a aproveitar para fazer a publicidade ao q e "nacional" :Fade-color ,agora sem brincadeiras 5***** tanto o topico como as ditas q tenho pra la um belo cardume delas,cumps.

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excelente topico

 

 

Boas, subscrevo os elogios. Resta a pergunta: e podemos comprar algumas? É que ainda por cima são as minhas corys preferidas.

Editado por PST

"A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro" John Lennon

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Olá o tópico está excelente :(:)

Acredito a sua trabalheira a fazer este tópico :)

Ainda por cima adoro corydoras qualquer dia ei-de de por algumas a ver se reproduzem!!

 

Já agora desculpe a pergunta quando as cory estiverem no recipiente com o azul de metileno com são aquecidas ? Com luz? e de noite a temperatura não baixa??

::Assinatura Editada::

::Altura superior a 100 pixels::

 

Cumprimentos,

João Dias

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Boas Luis,

muitos parabens pela reprodução e muito obrigado pelo "guia" que aqui meteste!!

 

Sem dúvida nenhuma um dos posts do ano! tb voto para Inamovivel

Abraço

Editado por Murkas

A pesquisa é nossa amiga... pesquisem antes de perguntar!

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Luis,

 

os meus PARABÉNS!

Boas,

 

Parabéns pelo sucesso na reprodução das bichanas e por um post que, na verdade, deveria ser um artigo.

 

Obrigado!

Excelente tópico Luís , espectacular essa tua epopeia na criação das corrys.

Parabéns por todo esse trabalho

 

Venha a 3ª parte! Deve dar um gozo enorme ter uma criação destas em casa!
excelente topico
Boas Luis,

muitos parabens pela reprodução e muito obrigado pelo "guia" que aqui meteste!!

 

Sem dúvida nenhuma um dos posts do ano! tb voto para Inamovivel

Abraço

Viva,

 

A todos, muito obrigado.

Se tiverem duvidas ou algo a acrescentar, não deixem de me dizer.

 

As corydoras, são peixes fantasticos. Na calha, para alem das FAQs, está tambem um pequeno texto sobre as pygmaeus e as adolfoi.

 

 

Olá Luis

 

Parabéns mais uma vez, um texto de fácil leitura e compreensão.

 

Cá por casa, já tens netos, descobri, no meio das que te comprei, 4 com um terço do tamanho das grandes, só tenho pena, que os sacanas dos discus, achem um piteu os ovos das cory´s...

 

Abraço

Pedro,

 

Isso é verdadeiramente fantastico. Parabens.

Não te preocupes, que se começaram a reproduzir... tão depressa não vão parar. Se quiseres 'safar' mais ovos, põe tufos de musgo de java... os discus não conseguem tirar os ovos que ficam por lá embrenhados.

 

 

....e u tenho um "amigo" que comprou ao Luis 30.........morre.....ESTÃO TODAS 5 estrelas.

....."o que é nacional é BOM"

JPM

 

Ps-Ah!....e MUITO BONITAS

João,

 

Aprende-se sempre mais um bocadinho a falar contigo. Seja de discus... seja no geral.

Obrigado.

 

 

Boas...

 

Bem Luis até que enfim vejo "isto" acabado bowdown Acho que para quem se queira iniciar na reprodução de corydoras este post é uma grande ajuda, não só para quem se queira aventurar nas strebai como para quem queira tentar com outra espécie, penso que pode retirar daqui muita coisa mesmo. Além disso,mesmo para quem não esteja a pensar em fazê-lo, penso que seja sempre engraçado ver o que se faz a nível nacional especialmente para quem está fora como eu ;)

 

Então e diz-me uma coisa, no final da terceira fase dizes que tanto as strebai como as pygmaeus reproduzem frequentemente. E como andamos de crias de pygmaeus?? Também as consegues fazer chegar a adultas??

 

By the way os teus camarões reproduzem-se que nem coelhos ahahahaha nyah

Se7eN,

 

É verdade, já estava a preguiçar demais na escrita. Mas agora já está...

 

Sobre as crias de pygmaeus, a primeira constatação é que são muito mais senciveis às mudanças de temperatura e pressão que as sterbai. Pelo que os metodos a aplicar na criação terão que ser bem diferentes. Neste momento tenho baixas de 90% na primeira semana... fruto de muita (in)experiencia.

 

 

la estas tu a aproveitar para fazer a publicidade ao q e "nacional" nyah ,agora sem brincadeiras 5***** tanto o topico como as ditas q tenho pra la um belo cardume delas,cumps.

Oliveira,

 

Devagarinho, devagarinho... andas a criar um arem. eheh

Já podes começar a reproduzir algumas...

 

 

Boas, subscrevo os elogios. Resta a pergunta: e podemos comprar algumas? É que ainda por cima são as minhas corys preferidas.

PST,

 

Obrigado.

Claro que podes comprar algumas. Neste momento, consegues atravez do 'amigo' do JPM.

As que tenho ainda são pequenas...

 

 

Olá o tópico está excelente :multi::laugh:

Acredito a sua trabalheira a fazer este tópico :crazyeyes:

Ainda por cima adoro corydoras qualquer dia ei-de de por algumas a ver se reproduzem!!

 

Já agora desculpe a pergunta quando as cory estiverem no recipiente com o azul de metileno com são aquecidas ? Com luz? e de noite a temperatura não baixa??

joao.macarrony,

 

É verdade. Mas por outro lado, sem trabalho pouco se consegue... então na aquariofilia, direi mesmo nada.

 

O recipiente com o azul de metileno está a boiar sobre a agua do aquario... o aquecimento é feito por 'osmose'.

 

Cmprts,

Luis.Dias

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  • 3 semanas depois...

em primeiro lugar keria dar os meus parabens ao luis por este excelente "topico", sem duvida devia passsar para os inamoviveis!!

 

keria so fazer uma pergunta, ke axo k ele nao referiu .

 

com que idade\tamanho (aproximadament) as corys começam a reproduzir??

ando a pensar de ir fazer umas experiencias e gostava de saber.

 

abraços

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