O meu percurso como aquarista


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Neste tópico gostaria de expor vos como foi o meu percurso como aquarista:

Quando tinha 6 anos, o meu pai ofereceu me um aquário de 10L, no qual tinha 3 kinguios; na altura nem eu nem o meu pai sabíamos que isso estava errado pois não tínhamos sido informados pelo lojista. O aquário nem sequer filtro tinha... Conclusão, todos os peixes morreram intoxicados com amónia e interrompi o hobby por cerca de 2 anos.

Com quase 9 anos, pedi ao meu pai para comprar um aquário maior com 100L de água doce, desta vez já com um filtro interno e termostato e assim foi. Deixamos o aquário ciclar por 1 mês e comprámos os primeiros peixes, lembro me como se fosse hoje dos tetras que o meu pai me ofereceu. Era quase 1 de cada espécie ( 1 serpae, 1 fantasma negro, 1 neon, 1 neon negro, 1 pristella e um nariz de bêbado). O problema aqui foi que eu só tinha um de cada e os peixes devim estar em cardumes de pelo menos 5! Dessa forma deveria ter no máximo 3 cardumes de 5 ou 6 peixes. Conclusão, passado 2 ou 3 meses, tinha o aquário cheio de ictio; comprei o esha 2000, mas mesmo assim não consegui salvar nenhum.

Pesquisando na net e aqui no forum descobri que o problema seria a falta de um cardume, então comprei um cardume de 60 barbos cereja, isto acabou por ser ainda pior porque tive picos de amónia e lutas territoriais, uma vez que só tinha comprado machos, mais uma vez a loja falhou pois não tinha sequer uma fêmea à venda. Este aquário ainda aguentou um anito, mas depois os peixes morreram graças a sobrepopulação. Não me julguem por ter colocado em excesso, pois eu tinha 11 anos e não sabia nada de aquarismo. Só sabia das TPAs semanais, do filtro e do termostato, mais nada.

Interrompi o hobby durante quase 4 anos, e com 15 anos feitos voltei à carga e decidi comprar um aquário de 340L, que ciclou também durante 1 mês. Desta vez o aquário já estava extremamente equipado com filtro externo, termostato, calha LED, termómetro e claro, o substrato de cascalho. Tive que estudar mesmo muito para saber o que sei agora sobre aquários de água doce. Aprendi que não poderia comprar os peixes todos de uma vez e que deveria comprar as poucos e estudando as suas compatibilidades. Agora alguns de vocês já saberão com certeza os peixes que tenho neste aquário. Comecei por adquirir um acará severo, que depois descobri que se tratava de um acará efasciatus ou heros efasciatus. Passado uma semana adquiri um disco, um jack dempsey e um texas blue. Deixei passar 2 semanas e adicionei um ciclídeo boca de fogo, um ciclídeo joia e um kribensis. Mais um tempo se passou e adquiri um óscar grande e um parachromis, que agora sei que se trata de um loisellei e um acará azul. O aquário andou mas passado uns tempos assisti às lutas territoriais dos ciclídeos:

O parachromis matou o boca de fogo( comeu o sem deixar rasto) e matou também o joia que encontrei morto no fundo do aquário.

O jack dempsey e o acará azul saltaram fora do aquário, coisa que até hoje não percebo como aconteceu porque o aquário tem tampa.

O kribensis era muito pequeno e não o deixavam comer, acabando por morrer à fome.

Mais um tempo se passou e, depois destas perdas, adquiri um ituí cavalo e uma platydora costatus.

O aquário andou bem e eu estava a ficar maravilhado com o aquário que tinha quando certa vez vi o óscar com o itui na boca. Nada pude fazer, pois só estava a cauda do itui de fora. O óscar teve o chamado almoço gourmet( comeu uma refeição de 6€, mais caro do que eu quando como uma fatia de pizza a 2€).

No final fiquei com o óscar, o parachromis, o acará efasciatus, o texas blue, a platydora e o disco, que se mostrou um verdadeiro guerreiro ao aguentar esta tropa todo. Desde então tenho tido estes mesmos peixes e está tudo excelente já à mais de 2 anos. Não tenho tido qualquer razão de queixa destes peixes, fora o facto de às vezes o parachromis perseguir o acará efasciatus, mas não lhe causando qualquer dano físico. Sei também que o disco não deveria estar ali mas, curiosamente, ninguém se mete com ele!!

Espero que tenham gostado do meu percurso e também do aquário que mantenho agora. Hoje sei bastantes coisas por experiência própria e também outras que aprendi lendo na net e neste forum  que sempre me foi muito útil. Penso que vou deixar este aquário ficar conforme está pois já atingiu o equilíbrio. Estejam à vontade para me aconselhar sobre alguma coisa que esteja menos bem no meu aquário, ou algum material ou peixe que deva adquirir!!

Obrigado pela vossa atenção,

Filipe

 

 

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Desculpa a franqueza mas espero que não tenhas aprendido aqui no fórum que deves manter um único disco sozinho nesse aquário, aliás com esses "monstros" nem sei como esse peixe ainda se encontra vivo ou minimamente de saúde! Deve ser oriundo de uma tribo canibal amazónica só pode! 

Cumprimentos, Ismael Figueira

Projectos correntes - FenrirSkogen / Laurento

Projectos terminados - Ephemeris / Wind Of Change / Woods Stream / Little Nature / Rainforest Reborn - video / Primeiro plantado 300L 'rainforest' - video

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há 40 minutos, ismael_figueira disse:

Desculpa a franqueza mas espero que não tenhas aprendido aqui no fórum que deves manter um único disco sozinho nesse aquário, aliás com esses "monstros" nem sei como esse peixe ainda se encontra vivo ou minimamente de saúde! Deve ser oriundo de uma tribo canibal amazónica só pode! 

Eu não aprendi isso aqui, claro! O disco eu sei que não devia ter ali, mas ele está bem e não tem tido qualquer problema!

Sei que não é o local adequado para ele, mas até agora, e já la vão quase 3 anos, não houve qualquer problema!!

O disco é amarelo, não sei se isso  influenciará o facto dos outros peixes não se meterem com ele...

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@Flaips, pensamento errado. Não é por morar num T0 em conjunto com 4 ou 5 crocodilos (parece-me a analogia mais correta) que vou estar bem e feliz. Os outros peixes que tiveste nesse aquário também estavam bem até serem comidos ou saltarem desesperadamente numa tentativa de fuga desse ambiente.

Os discus são peixes de cardume e gostam de ambientes tranquilos, mas creio que já saibas disso. 

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há 1 minuto, ismael_figueira disse:

@Flaips, pensamento errado. Não é por morar num T0 em conjunto com 4 ou 5 crocodilos (parece-me a analogia mais correta) que vou estar bem e feliz. Os outros peixes que tiveste nesse aquário também estavam bem até serem comidos ou saltarem desesperadamente numa tentativa de fuga desse ambiente.

Os discus são peixes de cardume e gostam de ambientes tranquilos, mas creio que já saibas disso. 

Eu sei disso e agradeço a opinião.

Obrigado pela ajuda!

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há 25 minutos, Flaips disse:

O que devo então fazer?

Deves selecionar e estudar as espécies que pretendes manter e nunca comprar por impulso só porque os peixes são bonitos e queres manter tudo ao mesmo tempo. 

Tens aí espécies de duas áreas distintas, América central e América do Sul, se tiveres possibilidade separa os mesmos por área e tratas de fazer algo dentro de um estilo biótopo. Nunca esquecendo que os discus devem estar num grupo de no mínimo 5/6 indivíduos.

 

Mais uma vez te digo, estuda bem antes de avançar com compras desnecessárias e evitas percas de fauna bem como de prazer neste belo hobby. 

 

Editado por ismael_figueira
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há 5 horas, Flaips disse:

(...) então comprei um cardume de 60 barbos cereja, isto acabou por ser ainda pior porque tive picos de amónia e lutas territoriais, uma vez que só tinha comprado machos, mais uma vez a loja falhou pois não tinha sequer uma fêmea à venda. (...)

Não sei se rie, não sei se chore.

 

há 5 horas, Flaips disse:

Interrompi o hobby durante quase 4 anos, e com 15 anos feitos voltei à carga e decidi comprar um aquário de 340L, que ciclou também durante 1 mês. Desta vez o aquário já estava extremamente equipado com filtro externo, termostato, calha LED, termómetro e claro, o substrato de cascalho. Tive que estudar mesmo muito para saber o que sei agora sobre aquários de água doce. Aprendi que não poderia comprar os peixes todos de uma vez e que deveria comprar as poucos e estudando as suas compatibilidades. Agora alguns de vocês já saberão com certeza os peixes que tenho neste aquário. Comecei por adquirir um acará severo, que depois descobri que se tratava de um acará efasciatus ou heros efasciatus. Passado uma semana adquiri um disco, um jack dempsey e um texas blue. Deixei passar 2 semanas e adicionei um ciclídeo boca de fogo, um ciclídeo joia e um kribensis. Mais um tempo se passou e adquiri um óscar grande e um parachromis, que agora sei que se trata de um loisellei e um acará azul. O aquário andou mas passado uns tempos assisti às lutas territoriais dos ciclídeos:

O parachromis matou o boca de fogo( comeu o sem deixar rasto) e matou também o joia que encontrei morto no fundo do aquário.

O jack dempsey e o acará azul saltaram fora do aquário, coisa que até hoje não percebo como aconteceu porque o aquário tem tampa.

O kribensis era muito pequeno e não o deixavam comer, acabando por morrer à fome.

Mais um tempo se passou e, depois destas perdas, adquiri um ituí cavalo e uma platydora costatus.

Para quem andou a pesquisar muito, a pesquisa falhou redondamente. Misturar estas espécies de ciclídeos, é só um erro crasso. 

Como disse o Ismael, misturar Jumbos com o Discus é só absurdo e para quem comprou 60 barbos cereja porque o problema era um cardume e só compra 1 Discus, que é um peixe de cardume... Faz-me espécie.

o Ideal será habituares-te a mencionar os peixes, pela nomenclarura mais usada, ou seja pelo seu nome científico, porque Ituí cavalo, nunca ouvi, agora Apteronotus albifrons, já me diz qualquer coisinha.

Sinceramente era retirar essas espécies todas, repensar seriamente no que queres para o aquário e fazer uma coisa decente, porque isso é "criminoso". Nem os americanos têm condições, nem o desgraçado do Discus (deve estar amarelo do stress) e como já te disseram, nem sei como ainda é vivo.

Os outros para terem saltado fora do aquário, deviam estar num estado de pânico, que preferiram saltar fora.

Creio muito sinceramente que ainda tens muito a aprender e a pesquisar sobre manter aquários. Tens de amadurecer essas ideias e ver realmente aquilo que queres. Estes impulsos de comprar o que quer que seja para por dentro do aquário, nunca mas nunca dão bom resultado e tu próprio mencionaste aqui o resultado do teu erro.

Mas, estamos cá é para ajudar no que pudermos.

Mais estudo é o que isso requer.

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há 8 minutos, Flaips disse:

Quais é que devo juntar?

Vamos fazer assim, de forma a te envolveres e entusiasmantes mais vou-te dar um trabalhinho de pesquisa. Pegas em cada nome desses peixes que tens e vais ao site seriouslyfish.com e pesquisas pois é uma exclente base de dados. Vais ficar impressionado com a quantidade de informação que vais encontrar. Mais uma vez te digo PESQUISA!! Vais aprender muito e claro que estamos cá para ajudar no que for preciso! 

Cumprimentos, Ismael Figueira

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6 hours ago, Flaips said:

Neste tópico gostaria de expor vos como foi o meu percurso como aquarista:

Quando tinha 6 anos, o meu pai ofereceu me um aquário de 10L, no qual tinha 3 kinguios; na altura nem eu nem o meu pai sabíamos que isso estava errado pois não tínhamos sido informados pelo lojista. O aquário nem sequer filtro tinha... Conclusão, todos os peixes morreram intoxicados com amónia e interrompi o hobby por cerca de 2 anos.

Com quase 9 anos, pedi ao meu pai para comprar um aquário maior com 100L de água doce, desta vez já com um filtro interno e termostato e assim foi. Deixamos o aquário ciclar por 1 mês e comprámos os primeiros peixes, lembro me como se fosse hoje dos tetras que o meu pai me ofereceu. Era quase 1 de cada espécie ( 1 serpae, 1 fantasma negro, 1 neon, 1 neon negro, 1 pristella e um nariz de bêbado). O problema aqui foi que eu só tinha um de cada e os peixes devim estar em cardumes de pelo menos 5! Dessa forma deveria ter no máximo 3 cardumes de 5 ou 6 peixes. Conclusão, passado 2 ou 3 meses, tinha o aquário cheio de ictio; comprei o esha 2000, mas mesmo assim não consegui salvar nenhum.

Pesquisando na net e aqui no forum descobri que o problema seria a falta de um cardume, então comprei um cardume de 60 barbos cereja, isto acabou por ser ainda pior porque tive picos de amónia e lutas territoriais, uma vez que só tinha comprado machos, mais uma vez a loja falhou pois não tinha sequer uma fêmea à venda. Este aquário ainda aguentou um anito, mas depois os peixes morreram graças a sobrepopulação. Não me julguem por ter colocado em excesso, pois eu tinha 11 anos e não sabia nada de aquarismo. Só sabia das TPAs semanais, do filtro e do termostato, mais nada.

Interrompi o hobby durante quase 4 anos, e com 15 anos feitos voltei à carga e decidi comprar um aquário de 340L, que ciclou também durante 1 mês. Desta vez o aquário já estava extremamente equipado com filtro externo, termostato, calha LED, termómetro e claro, o substrato de cascalho. Tive que estudar mesmo muito para saber o que sei agora sobre aquários de água doce. Aprendi que não poderia comprar os peixes todos de uma vez e que deveria comprar as poucos e estudando as suas compatibilidades. Agora alguns de vocês já saberão com certeza os peixes que tenho neste aquário. Comecei por adquirir um acará severo, que depois descobri que se tratava de um acará efasciatus ou heros efasciatus. Passado uma semana adquiri um disco, um jack dempsey e um texas blue. Deixei passar 2 semanas e adicionei um ciclídeo boca de fogo, um ciclídeo joia e um kribensis. Mais um tempo se passou e adquiri um óscar grande e um parachromis, que agora sei que se trata de um loisellei e um acará azul. O aquário andou mas passado uns tempos assisti às lutas territoriais dos ciclídeos:

O parachromis matou o boca de fogo( comeu o sem deixar rasto) e matou também o joia que encontrei morto no fundo do aquário.

O jack dempsey e o acará azul saltaram fora do aquário, coisa que até hoje não percebo como aconteceu porque o aquário tem tampa.

O kribensis era muito pequeno e não o deixavam comer, acabando por morrer à fome.

Mais um tempo se passou e, depois destas perdas, adquiri um ituí cavalo e uma platydora costatus.

O aquário andou bem e eu estava a ficar maravilhado com o aquário que tinha quando certa vez vi o óscar com o itui na boca. Nada pude fazer, pois só estava a cauda do itui de fora. O óscar teve o chamado almoço gourmet( comeu uma refeição de 6€, mais caro do que eu quando como uma fatia de pizza a 2€).

No final fiquei com o óscar, o parachromis, o acará efasciatus, o texas blue, a platydora e o disco, que se mostrou um verdadeiro guerreiro ao aguentar esta tropa todo. Desde então tenho tido estes mesmos peixes e está tudo excelente já à mais de 2 anos. Não tenho tido qualquer razão de queixa destes peixes, fora o facto de às vezes o parachromis perseguir o acará efasciatus, mas não lhe causando qualquer dano físico. Sei também que o disco não deveria estar ali mas, curiosamente, ninguém se mete com ele!!

Espero que tenham gostado do meu percurso e também do aquário que mantenho agora. Hoje sei bastantes coisas por experiência própria e também outras que aprendi lendo na net e neste forum  que sempre me foi muito útil. Penso que vou deixar este aquário ficar conforme está pois já atingiu o equilíbrio. Estejam à vontade para me aconselhar sobre alguma coisa que esteja menos bem no meu aquário, ou algum material ou peixe que deva adquirir!!

Obrigado pela vossa atenção,

Filipe

 

 

Vou citar o que você escreveu: “Aprendi que (...) deveria comprar aos poucos e estudando as suas compatibilidades”. Então, se aprendeu isso, porque não estudou as compatibilidades das espécies?! Lamento, mas o que se constata no seu relato é que tem vindo a cometer uma série de disparates e que continua a fazê-los. Deixe-me lá tentar ajudá-lo a clarificar por pontos o que é que na aquariofilia se deve entender por “compatibilidade”: 1) Comecemos por definir o tipo de meio ambiente que queremos criar, se é um aquário de água dura e alcalina, se a água vai ser macia e ácida, enfim, os parâmetros-chave do meio ambiente. É que o bem-estar de qualquer espécie implica que as condições do meio ambiente em que ele vai estar se coadunem com as respectivas necessidades específicas, com a sua fisiologia, que foi fruto de adaptação ao seu ambiente de origem. Caso contrário, teremos logo aí uma situação clara de “incompatibilidade”. Tendo em conta toda a salganhada de espécies de ciclīdeos que você juntou, uns de águas bastante duras e com pH elevado (os parâmetros indicados para a maior parte dos ciclídeos mesoamericanos), outras de águas neutras e com uma dureza relativa e ainda de outros com águas ácidas, bem como o facto de juntar espécies da América do Sul, da América Central e da África Ocidental, não há logo aí “compatibilidade” nenhuma...; 2) Por outro lado, também temos de planear as coisas tendo em conta as dimensões que as diversas espécies atingem na fase adulta. Na Natureza até podem coexistir, mas ocupam nichos muito distintos nos respectivos biótopos, podem até ser concorrentes na cadeia alimentar mas não colidirem entre si. Já num aquário, que é um ambiente fechado, o desfecho mais comum é uns (os mais pequenos) a servirem de alimento aos outros (os maiores) mais cedo ou mais tarde, sendo que a espécie dominante vai também submeter as outras a um “stress” permanente que pode facilmente abrir espaço para problemas de saúde que, também mais cedo ou mais tarde, podem desequilibrar-lhe a saúde de todos os habitantes do sistema; 3) Vamos agora falar das compatibilidades entre os indivíduos das diversas espécies, sendo que aí temos sempre de ver que há diferenças entre as compatibilidades intraespecíficas (dentro da mesma espécie) e as interespecíficas (entre as distintas espécies). Ora isso exige um estudo muito aprofundado de cada uma das espécies que queremos manter. Conclusão: pelo que você mesmo escreveu, tem feito muito mal o “trabalho de casa” desde o início (e continua). Se quiser, procure-me no Facebook (o meu endereço é https://m.facebook.com/jgmoreira), envie-me uma mensagem para trocarmos de telefones e eu ajudo-o a organizar as ideias para conseguir melhorar substancialmente o seu planeamento. Porque pelo que contou no seu texto, só concluímos que fez montes de disparates. Lamento, mas não consigo pôr as coisas de outra forma. Vá lá, entre em contacto comigo que nós estamos aqui é para ajudar o pessoal, não para darmos “descascas” uns aos outros. E pode ficar tranquilo que eu mantenho e crio (ou já mantive e criei) todas as espécies de ciclídeos que você referiu. Cumprimentos, José Guilherme Moreira

Editado por josegmoreira
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Agradeço imenso a ajuda, a sério!

 

Eu gostava de ter um aquário com alguns jumbos!

 

há 1 hora, José Pedro disse:

Não sei se rie, não sei se chore.

 

Para quem andou a pesquisar muito, a pesquisa falhou redondamente. Misturar estas espécies de ciclídeos, é só um erro crasso. 

Como disse o Ismael, misturar Jumbos com o Discus é só absurdo e para quem comprou 60 barbos cereja porque o problema era um cardume e só compra 1 Discus, que é um peixe de cardume... Faz-me espécie.

o Ideal será habituares-te a mencionar os peixes, pela nomenclarura mais usada, ou seja pelo seu nome científico, porque Ituí cavalo, nunca ouvi, agora Apteronotus albifrons, já me diz qualquer coisinha.

Sinceramente era retirar essas espécies todas, repensar seriamente no que queres para o aquário e fazer uma coisa decente, porque isso é "criminoso". Nem os americanos têm condições, nem o desgraçado do Discus (deve estar amarelo do stress) e como já te disseram, nem sei como ainda é vivo.

Os outros para terem saltado fora do aquário, deviam estar num estado de pânico, que preferiram saltar fora.

Creio muito sinceramente que ainda tens muito a aprender e a pesquisar sobre manter aquários. Tens de amadurecer essas ideias e ver realmente aquilo que queres. Estes impulsos de comprar o que quer que seja para por dentro do aquário, nunca mas nunca dão bom resultado e tu próprio mencionaste aqui o resultado do teu erro.

Mas, estamos cá é para ajudar no que pudermos.

Mais estudo é o que isso requer.

O disco quando comprei na loja já vinha amarelo!

 

De momento tenho:

1 heros efasciatus

1 parachromis loisellei

1 óscar

1 herycthis carpintis

1 platydora costatus

1 disco

 

há 53 minutos, Flaips disse:

De momento tenho:

1 heros efasciatus

1 parachromis loisellei

1 óscar

1 herycthis carpintis

1 platydora costatus

1 disco

Quais destes posso manter juntos?

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21 minutes ago, Flaips said:

O parachromis e o texas podem estar juntos?

Sim, até o Parachromis crescer, apesar de certas variedades dos loisellei não serem das mais agressivas. Porém, há por aí muitos loisellei que na realidade até são friedrichsthalii (há umas correntes no ramo da taxonomia que defendem mesmo a revisão da actual classificação das espécies) e esses têm pior feitio. Mas todos os ciclídeos são peixes gregários em juvenis e a na maioria das espéciesdevem ser mantidos em casal em adultos.

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há 8 minutos, josegmoreira disse:

Sim, até o Parachromis crescer, apesar de certas variedades dos loisellei não serem das mais agressivas. Porém, há por aí muitos loisellei que na realidade até são friedrichsthalii (há umas correntes no ramo da taxonomia que defendem mesmo a revisão da actual classificação das espécies) e esses têm pior feitio. Mas todos os ciclídeos são peixes gregários em juvenis e a na maioria das espéciesdevem ser mantidos em casal em adultos.

Ok. Então o que vou fazer é deixar no aquário o óscar, a platydora e o acará severo.

O disco posso oferece-lo a um amigo e o texas posso devolver à loja mas tenho pena de me desfazer do parachromis...

Esse peixe come da mão e tudo! 

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37 minutes ago, Flaips said:

Ok. Então o que vou fazer é deixar no aquário o óscar, a platydora e o acará severo.

O disco posso oferece-lo a um amigo e o texas posso devolver à loja mas tenho pena de me desfazer do parachromis...

Esse peixe come da mão e tudo! 

Não vá tão depressa. Vá por partes. Ainda por cima porque hoje tem os grupos e tudo isso para fazer trocas. Antes do mais, os severuns (Heros é o género, efasciatus é a espécie e o nome severum vinha da anterior nomenclatura, em que eram todos Cichlasoma severum) devem ser mantidos em casal e embora sejam relativamente fáceis de sexar, não basta juntar um macho e uma fêmea para ter garantias de obter um casal harmonioso. Por outro lado, também as Platydoras são uma espécie gregária, na Natureza vivem em cardumes com muitos indivíduos. Por outro lado, embora muita gente tenha só um óscar, isso é errado. Os óscares também são gregários em jovens, aprendem a reconhecer os companheiros de aquário e formam casais com ligações fortes (posso-lhe dizer que já cheguei a ter juntos mais de 20 óscares para ao fim de dois ou três anos conseguir uns 7 ou 8 casais). Os óscares são todos diferentes: eu tenho vários que me vêm comer à mão, uns que até se deixam acariciar sem medo nem fugir, outros que não gostem que lhes tente tocar e fogem e outros que me tentam sempre atacar. Temos de entender a personalidade de cada um e de ter paciência para conquistarmos a confiança deles. Os Parachromis também são bem espertos, mas em adultos, quando começam a ter as hormonas a ditarem que devem marcar território, acabam quase sempre por chocar com os óscares. Mas já lhe dei o meu Facebook. Entre lá em contacto comigo que eu dou-lhe pelo telefone uma série de pistas.

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há 6 horas, josegmoreira disse:

Não vá tão depressa. Vá por partes. Ainda por cima porque hoje tem os grupos e tudo isso para fazer trocas. Antes do mais, os severuns (Heros é o género, efasciatus é a espécie e o nome severum vinha da anterior nomenclatura, em que eram todos Cichlasoma severum) devem ser mantidos em casal e embora sejam relativamente fáceis de sexar, não basta juntar um macho e uma fêmea para ter garantias de obter um casal harmonioso. Por outro lado, também as Platydoras são uma espécie gregária, na Natureza vivem em cardumes com muitos indivíduos. Por outro lado, embora muita gente tenha só um óscar, isso é errado. Os óscares também são gregários em jovens, aprendem a reconhecer os companheiros de aquário e formam casais com ligações fortes (posso-lhe dizer que já cheguei a ter juntos mais de 20 óscares para ao fim de dois ou três anos conseguir uns 7 ou 8 casais). Os óscares são todos diferentes: eu tenho vários que me vêm comer à mão, uns que até se deixam acariciar sem medo nem fugir, outros que não gostem que lhes tente tocar e fogem e outros que me tentam sempre atacar. Temos de entender a personalidade de cada um e de ter paciência para conquistarmos a confiança deles. Os Parachromis também são bem espertos, mas em adultos, quando começam a ter as hormonas a ditarem que devem marcar território, acabam quase sempre por chocar com os óscares. Mas já lhe dei o meu Facebook. Entre lá em contacto comigo que eu dou-lhe pelo telefone uma série de pistas.

Eu entendo, mas não gosto de reproduzir os peixes, é mesmo só para ter como animal de estimação.

Como faço para trocar? Pode dizer me algum site para isso?

 

Reparei também que o parachromis tem dentes brancos com  ponta vermelha...

Que espécies de peixes poderia manter com ele?

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Trago novidades!

O disco já o dei a um amigo que tinha um aquário com ramirezis e também com outros discos. O texas vou vendê-lo.

Agora que não tenho o disco estou a pensar fazer disto um aquário com monster fish.

Que peixes posso adicionar os óscar, ao parachromis, ao severo e à platydora?

Queria por pelo menos mais um, o que aconselham?

 

  • Confuso(a) 1
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Já sabia que ia dizer isso!!!

 

Não há mesmo nem um peixe de fundo para lá por?

 

On 01/12/2020 at 17:41, José Pedro disse:

Nenhum

Não poderia por um polypterus?

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há 2 minutos, Flaips disse:

Não poderia por um polypterus?

Depois de tirar os peixes que vai tirar, com quantos peixes fica? que litragem requerem os com que vai ficar?

A litragem do aquário comporta os que ficam? Aguenta mais um?

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On 01/12/2020 at 18:07, José Pedro disse:

Depois de tirar os peixes que vai tirar, com quantos peixes fica? que litragem requerem os com que vai ficar?

A litragem do aquário comporta os que ficam? Aguenta mais um?

O aquário tem 340L

 

On 01/12/2020 at 18:07, José Pedro disse:

Depois de tirar os peixes que vai tirar, com quantos peixes fica? que litragem requerem os com que vai ficar?

A litragem do aquário comporta os que ficam? Aguenta mais um?

Só lá ficaram 4 peixes!

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