Pedras pretas – 60P


C Mocho

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Boas,

 

De facto é diferente falar de um aqua acabado de montar e um que como tu referes já está estabelecido à dois anos... o que interessa agora nesta fase é aprender o máximo para futuras montagens, e essa é também a parte engraçada deste hobby.

 

A rocha mais alta seria na traseira das duas rochas do lado direito, no meio das mesmas, mas em relação à sensação de continuidade, essa conseguiste sem duvida nenhuma, até porque as rotalas a refletir no vidro dão de facto essa percepção. O porquê de achar que uma rocha faria sentido e uma planta não, é o facto de uma planta iria estragar o efeito de vale que tens actualmente.

 

Engraçado a eleocharis conseguir abafar as outras plantas que lá tinhas... mais uma informação para juntar ao arquivo 🙂

Das rotalas que vão criar a "cortina transparente", vou acompanhar a recuperação do aqua para ver o efeito final.

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há 1 minuto, Diogo81 disse:

A rocha mais alta seria na traseira das duas rochas do lado direito,

Ah, ok, agora compreendo a tua ideia. Tinha entendido que era atrás da pedra central... Pois, seria giro, mas efetivamente não há espaço para mais. Poderia ser executado se o aquário tivesse mais um bocadinho de profundidade, ou se eu tivesse colocado todo aquele grupo de rochas do lado esquerdo mais perto da frente.

Quanto à Eleocharis, tem sido como te digo, à esquerda abafou tudo, à direita ainda lá está, mas bem mais discreta. Suponho que tenha a ver com a distribuição do CO2, mas não o posso afirmar com segurança, até porque o meu filtro é sobredimensionado para este aquário, mas ainda assim poderá ser essa a explicação mais óbvia.

Quanto ao efeito de transparência, é uma experiencia que estou a tentar fazer. Gosto imenso da ideia, pois consigo visualizá-la no meu imaginário... Agora se lá vou conseguir chegar, é outra história!

Neste momento acho que está tudo muito desequilibrado, a moita de H'ra à direita já devia ter sido aparada, mas à esquerda ainda não alcançou o crescimento que eu pretendo (acho que exagerei na última poda). A Hemianthus micranthemoides já está grande demais, relativamente à H'ra, A Macranda junto à pedra da direita também está demasiado grande, e talvez tenha de arrancar um dos pés, já a do lado esquerdo, está pequena e sobretudo irregular. Existe outro grupo de Macranda que está "escondido" na foto, pois fica por detrás do inlet do filtro (sim, já tive glass pipes, mas agora tiraram férias porque achei que eles estavam a reduzir demasiado o caudal)!

Como vês tenho muitíssimas coisas para melhorar, mas ao mesmo tempo já ando um bocadinho cansado desta montagem. Creio que agora só me vai servir para melhorar os meus conhecimentos técnicos, o que tinha a dar, do ponto de vista concetual, já deu. Mas ainda não chegou ao ponto desejado e vai ser muito útil para eu me preparar para uma próxima montagem.

Entretanto vou partilhando aqui o que vou fazendo, pois com os exemplos de todos, todos podemos aprender mais um bocadinho.

Uma vez mais, obrigado Diogo,

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Eu entendo que “o pessoal gosta é de fotos”, mas eu fico sempre dececionado com as minhas fotos… por isso costumo ser calão! (ou será cobardia?) Quando não se faz nada não se cometem erros. LOL

Ainda não estava bem no momento certo, mas como para algumas das plantas já havia há muito passado o “momento certo”, cortei um ou dois pés de H’ra que estavam a tocar na superfície… no dia seguinte cortei um pé de Macranda mais alta, que também estava a tocar na superfície da água.

Depois, olhei para aquilo e disse cá para mim: “se estás à espera que fique tudo no ponto certo para cortar, então talvez já não valha apena cortar, porque finalmente conseguiste o equilíbrio que querias!”... Olhei para as minhas Buces com buracos e pensei que talvez elas pudessem deixar de ter folha esburacadas… mas só havia uma hipótese de redenção, que seria elas não terem folhas nenhumas! (no news, good news… LOL).

Conclusão, comecei a entusiasmar-me quando já eram horas de me ir deitar e, no dia seguinte, sofri inevitavelmente as consequências da noitada, mas cortei aquela treta toda!

Como eu já tinha dito, neste momento, mais do que tentar alcançar um objetivo estático e preciso, procuro entender algo mais sobre taxas de crescimento e fazer algumas experiências que poderão ser úteis no futuro. Algumas resultarão, mas outras serão seguramente um fracasso:

Introduzi o Fissidens, porque ele ainda me vai ser “útil”, no entanto neste momento está apenas repousando sobre aquela pedra, até ter condições de ser instalado onde eu o imaginei. Nunca tive Fissidens antes, e a noção de escala por vezes falha… vamos a ver no futuro se ele se desenvolve, e como.

O que eu não vos tinha dito, é que também introduzi ao mesmo tempo o Cyperus, na última foto não se notava, mas já lá estava, agora com a poda fica um bocado alienígena, mas depois que o novo crescimento das H’ra começar a fazer-se notar, talvez fique interessante! Não aconselho é esta experiência para alguém que tenha pouca paciência. Podar uma moita de rotalas é fácil e antisstressante, podar uma moita de rotalas, sem cortar as folhinhas lanceoladas do Cyperus, não é para quem tem pouca paciência, eu ainda cortei umas duas ou três! (e garanto-vos que tenho uma paciência de Jó, como qualquer vulcão “adormecido”). 😉

Agora só me resta esperar que cresçam e recuperem… Sem dúvida vou ter oportunidade de entender o ritmo de crescimento de cado uma. As Buces do lado direito, ficam para uma próxima noite de entusiasmo, o vasinho com as Macranda vai sair brevemente, até acho que no outro aquário já não fazem falta, mas ainda estou com pena de as dar às galinhas!

Não, não gosto nada de ver um aquário acabado de podar. Parece que está cheio de plantas artificiais, mas é algo que eu sei que é necessário. É como aquela sensação que tenho quando saio do cabeleireiro, sinto-me estranho… mas entendo que sem aquela intervenção tudo iria apenas piorar ainda mais!

large.2020-10-21-60P.jpg

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Boas, qual é a tua ideia ali ao meio?

Essa rocha neste momento chama demasiado à atenção, em vez de teres um layout fluido, perdes o olhar ali demasiado de tempo. Na minha modesta opinião, claro. As Rotalas atrás, então, aí é que perde o foco completamente.

Não sei se me faço entender... Espero que não leves a minha opinião, mas vê de forma construtiva. 😉

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O

há 22 minutos, Vera Santos disse:

Boas, qual é a tua ideia ali ao meio?

Olá Vera,

obrigado pelo teu comentário e não, não fico absolutamente nada mal com a tua interrogação, até porque me faz pensar e eu gosto de pensar.

Com efeito não tenho nenhuma ideia particular sobre "ali no meio". Eu sei que esta pedra chama imenso à atenção, mas isso não me incomoda absolutamente nada!

As rotalas atrás dessa pedra vão sair, já o esclareci várias vezes.

Sim, eu conheço as regras básicas de composição de um layout, conheço a regra dos terços e já estudei a sequencia  de Fibonacci... Também sei que essa é a "easy way" para uma composição plástica. Não gosto de simetrias, por isso evito-as sistematicamente, mas confesso que fico "derretido" com a "ultima ceia" de da Vinci, aprecio imenso o rigor da escala, mas acho que nunca estive tanto tempo ausente deste planeta (sem estar bêbado), como quando me deparei pela primeira vez à frente de um quadro do Bruegel... e neste caso, a composição não tem necessariamente nada a ver com as regra mais convencionais... também adoro Kandinsky e Mondrian. 😉

LOL

Tive um professor (genial, diga-se de passagem), que nos dizia, nós criamos aquilo que o coração nos manda, depois quem quiser, que elabore as teorias necessárias para justificar  ou condenar o que fizemos!

Aquela pedra é o ponto focal, mas não é o limite, o limite prolonga-se para além dela. Não me importo nada que ela detenha o olhar nos primeiros minutos, ainda deixa espaço para descobrir o resto que existe para além dela.

Efetivamente não tenho nenhuma ideia, apenas ficou assim, porque aconteceu.

Editado por C Mocho
ortografia tramada!
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Nesse caso explica-me, porque é que a rocha mais direita não é o ponto focal??? 😂 Porque achas tu que é essa. Esquecendo a existência das Rotalas atrás, claro. 

Outra coisa, se o substrato estivesse mais inclinado até ao ponto de fuga, ganhavas mais profundidade... 

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há 22 minutos, Vera Santos disse:

Nesse caso explica-me, porque é que a rocha mais direita não é o ponto focal??? 😂data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAPABAP///wAAACH5BAEKAAAALAAAAAABAAEAAAICRAEAOw==data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAPABAP///wAAACH5BAEKAAAALAAAAAABAAEAAAICRAEAOw==data:image/gif;base64,R0lGODlhAQABAPABAP///wAAACH5BAEKAAAALAAAAAABAAEAAAICRAEAOw==

 

Isso mesmo, a ideia que começou a surgir depois da composição inicial, (após a plantação, com o crescimento das plantas), foi que eu não tinha mãos para limitar e determinar com exatidão o ponto focal. Entretanto como qualquer unidade orgânica esta montagem começou a mostrar a sua "vontade", e eu apenas tenho intervido pontualmente aqui e ali, para pensar que comando alguma coisa!

A minha intenção inicial era efetivamente tornar a pedra da direita o ponto focal, mas tentando fugir um pouco às convenções tradicionais. Foi aí que a montagem me começou a mostrar que também ela tinha vontade própria!... (falta de coerência? falta de determinismo?... Talvez ambas.)

É como quando começamos um projeto e a partir de determinado momento já não o projetamos, apenas seguimos o rumo que ele nos impõe, e que entretanto já está bem longe da nossa intenção inicial... às vezes resulta, outras vezes é uma tristeza!

Não julgues com isto que eu estou satisfeito. Claro que não, mas tenho de continuar com aquilo que tenho e com as limitações que se me impõem! Se fosse recomeçar, faria muita coisa diferente, a começar pela primeira pedra. LOL

Assim sendo, tenho o que tenho como base, e vou tentando equilibrar o que quero com o que consigo fazer. 😉 Viver acaba sempre por ser uma questão de compromisso,

Tem sido muito interessante, tenho aprendido muitas coisas novas e relembrado algumas mais básicas que havia esquecido. Já estou um pouco cansado deste layout, mas parece-me que ainda tenho algumas lições por aprender com ele.

PS; quanto à inclinação do substrato, não imaginas a luta que eu travo com os camarões... LOL

Editado por C Mocho
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Prontos, a Vera obrigou-me a pensar e eu não me consegui conter! Peço desde já desculpa pois não quero ofender ninguém... apenas tenho a minha visão, mas respeito todas as outras formas de interpretação:

Com efeito, a esmagadora maioria das críticas, das regras pré-concebidas e dos valores estabelecidos e aceites a que atualmente assistimos em aquascaping, baseiam-se na apreciação bidimensional da composição, determinadas por regras “à la mode”.

Pois, suponho que alguns poderão considerar que eu sou burro, porque estou a ignorar ou renegar que toda a gente se preocupa imenso com a profundidade visual! Sim, a profundidade visual começou a ser uma preocupação presente e determinante na composição visual, a partir de determinado momento na Idade Média… foi dominada com mestria a partir do período do Renascimento, e muito mais tarde começou a ser subvertida intencionalmente no início do séc. XX (ou terá sido no final do séc XIX?).

Atualmente apreciam-se sobretudo imagens, e no aquascaping, tendemos a interpretar acerbadamente as nossas montagens como se de pinturas de tratassem! Quantas e quantas vezes já não ouvimos todos afirmar que um aquário é um "quadro vivo"?

Efetivamente eu adoro ver uma boa fotografia de um aquário… transporta-me para um mundo “mágico” onde posso permanecer prolongadamente com imenso prazer, mas não!

Comparar o aquascaping a uma pintura é constrangedoramente redutor. Um aquário não pode, nem deve ser entendido como uma pintura. Uma foto de um aquário sim, não há volta a dar, mas um aquário não!

Um aquário é uma escultura. Um aquário não tem “ilusão de profundidade. Um aquário tem profundidade, que pode ser mais, ou menos enfatizada com eficácia!

Já alguém experimentou ver um aquário e ter exatamente a mesma sensação que a produzida pela foto do mesmo? Eu não! Tenho sempre outra dimensão a considerar, a observar, a contemplar… por vezes ganha a foto e por vezes ganha o aquário.

Mas ao vivo é sempre, sempre uma magnífica escultura orgânica! 🤪

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  • 2 semanas depois...
On 31/08/2018 at 00:56, C Mocho disse:

Pedras pretas – 60P

 

O problema principal dos aquários é como a droga. Acaba-se por querer sempre mais!...

Imaginem-se com um aquário vazio, que por motivos de renovação da decoração da casa foi parar ao escritório, mesmo à frente da vossa secretária! Pior, à frente ainda o PC o tapava, mesmo no ângulo ao lado do monitor! É uma coisa que não se deve permitir nunca, mas eu deixei e aguentei uma data de meses, quase um ano a olhar para aquele caixotezinho de vidro que há uns anos atrás tanto prazer me deu.

Como muitas das horas que passamos à frente do computador não são na realidade verdadeiramente produtivas, acabei por dar por mim a pensar que há muitos, muitos anos que gostaria de ter um iwagumi, daqueles que se vêm na net, que não precisam de podas, fertilização, TPA’s, mas nos deixam deliciados. Pois eu sei, isso só existe na net e na minha imaginação, mas é uma pena ter um caixote de vidro mesmo à nossa frente o dia todo e não meter nada lá dentro que justifique as horas que involuntariamente passamos a olhar para ele!

Ok, das TPA’s é difícil livrar-me e um bocadinho de fertilização será inevitável… um iwagumi ou um clássico holandês?!... Um holandês não é para a minha destreza e um desafio desses um 60P é para que tem muita habilidade, coragem e conhecimento. Confesso que quando vi o primeiro iwagumi fiquei de boca aberta, mas entretanto nunca se proporcionou tentar ter um. E asseguro-vos que é muito bom imaginar iwagumis perante um caixote vazio que passa o dia a atormentar-nos à frente da nossa secretária… podemos mudar tudo num ápice, mas não é bem a mesma coisa que ter um real com pequenos pormenores para melhorar ou grandes problemas para resolver.

 Não sabia bem onde é que elas andavam, mas tinha para aí umas pedras pretas, roubadas há muitos anos que fariam um iwagumizito porreiro, andam é um “bocadinho espalhadas” pela quinta, afinal já cá andavam há muitos anos e na altura o caixote ainda estava cheio.

E pronto, comecei a brincar com o assunto e fiz um desenho. Confesso que então ainda não tinha a certeza, mas depois disto já não havia volta a dar… (é como aqueles ex-fumadores que numa noite de borga dizem para um amigo “- É só este!...”).

60-0-desenho1.jpg

Primeiro pensamento: Eleocharis é porreira, depois de arrancar fica muito bonita (quando não morre no arranque) e se for escolhida adequadamente até nem precisa de muita poda. Depois, umas “coisitas” para dar escala e profundidade, talvez o E. Tenellum e ali no ponto focal, veremos… Ponto da situação (desculpas), tenho o caixote, uma calha PLL 2x36W, um velho eheim 2213… isto até não ficará caro nem complicado (mais um erro de cálculo)!... Depois, quando me cansar do iwagumi (não sei como é que é possível, mas pelo que tenho visto já aconteceu), ponho umas moitazitas e parece novo!

60-0-desenho2.jpg

Pois, eu sou burro. Burro e sonhador!... Acabei por ir procurar as pedras, que afinal não eram nada do que eu tinha desenhado, mas efetivamente eram pretas (ou quase). Comprei um caixote novo, porque entretanto comecei a ficar “perturbado” com aqueles casquilhos pretos e antiquados… achei que o 2213 afinal era viável, mas curto e estou à espera de outra coisa. Depois, comecei a reler e efetivamente a eleocharis é muito bonita, quando tem CO2 com fartura (pronto, lá se foi o low tec baratinho para aproveitar o material lá de casa)! Por último, comecei a pensar que as PLL não eram bem aquilo que eu mais gostaria de ter, conclusão, aguardo uma nova calha RGB!

Lá se foi uma pipa de massa, mas continuo burro e sonhador!

Setup:

1.      Pedras Pretas

2.      20/09/2018

3.      Dimensões: 60 x 30 x 30 (60P) - 64,8 l brutos / <50l útieis

4.      Equipamentos: Filtro - EHEIM classic 350 (2215) EHEIM professionel 4+ 250T - Twinstar Light 600E - Sistema de CO2 - Co2 Kit Pro completo c/ electroválvula e botija de 2kg (Casa dos Discus) - Chihiros Doctor Mini S

5.      Substratos: ADA Power Sand Special S / Tourmaline BC / Aqua Soil-Amazonia Normal - Areia – Pedras de basalto

6.      Fertilização: ADA system

7.      Fauna: n/e

8.      Plantas: Anubias nana Pangolino - Anubias ‘petite’ - Cryptocoryne lutea 'Hobbit' - Cryptocoryne parva - Eleocharis pusilla - Eriocaulon breviscapum - Hemianthus callitrichoides 'Cuba' Marsilea crenata - Riccardia Chamedryfolia - Rotala macrandra 'Narrow Leaf' - Rotala sp. "H'Ra" ("Gia Lai") - Rotala spec. "Green"

o 60p é um cubo Ada 60x30x36

Neste aquário da ADA 60x30x36 

 

se o cubo é 60x30x30 é um CUBE GARDEN 60-H(30)

 

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há 2 minutos, Carlos Val disse:

o 60p é um cubo Ada 60x30x36

Pois é! Vê lá nem eu nem ninguém tinha reparado neste erro... Sim, tens razão, é 60x30x36...

Se conseguir ainda, vou corrigir. Obrigado!

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há 1 minuto, C Mocho disse:

Pois é! Vê lá nem eu nem ninguém tinha reparado neste erro... Sim, tens razão, é 60x30x36...

Se conseguir ainda, vou corrigir. Obrigado!

desculpa o reparo, mas saltou é vista. cumprimentos

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Agora mesmo, Carlos Val disse:

desculpa o reparo, mas saltou é vista. cumprimentos

Ok Carlos, não tens nada de pedir desculpa, eu é que tenho de te agradecer o reparo... Já está editado!

Obrigado.

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Ui, eu quero muito entrar nesta "discussão", até porque muitas vezes olho para o meu aquário satisfeito, depois tiro-lhe um retrato para por aqui no fórum ou para o mostrar às pessoas que conheço, e acabo muito frustrado com a imagem que consigo. Acreditem... eu ganho a vida com a Fotografia, e essa sensação para mim é uma das piores do mundo. O problema, nesta altura que vivemos, é que os tanques são geralmente feitos para aquela fotografia final que vai entrar no IAPLC, e esquecemos-nos que muitas das "regras" que seguimos para construir os nossos tanques vêm de trás... de uma altura em que a fotografia final não tinham tanta importância. Julgo estarmos numa fase de transição e temos agora três géneros de pessoas. Os que ainda se regem pelas regras antigas... os que já se adaptaram às novas e constroem os seus aquários a pensar nelas, e os que estão num ponto intermédio, a tentar agradar os outros dois grupos. Eu sei que me identifico com esta última designação, e por isso fico tantas vezes confuso com tudo aquilo que se diz na Aquariofilia. 

Há pouco tempo vi um video com o pessoal da Green Aqua a avaliar alguns tanques, e a frase mais repetida era "o terço de cima não está preenchido". Isto só para mostrar um exemplo desta mudança que está a acontecer. Os hardscapes são cada vez mais elevados quase até ao topo da água, quando há uns anos atrás isso não se verificava. Se olharmos (outro exemplo) para os aquários que Takashi Amano criou e os compararmos àqueles que agora a sua marca premeia, não encontramos similaridade nenhuma. Podem chamar-lhe evolução, mas não fará também parte da sua instituição preservar aquilo que está para trás? Outra questão... só para atirar mais umas achas para esta fogueira... muitas vezes ouvimos dizer que determinado autor construiu o seu aquário vencedor 2 ou 3 meses antes de ter ganho determinado concurso. Muitos acham isso um feito magnifico, mas esquecem-se que a aquariofilia, enquanto hobby, é um exercício de paciência que se deveria prolongar no tempo. Antigamente construia-se um aquário para ficar na sala de estar uns bons anos... agora funciona tudo de forma muito mais rápida... monta-se o aquário, tira-se a fotografia antes que as algas apareçam, desmonta-se outra vez. Os peixes parecem ser lá colocados só para essa fotografia e depois devolvidos à loja.

Esquisita, esta discussão. Mas acredito que vão sair muito boas reflexões daqui.

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há 1 hora, JoseCarlosMarques disse:

Esquisita, esta discussão. Mas acredito que vão sair muito boas reflexões daqui.

 

Meu caro José Carlos, é tudo uma questão de ponto de vista. Não há pensamento que possa efetivamente ser considerado mais válido que outro.

Quem é que te faz “viajar” mais? Pollock ou Caravaggio? Da Vinci ou Bual?...

Tu não afirmaste numa outra publicação que consideravas interessante a abordagem das impressões 3D, para criar espaços de aquascaping? Suponho que isso não impeça de apreciares com a mesma paixão uma boa simulação de um biótipo. (eu acho que ambos são fascinantes, se executados com pertinência).

Tudo tem valor quando consegue estar em equilíbrio. Os objetivos de quem “cria” é que podem ser diferentes, mas não serão necessariamente menos válidos.

Quando se tenta criar um objeto com preocupações estéticas, temos de seguir o coração. A “Alma” ainda não foi seguramente definida numa fórmula matemática (curiosamente, já ouvi dizer que Deus, sim!...). Mas o importante é transmitir uma emoção. Alcançar um equilíbrio… Quando a nossa preocupação é  biológica, então só podemos enveredar pelos biótipos, e tentar amenizar todas as limitações de um espaço hiper confinado.

Efetivamente, quando estamos a trabalhar não com químicos, não com fórmulas abstratas, não com uma realidade imaginária, temos de assegurar que esse equilíbrio existe e contempla a mais lata realidade. Os peixes são animais que têm necessidades específicas para viver com qualidade, as plantas também são seres vivos que não se resumem a “decors”… Em algumas culturas, também as pedras têm alma.

Nós… vamos tentando ser “Deuses” criando o nosso universo, dentro destes “5 vidrinhos”. O tempo é relativo, tem a importância que cada um lhe quer dar, para alguns, 3 meses basta, para outros, uma vida inteira é pouco!

Sim, atualmente montar um aquário e tirar uma foto é o que “está a dar” na maioria dos casos, como em muitas outras coisas na nossa vida. Suponho que aqui impera a ditadura comercial. É preciso vender, e neste momento quem publica vídeos de grande qualidade são efetivamente os "comerciais"… os simplesmente amantes deste hobby, tinham o hábito (démodé) de escrever longos textos, massudos, cheios de conteúdo, mas chatos. Hoje em dia já quase ninguém tem tempo, nem pachorra para os ler! Contudo nenhum de nós é obrigado a seguir esse ritmo, cada um de nós tem o seu tempo, e isso não é melhor, nem pior… é exclusivo e é nosso!

Quanto às fotos, nem te comento… imagino que consigas entender muito mais do que eu a frustração de não conseguir refletir tudo aquilo que nós queremos mostrar que "supostamente" lá está!

Editado por C Mocho
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Tópicos destes é que nos fazem a nós, enquanto equipa, manter o forum a funcionar! Obrigado por ires partilhando com esta comunidade  a eevolução deste aquário e sobretudo o nível elevado da prosa aqui! Ter um tópico onde coabitam algas filamentosas e Caravaggio, desenhos a lápis e rotalas não é para todos!!! 

Destaque nas nossas páginas oficiais nas redes sociais mais que merecido e apenas peca por tardia! 

 

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há 8 minutos, Tozé Nunes disse:

Tópicos destes é que nos fazem a nós, enquanto equipa, manter o forum a funcionar!

Tozé, sinceramente acho que estás "muito emotivo". Todos os tópicos que aqui tenho visto são formidáveis. Todos andamos por aqui a tentar contribuir com o nosso quinhão...

Fazem muito bem em manter este fórum a funcionar. Suponho que não haverão muitos com esta qualidade pelo mundo fora, e seguramente em Português não conheço outro igual. (se bem que a língua, hoje em dia, já não seja um grande problema, pois o Mr. Google até já nos permite entender o Indonésio e o Japonês... 😉).

Pela minha parte, só me cumpre agradecer. Tenho aprendido imenso neste fórum e consequentemente tenho tentado retribuir de alguma forma com aquilo que eu acho adequado.

Confesso contudo que me sinto muito lisonjeado com esse teu cometário. Cada um de nós dá o que tem, para construir um mundo mais harmonioso para nós todos.

Vocês é que têm dado o litro... 17 anos e 7 meses!

PARABÉNS e OBRIGADO!

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Eu compreendo que todas as abordagens à Aquariofilia são válidas. Ainda mais quando levamos a discussão para o lado estético, que é muito subjectivo. Estava apenas a tentar mostrar aquilo que sinto enquanto amador (da palavra amar) deste hobby. Mas é exactamente como referes... um reflexo dos tempos que ultrapassamos... e fica ao encargo de cada um decidir o que quer para si. Fazer parte de um fórum ou ter um Instagram (por exemplo) dedicado ao seu aquário, já é indício dessa escolha. E própria maneira como se opta por participar nesse fórum ou construir essa página, também. Isto não invalida a opção de se participar num fórum e ter um Instagram ao mesmo tempo. De saber apreciar imagens soltas e/ou reflexões mais longas, como brilhantemente nos tens apresentado. Talvez seja toda essa panóplia de opções que eleva este hobby a um outro estatuto e, não deixando para trás aqueles que optam apenas por ter um peixinho dourado dentro de um aquário redondo, conseguir distinguir e saber optar por determinado caminho pode revelar a evolução de cada indivíduo na Aquariofilia. 

Não fossem as milhares de abordagens diferentes ao Aquário que tenho encontrado na Internet, e nunca na vida teria passado do peixinho dourado. Como referiste, e bem, neste momento até já dei por mim a tentar idealizar maneiras de utilizar a impressão 3D num aquário plantado... para afinal descobrir que já não é nada de novo! Eheh.

Editado por JoseCarlosMarques
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há 37 minutos, JoseCarlosMarques disse:

 

 

há 13 horas, JoseCarlosMarques disse:

Ui, eu quero muito entrar nesta "discussão", até porque muitas vezes olho para o meu aquário satisfeito, depois tiro-lhe um retrato para por aqui no fórum ou para o mostrar às pessoas que conheço, e acabo muito frustrado com a imagem que consigo. Acreditem... eu ganho a vida com a Fotografia, e essa sensação para mim é uma das piores do mundo. O problema, nesta altura que vivemos, é que os tanques são geralmente feitos para aquela fotografia final que vai entrar no IAPLC, e esquecemos-nos que muitas das "regras" que seguimos para construir os nossos tanques vêm de trás... de uma altura em que a fotografia final não tinham tanta importância. Julgo estarmos numa fase de transição e temos agora três géneros de pessoas. Os que ainda se regem pelas regras antigas... os que já se adaptaram às novas e constroem os seus aquários a pensar nelas, e os que estão num ponto intermédio, a tentar agradar os outros dois grupos. Eu sei que me identifico com esta última designação, e por isso fico tantas vezes confuso com tudo aquilo que se diz na Aquariofilia. 

Há pouco tempo vi um video com o pessoal da Green Aqua a avaliar alguns tanques, e a frase mais repetida era "o terço de cima não está preenchido". Isto só para mostrar um exemplo desta mudança que está a acontecer. Os hardscapes são cada vez mais elevados quase até ao topo da água, quando há uns anos atrás isso não se verificava. Se olharmos (outro exemplo) para os aquários que Takashi Amano criou e os compararmos àqueles que agora a sua marca premeia, não encontramos similaridade nenhuma. Podem chamar-lhe evolução, mas não fará também parte da sua instituição preservar aquilo que está para trás? Outra questão... só para atirar mais umas achas para esta fogueira... muitas vezes ouvimos dizer que determinado autor construiu o seu aquário vencedor 2 ou 3 meses antes de ter ganho determinado concurso. Muitos acham isso um feito magnifico, mas esquecem-se que a aquariofilia, enquanto hobby, é um exercício de paciência que se deveria prolongar no tempo. Antigamente construia-se um aquário para ficar na sala de estar uns bons anos... agora funciona tudo de forma muito mais rápida... monta-se o aquário, tira-se a fotografia antes que as algas apareçam, desmonta-se outra vez. Os peixes parecem ser lá colocados só para essa fotografia e depois devolvidos à loja.

Esquisita, esta discussão. Mas acredito que vão sair muito boas reflexões daqui.

A tua questão é muito pertinente, mas a minha ideia e não sendo dono da razão...é que os concursos  IAPLC são feitos na Asia, é muito dificil Europeus ou Americanos ganharem porque o gosto estetico não tem nada a ver com os restantes (em uma entrevista ao Peter chow afirma isso "sensibilidade Asiatica") também existe de fato as tendencias e novas tecnicas. Quanto á fotografia em Bonsai para mostrar bem a arvore usamos sempre um fundo preto e a Luz tem de ser muito bem colocada.

 

Editado por Carlos Val
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4 hours ago, Carlos Val said:

A tua questão é muito pertinente, mas a minha ideia e não sendo dono da razão...é que os concursos  IAPLC são feitos na Asia, é muito dificil Europeus ou Americanos ganharem porque o gosto estetico não tem nada a ver com os restantes (em uma entrevista ao Peter chow afirma isso "sensibilidade Asiatica") também existe de fato as tendencias e novas tecnicas. Quanto á fotografia em Bonsai para mostrar bem a arvore usamos sempre um fundo preto e a Luz tem de ser muito bem colocada.

Não sei se será uma coisa assim tão linear, Carlos, até porque aquilo que se tem visto ultimamente é que o pessoal fora da Ásia tem tentado compreender e replicar essa estética de que falas, e duvido que não haja gente a consegui-lo fazer tão bem ou melhor que os asiáticos. Aliás, essa acaba quase por ser uma não-questão nesta discussão. O que eu tentei dizer não foi que só os asiáticos dominam a técnica melhor que os outros, mas que essa técnica está a fazer um caminho muito diferente daquilo que eram as criações do homem que fundou a marca. São escolhas, como é óbvio, mas ficaria muito mais satisfeito (pessoalmente) se visse mais Iwagumis chegarem aos logares cimeiros dos concursos, nomeadamente no IAPLC.

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  • 2 semanas depois...

Agora sim, estou claramente na fase das experiências (a ajarvardar, com cuidado)! Isto ultimamente tem sido muito interessante. Tenho descoberto muitas coisas que poderiam melhorar claramente, mas também me tenho surpreendido com algumas de que eu não estava à espera.

O incómodo da falência de stock dos fertilizantes da ADA, acabou por ser um enriquecimento muito interessante. Já havia trabalhado com férteis DIY… nunca segui o EI, pois nessa altura ainda media com frequência os valores e tentava introduzir apenas o que achava necessário. Poupava na necessidade de TPA’s, mas perdia muito tempo com testes… Mais tarde, descobri que a proposta da ADA era muito mais cómoda e segura, e eu sou muito comodista, inconformado, mas comodista até dizer chega! Agora vi-me obrigado a mudar outra vez… optei pelos férteis da Tropica, hesitei entre a Trópica e a Seachen, mas acabei por achar a Trópica mais simples. Com a Seachen controlamos melhor as coisas, mas o meu objetivo era ter pouco trabalho (já lhes tinha dito que sou um bocadinho comodista, não tinha?).

Ok, acabou por não ser assim tão linear. As plantas adquiriram uma boa cor e começaram a crescer saudáveis… mas, se não podasse ao fim de 15 dias, tinha algumas a querer saltar para fora do aquário… Aos poucos tenho estado a conseguir controlar esse crescimento desenfreado, mas ainda não sei se já acertei com que que procuro. Às tantas, qualquer dia apercebo-me que algumas estão com fome! LOL

Enfim, o meu objetivo agora é experimentar uma ou outra coisa. Detesto musgos, suponho que já vos tinha dito isso… Não é que não os ache lindos, mas detesto a mania que eles têm de se espalhar nos locais onde eu não os quero. Também detesto a forma discreta como eles se apoderam de uma montagem sem nós quase darmos por isso! Detesto aquela relação de amor/ódio que eles por vezes têm com alguns tipos de algas… Mas tenho de conseguir dar a volta a alguns:

Nalguns pontos coloquei uns apontamentos de Fissidens. Depois, descobri que uma das pedrinhas que estava para ali quase enterrada estava coberta de “weeping” (curioso, nunca intruduzi “weeping moss” nesta montagem, mas no início experimentei uma anúbias nana que vinham de um aquário com “weeping”. Só pode ter sido assim que ele cá chegou, mas como estava num local completamente sombreado passou discretamente este tempo todo! Coloquei então nuns locais estratégicos, uns apontamentos de “weeping moss”. Também tentei misturar uns pés de Cyperus no meio das rotalas, mas não está a resultar muito bem. O Cyperus sem luz na base não se multiplica e as folhas estagnadas que surgem entre as rotala estão com algumas algas (já mesmo sem referir o problema de podar as rotalas sem cortar o cyperus… (acho que por aqui não quero ir!).

No final, o lado esquerdo cheio de eleocharis já estava a ultrapassar os limites do razoável. Hoje levou com a tesoura! Foi eleocharis, foram as crypto e foi a marsileia que lá estavam e ninguém as via. Vamos lá aver como é que será a próxima parte deste jogo… Aproveitei e coloquei a pedrita com o “weeping” de forma que se visse. (até acho que melhora um pouco a profundidade e diversidade de texturas do lado esquerdo).

Neste momento está quase a ser inevitável uma nova poda profunda, mas é nesta fase que eu gosto mais do que vejo.large.2020-11-09-60P.jpg

  • Gosto 1
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há 29 minutos, JoseCarlosMarques disse:

Não mexas! Só se for para deixar a estação!

Não José Carlos, está muito longe de estar perfeito, mas está "giro" e suponho que está quase no limite das minhas unhas...

Deixar a estação será inevitável mais cedo ou mais tarde, embora eu prefira esperar pela próxima composição, do que andar a correr na gare!... LOL

Sinto a falta de uns tronquitos, acho que a próxima montagem vou usar apenas madeiras e musgos! LOL (Não, não tenho coragem, mas seria interessante!). Agora vou esperar para ver se estes musgos começam a fazer um efeito parecido com o que eu imaginei. Como são musgos, ainda vou ter de esperar sentado, mas sim, já estou a pensar no próximo "apeadeiro"...

há 3 minutos, Diogo81 disse:

Concordo, é deixar a parte esquerda crescer um pouco...

Sim Diogo, completamente de acordo. A parte esquerda foi podada imediatamente antes da foto (quer dizer, ainda demorei um bocado a "pescar" aquela eleocharis toda a flutuar... mas sim, neste momento está desequilibrado, embora eu espere que dentro de pouco tempo não se note muito. Ainda estive tentado a fazer o mesmo no lado direito, mas receei que a marsilea ficasse zangada comigo! 😉 

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 C Mocho parabens está a ficar bonito, mas um aquario é como um quadro nunca está perfeito aos olhos do artista... um pequeno reparo quando tirar uma nova foto retire sff aquele tubo cinza estraga a imagem bonita. cumprimentos

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Aquele tubo cinzento não Carlos Val, aqueles tubos... Pois é, mas a preguiça é um animal muito bonito e também tem direito à sua existência... LOL

A minha intenção não era produzir uma foto, era ilustrar um percurso, mas concordo, aqueles tubos são horrorosos. Tenho aqui guardados uns de vidro, mas primeiro reduzem-me o caudal do filtro e pior, de vez em quando "comem" um camarão! Tenho de pensar numa solução mais eficaz, porque a preguça, essa já cá mora há imenso tempo e não me parece que pretenda mudar de residência... LOL

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