28% das 763 espécies de camarões de água doce estão em risco de extinção


Fábio Silva

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Boas.

 

http://www.iucnredlist.org/news/dead-shrimp-blues-the-imperilled-status-of-freshwater-shrimps

 

Esta noticia saiu à poucos dias no site da IUCN Red List.

 

Vale a pena ler.

 

Quem quiser aprofundar o tema e ler melhor o que se passa esta aqui o artigo completo:

 

http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0120198

 

Boas camaroadas

Editado por Fábio Silva
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É muito triste quando se recebe noticiais destas, não só da vida aquática, mas em fim.

 

:baned: Esperemos que prosperem. :baned:

 

E que parem com toda a poluição e redução de habitats, mas isso também é difícil para quem la vive em conjunto com todos estes bichinhos aquáticos.

Editado por R.F.S.F.

FICHAS --> Oto affinis - Pristela - Danio Gigante - Dáfnia Pulex - Tubifex tubifex - Colisa lalia - Oto zebra - Camarão Camaleão - Anentome helena



bowdownFaz reciclagem, não poluas os rios, não poluas os mares, não poluas a terra. bowdown


:Fade-colorSê feliz fazendo os outros felizes, não estragues o que não é só teu. :Fade-color


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Este fim de semana estive para comprar uns camarões Madeira para o meu aquário do sudeste asiático. Como nunca compro nada sem informação fui pesquisar.

 

Aparentemente é uma espécie de muito difícil reprodução e os espécimes vendidos são capturados do seu habitat natural.

 

Apesar disto está longe de ser raro encontra-los nas lojas...

 

Como é que é possível gostarmos tanto de um animal mas ao mesmo tempo preferimos retira-lo da natureza para o meter num aquário?

 

Este hobby já não tem 5 ou 10anos, isto já não devia acontecer...

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A culpa é toda nossa por isso não vale a pena lamentar.. Adoro este meu vicio na aquariofilia mas sei que ao comprar qualquer ser vivo, planta ou animal, sei que estou a por a especie em risco. Não tinha bem essa noção até compar o meu primeiro labeo bicolor, depois de o comprar fui ler um pouco sobre ele e este já foi dado como extinto na natureza.. fiquei um pouco triste com a situaçao mas se eu não o comprasse alguem o iria comprar.. Agora eu fico repartido com a seguinte questão.. Têm tanta culpa quem compra os bichos como quem faz o seu comercio?? É só porque se houver restriçoes na apanha dos animais no estado selvagem talvez os bichos nao viessem para ás vitrines das lojas.. Não sei, talvez quem compra tenha tanta culpa ou mais.

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No caso dos camarões de água doce, a culpa da extinção não é de certeza a aquariofilia.

 

Ainda não li o artigo mas presumo que a destruição dos habitats represente a quase totalidade dos problemas.

 

Há espécies que só existem num determinado local e por isso se acontece por lá algum problema, as consequências podem ser absolutamente catastróficas. Nesse aspeto, a aquariofilia até pode ser um aliado como nos casos dos ciclídeos do Lago Vitória e de Madagáscar em que algumas espécies já praticamente só existem em aquário.

 

Deus nos livre e guarde de acontecer tal coisa mas, em Sulawesi, o Lago Matano, donde são originárias várias espécies que não se encontram em mais nenhum lugar (como a Caridina denerli), está rodeado por minas de zinco cujos sedimentos, se não forem controlados, podem provocar uma catástrofe ambiental.

 

Se isso acontecer, e espero muito bem que não, o mundo vira-se para a aquariofilia para salvar essas desgraçadas espécies.

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Diogo Sousa, quando dizes "Adoro este meu vicio na aquariofilia mas sei que ao comprar qualquer ser vivo, planta ou animal, sei que estou a por a especie em risco." não podia estar em mais desacordo com essa afirmação. Acho que ai depende grandemente da postura que o aquarista tem face aos animais que adquire, pois se este tentar reproduzi-los em cativeiro e trocar/vender os exemplares por ele criados de modo a difundir exemplares de origem de cativeiro e procurar ampliar a variabilidade genética entrando em contacto com outros aquaristas que façam o mesmo não só está a ajudar a que sejam colectados cada vez menos exemplares do meio selvagem como também está simultâneamente a contribuir para a manutenção da espécie. O exemplo dos Labeo bicolor é precisamente um caso desses, se bem que não é feito da forma mais ética, pois a maioria senão mesmo 100% dos exemplares à venda são de quintas de criação de peixes de aquário no sudeste asiático onde usam hormonas para induzir a reprodução dos mesmos, que na natureza é feita pela variação de estações e subida dos rios. Um outro exemplo mais comum é o do famoso "néon chinês" (Tanichthys albonubes), tem meia dúzia de populações selvagens sendo que não existem sequer informações suficientes para dizer se o mesmo está oficialmente extinto em estado selvagem ou não, porém é uma espécie bastante prolifica na aquáriofilia com inumeros criadores dos mesmos que contribuem para que a espécie se prepetue e, caso haja interesse por parte do governo chinês em proceder a um repovoamento das áreas afetadas pode facilmente faze-lo.

Em suma, no fim de contas o peso da aquariofilia para a extinção de uma espécie é diretamente proporcional à postura adotada pelos aquaristas e pelas empresas de venda de animais, pois temos tanto exemplos de como a coisa resulta até para um salvar da espécie em cativeiro como de uma captura quase até à extição.

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Concordo com o Bangai e com o Nuno Prazeres. Mas convém salientar que em alguns casos como o do camarão madeira que referi acima (já li algures que os números selvagens estão muito baixos), ou do Otto, os animais são capturados porque a sua reprodução é demasiado dificil. Este não é o único lado negro deste nosso hobby infelizmente mas isso são outras conversas.

 

Responsabilizo quem os comercializa claro, mas se nos mantermos informados, e tivermos a sensibilidade de não comprar espécimes selvagens a procura diminui, e com isso diminui também a captura. Não culpabilizo tanto quem compra por ignorância, mas quem compra sabendo o que é já me custa desculpar...

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Jfgen, a questão nunca é a dificuldade de reprodução vs. mão de obra barata e respetiva captura com importação, mas sim uma questão de manutenção dos preços de mercado. O caso dos Ottocinclus não são de todo dificeis de reproduzir com multiplos casos de sucesso caseiro e com uma indústria bastante bem estabelecida no que toca à sua reprodução para venda, porém há sempre o interesse em "vender" os exemplares como selvagens para lhes conferir uma aura de raridade e justificar o aumento de preço. Quanto aos camarões madeira idem aspas aspas, pois a dificuldade de repodução não é um factor real, pois mesmo sendo uma espécie com fase larvar e que se alimenta de plancton não são de todo elementos que constituam real barreira para a sua reprodução pois temos como exemplos semelhantes as Caridina multidentata, sendo a única variável a questão da alimentação planctónica que se torna redundante pois uma vez que se criam larvas de camarão sem problemas o mesmo se traduz para a dieta dos adultos (aqui está o link com alguma informação quanto aos cuidados a ter https://fishkeeper.co.uk/databank/freshwater/miscellaneous/singapore-wood-shrimp-fan-shrimp-bamboo-shrimp-). Agora, se (e aqui sublinho que estou a passar para o dominio da especulação)existe apenas meia duzia ou menos de criadores industriais desta espécie de camarão o natural em termos económicos é que haja uma subida absurda de preços e que eles giram a abundancia que estes aparecem no mercado.

Quando falas do camarão madeira fazes-me lembrar imediatamente dos Hypancistrus zebra e dos Scleropages formosus, que apesar de não serem propriamente fáceis de criar existem multiplas empresas a cria-los em quantidades controladas de forma a que haja uma relação procura-oferta favorável para os vendedores, tornando-os exemplares de luxo.

A aquáriofilia raramente é um elemento de peso no que toca à contribuição para a ameaça das espécies, só em casos pontuais onde só resta uma população mundial extremamente reduzida é que o impacto da aquáriofilia pode ter, eventualmente, algum relevo, porém todas as demais condições como degradação/destruição do habitat, introdução de espécies exóticas nos locais de origem e sobrecaptura ou métodos de captura danosos para fins alimentares dos exemplares (uso de redes de arrasto ou de cianeto) terão tido um efeito tão avassalador que serão elas o motivo pelo qual a aquáriofilia assume uma posição de ameaça, sendo que nesses casos mais extremos até é encarada como uma faca de dois gumes onde a coleta de exemplares com fins comerciais pode vir a contribuir para uma preservação da espécie (vejam o efeito da construção da barragem de Belo Monte no rio Xingu e o beneficio que a aquariofilia trouxe para a preservação dos H. zebra entre outras espécies de peixe http://en.wikipedia.org/wiki/Belo_Monte_Dam#Loss_of_biodiversity).

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Acrescento que há casos estudados em que a aquariofilia contribuiu diretamente para a sobrevivência das populações e a conservação. O mais (re)conhecido será talvez o Projeto Piaba no médio Rio Negro que criou uma rede de pescadores indígenas que lhes aumentou o rendimento e consequentemente a qualidade de vida para parâmetros muito acima dos anteriores.

 

Infelizmente a concorrência dos criadores europeus, americanos e asiáticos eliminou esse Projeto que se concentrava maioritariamente em exportar Neons cardinais.

 

Passou-se algo parecido na região de Iquitos no Equador e agora na Colômbia e Venezuela.

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A ideia que tenho no caso particular dos camarões não é propriamente o excesso de capturas o motivo principal da ameaça de extinção. O problema é a degradação dos habitats e a introdução de espécies de peixes nesses meios aquáticos para alimentação das comunidades locais, esta sim é a principal ameaça.

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Ainda nao tive oportunidade de ler o estudo, por isso, não sei as causas que são apontadas no mesmo.

Contudo, não me parece que o principal problema da extinção de algumas especies seja o comercio do mesmo, mas não vou entrar por ai, uma vez que não sei qual a proporção de animais que vêm de cativeiro ou do habitat natural diretamente para as lojas.

Mas de uma coisa tenho a certeza, a culpa é nossa. Não dos apaixonados pela aquariofilia, mas sim do Homem.

Os camarões, os nossos peixinhos são ameaçados como são as outras especies. Não só devido à captura em massa, mas devido à destruição de habitats por parte do Homem, à introdução de novas espécies que leva há extinção das que ali habitam, devido à poluição do ambiente, devido ao aquecimento global de que todos nos somos culpados.

Ainda ontem vi esta noticia http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=4485500, não somos nos que estamos a capturar em demasia, as especies que lá habitam são as mesmas. O que está a dificultar a sobrevivência é o aquecimento global que está a interferir com ritmo de crescimento dos peixes, ou seja, fomos todos nós que contribuímos de uma forma ou de outra, nós, seres humanos.

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Bangai, nao penses tanto nos peixes que existem em cativeiro pq estes nao representam nada. Os animais pertencem á natureza, nao a cativeiros. Não é por teres uma especie em casa que ela está a salvo das maos humanas. Se nao houvesse o hobby muitos animais ainda estavam no seu meio ambiente. Podes tentar pensar que nao tens culpa porque ate tens 2 especies de camaroes quase extintos pq tens mais culpa que eu que nao tenho nenhuma, por exemplo. Não tapem o sol com a peneira. O mal está feito agora responsabilizem-se.. é o minimop que podem fazer já que preferem o camarao no vosso aquario!

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Diogo, eu não digo que os animais não pertençam à natureza e que estão a salvo nos nossos aquários, o que digo é que o peso que a captura para fins de aquário tem na extinção de uma espécie não tem um relevo muito significativo.

Dou-te dois exemplos com os quais nós podemos ver e acho que entramos mais em acordo: o nosso saramugo (Anaecypris hispanica) e os killis espanhóis (Aphanius iberus, Aphanius baeticus e Valencia hispanica). Aqui estamos a falar de 4 espécies de peixe onde efetivamente se encontram proibidas de serem capturadas para manutenção em aquário sem devida autorização estatal dado o número infímo de exemplares em estado selvagem (o Anaecypris hispanica está restrito a alguns afluentes do Guadiana em Portugal e Espanha, o Aphanius baeticus à bacia do Guadalquivir (tinha 9 populações identificadas e encontra-se extinto numa delas), e a situção é identica com o Aphanius iberus (com 30 populações identificadas e atualmente já não existe em 14 delas) e Valencia hispanica com um número igualmente infimo de populções e com 1 delas extinta (pelo menos que eu saiba). Porém, embora dessas 4 espécies que enumerei apenas as 3 últimas tenham interesse aquariófilo, não foi a aquariofilia que as conduziu à condição em que se encontram mas sim degradação e destruição de habitats (como barragens, criação de canais de água para irregação de campos agricolas, falta de medidas de proteção do escoamento de águas, destruição de zonas próximas de estuários para a criação de empreendimentos turisticos) e a introdução de espécies invasoras ( com especial destaque para a G(G a m b u s i a) [b][color="#FF0000"] Espécie inserida no DL 565/99.[/color] [url="http://http://www.aquariofilia.net/forum/index.php?showannouncement=6"]Lista de espécies cuja venda é proibida em Portugal[/url][/b] affinis e holbrooki que compete diretamente por ocupar um nicho ecológico semelhante e ter uma taxa de reprodução muito superior, o Lepomis gibbosus, o Australoheros facetum e o Micropterus salmoides por predarem ativamente peixes de menor porte, e curiosamente, no último reduto do caso dos Aphanius baeticus que toleram condiçõe de hipersalinidade e que os tem salvo, o Fundulus heteroclitus faz as vezes da G. affinis neste meio mais salino). Porém, existem atualmente programas de reprodução em cativeiro destas populações isoladas (pois nunca se sabe quando uma delas pode afinal ser uma espécie distinta como se verificou em 2002 com a elevação das populações atlanticas de Aphanius iberus ao estatuto de espéice distinta, o Aphanius baeticus) que visam a reintrodução em grande escala destas espécies no seu habitat natural, mas sempre com uma certa reserva de exemplares em cativeiro, estilo Arca de Noé, pois o maior problema que existe é precisamente o habitat de origem ter sido danificado em tão grande escala que torna pouco plausivel a reintrodução com sucesso da espécie. (deixo aqui o exemplo da reintrodução dos A. iberus: http://www.laverdad.es/murcia/20090201/local/region/agricultura-destaca-exito-reintroduccion-200902011904.html )

Por isso Diogo, quando digo que depende da postura do aquarista para salvar as espécies que sabe que estão ameaçadas falo precisamente neste tipo de atitudes: saber se está a comprar alguma espécie ameaçada, caso seja se tem condições para a reproduzir e, se possível, usar os seus conhecimentos de aquariofilia para entrar em colaboração com estas entidades que visam a preservação de espécies com o intuito de repopular o sitio de origem destas.

Pegando no exemplo dos camarões que deste, se eu e tu sabemos de uma espécie de camarão ameaçada e ambos temos condições para a reproduzir e eu faço manutenção da espécie e tomo uma atitude como a supracitada e tu não, aí não se trata de uma questão de "culpas" mas antes de eu ter uma atitude pro-ativa (desculpem mas isto faz-me sempre lembrar a cena dos bifidus ativos xD ) face à situação e de tu não teres nenhuma, nem ativa nem inativa, adotando uma postura simplesmente neutra.

 

Cumprimentos,

 

Bangai

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Mas o facto de os reproduzires (partindo do princípio que consegues, que no caso do camarão madeira não parece ter acontecido assim com tanta frequência) pouco ajuda. Porque esses animais dificilmente poderão ser reintroduzidos na natureza.

 

Pode acontecer que daqui a alguns anos alguém consiga reproduzir o habitat natural destes animais tão bem, que estes estejam realmente aptos para serem libertados.

 

Tenhi dúvidas, mas espero muito honestamente estar enganado e tu certo.

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O problema na minha opinião reside no facto que a maioria destas espécies se encontram em países em vias de desenvolvimento, onde a prioridade não consiste na preservação do meio ambiente mas sim na exploração destes recursos numa linha puramente capitalista. O culpados não são aqueles que compram os camarões em muitos casos como já aconteceu a aquariofilia ajuda a preservar espécies que se encontram em riscos, hoje em dia muitas das espécies mas exóticas de camarões tem sido criadas com sucesso nomeadamente por criadores alemães que com muito esforço e dedicação conseguem desenvolver formulas para os reproduzir com sucesso. Um dos principais problemas é o facto das pessoas que exploram e residem nesses meios não possuírem educação ambiental, nem os políticos que os governam, basta que se encontre ouro num riacho para este em pouco tempo ser completamente desventrado e envenenado, sobrando apenas lama. Eu vivi muitos anos em angola e sei que muitas espécies únicas de peixes e invertebrados já desapareceram ou se encontram em vias de tal acontecer.

Agora se falarmos da aquariofilia de agua salgada aqui dou a razão de que muitas espécies de peixes e corais como também de invertebrados se encontram em risco pelo excesso de capturas, neste ramo da aquariofilia reside o principal problema da conservação das espécies.

Fica aqui um documentário onde se pode tirar algumas conclusões.

https://www.youtube.com/watch?v=uuVbyg2HSDg

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Mas o facto de os reproduzires (partindo do princípio que consegues, que no caso do camarão madeira não parece ter acontecido assim com tanta frequência) pouco ajuda. Porque esses animais dificilmente poderão ser reintroduzidos na natureza.

 

Pode acontecer que daqui a alguns anos alguém consiga reproduzir o habitat natural destes animais tão bem, que estes estejam realmente aptos para serem libertados.

 

Tenhi dúvidas, mas espero muito honestamente estar enganado e tu certo.

Sim, concordo quando dizes que dificilmente poderão ser reintroduzidos na natureza, porém é para isso que serve entrar em contacto com as organizações que visam precisamente esse fim. Dos exemplos que dei, o salinete (Aphanius baeticus) é criado em condições que façam com que estes assumam desde alevins os comportamentos que teriam em estado selvagem, como o afugentarem-se com o debruçar de um animal sobre eles, o fugirem de corpos estranhos dentro de água, havendo um programa de selecção dos exemplares mais aptos e que mostram predisposição a este tipo de comportamentos que são indispensaveis para a sua sobrevivencia na natureza, como se pode ver neste vídeo:

O problema na questão da reprodução em cativeiro dos camarões madeira, pelo que li e já aqui postei, é uma questão de timming: deixar a fêmea desovar, remover adultos e subir gradualmente a salinidade do espaço onde se encontram as crias. Quanto ao liberta-los passa, como Clik já referiu e bem, por haver um programa bem estruturado quer de preservação e recuperação ambiental por parte das entidades estatais dos países de origem, que são na sua maioria países onde o aspeto ambiental é deixado não para 2º mas para 100º plano, dando prioridade a atividades muito mais lucrativas. Combina isso com uma espécie que não se reproduz como os Red Cherry ou como guppies e tens um cocktail para que na realidade ou se preserva a espécie em cativeiro por interessados como nós aquaristas, ou então a extinção é proporcional ao numero de ribeiras e riachos que existam. E sim, também há espécies com um caso mais extremo onde o seu habitat não existe, nenhuma entidade estatal procurou preserva-la e contudo só se safou graças a aficionados aquaristas, por isso para mim é sobretudo uma questão de se não tenho como ajudar cinjo-me a não comprar e a abster-me pois não tenho meios financeiros e peso socio-politico para fazer alguma forma de pressão para que algo seja feito, ou então se tenho, procuro criar e difundir a espécie e como a reproduzir para que outros possam ajudar para a sua preservação.

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