Equação Anti-Algas


Miguel Figueiredo

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As algas evitam-se através da equação:

 

- Algas = Plantas de crescimento rápido + mudanças de água +

caracois, camarões e peixes comedores de algas -

fertilizantes - solos férteis - CO2 ;

 

Provavelmente o mais importante serão mesmo as plantas de crescimento rápido e as mudanças de água: Com uma boa quantidade de plantas a crescer não há infestações de algas.

 

As mudanças de água, por outro lado, removem as substâncias que fazem estoirar as algas, como o excesso de fosfatos ou de compostos de azoto.

 

Não devemos exagerar na fertilização: em muitos aquários nem deve existir inicialmente porque apenas se estará a alimentar as algas.

 

Evitar a fertilização inclui evitar os substratos ricos: Só os substratos argilosos e inorgânicos (portanto pouco "ricos") se tornam realmente úteis, permitindo a reposição de micro elementos como o ferro.

 

Os macro elementos (azoto, fósforo e potássio) existirão sempre em boa quantidade desde que tenhamos peixes e os alimentemos normalmente.

 

Para evitar as algas precisamos então de ter inicialmente muitas plantas de crescimento rápido, de fazer as mudanças de água frequentes e de não usar fertilizantes.

 

É sempre mais fácil evitar uma infestação que tratá-la.

 

Uma vez a infestação instalada certas algas são MUITO DIFÍCEIS de combater, mesmo se corrigirmos erros. Frequentemente são precisas medidas extremas como:

  • Apagar as luzes durante 10 dias: a maior parte das plantas sobrevive, as algas não.
  • Adição de água oxigenada: para determinadas algas mais chatas pode ser uma solução mas também afecta algumas plantas e, se exagerarmos, também matamos os peixes
  • Reinstalar o aquário; é sempre a solução de recurso, resulta se o desinfectarmos, corrigirmos erros e recomeçarmos, com uma boa base de plantas rápidas.
Miguel Editado por Miguel Figueiredo
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Boas,

 

Essa equação está errada.

 

Essa era a opinião há 10 anos atrás, actualmente existem provas em contrário, as mais conhecidas são da responsabilidade do Tom Barr.

 

Cumps,

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Não conheço essas "provas" que são referidas sem serem apresentadas, apenas posso falar por experiencia própria:

 

Segundo a minha experiencia, a equação sempre funcionou, funcionava há 10 anos atrás, funcionava há 20 anos atrás e, curiosamente, ainda funciona agora, vá-se lá saber porquê. Provavelmente alguém se esqueceu de informar as algas sobre as tais provas: elas ainda não sabem que afinal podem crescer à vontade sem nutrientes e em competição com plantas de crescimento rápido.

 

 

Miguel

Editado por Miguel Figueiredo
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Miguel,

 

Em primeiro lugar um grande abraço a uma pessoa que é um verdadeiro Sr. dos aquários. Para quem já te ouvio falar, sabe o que digo.

 

Vai-me desculpar mas de facto não concordo totalmente.

 

Entendo o que escreves mas a forma como o dizes é demasiado generalista. Sorry :rolleyes:

O pessoal dos plantados (como eu :tongue: ) vai discordar completamente desta tua formula, pq de facto hoje se estimula a fertilização de modo a que todos os nutrientes estejam presentes, independentemente de poderem haver alguns excessos.

 

É certo que o excesso de amonia provoca algas (diatomaceas), mas em termos de nutrientes ficamos por aí. O excesso de amonia tb não deverá ser um objectivo para nenhum dono de um aquário, bem pelo contrário.

 

Claro que o excesso de nitratos pode ser perigoso para a fauna, mas para a flora não. Aliás, neste caso até concordo que demasiados nitratos com poucos fosfatos nos poderão trazer problemas de algas (Green Spots - vidros verdes), mas se nos recordarmos que a ideia é ter presente sempre boas doses de nutrientes, este problema não acontecerá.

 

O António já referiu o principio do EI, mas se verificares os sistemas de fertilizantes comerciais, o principio de fertilização diária está quase sempre presente (com micros e macros), isto é, garantir uma presença constante de nutrientes sem garantir obrigatoriamente que a água sempre terá macros e micros (por TPAs, restos, etc).

 

Compreendo que aquários "para peixes" e com poucas plantas, não necessitem de fertilização diária e portanto abundante, mas isso tb é acompanhado, normalmente, por menos luz e ausência de CO2.

Quando a luz é "simpática" em termos de quantidade (e não precisa de ser 1w / 1l), obviamente que não podemos deixar de acrescentar nutrientes e CO2 ou essa FALTA será notada pelo aparecimento de algas (Miguel excesso de CO2 causar algas... não mesmo!).

 

Este tópico vai ser daqueles movimentados, esperemos que toda a gente (principalmente os "pros") tenham moderação para adequar as opiniões ao que se discute.


Não conheço essas "provas" que são referidas sem serem apresentadas, apenas posso falar por experiencia própria:

Segundo a minha experiencia, a equação sempre funcionou, funcionava há 10 anos atrás, funcionava há 20 anos atrás e, curiosamente, ainda funciona agora, vá-se lá saber porquê. Provavelmente alguém se esqueceu de informar as algas sobre as tais provas: elas ainda não sabem que afinal podem crescer à vontade sem nutrientes e em competição com plantas de crescimento rápido.


Miguel

 

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Miguel, o que faz as algas aparecerem é a deficiencia de nutrientes.

As plantas de crescimento rápido poderão, eventualmente, consumir os nutrientes que as algas utilizam e por isso as algas não crescerem tanto, mas (e este mas é importante para o tal pessoal marrado dos plantados :tongue: ) assim estás a tirar nutrientes tb para as outras plantas crescerem. Ora se for um tal aquário "para peixes" isso pode ser irrelevante, mas para um plantado com um belo tapete, etc, já não será.

 

Fiz-me entender? :tongue:

Editado por pmgsr
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Pedro.

 

Atuais: Risa (60l)

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boas,
tópico muito interessante.
Eu nunca consegui ter um sistema 100% livre de algas!
Provavelmente funciona mesmo assim, um sistema que tem sempre uma percentagem de stress.
Nas minhas montagens, no início, tenho sempre uma altura em que aparecem. Já estou à espera e tento responder à altura. Qunado faço um corte mais severo ou fico sem cortar demasiado tempo também sinto pequenas alterações e o alguedo à espreita, à espera de uma boa oportunidade.
Mas a piada de um plantado são, também, estas problemáticas que nunca ficam 100% resolvidas.
Vários parâmetros para brincar, afinar e aprender.
No meu caso uso um regime adaptado. Só uso led, faço tpa dia sim/não, co2 com controlador de ph, fertilização DIY, muitas plantas. Comigo funciona, sem algas e com resultados aceitáveis (não tenho txas de crescimento verde muito elevadas). Mas é apenas um caso e um sistema particular.

O aparecimento de algas pode ser transcrito para uma equação, também acredito. Mas com tantos factores (iluminação, Co2, PH, temperatura, Micros, Macros, etc) qualquer um deles podes facilmente permitir o avanço do alguedo! A verdadeira relação entre todos estes factores ainda não está totalmente explicada (na minha modesta opinião).

Cumprimentos

Editado por tmiravent
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pmgsr,

 

A fórmula é evidentemente muito generalista, deliberadamente simples, chamando a atenção para o que é importante, no combate às algas.

 

Não confundir a não fertilização com uma estratégia a longo prazo, para um aquário de plantas.

 

A não fertilização inicial destina-se a evitar os frequentes estoiros de algas, antes de o aquário estar devidamente estabelecido, apresentando uma considerável biomassa de plantas, em desenvolvimento.

 

Não faz sentido atingir niveis ótimos de fertilização se não temos plantas para consumirem nutrientes. As poucas plantas que lá estiverem irão gostar, claro... brevemente, antes de sufocarem, cobertas de algas.

 

As prioridades de um aquário hi-tech são distintas, garantindo os níveis de macro e micro elementos, através da tal fertilização diária e talvez da rigorosa injeção de CO2 por eletroválvula e sonda de pH, etc.

 

A fórmula pretende apenas ajudar os aquariofilistas a obterem um aquário bem plantado (e não necessariamente um aquário de plantas) sem que este se torne entretanto numa sopa de espinafres de aspeto suspeito.

 

O uso e abuso da fertilização quando não dispomos de uma grande cobertura vegetal é o melhor caminho para essa tal sopa, de aspeto suspeito.

 

De qualquer modo, se alguém considerar a fórmula errada ou incorreta, então a minha expetativa é que formule outra, igualmente compreensível.

 

Estamos a lidar com ciência, portanto as coisas devem ser corretamemte formuladas e susceptíveis de experimentação.

 

Podemos é estar a falar de coisas diferentes: Uma equação anti-algas é simplesmente uma receita para manter plantas sem estoiros de algas.

 

Não é nenhuma receita "state of the art" para manter aquários de plantas: é perfeitamente lógico que, se as plantas de crescimento rápido vão consumir nutrientes, impedindo as algas de se desenvolverem, irão também condicionar o desenvolvimento de outras plantas, mais dificeis.

 

 

Miguel

Editado por Miguel Figueiredo
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tmiravent,

 

Penso que o objetivo, mesmo num aquário muito plantado, não é acabar totalmente com as algas, tanto mais que até existem algas decorativas, como as Cladophora.

 

O objetivo é reduzir a importancia das algas, evitando que se tornem dominantes no aquário ou inestéticas, é algo que deveria ser relativamente fácil de fazer, porque as plantas superiores são organismos muito mais sofisticados e aptos a vencer a competição.

 

O problema é que as algas propagam-se mais depressa e estão melhor adaptadas a nichos, por exemplo, a tirar partido de uma elevada quantidade de fosfatos ou de nitratos. Isto pode acontecer com muita facilidade no aquário, daí que um dos mecanismos para evitar as invasões seja precisamente as mudanças de água frequentes, tornando o ambiente do aquário "menos anormal".

 

Por outro lado, num aquário com uma grande bioamassa de plantas superiores é mais difícil haver infestações de algas: as plantas absorvem rapidamente os desiquilibros, neste caso serão precisas consideráveis flutuações para que se dê um estoiro.

 

 

 

Miguel

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O problema é que as algas propagam-se mais depressa e estão melhor adaptadas a nichos, por exemplo, a tirar partido de uma elevada quantidade de fosfatos ou de nitratos. Isto pode acontecer com muita facilidade no aquário, daí que um dos mecanismos para evitar as invasões seja precisamente as mudanças de água frequentes, tornando o ambiente do aquário "menos anormal".

 

Por outro lado, num aquário com uma grande bioamassa de plantas superiores é mais difícil haver infestações de algas: as plantas absorvem rapidamente os desiquilibros, neste caso serão precisas consideráveis flutuações para que se dê um estoiro.

 

 

Miguel, vou ver se me consigo explicar de outra forma. As algas não se propagam, normalmente, por excessos mas por desequilíbrios. Se calhar até é isto que estás a querer dizer, mas ao falares tanto em excessos isso pode ser mal interpretado.

 

Os desequilíbrios são aproveitados mais facilmente por "formas de vida" com maior simplicidade como as algas (os biólogos que corrijam as aspas pf).

 

Ainda qd existe desequilíbrio, as plantas vão abrandar o seu metabolismo e começam a ter problemas de crescer e de se manter. Diminuem os consumos pq a falta de um nutriente, impede o crescimento da planta.

Quando tudo está equilibrado (micros, macros, iluminação e co2) as plantas "ganham" às algas e prosperam, impedindo as algas de crescerem.

 

As plantas de cresimento rápido são muito famosas por evitarem o crescimento de algas, pq consomem nutrientes mais rapidamente, mas se um desses nutrientes passa a estar em falta o resultado é o mesmo do desequilíbrio que descrevi antes.

 

Falta nestes posts alguma informação adicional sobre a importância da luz e do CO2.

Quando o António Ferreira falava do Tom Barr à pouco, creio que isto estava implícito na generalidade que dizia.

Sobre estas duas das coisas deixo aqui o link para um magnifico texto da Tropica sobre "CO2 and light stimulate the growth".

Pedro.

 

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José,

 

A iluminação é importante para todos os organismos que fazem a fotossíntese e admito que a iluminação muito intensa possa ser inicialmente evitada nos aquários recém-estabelecidos, contudo este parâmetro é menos linear: É que tendo muito pouca luz eventualmente teremos menos algas mas deixamos de ter plantas de crescimento rápido, um dos dois grandes cavalos de batalha contra as algas.

 

Partindo do principio que temos luz cujo spectrum e a intensidade é adequada às plantas que desejamos manter, é dificil mexer neste fator em termos preventivos.

 

Por outro lado, é fácil usá-lo em termos curativos, ou seja, quando nos deparamos com uma infestação: as algas têm poucas reservas e dificilmente irão aguentar longos periodos de escuridão, ao contrário das plantas superiores.

 

Portanto, poderemos manipular a luz para combater uma infestação, fazendo um "blackout" de, por exemplo, 10 dias.

 

Em determinados aquários eu evito algas da seguinte forma: luz média ou intensa por curtos periodos, de apenas 3 horas diárias. As plantas de crescimento moderado geralmente adaptam-se bem a este regime e mantêm-se saudáveis mas as algas não gostam nem, frequentemente, as plantas de crescimento rápido. É uma técnica que pode ser usada para manter plantas em aquários que não estão especificamente dedicados a plantas.

 

 

Miguel

Editado por Miguel Figueiredo
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pmgsr,

 

Não vejo grande diferença entre "excesso" e "desiquilibro", não é todo o excesso um desiquilibro? Talvez seja, talvez não. Eu prefero continuar no campo factual, evitando discussões semânticas. Admitamos assim que se tratam de "desiquilibros" e não de "excessos".

 

Sobre tudo o resto, estamos de acordo, com excepção talvez do CO2.

 

Eu penso que, sem uma quantidade suficiente de plantas que o aproveitem, altas concentrações de CO2 vão beneficiar as algas. É um facto que as algas prosperam melhor com CO2, os sistemas experimentais para, por exemplo, produzir combustivel a partir de algas, usam injeção de CO2.

 

De qualquer modo, é algo digno de uma experiencia: será que as concentrações de CO2 podem favorecer os estoiros de algas em aquário?

 

Se não existir uma boa biomassa de plantas, eu apostaria no "sim": o CO2 será só mais um fertilizante a ser prontamente usado pelos organismos mais simples.

 

Porém, será interessante de conhecer experiencias controladas nesta área.

 

 

Miguel

Editado por Miguel Figueiredo
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Boas,

 

Eu disse que a equação estava errada apenas porque vai contra os conselhos que tenho lido e seguido.

 

Não tenho conhecimentos técnicos que permitam afirmar que estou certo, mas nas 2 montagens que fiz no meu comunitário, segui estes conselhos e não me posso queixar, um plantado bonito e sem algas muitos meses a fio. Aliás sem algas não, algumas green spot que tendem a diminuir quando aumento a dosagem de fosfatos. Também me aparece uma vez por outra pequenos pontos de BBA's que também tendem a desaparecer aumentando o CO2 e com a aplicação de carbono liquido (Excell ou equivalente).

 

Apenas a título de curiosidade deixo o link para uma foto do meu comunitário, muito fertilizado, 0,8W/litro e com muito CO2 para comprovar o que digo: http://img59.imageshack.us/img59/2898/7pzp.jpg

 

Agradeço a todos os que contribuem para esta sã discussão que espero sirva para aumentar os nossos conhecimentos.

 

Abraço,

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Com a amónia perfeitamente a zeros não vamos ter algas.

 

E em aquários sem CO2 as mudanças de agua são para evitar ao máximo porque geram oscilações do CO2 dissolvido na agua o que favorece o aparecimento de algas.

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As mudanças de água geram oscilações de CO2 e de tudo o resto, incluindo nos níveis de oxigénio, na temperatura e, claro, das concentrações de nitratos e fosfatos, entre outras substâncias.

 

De acordo com a minha experiência, as algas detestam essas variações mas as plantas adoram: A seguir às mudanças de água o pearling é muito mais intenso.

 

Portanto, grandes e frequentes mudanças de água são normalmente muito positivas, quer para as plantas quer no combate às algas, a tal ponto que eu as considero com um dos dois fatores principais para evitar os estoiros iniciais:

  • Mudanças frequentes de água
  • Plantas de crescimento rápido
Mais uma vez não me estou a referir especificamente a sistemas muito Hi-Tech, estou a falar de técnicasque são particulamente adequadas a quem quer ter um aquário muito bem plantado, sem muito equipamento e com manutenção simples.

 

Suspeito que as diferenças de opinião sobre a Equação Anti-algas têm a ver não tanto com a sua eficiencia na prevenção e combate às infestações mas com alguma incompatibilidade entre práticas low-tech e hi-tech.

 

Por mim, sou um incondicional adepto do "keep it simple", portanto é natural que as minhas técnicas estejam vocacionadas para medium e low tech.

 

 

Miguel

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Miguel, não concordo contigo que as mudanças de agua sejam mais benéficas para as plantas do que para as algas mas é a minha opinião e tambem tenho de respeitar a tua, logo que funcione é o mais importante. :thumbup3:

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Notei que as mudanças de agua são benéficas para as plantas, quanto a isso não fiquei com duvidas com as varias experiencias que fiz. Quanto as algas detestarem, isso não notei tanto.

Talvez por ser benéfico para plantas, isso dê alguma vantagem na guerra entre ambas.

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Miguel,

 

Este tópico está a ser mais interessante pq sendo algo "controverso" o pessoal participa e lê, mesmo que não concorde.

Este caso eu discordo de muita coisa que nos ultimos 3 dias aqui escreveste e não é uma opinião, vou comprova-lo com factos.

 

1.

As bolhas que vês a seguir às TPAs não são pearling, são gases a serem libertados (desconfio que maioritariamente O2) e que estavam na tua canalização/água nova. Não tem nada a haver com pearling.

Achas que os vidros do aquário ou o hardscape fazem pearling? :) ... mas depois de TPAs também estas têm bolhas, verdade? :)

 

2.

10 dia de blackout? Num plantado matavas as algas certamente... e as plantas tambem :)

Blackouts de mais de 4 ou 5 dias são uma violencia que me parece demasiada.

É a tal história de matar o paciente com a cura.

Demasiado tempo sem um elemento essencial à vida das plantas: a luz.

 

... e depois o mais importante: matas as algas mas não "curas" a doença, isto é, não resolves a causa do aparecimento das algas se o fazes isoladamente e sem mais nenhum contributo (aumentar fertilização, aumentar TPAs, etc).

 

3. TPAs

TPAs más para acabar com algas?

O que as TPAs fazem é um "reset" a um sistema que ao longo dos dias/semanas se desiquilibra (pela filtragem/má filtragem, pelos dejetos, pela comida, etc). Ora, ao equilibrarem os parametros da água, tendem a ajudar as plantas a consumirem os nutrientes que precisam e portanto a tirá-las do alcance das algas.

Muitas algas - muitas TPAs (e mais coisas, obviamente).

(falo de água "normal", não de osmose à qual tiramos minerais que, em plantados, temos que repor).

 

4. (CO2 e o mais importante que tenho para dizer)

Leste o doc que enviei do site da Tropica? Poderia desconfiar-se da origem mas o documento tem referências e autores e é da Tropica (um dos maiores "fabricantes" de plantas para aquário).

 

Ora bem... a grande discordancia é em relação ao CO2.

O CO2 é essencial a aquários realmente plantados e que se deseje com plantas de boa saude e uma quantidade minima de algas.

Remeto-te para o documento, mas permite-me deixar aqui uma passagem e um gráfico (a frase a bold é importante):

 

We see that at low light and low CO2 Riccia fluitans is barely able to maintain a positive growth rate whereas at low CO2 and high light the growth rate is almost 6 fold higher. More importantly, at low light levels the addition of CO2 is able to stimulate the growth by a factor of almost 4!
Maybe a stimulation of the growth rate by a factor of 4 to 6 does not seem much but because of the exponential nature of the growth rate it really makes a difference over a period of, for example, two weeks. Figure 3 shows how 1gram of Riccia fluitans develops over two weeks with four different growth rates. Low light and low CO2 barely result in positive growth over the two weeks, whereas the treatment with high CO2 and low light translate into almost a doubling of the tissue weight. For comparison, the high light and low CO2 result in 2.5 gram of tissue after two weeks. It is needless to say, that the benefit from increasing both light and CO2 surpass the effect of raising only one parameter. At the highest light and CO2 availability, 1 gram of Riccia grows into astonishing 6.9 gram after two weeks.

Surprisingly, the stimulation observed on the growth rate when both light and CO2 are increased is larger than the additive contribution from each individual parameter.

Example: The growth rate at low light and low CO2 is 1.1% per day. By increasing light, the plant grows 3.3% per day or an additional 2.2% compared to the starting condition. Similarly, by increasing CO2 the growth rate is now 3.8% per day or an additional 2.7%. An additive relationship would then translate into 6.0% per day (1.1 + 2.2 + 2.7) but the resulting growth rate from combining light and CO2 is 9.2% per day, which is significantly larger. This tendency also holds when moving even higher up in light and CO2 (see Table 1).

 

lys_og_CO2_5.jpg

 

Ou seja, estes tipos demonstraram cientificamente que a importancia do CO2 (e da luz, mas aqui interessa-me falar do CO2 pq tu contestas esta importancia) é grande.

Repara que, pelo gráfico, mesmo que tenhas muita luz (amarelo tracejado) o crescimento é substancialmente abaixo de teres muita luz e muito co2 (vermelha).

Isto foi provado empiricamente e pode ser transposto para a maioria das plantas aquáticas (no texto tb referem isto).

 

O CO2 é imporantissimo para o crescimento das plantas, o que significa, que é importantissimo para manter as algas fora do aquário ou em limites controlados, PORQUE as plantas estão a consumir os nutrientes que as algas já não conseguem aproveitar.

 

No forum do Tom Barr tens montes de provas sobre isto :smile2:

 

Pedro.

Editado por pmgsr

Pedro.

 

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pmgsr,

 

O teu ponto é que o CO2 faz crescer as plantas? Isso é uma verdade de La Palice.

 

Como já referi, no CO2 e noutros fertilizantes, não adianta apresentares quantidades ótimas se não existir uma boa base de plantas:

 

Quote

Não faz sentido atingir niveis ótimos de fertilização se não temos plantas para consumirem nutrientes. As poucas plantas que lá estiverem irão gostar, claro... brevemente, antes de sufocarem, cobertas de algas.

Se mantens um aquário com uma boa cobertura de plantas saudáveis, os nutritentes, incluindo CO2 podem estar em níveis ótimos. Nesse aquário dificilmente terás grandes estoiros de algas... embora eu suspeite que certo tipo de práticas contribuia para presença de certo tipo de algas mesmo em aquários muito plantados - mas isso é outro tópico.

 

Sobre o pearling: é simples reconhecer as estáticas bolhas dos gases dissolvidos das múltiplas correntes contínuas de bolhinhas de oxigénio partindo das folhas em direção à superficie.

 

 

 

Miguel

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Miguel,

 

Sobre as tuas duvidas de CO2, lembrei-me de um post do Tom Barr sobre isso qd alguem perguntava pq não tinha sucesso sem CO2 ou com 15ppm e tinha sucesso com 30ppm (não ter sucesso=algas):

 

Plants will adapt to stable conditions of CO2, meaning low, but if you go with CO2 enrichment, best to make sure there's ample amounts, not just part way.
You end up confusing many species this way.
Algae do not care.
A ideia é que se adaptam a baixos níveis de CO2 (mas crescem muito menos) como tb se adaptam a altos níveis de CO2 (e crescem muito).
Pedro.

Pedro.

 

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Pedro,

 

Eu não tenho nenhumas dúvidas sobre se o CO2 faz as plantas crescerem.

 

O Tom nunca leva em consideração aquários com pequena cobertura vegeral versus aquários já inicialmente bem plantados, talvez porque quando monta aquários ele inclui logo uma massa critica de plantas.

 

É assim que se deve fazer mas sai dispendioso, portanto o que acontece em Portugal, na grande maioria dos casos, é que as pessoas montam os aquários com uma escassa cobertura vegetal.

 

Isto serão mais de 90% das situações.

 

Por alguns "gurus" afirmarem algo não quer dizer que estejam sempre corretos. Devemos compreender o contexto, quando mais não seja cultural e socio-económico, de onde provêm.

 

Avançar ou não para o High-Tech não deve ser visto como obrigatório, é simplesmente uma opção, sobre a qual o aquariofilista deve ponderar.

 

Não necessitemos de High-Tech ou mesmo de injeção de CO2 para termos um aquário muitíssimo bem plantado e com poucas algas.

 

É verdade que muitas espécies apenas se conseguem manter em high-tech, são literalmente flores de estufa, mas também as há de jardim: as que irão crescer e prosperar num simples aquário.

 

 

Miguel

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