Ajuda a fotografar com Canon EOS 1000D


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Boas.

 

Durante este fim de semana tenho cá a Canon EOS 1000D do patrão por empréstimo. Será que me podem dar umas luzes e/ou uns setups para fotografar com a máquina no aqua?

 

A lente que estou a utilizar mais é a 18-55 mas também tenho comigo a 75-300 só que esta não tem estabilizador (ou pelo menos penso eu)

 

Obrigado desde já

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Depende muito do que quiseres fazer com ela, e do que sabes fazer em termos técnicos de fotografia.

Pessoalmente já nunca uso a minha Nikon ou a minha Canon em Automático, ou semi-automático, dou preferencia quase total ao modo complemente manual, e tenho-me saido bem.

Agora se és principiante, usa os modos automáticos. Na selection wheel, usa os desenhos, que são predifinições para algumas situações, ou usa o automatic. Ou então usa o Aperture priority e o Shutter priority, não te aconselho a usares o manual Setting se não souberes o que cada coisa faz na tua máquina.

Depois como a usas depende muito do que quiseres fotografar e como fotografas. Se forem aquários é de uma forma, se forma vida selvagem de outra, se for gente de outra, se for paisagismo outra, e se forma macro, ainda outras.

 

Quanto á lente, quanto maior distancia focal menor será o Depth of field, o que se presta a coisas diferentes...Da mesma forma que não podes sequer sonhar com distancia hiperfocal a 300mm nao podes pensar em alcance com a 18-24mm.

 

Depende muito do que queiras fazer....

Outra coisa que também nunca deves descorar, é o pos-processamento, um pós processamento faz a diferença em qualquer fotografia. Ou tu achas que as fotos do FAAO e de outros nomes grandes da fotografia aquaristica, são só fotografar, passar para o pc, e postar nos forums=P Por mais que digam que não, há sempre tratamento, o que não é qualquer desprimor ou menosprezar do seu trabalho, muito pelo contrário=)

Editado por gervas
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Olá.

 

Quanto á lente, quanto maior distancia focal menor será o Depth of field, o que se presta a coisas diferentes...Da mesma forma que não podes sequer sonhar com distancia hiperfocal a 300mm nao podes pensar em alcance com a 18-24mm.

Tudo o que disseste não deixa de ser verdade, e está muito bem explicado... no entanto, deixa-me corrigir aqui umas coisas.

 

A Profundidade de Campo (depth of field) não depende somente da extensão focal (ampliação da objectiva, quase sempre indicada em mm).

Esta depende de 4 grandes factores:

 

- Extensão focal: a Profundidade de campo diminui com o aumento da extensão focal

 

- Distância do plano do sensor/filme ao sujeito: quanto mais perto do sensor estiver o plano de foco, menor a profundidade de campo

 

- Abertura real da objectiva: obviamente que a mesma pode ser modificada com o diafragma da objectiva, mas em traços gerais, quanto menor a abertura, maior a profundidade de campo. Ou seja, para a mesma objectiva e distância ao sujeito, quanto menor a abertura (maior o valor f/) maior será a profundidade de campo. Por exemplo, nas mesmas condições, uma fotografia feita a f/8 terá uma profundidade de campo maior do que uma a f/4 (maior distância na faixa de nitidez).

 

- Tamanho do sensor/filme: quanto maior o sensor/formato, para as mesmas condições, menor a profundidade de campo. Ou seja, para um mesmo enquadramento, um sensor full-frame terá menor profundidade de campo que um APS-C, por exemplo. Isto pode ser extrapolável com as regras da extensão focal e da distância ao sujeito (como o factor de corte nos sensores mais pequenos é maior, para um mesmo enquadramento ficaremos mais afastados do sujeito). Daí que quase todas as máquinas compactas consigam fazer "macros". Basta usar uma extensão de focagem pequena e aproximar bastante a máquina. Como a extensão de focagem é pequena e o sensor é minúsculo, vamos ter uma profundidade de campo enorme, conseguindo focar bastante perto do sujeito...

 

Tanto blá-blá-blá... mas o que é a Profundidade de Campo? A profundidade de campo pode ser imaginada como uma faixa de nitidez da nossa imagem. Regra geral, numa objectiva comum, 2/3 dessa faixa encontram-se para lá do plano de foco, e 1/3 entre o plano de foco e a câmera fotográfica. As objectivas macro estão desenhadas para que a faixa de nitidez esteja igualmente dividida pelo plano de foco.

 

Quanto à história do que será melhor para fotografar um aquário, a resposta será sempre:

 

Depende...

 

Qual é o tamanho do aquário? É preferível afastarmo-nos mais um bocado e usar uma extensão maior do que usar uma grande-angular e ficar muito perto. Objectivas zoom, são também de evitar quando estamos a fotografar um aquário. Regra geral têm más prestações a nível de distorção geométrica e distorção cromática, mais visíveis nas extensões de focagem baixas (grande-angular). O que aconselho para fotografar panorâmicas de aquários é uma objectiva normal (extensão de focagem igual ao comprimento da diagonal do sensor). Em APS-C, anda à volta dos 35mm, e em full-frame dos 50mm. Objectivas macro são também ideais para este tipo de fotografia, uma vez que estão desenhadas para terem muita pouca distorção (tanto geométrica como cromática).

 

A ver se nas férias escrevo um tutorial de como fotografo aquários, e quais os truques e maroscas que se podem utilizar para minimizar os erros.

 

Cumprimentos

Luís Fortunato

 

PS: Lente é um pedaço de vidro apenas... uma objectiva é um conjunto de uma ou mais lentes convergentes e/ou divergentes que na sua totalidade funcionam como uma lente convergente :)

Não respondo a dúvidas por MP...

Se querem ajuda, coloquem as vossas questões no Fórum para ficarem para a posterioridade. Assim, alguém que tenha a mesma dúvida no futuro fica com ela esclarecida usando apenas a Pesquisa.

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Boas.

Desde já obrigado pelas respostas, já deu para retirar algum ensinamento daqui. Até agora tirei poucas fotos que ficaram "decentes" mas tenho estado a utilizar a máquina em modo manual, uma vez que por tentativa e erro lá sai uma ou outra fotozita melhor, o problema é que quando tento tirar uma foto panorâmica ao aqua ainda não consegui controlar a luz de modo a que não saia um clarão do meio do aquário para cima, ou então que perca bastante definição das cores baixando o iso e o tempo de exposição à luz (penso eu que seja o tal "1/ qualquer coisa").

Depois como não tenho conhecimentos de tratamento de imagem (que os vencedores dos concursos aliam à sua experiência em aquariofilia), quero sempre tirar as fotos o melhor possível, para sair um resultado que aos meus olhos seja satisfatório.

Mas ouvi ninguém dizer que tirar fotos de qualidade é fácil, a menos que tenha traquejo para tal.

 

Ainda ontem no trabalho precisei de tirar fotos a um artigo e tinha lá o tipico "papagaio" que normalmente todas as empresas têm tendência a ter, que dizia que eu demorava demasiado tempo a tirar uma foto e que disparava 50 vezes para sacar uma imagem decente. E o que fiz? Desregulei as definições que utilizo e passei-lhe a máquina para a mão. Que fez ele? Com as pré-definições todas não tirou uma única foto que não saísse queimada ou tão escura que nada se percebia... É o que dá dizerem que sacar fotos de qualidade em objectos metálicos é facil... Calhou-lhe alumínio espelhado coitado...

 

De qualquer forma penso que com preserverança este fim de semana ainda fotografo os aquas com qualidade.

 

Mais uma vez obrigado ;)

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(...) não consegui controlar a luz de modo a que não saia um clarão do meio do aquário para cima, ou então que perca bastante definição das cores baixando o iso e o tempo de exposição à luz (penso eu que seja o tal "1/ qualquer coisa").

 

Só uma coisa.

Quanto menor for o valor ISO, maior definição e qualidade tem a imagem. Deves-te ter trocado, não ?

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A ver se nas férias escrevo um tutorial de como fotografo aquários, e quais os truques e maroscas que se podem utilizar para minimizar os erros.

Cá ficamos à espera ehehe agora esquece-te!

 

Por minha experiência pessoal o que faz a diferença é mesmo a intensidade/qualidade da luz que dispomos para fotografar. Sem ela não há milagres, dá para panorâmicas ou pormenores a plantas/caracóis, agora apanhar peixes mexidos dentro do foco é que são elas. Nunca utilizes o flash frontal, se possível usa o flash - com extensão de cabo - por cima do aquário.

Convém limpar os vidros antes da sessão e ter a agua o mais límpida possível, apagar todas as luzes que tenhas no local onde se encontra o aquário para não criar reflexos e usar roupa mais escura pelos mesmos motivos.

O pós-processamento é sempre bem vindo desde que se tenha noção do que se pode melhorar.

Boas fotos.

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Só uma coisa.

Quanto menor for o valor ISO, maior definição e qualidade tem a imagem. Deves-te ter trocado, não ?

 

Depende em muito Hugo, tanta qualidade e definição pode ter uma fotografia a ISO 1600, como uma fotografia a ISO 100...Depende muito da camera em causa, por exemplo uma fotografia tirada por uma Nikon D7000/D300s/D90, tem a mesma qualidade e definição a ISO100 e ISO1600. No entanto se o tentares por exemplo numa D3000, vais ver diferenças consideraveis em termos de ruido e grau... O mesmo acontece para as canons... Outra coisa que influencia em muito é o tempo de exposição e a abertura, a luz disponivel, o flash etc...

Dizer que ISO's baixos dão melhores qualidades, é extremamente reducionista, se não mesmo erróneo.

Pessoalmente em termos de qualidade e definição, se há alguma coisa que a aumentaria, é não o ISO, mas a abertura. Uma boa Rule of Thumb é estabelecer uma abertura 2 ou 4 F-stops mais abaixo da abertura máxima da objectiva. Por exemplo, para uma objectiva 5.6, o ponto optímo para uma qualidade e definição máxima é por exemplo o f8 e o f11. Pessoalmente uso a minha 70-300mm em f8/f11 e a minha sigma 150-500mm F5-6.3 APO DG OS HSM uso f8, a menos que tenha pouca luz, ou use velocidades da ordem do 1/2000 (não raras vezes uso 1/2500) para cima, alturas em que aumento para o máximo.

Agora se for para cameras de baixa gama, então o ISO faz mais ou menos diferença para a qualidade, pelo que é preferivel o uso de ISO's mais baixos para controlo de ruido do que pela incapidade de captar mais ou menos detalhes, mas em cameras mais razoaveis, em especial as da NIKON que são as que eu prefiro, a questão do ISO já não se põe.

 

Cá ficamos à espera ehehe agora esquece-te!

 

Por minha experiência pessoal o que faz a diferença é mesmo a intensidade/qualidade da luz que dispomos para fotografar. Sem ela não há milagres, dá para panorâmicas ou pormenores a plantas/caracóis, agora apanhar peixes mexidos dentro do foco é que são elas. Nunca utilizes o flash frontal, se possível usa o flash - com extensão de cabo - por cima do aquário.

Convém limpar os vidros antes da sessão e ter a agua o mais límpida possível, apagar todas as luzes que tenhas no local onde se encontra o aquário para não criar reflexos e usar roupa mais escura pelos mesmos motivos.

O pós-processamento é sempre bem vindo desde que se tenha noção do que se pode melhorar.

Boas fotos.

 

Podes perfeitamente usar flashes para fotografar aquários.

Há duas maneiras primordiais para o fazer.

O Uso de Flashes externos por cima do aquário, contra a camada da coluna de água ao invés de frente contra o vidro, como tu disseste, e usar a velocidade máxima de sincronização da tua camera com o flash, para tentar congelar o movimento. O uso de difusores no flash ajuda a reduzir as sombras mais cruas.

Outra maneira, e relativamente mais económica, afinal de contas um flash externo de qualidade não o compras por menos de 300 euros, é o uso de filtros polarisadores na lente, com o diametro adequado á objectiva em questão e depois regular o filtro de forma a acabar com o reflexo do flash. Novamente aqui o preço do filtro vai te indicar a qualidade dos resultados=P Filtros made in china de baixa qualidade nunca irão ter performances iguais filtros de qualidade.

 

Outra coisa a não descorar quando fotografamos o aquário, é o controlo da poluição luminosa, proveniente da iluminação ambiente, da calha de iluminação, etc. Para isso deves fotografar o aquário com a sala escurecida, e deves "emoldurar" o vidro frontal com cartolinas escuras deixando apenas o vidro frontal á vista, fazendo como que uma parede entre o vidro frontal e todo o resto por trás dele. Vê no site do Pelé, tá muito bem explicado.

 

O uso de lentes para o serviço é imprescindivel...Por exemplo nunca uses uma lente de 500mm para fotografar um aquário de 40cm... Dá preferencia a lentes grande angular. Ou se a perda de detalhe te irrita, faz várias fotografias, em mosaico a distancias focais mais altas, e depois junta-as no PSP, ou no Autopano (pessoalmente prefiro o Autopano, pela sua automacidade, é o que uso para fotografias panoramicas, com mais 4 fotos, o unico contra e para fotos compostas com mais de 20 fotos...Outro dia o meu pc esteve 4 horas a juntar 89 fotos numa só...O tamanho final da foto foi de 200mb...Mas bolas valeu a pena! eheheh)

Editado por gervas
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Olá.

 

e usar a velocidade máxima de sincronização da tua camera com o flash, para tentar congelar o movimento.

Não precisas... até podes disparar com 1/15 seg que dependendo da potência do flash, o tempo de sincronização não serve para nada. Em fotografia com flash, se esta fôr a única disponível ou que interesse, o tempo de exposição não altera em nada a exposição. Desde que dispares abaixo da velocidade de sincronização, estás à vontade.

 

Outra maneira, e relativamente mais económica, afinal de contas um flash externo de qualidade não o compras por menos de 300 euros, é o uso de filtros polarisadores na lente, com o diametro adequado á objectiva em questão e depois regular o filtro de forma a acabar com o reflexo do flash. Novamente aqui o preço do filtro vai te indicar a qualidade dos resultados=P Filtros made in china de baixa qualidade nunca irão ter performances iguais filtros de qualidade.

Os polarizadores circulares não são mágicos... com isto quero dizer que não vais conseguir fazer desaparecer o reflexo de um flash num vidro. Pelo menos totalmente. Os polarizadores cortam/atenuam luzes polarizadas, ninguém te garante que paralelamente a um vidro, a luz que seja refletida nele seja polarizada, ou pelo menos, que tu consigas atenuá-la com um polarizador.

 

O uso de lentes para o serviço é imprescindivel...Por exemplo nunca uses uma lente de 500mm para fotografar um aquário de 40cm... Dá preferencia a lentes grande angular. Ou se a perda de detalhe te irrita, faz várias fotografias, em mosaico a distancias focais mais altas, e depois junta-as no PSP

Não concordo... objectivas grande-angular têm distorções de barril fortes, e por isso não devem ser utilizadas para fotografar aquários. Dá para corrigir no PS? Dá... mas perde-se qualidade de imagem.

Quanto a colar imagens, não sou contra isso, mas se tiveres coisas que se mexam dentro do aquário, depois vais ter mais trabalho a apagar peixes ou coisas que tais... eu sou apologista de que se deve manipular ao mínimo as imagens digitalmente. É muito mais fácil fazer uma boa fotografia a priori do que a andar a mexer no PS ou outros programas de tratamento de imagem.

 

Tudo o resto concordo...

 

Cumprimentos

Luís Fortunato

Não respondo a dúvidas por MP...

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Luis, diz me uma coisa, a minha area de maior experiencia actualmente é fotografia da natureza, em especial aves e mamiferos, onde o congelamento do movimento é o mais importante, mas ultimamente tenho andado a experimentar fotografias de paisagens... Há uma coisa que eu ainda não dominei, e nem sequer estou a ver como eles fazem isto...

 

Waterfall_3.jpg

 

Peço desculpa pela noobice=P Já sei umas coisas, mas como autodidacta que sou, há coisas que ainda me escapam.

 

Já fiz várias experiencias, sem sucesso, consigo todas as fotos sobre expostas, aka completamente brancas.... Se fizeres ideia de como eles conseguem isto agradeço... O objectivo é conseguir aquele efeito de blur na queda de água... É com tempos de exposição maiores? Então como é que eles contabalançam a sobre exposição? É que estou a falhar nisto mesmo a ISO's minimos...

Editado por gervas
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Olá.

 

Na boa... utiliza-se um filtro de densidade neutra. Servem para isso mesmo... quando as condições de luz ambiente são muito intensas, mesmo com valores ISO baixos e aberturas pequenas (que devido à difração não se devem usar) os tempos de exposição são curtos o suficiente para "congelar" as imagens.

 

O Filtro ND (como são mais conhecidos) funcionam como que uma lente escura de uns óculos escuros, por exemplo. Não te alteram a imagem cromaticamente, apenas em termos de intensidade de luz. Depois é começares a brincar com várias soluções... diferentes conjugações de filtros ND e polarizadores (para ajudar a cortar na intensidade luminosa). Para paisagens com céu, usam-se também filtros ND só até metade, ou então com gradientes para a transição não ser tão abrupta.

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Neutral_density_filter

 

Abraço.

Luís Fortunato

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Olá.

 

Viva,

 

Pergunto-me se hoje em dia com velocidades baixas e um pouco de HDR, não se conseguirá algo semelhante.

 

Cmprts,

Luis.Dias

Vou-te ser sincero Luís... eu não considero HDR fotografia. Nem eu, nem nenhum dos meus professores. Eles preferem-lhe chamar manipulação de imagem... porquê? Porque aos nossos olhos, muitas das imagens que nos são apresentadas, são tudo menos reais ou verosímeis.

São imagens de deixar cair o queixo? Algumas são... mas o problema está na mão de quem as faz. Há muita gente a abusar... e o comum dos mortais diz: "Uau!! Ganda foto..." Eu prefiro dizer: "Uau... granda desenho".

 

O problema é que tu tens somente 8 bits por canal, ou se preferires, 256 tons de cinzento por cada cor primária (RGB). Tudo bem que o olho humano tem uma escala dinâmica maior que um sensor fotográfico, ou mesmo um filme fotográfico (estes últimos mil vezes melhores para fotografar paisagens do que qualquer DSLR), mas mesmo assim há pessoal a abusar e a criar coisas que mais parece terem sido feitas por designers e não por fotógrafos.

 

Mas adiante... qual é o grande problema no digital? Baixa gama dinâmica... mais nada. É muito fácil estragar fotografias por as rapar nas altas luzes. E não é só em paisagens... vejam a quantidade de fotografias de aquários salgados em que os brancos, e não só, estão todos rapados.

Isto significa o quê? Quando fazemos as fotografias com sobre-exposições, tudo o que rapar, não vai rapar somente na área em que está... devido à difração vais rapar igualmente à volta do mesmo (isto em contra-luzes é bastante notório), e isso costuma-se notar facilmente... pelo menos para os olhos mais treinados.

Com as partes mais reflectoras de uma imagem HDR em movimento, como é o caso da água, isso vai dar um pincel de todo o tamanho... não digo que não dê para fazer, ou que não existam programas de HDR que não resolvam isso... mas lá está, são artifícios digitais.

 

A mim sempre me fascinou a técnica fotográfica, e apesar de ter feito um curso profissional de fotografia, acho que ainda sei pouco sobre o assunto. Sempre fui apologista de "resolver os problemas" a priori e não digitalmente, mas pronto, isso sou eu... se calhar devia ter nascido na década de 50 e não em 80 :) Assim teria apanhado o analógico no seu auge, e não o digital :P

 

Qual é a câmara que anda sempre comigo na minha mochila? Uma EOS 620 com a 50mm f/1.4 e rolo P/B. E estou a pensar em comprar uma Canon AE-1 P só para a piada...

 

Por isso, hás-de me ver sempre a opinar para tentarem resolver a coisa "analogicamente" e não "digitalmente" :)

 

Abraço.

Luís Fortunato

Não respondo a dúvidas por MP...

Se querem ajuda, coloquem as vossas questões no Fórum para ficarem para a posterioridade. Assim, alguém que tenha a mesma dúvida no futuro fica com ela esclarecida usando apenas a Pesquisa.

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Outra maneira, e relativamente mais económica, afinal de contas um flash externo de qualidade não o compras por menos de 300 euros, é o uso de filtros polarisadores na lente, com o diametro adequado á objectiva em questão e depois regular o filtro de forma a acabar com o reflexo do flash. Novamente aqui o preço do filtro vai te indicar a qualidade dos resultados=P Filtros made in china de baixa qualidade nunca irão ter performances iguais filtros de qualidade.

 

Aqui tenho que discordar contigo, o uso de filtros polarizadores não retira os brilhos do flash numa foto em ângulo frontal ao vidro, além de roubar 1/1.5 stops e fotografar um aquário num ângulo diferente dos 90º vai criar distorção. Além do efeito horrível que a luz frontal cria numa foto. Daí o facto de aconselhar o uso de um flash externo ou então pôr por cima do aquário o máximo de luzes que conseguirem. Mas o digital não pára e já existem reflex que conseguem fotografar a 1600/3200 ASA como se fosse a 100 ASA.

 

Já agora aqui vai um link do Pele com as técnicas que utiliza para fotografar:

http://peleblogs.blogspot.com/search/label/Fotografiando%20el%20%20Acuario

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Viva, Gervas.

Falhas-te a perceber o sentido da minha afirmação, e falhas-te também ao tentar ensinar-me algo que eu já conheço bem.

É certo que o decréscimo da qualidade de uma imagem, consoante o aumento do nível ISO, varia de máquina para máquina E de ambiente para ambiente. Mas agora estás a tentar tirar a razão a algo que é regra e conhecimento geral. O certo é, que uma foto tem melhor definição quando o ISO é baixo e não o contrário. Agora o ruído e o grão, e até mesmo este decréscimo de qualidade, vão diminuindo consoante evoluem as câmaras. Mas isto não deixa de ser verdade, pelo menos com as câmaras actuais.

 

Se reparares no que o amigo disse, e no que eu lhe respondi, reparas, que eu apenas lhe estava a fazer notar que a regra geral é o decréscimo de qualidade quanto maior for o nível ISO, e não o oposto.

 

 

Se não acreditam nisto peguem numa reflex, metam o ISO a 3200, e tirem uma foto nocturna.

 

Espero que não leves a mal, mas por vezes fazes entender que pensas, que és o único que percebe do assunto.

 

Abraço,

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Hugo feio, é mais que sabido que eu tenho alguma tendencia para ter uma escrita um nadinha a dar para o arrogante, muita vez me tento conter, mas infelizmente acaba sempre por vir ao de cima, é um dos meus grandes defeitos, e disso estou eu mais que ciente... E por isso eu peço desculpa se ferir susceptibilidades. :medieval_mace: Se calhar sou eu que não tenho paciencias para andar á volta das coisas, ou simplesmente sou uma pessoa ruim lol=) Não sou o dono da verdade, nem muito menos o seu dono, no entanto o que te disse no outro posto apoia-se na minha experiencia de fotografia da natureza, e é apoiado nisso que me oriento com a fotografia, no entanto não te esqueças que não tenho qualquer formação na area, o que sei aprendi por tentativa e erro e a ler em vários sitios de qualidade creditada...

 

Agora continuo a não concordar com essa do ISO...Desculpa lá, mas continuo a não concordar contigo, nem com o que tu dizes ser o conhecimento comum. Afinal de contas o ISO, não se reporta a melhor qualidade, ou potencial de a conseguir, mas sim á sensibilidade que os filmes, nos tempos em que ainda só havia filme, tinham face á luz, eram organizados por numeros conforme a sua sensibilidade, de acordo com standards internacionais, podias comprar vários tipos de filme, sendo o 100 o menos sensivel á luz. Sim sem duvida que o ISO100 te oferece menores niveis de ruidos, mas não necessáriamente maiores niveis de detalhe.

O que pode estar aqui em causa é o facto de para aberturas iguais e tempos de exposição iguais, um ISO mais baixo ou mais alto potencialmente te dará maior detalhe de acordo com a luz ambiente. No entanto é por isso que se deve ajustar o ISO ao tempo de exposição e abertura, ou vice-versa. Da mesma forma que não podes pensar em usar ISO 100 em dias de ceu nublado com tempos de 1/2000, não podes pensar em usar ISO 800 em dias extremamente solarengos com tempos de 1/60...

Continuo na minha, consegues o mesmo nivel de detalhe/qualidade a ISO 100 como a ISO800, ou mesmo a 1600, é uma questão de jogar com a camera.

Na minha experiencia, mais virada para a fotografia de aves, mamiferos, insectos e plantas, do que para fotografar gente, pretos e bracos (pessoalmente odeio fotografar gente, a forma humana é tão tosca e tão banal que me enche de tédio ter que fotografar gente), o uso de ISO 100, ou uso de ISO 1600, em termos de detalhe vai dar no mesmo, qualidade aí entra a questão do ruido e grão, e aí não te tiro a razão. O que, na minha experiencia, me permite melhor detalhe e qualidade é na realidade alterar a abertura, e o uso de tempos de exposição adequados, com o uso de um ISO correcto para evitar sobrexposição.

Podes usar o ISO mais baixo que poderes, e quiseres, com uma exposição correcta, o mais que quiseres, mas se não mexeres na abertura nunca vais melhorar a qualidade e aumentar o detalhe da imagem, nem que cortes os pulsos em frustração=P

 

Mas no fim do dia, o importante é saber dominar a camera que temos na mão, e saber trabalhar com ela dentro dos seus limites.

Editado por gervas
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Mas epá, a abertura é uma coisa tão dedicada como a velocidade, tu tens x de abertura para a determinada foto que queres tirar. Eu pessoalmente costumo andar sempre com a abertura no mínimo para ter o máximo de luz que consigo tirar daí, mas depois depende do tipo de fotos. Se for preciso, estou a tirar uma foto a uma flor e meto a abertura no mínimo, e se for preciso viro a câmara para uma paisagem de uma serra, e subo a abertura o máximo que posso. Eu, a abertura, só a altero consoante a profundidade de campo que quero e quando isso pouco ou nada interessa, consoante a intensidade luminosa, ambiente. Nunca me preocupei com o detalhe que está associado à abertura, até porque nunca notei grande perda do mesmo com aberturas elevadas.

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Ah pois, mas perdes detalhe e muito a aberturas elevadas, e chegas mesmo a perder o Autofocus em determinadas situações.

A maioria, se não mesmo todas, as objectivas, têm aquilo a que na giria chamam os sweet spots, as aberturas em que o detalhe é maximo são normalmente nesse chamado sweet spot, comummente o f8 e o f11, no entanto para várias objectivas esse sweet spot muda, podendo ser f7, f5.6 etc. Já o outro dizia "f8 and be there"

 

Sim podes jogar com a abertura para aumentar ou diminuir o Depth of field, nomeadamente aquilo a que chamam a distancia hiperfocal mas isso é uma técnica mais indicada para alguns tipos de objectiva, não esperes conseguir D. Hiperfocal numa 300mm...

Disparar com a abertura máxima, é algo que só se faz com pouca luz, na minha opinião, nunca o faço a menos que seja obrigado, se aumento a profundidade de campo no processo, pois concerteza que aumenta ligeiramente, mas o tipo de sujeitos que fotografo fora dos aquários, não faz qualquer problema. O que me interessa é o detalhe máximo.

 

Pois vejamos a coisa com um exemplo.

 

5804982863_cae1bbed8b_b.jpg

 

Esta foto foi tirada com uma 55-200mm a f11, no sweet spot da objectiva em questão, num dia nublado, com flash. Vê o detalhe que consegui tirar deste animal, a imagem não tem crops, e foi redimensionada para não dar dores de cabeça.

 

5940722089_186f97e9e9_b.jpg

 

Esta foi tirada com a 70-300mm a 300mm com f5.6 (fora do sweet spot) ao nascer do dia, com pouquissima luz, levou flash... Apenas levou resize.

Como podes ver a diferença de detalhe é visivel, e a profundidade de campo também... Deveria ter usado algo como os f8 ou f11, para ter tido o raio do pássaro completamente dentro do campo de visão, no entanto tenho apenas metade do magano no campo, o que a meu ver faz a fotografia perder valor.

 

Agora se queres fazer paisagens tens que usar distancias focais de 18-24mm, e não jogar com as aberturas, pois como te digo, o uso de aberturas com grandes numeros acarreta-te uma enorme perda de detalhe e consequentemente qualidade. Para paisagens uso preferencialmente f5.6/f7 na minha objectiva 18-55mm.

 

Para aquários, sem duvida, que usaria f8, sem pensar duas vezes...

 

Relativamente a este tópico tens:

 

"(...)

Optimal aperture

 

Optimal aperture depends both on optics (the depth of the scene versus diffraction), and on the performance of the lens.

 

Optically, as a lens is stopped down, the defocus blur at the DOF limits decreases but diffraction blur increases. The presence of these two opposing factors implies a point at which the combined blur spot is minimized (Gibson 1975, 64); at that point, the f-number is optimal for image sharpness, for this given depth of field[15] – a wider aperture (lower f-number) causes more defocus, while a narrower aperture (higher f-number) causes more diffraction.

 

As a matter of performance, lenses often do not perform optimally when fully opened, and thus generally have better sharpness when stopped down some – note that this is sharpness in the plane of critical focus, setting aside issues of depth of field. Beyond a certain point there is no further sharpness benefit to stopping down, and the diffraction begins to become significant. There is accordingly a sweet spot, generally in the f/4 – f/8 range, depending on camera, where sharpness is optimal, though some lenses are designed to perform optimally when wide open. How significant this is varies between lenses, and opinions differ on how much practical impact this has.

 

While optimal aperture can be determined mechanically, how much sharpness is required depends on how the image will be used – if the final image is viewed under normal conditions (e.g., an 8″×10″ image viewed at 10″), it may suffice to determine the f-number using criteria for minimum required sharpness, and there may be no practical benefit from further reducing the size of the blur spot. But this may not be true if the final image is viewed under more demanding conditions, e.g., a very large final image viewed at normal distance, or a portion of an image enlarged to normal size (Hansma 1996). Hansma also suggests that the final-image size may not be known when a photograph is taken, and obtaining the maximum practicable sharpness allows the decision to make a large final image to be made at a later time; see also critical sharpness."

 

Na wikipedia que te resume bastante bem a coisa. Posso-te linkar alguns artigos que li originalmente que explicam a coisa com desenhos e exemplos reais, mas tenho que os procurar. Penso que era no dpreview ou no kenrockwell, já não me lembro...

Editado por gervas
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Jervas,

 

Tu mostraste duas fotos tiradas com objectivas diferentes.

 

A 1ª é tirada com uma 55-250 canon, com estabilizador.

A 2ª é tirada com uma 70-300 sem estabilizador, possuindo eu uma, concluo que não é uma "grande espingarda"...

 

A abertura não tem nada a ver com a qualidade.

Podes ter uma foto com tão boa qualidade a f1.8 como a f.22... Ficas é com maior profundidade de campo no f22... :roll:

 

Cumprimentos João Dias

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Jervas,

 

Tu mostraste duas fotos tiradas com objectivas diferentes.

 

A 1ª é tirada com uma 55-250 canon, com estabilizador.

A 2ª é tirada com uma 70-300 sem estabilizador, possuindo eu uma, concluo que não é uma "grande espingarda"...

 

A abertura não tem nada a ver com a qualidade.

Podes ter uma foto com tão boa qualidade a f1.8 como a f.22... Ficas é com maior profundidade de campo no f22... :roll:

 

PS: Repito o que o Hugo Feio disse. Experimenta tirar uma fotografia em ISO 100 e uma em 3200 e vê se não notas grande diferença de detalhe... :confused4:

 

Cumprimentos João Dias

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Com isso, apenas comprovas parcialmente a tua posição.

Mais uma vez, acho que estás a tentar contrariar algo que é uma regra geral, com "semi-factos" que acontecem em circunstâncias especificas, situações especiais. Depende da câmara, depende da objectiva, depende do ponto focal, depende do ambiente, etc.

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a foto de cima foi numa 55-200mm da nikon, não na minha canon.

A 70-300mm da Sigma não é má objectiva, claro que não supera as suas congeneres da nikon e da canon, mas não é uma objectiva má de forma alguma, a unica coisa que lhe tenho a apontar é a falta de estabilizador. Das minhas 4 objectivas, apenas a 150-500mm tem estabilizador, as outras são "á antiga"...

Editado por gervas
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tentar discutir detalhe em fotos com 1024p de lado e a questão da presença ou não de ruido, na minha opinião, é um pouco complicado...

 

de notar que a sensibilidade ISO não é a mesma coisa em filme ou em digital.

 

o teu pássaro não está grande coisa provavelmente por um conjugar de:

 

as 70-300 nos 300 já são soft por natureza

handheld com pouca luz (o flash à distância que devias estar do pássaro só faz alguma coisa se for com um snoot)

O pássaro ainda por cima era escuro...e portanto para manteres o tempo de exposição (não teres blur de movimento), e diminuires a abertura (para teres maior DOF) tinhas de subir o iso...e o ruido nota-se primeiro nas partes mais escuras da imagem...

Posted ImageTantas plantas, tantos peixes, tantas possibilidades... tão poucos aquários! - Me
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